Mostrar mensagens com a etiqueta Património. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Património. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, outubro 23, 2023

Memórias do Património Destruído nas Caldas


Tenho andado cada vez mais arredado deste meu Oeste, dai que as "viagens" escasseiem...

Nem sequer escrevi uma linha sobre o incêndio dos Pavilhões do Parque, onde andei nos primeiros anos do Liceu e que albergou durante anos e anos a única biblioteca pública das Caldas (se existiam algumas associativas, eram insignificantes...), da Fundação Calouste Gulbenkian.

Curiosamente este incêndio foi mote de duas boas crónicas no "Diário de Notícias", de Jorge Mangorrinha e de João Lopes, que penso também terem crescido na Cidade das Termas, tal como eu.

O mais curioso, é que a crónica de João Lopes, conhecido crítico de cinema, recordava o Salão Ibéria, que ficava no Parque, ao lado dos Pavilhões, falando do fim do seu reinado como sala de espectáculos ("ruiu numa noite de chuva").

Eu não tenho uma memória bem viva do fim do Salão Ibéria, que já de si, parecia ser de construção frágil (quase de estilo "pavilhão desmontável"...), embora ainda tenha visto alguns filmes de acção durante a adolescência (acho que foi lá que vi um dos "Trinitá"...).

Os meus pensamentos foram logo, sim, para o Cine-Teatro Pinheiro Chagas, que ficava na "Praça do Peixe" e que foi fechado e todo esventrado no interior, sem que a sua fachada perdesse a imponência...

Nunca percebi muito bem o porquê destes atentados ao património local. Mas dos "politiqueiros" locais de direita podia esperar-se tudo (também destruíram a "A Casa da Cultura", no antigo Casino do Parque...). 

Fingiam mesmo acreditar que os "comunistas comiam criancinhas"...

(Fotografia de Luís Eme - Caldas da Rainha)


quarta-feira, fevereiro 26, 2020

O "Templo" da SECLA

Gostei de ver o que sobrou da fachada da SECLA, a velha e histórica fábrica de cerâmica das Caldas da Rainha, durante anos inovadora no campo da criatividade, graças à colaboração de alguns jovens que se viriam a revelar como grandes artistas plásticos.

Parece quase um "templo"...

(Fotografia de Luís Eme - Caldas da Rainha)

quinta-feira, novembro 08, 2018

Privatizar ou Não o "Céu de Vidro"...


A Visabeira, que irá construir um hotel nos antigos Pavilhões do Parque, quer "apropriar-se" também da área onde funcionou a memorável Casa da Cultura (destruída pelo poder "social democrata" caldense...), e claro do luminoso, "Céu de Vidro", que faz a ligação directa entre o Largo do Hospital Termal e o Parque das Caldas.

Não tem sido pacífica esta passagem e discute-se aqui e ali, se o "Céu de Vidro", deve ser ou não privatizado.

Claro que não acho que deva ser privatizado, porque isso significará perder esta passagem... Tal como não há almoços grátis, também deixava de existir esta passagem, livre e agradável para todos...

(Fotografia de Luís Eme)

sexta-feira, março 31, 2017

Que seja Alguma Coisa e Não Ruinas...

Uma amiga meteu-se comigo há dias por os Pavilhões do Parque das Caldas fazerem parte da célebre lista de património que o Estado quer ceder aos privados.

Eu não fiquei nada incomodado com o facto. Só espero que os Pavilhões possam ter presente e ser alguma coisa boa que contribua para o futuro da Cidade Termal e não as quase ruínas de tantos anos de abandono...

(Fotografia de Luís Eme)

terça-feira, fevereiro 28, 2017

O Museu do Ciclismo das Caldas


O tempo voou e não falei aqui nas "Viagens" da minha visita ao Museu do Ciclismo, para assistir à exposição de fotografia, "Caldas da Rainha, Retratos e Outras Histórias I", de Valter Vinagre, e claro, à colecção permanente deste extraordinário espaço dedicado ao ciclismo e ao ciclista português.


Gostei das fotografias do Valter e também de subir ao andar superior e rever os grandes campeões, como foram o Alves Barbosa (surge na fotografia) ou o Joaquim Agostinho.

E além de me oferecerem um café, ainda tive oportunidade de trocar algumas palavras com o mentor do museu, Mário Lino e com umas meninas simpáticas.

