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Está se tornando difícil falar em identidade nacional. Já passamos por tanta aculturação e massificação que considera-se coisa exótica tudo que seja genuinamente brasileiro. Veja bem:
Produto importado sempre foi considerado melhor que o nacional
Programa televisivo americano sempre foi considerado melhor (senão não copiavam tanto)
Filme estrangeiro sempre foi considerado melhor
Dia das bruxas sempre teve mais valor do que o folclore nacional
Dia da bandeira quase ninguém tá nem aí
Dia do índio é considerado quase um favor
Independência é um feriado como outro qualquer
Dia do professor: ah, quanta saudade da louvação de significados que havia aos mestres!
Quem se lembra da Gurgel, única fábrica de carros 100% brasileira?
Nas ruas, pouco a pouco as camisas dos times Milan, Barcelona, Chelsea, Internacionale e outros vão tomando o lugar dos times brasileiros.
O recenseador do IBGE que esteve em minha casa me disse que a esmagadora maioria das pessoas por onde passou não se declara negra, a despeito das evidências.
Guaraná é uma planta nativa do Brasil e o refrigerante nem de longe é privilegiado como a Coca cola. Confesso que é difícil concorrer, mas não custa privilegiar o nosso tão bom guaraná.
Qual dos hinos a gente sabe a letra?
- De nossa cidade
- Do nosso estado
- Da bandeira
- Da independência
- Do hino nacional
Em minha opinião, um país só se torna uma grande nação se tiver, além da famigerada economia forte, valores que as pessoas se orgulhem deles. Não sou xenófobo nem nacionalista, mas essa tão propalada globalização se resume a aspectos econômicos. Basta tentar entrar num país qualquer como se estivesse andando nas ruas do Brasil, mesmo sendo a pessoa bem intencionada ou turista. Integração é uma coisa, dominação é outra muito diferente - e nefasta.