insignificante
Wednesday, June 15, 2022
 

 Um espaço deste e doutro mundo, possível!

FESTA DE ANIVERSÁRIO DA FÁBRICA DO BRAÇO DE PRATA

Sexta-feira, dia 17 de Junho, para celebrar 15 anos de (r)existência


Sempre que nos aproximamos da data de mais um aniversário somos assaltados pela mesma sensação de vertigem que marcou o dia da nossa inauguração. Iremos conseguir dar o salto sobre o abismo? Seremos capazes de garantir a existência da Fábrica por mais um ano? Teremos condições para continuar a receber cerca de 40 concertos por mês pagando aos músicos apenas com o resultado da bilheteira no final de cada noite? E existirão ainda mais de 50 artistas plásticos que, ao longo do ano, queiram apresentar os seus trabalhos nas nossas salas sem terem a garantia de vender uma única obra? A Câmara Municipal de Lisboa continuará a proteger esta aventura aceitando que habitemos este antigo edifício da administração da Fábrica de material de guerra? A renovação imobiliária de Marvila irá tolerar a sobrevivência desta profanação de todas as leis do mercado, mesmo no centro da Lisboa do século XXI? 

E, como no primeiro dia, existe uma força muito maior que nós que nos empurra para a frente, para o desconhecido. Hoje sabemos que essa força não vem de trás. Não é o que já conseguimos fazer que nos inspira. E já fizemos o que pareceria impossível - como, ao longo destes 15 anos, passar mais de 2 milhões de euros dos bolsos das pessoas que pagam a entrada para assistirem aos 4 ou 5 concertos de cada noite para os bolsos dos mais de 3.000 músicos que aqui alguma vez tocaram. Acolhemos mais de 1.000 exposições, onde foram vendidas obras no valor aproximado de 200 mil euros. Montámos uma enorme tenda de circo onde couberam concertos para mais de 3.000 pessoas. Fizemos dos nossos muros a primeira galeria de Grafitti do país. E tudo isso quase se evaporou, tudo isso pareceu subitamente ser irreal. De facto, nos últimos anos, a Fábrica foi condenada a ser a sombra de si mesma com a chegada, primeiro, da Troika e o seu saque sobre o que seriam as nossas dívidas soberanas, depois, com o inferno do vírus e dos confinamentos infinitos. 

O que nos inspira hoje, é tudo o que se tornou de novo possível fazer. Somos empurrados por aquilo que ainda não existe e que tem a forma do imprescindível. 

Para celebrar este renascimento da Fábrica queremos fazer do dia em que cumprimos 15 anos de (r)existência uma festa até de madrugada. 

Começaremos às 19h, com o Baque Mulher, grupo de percussão residente na Fábrica. Depois, às 21h, será o espectáculo do Théâtre Jaleo (França) instalado no parque de estacionamento das Autocaravanas.  Às 21h30, Júlio Resende, o músico fundador das sonoridades Jazz na Fábrica, retoma a mais antiga tradição da nossa agenda - os concertos para piano bem temperado, bateria e contrabaixo das  sextas-feiras. Às 22h30, na sala Prado Coelho, os Bela Ensemble, dão a conhecer a mais recente tradição da Fábrica, o ciclo Fado Fatal também às sextas, com Ana Margarida. Às 23h00, João Ventura  (piano e voz) e Rogério Pitomba (bateria) trazem todo o imenso património da música brasileira para a sala Foucault. Nicole Eitner, outro dos monumentos que atravessaram os nossos 15 anos de vida,  prolonga  ao piano e na voz a chama de Júlio Resende deixada na Sala Nietzsche. Na sala Visconti, a partir das 22h00, retoma a percussão do grupo Baque Mulher como convite ao baile até de madrugada com os nossos DJs e com as nossas projecções video de memórias soltas da Fábrica. 

A entrada para a festa dos 15 anos será de 5€. A imperial vai custar apenas 1€. Teremos muitos petiscos e pratos tradicionais no restaurante e nos bares. 

Em paralelo, a entrada para o espectáculo do Théâtre Jaleo será de 10€. 


Nuno Nabais

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Sunday, April 26, 2020
 
A Fábrica de Braço de Prata, aqui muito falada é um local de referência de Lisboa e do país.
O Nuno Nabais e a sua equipa têm, com um pequenino contributo nosso, criado no seu entorno um movimento fantástico.
Edita ele, agora em digital a DESARMADA, que enviarei a todos que a quiserem. Uma revista fundamental para reflectir e lutar contra os diversos vírus que nos tolhem o movimento e a sociedade.
Aqui um dos muitos, muito artigo que me cativou:
https://www.revistapunkto.com/2020/03/reflexoes-sobre-peste-giorgio-agamben.html
mas todos eles, o quase todos eles contribuem para fortalecer a musculação neuronal e nos manter atentos e capazes de continuar a resistir.
O cofinamento, o isolamento social, a política securitária, tolo e mal engendrada, não nos podem ganhar, temos que driar outra hegemonia, e essa também contra os média dominantes e subservientes a uma agenda de imposição do medo, do pânico, ao serviço de sabe-se lá quem e o quê.
Pedir para civetta.buho@gmail.com

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Thursday, October 10, 2019
 
Estive ontem na sempre inesperada, qual uma verdadeira jam,https://www.bracodeprata.com/
a ouvir uma notável apresentação do
Prof. Roberto Machado sobre Proust.
Tenho poucas leituras desse, dois livros em #Procura...# e pouco mais. Mas ouvir durante cerca de duas horas uma apaixonada e apaixonante conferência sobre esse deixa-nos sequiosos.
Obrigado aos artistas que continuam a fabricar ideias, músicas, livros, projectos e realidades.