(Fotografias de Luís Eme)

quarta-feira, janeiro 25, 2017

Uma Possibilidade, Entre Outras...

Quase de repente (a partir de Dezembro e tem continuado em Janeiro...) as "Viagens pelo Oeste" passaram a ser o meu blogue com mais visualizações.

Não só estranhei como pensei que poderia ser alguma avaria do "bloguer".

Foi então que pensei no Caldas Sport Clube e nos muitos emigrantes do Oeste...

Embora tenha passado ao lado de muito boa gente, o velho Caldas completou o seu centenário em 2016. E eu ainda escrevi "35 postas" sobre esta efeméride. Acho que nunca contei aqui, mas tinha a ilusão de escrever 100 textos (por muito pequenos que fossem...) sobre o principal Clube de futebol das Caldas da Rainha. Ilusão que se foi perdendo com o tempo, por não ter muito tempo para investigar e principalmente por não ter imagens. E a blogosfera vive muito da imagem...

Mas pode estar aqui o segredo das largas centenas de visualizações diárias...

Claro que não é por toda esta afluência de "público" que vou voltar a escrever com mais regularidade por aqui. A minha "ausência" acontece porque nos últimos temos sinto-me mais distante da Cidade onde cresci, sem encontrar uma razão palpável. As visitas que faço são as mesmas, quase sempre "de médico", apenas para almoçar e conversar com a minha Mãe.

Há amigos de quem o meu irmão fala que não vejo há décadas. Alguns até poderei ter dificuldade em reconhecer às primeiras, porque o tempo, entre outras coisas, troca-nos o cabelo por um abdómen mais proeminente. E em alguns casos, transfigura-nos mesmo...

(Escolhi este postal antigo para ilustrar estas palavras, porque espero que façam alguma coisa com os "Pavilhões do Parque", há tantos anos abandonados e espezinhados. Sim, é porque não um hotel?)

sexta-feira, junho 24, 2016

As Caldas e a Feira de S. João


Não me dá nenhum  prazer falar dos "tiros nos pés" que os governantes da minha Cidade Natal têm dado nos últimos trinta anos (para não recuar mais no tempo).

Nunca foram capazes de acompanhar o progresso, de perceber as potencialidades de uma Terra única, devido ao seu próprio encanto, mas também por ser naturalmente a "capital do Oeste", já que geograficamente está no centro de uma das regiões mais agradáveis de visitar (Óbidos, Peniche, São Martinho do Porto, Nazaré ou Alcobaça...).

Mas quando tivemos um presidente incapaz de aproveitar as boas iniciativas do Município de Óbidos para trazer mais pessoas à Cidade (e eram ambos da mesma força política...), não podíamos esperar que explorasse ao longo de todo este tempo a cerâmica, a fruta, a gastronomia, a beleza natural caldense e até os vários museus existentes...

Apesar de ele ser um populista, também as festas populares foram desvalorizadas. Lembrei-me de tudo isto porque na minha infância as Caldas tinham a Feira de S. João,  que decorria nesta altura, que embora fossem uma miniatura da do 15 de Agosto, eram o encanto da pequenada...

(Fotografia de Luís Eme)

sábado, outubro 03, 2015

A Balada dos 90 Anos da "Gazeta das Caldas"


Presto aqui a minha homenagem à "Gazeta das Caldas", da qual sou assinante há já umas três décadas, pelos seus 90 anos cheios de vitalidade e bom jornalismo, com um poema da autoria do poeta caldense, José do Carmo Francisco.

Balada para 90 anos da «Gazeta das Caldas»

