Por: Miriam Lamas Balak - Dança Brasil - edição nº 246
Tudo no universo está em constante movimento, a Terra, o Sol, a Lua, o homem... E este movimento sempre se transforma através do tempo e do espaço.
Antes de falar, o homem dançou, por tanto a dança é a mais antiga linguagem humana. Foi através dos movimentos corporais que homens, mulheres e crianças se comunicavam entre si, com a natureza e com os deuses. Está dança foi se desenvolvendo em diversos lugares e épocas, e assim as diferentes técnicas e estilos surgiram, cada qual com seu propósito.
A dança passou das cavernas aos templos, dos templos para as côrtes, das côrtes para os teatros, e dos teatros para as ruas e para as escolas. Sendo assim, uma forma de comunicação, religião, entretenimento, lazer, arte, conhecimento e educação.
Ser bailarina é fazer parte deste mundo tão diverso em suas formas e sentidos.
Ser bailarina é trabalhar o físico, fazer alongamentos, criar força, resistência, equilíbrio, coordenação. É trabalhar o cérebro, a memória, o raciocínio; decorar a sequência, contar a música, lembrar de como o movimento deve ser feito, tudo junto e em 1 segundo.
Ser bailarina é levantar a cada queda, superar cada dificuldade, buscar a perfeição e ser capaz de acreditar que amanhã ela pode ser muito melhor do que foi hoje.
Ser bailarina é expressar o que as palavras não podem dizer, é sensibilizar a alma das pessoas. É ser capaz de ultrapassar barreiras e dizer à todas as línguas e à todas as classes.