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Thursday, March 02, 2017
 
CROCODILO CRIOLLO, ontem. Na Fábrica.

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Friday, June 26, 2015
 
Na Fábrica Braço de Prata há livros, há música, excelente jazz!, há tertúlias, e jantares sobre política e cultura, há arte pelas paredes:
na sala da entrada também, onde se bebem uns copos e se mordisca menús cada vez de mais gastronomia  e agora, na caverna do Platão, temos teatro...
ontem # A Vida e o Sábio # pelo Grupo Freya.
Lembrando algumas coisas do Living Theatre, um grupo de excelentes "performers" acompanhou uma leitura de "Assim falava Zaratrusta", com partes de Eurípedes, nomeadamente relacionadas com o culto de Baco/Dyonisios.
Embora as condições de sonoridade não fossem excelentes, o som de jazz, irrompeu um pouco vindo do andar de cima, não perturbou uma boa construção de textos, sujeita a múltiplas interpretações.
E novamente on the road, agora com o National Geographic e a maconha no bornal.
Viva a vida e os seus sábios.


Nota
Com grande consternação ouço do iminente desenlace da vida de Maria Barroso.
Espero, sem grande esperança, que a vida ganhe. Mas seja como for ganhou uma grande vida! neste palco do mundo.

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Thursday, May 14, 2015
 
Para as agendas:

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Saturday, June 14, 2014
 
Aqui:
Hoje, também!

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Friday, June 13, 2014
 
Lá estarei...
http://www.bracodeprata.com/7aniversario.shtml
na Fabrica de Braço de Prata, com o Nuno Nabais e toda a "família" que se formou no entorno deste espaço emblemático, âncora da cidade de Lisboa.
Sobre a história, o processo já aqui opinei, e sobre ele também coloquei o meu grão de areia.
O texto do Nuno que acompanha este convite é exemplar.
A cultura tomou as armas, as novas armas, o nosso espírito não a abandonará.

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Wednesday, June 13, 2012
 





Hoje temos duas colaborações. Acima, picada do El Pais, de Eva Vázquez, porque a Fábrica é também um sonho e um projecto, em construção e imaginação, permanentes.
Abaixo, do nosso amigo, filosofo polifacetado, fabricante experimental, trovador de muitas ideias, responsável de muitas famílias, cultor de muitas vidas, Nuno Nabais, sobre outra, a mesma Fábrica onde agora se dá mais vida à vida, onde já se geriu a vida da morte.
(...)

Lançamento da Primeira “Pedra” do Museu Fábrica Braço de Prata
No dia 14 de Junho vamos começar o museu da Fábrica! Será uma obra em regime de colagem infinita de imagens (fotos, desenhos, textos) que cada um quiser trazer. Utilizaremos a parede de entrada das 3 salas da Caverna Platão para ir deixando crescer essa memória colectiva. Depois, nos próximos meses, e como eco dessas imagens do nosso passado recente, serão trazidas para aquele lugar as centenas de documentos que já recolhemos sobre os mais de 100 anos da Fábrica de Braço de Prata.

