Quando o deserto parece tão seco quanto uma alma cansada de tanto chorar...
Quando a flor murcha ferida pelo sol e cansada de tanto a chuva esperar
Quando as palavras não conseguem sair, ou as lágrimas secam e o ar parece faltar...
Quando tudo o que os olhos veêm são rachaduras num solo àrido e marcas...
Marcas de dor, sofrimento...
A força acaba...
A boca seca...
As palavras fogem...
A lágrima seca...
O olhar se perde...
A alma seca...
Há um rio onde as àguas fluem vida...
Como encontrar as àguas?
Lençóis freáticos correm em algum lugar abaixo de almas àridas e de solos secos, que de tanto chorar se perdem de si mesmos e se esvaziam de vida...
Há um lugar no deserto onde existe nova vida...
Onde a flor pode brotar...
Onde se pode saciar a sede...
Onde se pode reencontrar...
Lugar de se conhecer...
De se auto-examinar...
De hidratar a alma...
De crescer... e voltar a sonhar...
É no deserto que se pode conhecer por dentro... reconhecer defeitos, desvendar mentiras que foram semeadas e arrancar as raízes da amargura...
O sofrimento nos apresenta a nós mesmos e as lágrimas regam os solos de almas àridas para que nasça...
NOVA VIDA!
No deserto me reencontrei
No deserto aprendi de mim
No deserto desejei vida
No deserto desvendei o ùnico que podia resgatar meus sonhos e reavivar minha alma!