Na balada que é só minha
A memória é uma mistura
Estou nas Caldas da Rainha
Cruzo a Rua da Amargura
Faço exames numa escola
Em Abril e era a terceira
Num frio de usar camisola
O medo era uma torneira
Em Julho a quarta classe
O diploma vem de Leiria
E sem que eu esperasse
Tive um fato nesse dia
Nos Armazéns do Chiado
Que era na Praça da Fruta
Anos depois assustado
Eu começava outra luta
Minha prima Deolinda
Tinha manteiga no pão
Na recruta que não finda
Seu amor era oração
Reencontrei Juventino
Num café à sua mesa
Mal sabia que o destino
Me reservava a surpresa
Hoje se sou jornalista
Devo ao querer imitar
Em jornal ou em revista
Seu percurso singular
Que começou na aldeia
No Jornal Catarinense
Onde a força duma ideia
É razão que tudo vence
Foi nesta automotora
Que o Mundo cresceu
Do menino de outrora
Ao adulto que sou eu
Entre horário da carreira
E o comboio a atrasar
Já não havia maneira
De chegar ao nosso lar
Nem o Vítor da carrinha
Nem o senhor Guimarães
Resolviam à noitinha
Problema de pais e mães
Garagem dos Capristanos
Primeiro café de surpresa
E passados tantos anos
Continuamos na mesa
Noventa anos de idade
Cabeçalho dum Jornal 
Começou numa cidade
Vai ao Mundo em geral
Coração em pé de guerra
Ele chega a todo o lado
É o tempo da minha terra
Numas folhas condensado
Tenho meu nome e retrato
Treze anos de presença  
Há um secreto contrato
Que liga nossa diferença
Numa idade mais madura
Abre-se ao Mundo o jornal
A memória é uma mistura
E esta balada é plural
Nela cabem os projectos
Os sonhos e as alegrias
Os jornalistas concretos
A escrever todos os dias

José do Carmo Francisco               
     

quinta-feira, maio 14, 2015

As Barcas dos Sonhos


Tenho mais de uma dezena de fotografias com as barcas a remos do Parque das Caldas.

Gosto da sua plasticidade, do bom gosto das suas cores.

Claro que eu sou suspeito quando falo do Parque, porque a única coisa que não gosto deste lugar idílico é o desleixo e o abandono que por vezes (que agora são muitas...) parece estar remetido, mesmo sendo o melhor cartão de visita da Cidade.

Era bom que os políticos locais se lembrassem disso amanhã (embora a reflexão não seja um dos seus atributos...).

domingo, novembro 09, 2014

O Desencanto dos Feirantes...


Leio na última "Gazeta" o desencanto dos vendedores da Praça da Fruta, pelas novas estruturas criadas para este lugar histórico.

As suas queixas fixam-se no peso e tamanho dos toldos (com ferros pesados e grandes...).

Não sei como interpretar as palavras do presidente da Câmara, Tinta Ferreira. Como ele já "pagou" os toldos e as bancas, não vai colaborar na montagem e desmontagem dos toldos... Percebo mas não entendo. Até por saber que a maior parte dos vendedores são pessoas já com alguma idade.

O estúpido da coisa, é que o bom senso raramente aparece nestas alturas.

sexta-feira, outubro 31, 2014

A Praça Ainda Sem Fruta


Ontem fui às Caldas almoçar com a minha mãe.

Antes andei a ver a Cidade (cujo centro quase parece um estaleiro de obras...) e lá fui espreitar a Praça da República, conhecida internacionalmente apenas como Praça da Fruta.

E acabei por ver os toldos. Talvez a Praça fique gira...

Talvez.

Acho estranho este prolongamento das obras, mas talvez os senhores estejam à espera que chegue a chuva, para testar a impermeabilidade da "cobertura".

quinta-feira, agosto 07, 2014

Uma Estátua para a Rita (e para mim)


O quase "abandono" das Viagens levou a que a Rita me pedisse para colocar por aqui fotografias minhas com a estatuária do Parque das Caldas.

Quase de uma forma simbólica, coloco José Malhoa de costas, porque também tenho estado de costas voltadas para o meu blogue do Oeste...

sábado, março 29, 2014

As Caldas - Numa Única Palavra


Há "jogos" complicados, mesmo os das palavras...

Pediram-me que em apenas uma palavra, definisse as Caldas, como espaço turístico.

E claro, disseram-me também que não podia pensar, tinha uns "míseros" cinco segundos.

Podia ter dito: "Cerâmica", "Termas", "Cavacas", "Comércio", etc.

Mas disse: "Parque"... Vá-se lá saber porquê.

É uma palavra que significa beleza turística, mas não é a melhor como cartão de visita, é demasiado vaga, para quem não conheça a Cidade...

Mas foi o que saiu em cinco segundos. E como eu gosto do Parque...

terça-feira, março 11, 2014

Uma das Praças da Fruta do Mártio


Já publiquei aqui pelo menos um quadro sobre a nossa Praça da Fruta, da autoria de Mártio, um amigo e artista plástico da Margem Sul.

Quando referi aqui a conversa que tive com um amigo, sobre as obras da Praça das Caldas, falava do Mártio, que tinha passado por lá.

