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por :Pâmela Reis
silêncio é minha voz
sua voz é silêncio
ainda assim
fazemos alarde
meu corpo insulta
o verbo e arde
dentro do peito
cabem manhã e tarde
galopa sem freio o desejo
até a noite cobrir o céu
da cor de Marte
Seu olhar me traga
e ainda que você
traga
veludo ou espinhos
sou sangria
de todos os vinhos
Úrsula Avner
* ainda sobre a paixão...