O Natal sempre foi mais importante que a Passagem de Ano, na minha familia. Ainda hoje é assim.
Como era normal na época, só na adolescência é que comecei a comemorar a passagem de ano fora de casa. Lembro-me de algumas festas de garagem com amigos próximos, em que as miúdas tinham recolher obrigatório, logo após as doze badaladas, de alguns bailes no hotel Lisbonense, nos Pimpões, na Columbófila e também no ginásio da Escola Rafael Bordalo Pinheiro. E claro, de algumas visitas a discotecas caldenses, como o histórico "Ferro Velho", o "Inferno d'Azenha" ou a "Greenhill", na Foz do Arelho.
Como praticava desporto, não usava e abusava do álcool, muito menos de outros "desinibidores" mais perigosos...
Talvez seja por isso que não me recordo de nenhuma passagem de ano com um gosto ou história especial.
Isso não quer dizer que entenda a Passagem de Ano, como mais um dia que vem aí, a seguir ao outro. Mesmo sem ter o hábito de me colocar em cima de cadeiras ou bancos a abanar notas ou bater tampas de panelas à janela, acredito que o amanhã pode ser melhor que hoje...
É por isso que há sempre desejos que ficam no ar, quando ecoam as doze badaladas...
Este ano não vai ser diferente, de certeza que vou desejar um ano melhor para mim e para os meus familiares e amigos.
Com a antecipação de algumas horas deixo-vos aqui, nas "Viagens", o desejo de que 2008 seja um excelente ano para todos vós.
Apesar das "nuvens" que nos rodeiam, é sempre bom acreditarmos que o amanhã pode ser melhor que hoje...
Ofereço-vos também "O Baile do Moulin de la Galette" de Renoir...