Por saber que as coisas não voltariam a ser iguais, ele resolveu-me oferecer um pequeno quadro deste lugar especial das Caldas da Rainha, que retrata um vendedor a entregar legumes a uma "turista" (parece e são eles quem mais aprecia aquela bonita Praça...).

É uma bela recordação de um lugar que não será o mesmo, com toda a certeza. Os amigos são assim...

segunda-feira, fevereiro 03, 2014

A Praça Será Outra Coisa


Um amigo que passou pelas Caldas falou-me das obras na Praça da Fruta e da sua nova localização.

Quis saber se eu sabia o tempo de duração das obras. Sorri e disse que ninguém deve saber, pois à boa maneira portuguesa, há dois tipos de "derrapagens", os valores da obra que chegam a duplicar, e o tempo, que também pode dobrar ou triplicar...

Acabámos por falar da beleza do mercado de rua, praticamente único no nosso país. Ele é pintor e já pintou várias Praças da Fruta das Caldas. Ambos sabemos que nunca mais será igual, pois a modernidade deverá retirar a originalidade plástica de cada vendedor, que escolhia o chapéu de sol, a banca e até a maneira de colocar a fruta e os legumes na praça...

O óleo é de Claudio Caxeta.

sábado, novembro 23, 2013

O Futuro da Praça da Fruta


A "Gazeta" chega-me a casa ás sextas e trás notícias da Cidade, quase escondida.

Noto que andam vários projectos no ar, sobre o futuro da Praça da Fruta, quase semana sim semana não.

O futuro, aquela coisa que não existe...

Entretanto o presente vai sendo abafado. E quando o futuro chegar, talvez já não existam vendedores para a famosa praça, desenhada e projectada por arquitectos cheios de ideias.

O óleo é de  Álvaro Reja.

terça-feira, outubro 29, 2013

A Mata da Rainha


Na última vez que fui ás Caldas passei pela Mata, para sentir o Outono, para ver as folhas caídas.

Mas não vi apenas as folhas caídas, vi muitas árvores no chão (penso que ainda do temporal do último Inverno...) e um grande "desnorte", para não lhe chamar outra coisa...

O que mais me incomoda é perceber que os habitantes das Caldas estão-se borrifando para um dos pulmões da cidade, tal como passam ao lado do Parque...

Como eu gostaria de ver a Cidade a caminhar em frente, de saber que a Mata e o Parque tinham alguém com capacidade e conhecimento (e claro apoio...), para as abrir aos caldenses...

segunda-feira, julho 15, 2013

Uma Cidade "Pintalgada"


Uma Cidade que começa a ser conhecida pelos seus "graffites", não é de certeza um lugar dos mais agradáveis para o nosso olhar, porque uma percentagem significativa destas "pinturas", não passam de "insultos" para a própria Arte.

Mas talvez a "corte" do doutor Costa ache mais piada a esta vertente artística, que à Termal...

Acho que o facto de termos uma Escola Superior de Arte, não significa que se deva espalhar "arte" (de gosto duvidoso) em todos os quarteirões...

Vale a pena passar pelas "Águas Mornas" do Zé Ventura e ler uma opinião externa...

sábado, maio 18, 2013

Os Excelentes Museus das Caldas


Se há algo em que as Caldas da Rainha são pródigas, é na oferta cultural através de espaços museológicos.

Ao "consagrado" e belo Museu José Malhoa, junta-se o Museu da Cerâmica, outra excelente imagem da marca da Cidade e depois os museus-ateliers  Barata-Feyo, António Duarte, João Fragoso e ainda os museus do Ciclismo e do Hospital.

Para o fim fica o Museu Bernardo, que é o exemplo de uma forma diferente de fazer  e mostrar arte.

O mais curioso, é saber que uma boa parte dos caldenses não conhece a maioria destes espaços artísticos.

Hoje é um bom dia para os visitar, e porque não, voltar...

domingo, maio 12, 2013

Ver a Rainha por uma Manilha


As Caldas da Rainha estão em obras, aliás, a rotunda da Rainha está em obras.

Não sei qual será a mudança visual, sei apenas que há coisas muito mais urgentes a fazer e a resolver na Cidade, mas talvez esta seja mais visível, agora que a "batalha" dos votos se avizinha e é preciso coisas para inaugurar e "cortar fitas"...