Ruth Rocha
Toda criança do mundo
Deve ser bem protegida
Contra os rigores do tempo
Contra os rigores da vida
Criança tem que ter nome
Criança tem que ter lar
Ter saúde e não ter fome
Ter segurança e estudar.
Não é questão de querer
Nem questão de concordar
Os diretos das crianças
Todos tem de respeitar.
Tem direito à atenção
Direito de não ter medos
Direito a livros e a pão
Direito de ter brinquedos.
Mas criança também tem
O direito de sorrir.
Correr na beira do mar,
Ter lápis de colorir...
Ver uma estrela cadente,
Filme que tenha robô,
Ganhar um lindo presente,
Ouvir histórias do avô.
Descer do escorregador,
Fazer bolha de sabão,
Sorvete, se faz calor,
Brincar de adivinhação.
Morango com chantilly,
Ver mágico de cartola,
O canto do bem-te-vi,
Bola, bola,bola, bola!
Lamber fundo da panela
Ser tratada com afeição
Ser alegre e tagarela
Poder também dizer não!
Carrinho, jogos, bonecas,
Montar um jogo de armar,
Amarelinha, petecas,
E uma corda de pular.
Um passeio de canoa,
Pão lambuzado de mel,
Ficar um pouquinho à toa...
Contar estrelas no céu...
Ficar lendo revistinha,
Um amigo inteligente,
Pipa na ponta da linha,
Um bom dum cahorro-quente.
Festejar o aniversário,
Com bala, bolo e balão!
Brincar com muitos amigos,
Dar pulos no colchão.
Livros com muita figura,
Fazer viagem de trem,
Um pouquinho de aventura...
Alguém para querer bem...
Festinha de São João,
Com fogueira e com bombinha,
Pé-de-moleque e rojão,
Com quadrilha e bandeirinha.
Andar debaixo da chuva,
Ouvir música e dançar.
Ver carreiro de saúva,
Sentir o cheiro do mar.
Pisar descalça no barro,
Comer frutas no pomar,
Ver casa de joão-de-barro,
Noite de muito luar.
Ter tempo pra fazer nada,
Ter quem penteie os cabelos,
Ficar um tempo calada...
Falar pelos cotovelos.
E quando a noite chegar,
Um bom banho, bem quentinho,
Sensação de bem-estar...
De preferência um colinho.
Embora eu não seja rei,
Decreto, neste país,
Que toda, toda criança
Tem direito de ser feliz!
E quando a noite chegar,
Um bom banho, bem quentinho,
Sensação de bem-estar...
De preferência um colinho.
Uma caminha macia,
Uma canção de ninar,
Uma história bem bonita,
Então, dormir e sonhar...
Embora eu não seja rei,
Decreto, neste país,
Que toda, toda criança
Tem direito a ser feliz!
Páginas
Olá, é um prazer ter sua companhia !
"Brincar com crianças não é perder tempo, é ganhá-lo; se é triste ver meninos sem escola, mais triste ainda é vê-los sentados enfileirados em salas sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para a formação do homem."
( Carlos Drummond de Andrade )
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
OS DIREITOS DAS CRIANÇAS
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
RUTH ROCHA....
"O trenzinho do nicolau" para download!
- Nicolau vai guiando seu trenzinho... Piuiii, Piuiiii - Ótimo para introduzir o assunto Meios de transportes, dentre outros.
Baixar o livro Tenho medo mas dou um jeito, de Ruth Rocha e Dora Lorch
- Este livro mostra às crianças algumas situações do dia-a-dia que envolvem perigo real, aomo fogo, fogão, objetos cortantes etc. Ao mesmo tempo, mostra maneiras de lidar com este medo, com texto e imagens que despertam o receio perante essas situações, com um alívio em seguida, diante da solução para o medo que a aflige.
Medo do ridículo, Ruth Rocha
Todo mundo tem seus medos:
De escuro ou de furacão
De cachorro ou de galinha
De polícia ou de ladrão.Mas o medo mais terrível
É de fazer, de repente
Um papel muito ridículo
No meio de toda gente.Ridículo dá mais medo
Do que cair de avião,
Do que dar trombada em poste,
Do que tiro de canhão.Dá mais medo que fantasma,
Mais medo até que dentista,
Mais que cair de cabeça,
Que trombar com terrorista.Imagine ir numa festa
Com a turma lá da escola,
Sua mãe bota em você
Sua roupa mais FRAJOLA…
Calça comprida, sapato,
Cabelo bem penteado,
Camisa com colarinho,
E um paletó alinhado!Quando chega, você vê,
A turma de jeans rasgado!
De camiseta e boné,
E tênis bem desbotado.É coisa de apavorar.
A vida da gente estraga
Dá vontade de matar!
Que mico que a gente paga!Outra coisa que apavora,
Que nos dá muita aflição,
É um dia de sabatina
Não sabermos a lição…Mas às vezes dá mais medo,
De saber uma lição,
Que a classe inteira não sabe.
Você banca o caretão!E veja se não dá medo,
De vez em quando, na escola,
Todo mundo está falando,
Não está dando a menor bola,
No meio do barulhão,
De repente a gente fala.
E neste mesmo momento,
A classe inteira se cala.Sua voz sai esquisita.
Com um jeito muito infeliz,
E quase sempre é besteira.
Aquilo que a gente diz.A gente gosta do irmão
Ainda mais pequenininho
Mas às vezes, dá vergonha,
Carregar nosso irmãozinho!Quando a gente está com a turma,
E a mãe da gente aparece,
Às vezes é o maior mico
Que a gente paga e não esquece!No meio de uma conversa,
Causa grande sofrimento,
Não conseguir segurar,
Soltar um pum barulhento…Soltar pum é natural
Que qualquer pessoa faz.
Mas conforme a situação
É ridículo demais!Se pensarmos um bocado,
Chegamos à conclusão,
Que ridículo são todos:
Depende da ocasião!Por isso, cada um de nós,
Será ridículo quando
Ficar muito preocupado
Com o que os outros tão pensando!
O menino que aprendeu a ver, Ruth Rocha
- O que João não entendia eram as palavras. Então chegou a hora de entrar na escola. À medida que aprendia, o espanto de João, em vez de diminuir, crescia! Ele viu primeiro a letra A das placas, faixas e revistas. Depois, a letra D. Quando João percebeu... Adivinhe o que aconteceu!
Marcelo, marmemo, martelo, Ruth Rocha
- Você já parou para pensar de onde vêm os nomes das coisas? Por que computador chama computador? Por que temos de chamar a água que cai do céu de chuva?
Marcelo fica muito cismado com esse problema e resolve que vai chamar as coisas do seu próprio modo. Assim, leite vira "suco de vaca". Mas sua vida começa a ficar difícil quando ele inventa palavras novas para todas as coisas e ninguém mais entende o que ele fala!
Este livro nos mostra a esperteza e vivacidade com que seus personagens resolvem seus impasses: Marcelo cria palavras novas, Terezinha e Gabriela descobrem a identidade na diferença e Carlos Alberto entende que não temos nada sem amigos.