Este projecto de museu começou com uma pequena proposta de postais apresentada pelo Atelier Time Capsule.  A ideia inicial era editar pela Fábrica de Braço de Prata uma colecção sobre pensadores anarquistas do sec.XIX.  Depois,  os próprios designers descobriram uma série de fotografias  do quotidiano da Fábrica na década de 30 e 40, do Estúdio Mário Novais, que pertencem ao Arquivo da Biblioteca de Arte da Gulbenkian.  Decidimos editar também essas imagens como uma nova série de postais.  Mas a sua beleza, ou a sua estranha familiaridade, perturbou-nos. Estávamos a habitar, com uma livraria, concertos e exposições,  aqueles mesmos lugares onde durante anos tinham existido centenas de máquinas  a produzir armas e milhares de homens e mulheres anónimos a serem devorados por rotinas de fogo e ferro. Tornou-se urgente escavar mais as memórias da Fábrica. Precisávamos de recuperar as marcas de vida (e de morte) de quase um século passado entre aquelas paredes.  E, em poucas semanas, o Atelier Time Capsule tinha conseguido encher um baú com imagens, histórias, documentos oficiais e menos oficiais, e muitas pistas para mais pesquisas. Percebemos que a recuperação dessas memórias já não podia ficar circunscrita às nossas colecções de postais. Um novo dever desceu sobre nós: criar um pequeno museu da Fábrica de Braço de Prata, onde todas as vozes que por ali passaram possam ainda ser tocadas.
Queremos iniciar esse museu no dia do quinto aniversário da Fábrica. No entanto, antes mesmo de colocarmos em exposição as centenas de documentos sobre a versão fábrica de material de guerra, acreditamos que será mais forte convocar as memórias dos cinco anos de vida da versão livraria/concertos/exposições/bar. É que estes cinco anos contêm quase tanto passado como os 90 anos em que aqui se fabricaram armas. De facto, os últimos cinco anos foram dos mais vertiginosos e decisivos de toda a história deste nosso pequeno país. Em 2007, quando inaugurámos a Fábrica, Portugal era avaliado com AAA pelas agências de rating. Os funcionários públicos recebiam por inteiro o seu salário, para além de terem direito a subsídio de férias e 13º mês. O desemprego estava nos 6% e havia um Ministério da Cultura. Pouco depois rebentou a bolha financeira de Wall Street. E, desde então, as catástrofes sucedem-se. Tornámo-nos lixo. Depois de nos cortarem o salário, a água, a luz e de nos rebocarem o carro, querem ainda que acreditemos que desta falência global a culpa é nossa.
Durante estes cinco anos, a Fábrica foi atravessada por toda esta imensa guerra civil contra os “mercados”. Foi um combate muito duro. Todos os meses continuámos a organizar uma média de 60 concertos, a inaugurar entre 7 a 10 exposições de artes plásticas, a garantir a existência da melhor livraria de ciências humanas em língua portuguesa, a acolher performances, ciclos de cinema, lançamentos de livros. Durante os 90 anos em que aqui existiu uma fábrica de armamento, trabalharam em Braço de Prata cerca de 80.000 operários (a Fábrica chegou a ter em simultâneo 12.000 operários). Nos 5 anos de existência da nova Fábrica, vieram assistir aos nossos concertos, visitar as nossas exposições, comprar livros e beber alguns cafés e cervejas mais de 300.000 pessoas. Apesar da asfixia que se abateu sobre elas, foram essas 300.000 pessoas que, ao pagarem as entradas para os concertos, permitiram que transferíssemos para os bolsos dos músicos mais de 400 mil euros ao longo destes cinco anos. Foi porque essa imensa comunidade efémera gostou de se demorar pelas nossas salas que pudemos respeitar os salários de uma equipe regular e de ampliar a nossa parceria com as principais editoras de ciências humanas. E tudo isto sem receber um único cêntimo de subsídio, seja da Câmara, da Gulbenkian ou da Secretaria de Estado da Cultura (antigo Ministério).
Compreende-se que nestes cinco anos a Fábrica de Braço de Prata se tenha transformado num caso de estudo em sociologia das indústrias culturais. E já existem teses em ciência política que descobrem na Fábrica  características semelhantes aos novos movimentos sociais, como o dos indignados ou o dos precários. E esses estudos não têm origem apenas em Portugal. De Espanha, da Alemanha, da Suíça, somos visitados por investigadores que querem perceber como é possível sustentar uma tão grande actividade no domínio das artes e do pensamento sem que sejamos afectados pela miséria que se abateu sobre todos nós, nem pelos cortes drásticos dos orçamentos para a cultura impostos pelos “mercados”. É muito surpreendente para esses investigadores que nos visitam o total silêncio que reina nos nossos meios de comunicação sobre a realidade da Fábrica de Braço de Prata. Apesar de sermos o lugar de Lisboa com mais actividade em concertos de jazz e pop/rock, apesar de sermos a galeria com mais exposições de arte contemporânea (com uma dimensão cada vez mais internacional),  nenhum jornal (diário ou semanário), nenhum canal de televisão, nenhuma revista de actividades culturais (nem mesmo a Agenda Cultural de Lisboa) dá qualquer informação regular  relevante sobre a nossa programação. Por esse facto, os investigadores que querem descrever o nosso caso confrontam-se com uma enorme carência de documentos. É que os nossos registos têm uma condição paradoxal. Ou são o arquivo das nossas newsletters (que têm sobretudo a forma do projecto), ou as centenas de filmes e pequenas notícias  publicados por anónimos no youtube ou em blogues. Começar por fazer o museu do presente é, assim, uma decisão pelo documento. Mais tarde cuidaremos do passado como monumento. Por isso, para iniciar o nosso museu da Fábrica, pedimos a todos os que tenham imagens de coisas que aqui aconteceram nos últimos cinco anos – em fotos, desenhos, filmes, textos – que as tragam para a nossa festa. Poderemos assim construir uma obra-de-arte/documento que contenha a verdade testemunhal da Fábrica. Será afixada na Sala Platão (a caverna de entrada) como uma colagem rizomática com contornos indefinidos. Algo entre o graffiti de micromatérias e um mural de facebook em parede real. Claro que a obra que conseguirmos compor no dia 14 é apenas o primeiro rebento. Mas será o ponto de partida para um grande arquivo vivo sobre os dois momentos fundamentais deste lugar: 1) o da fábrica de armas de uma nação com delírios de império e 2) o de uma casa do povo de Lisboa que resiste ao império dos delírios – o império dos chamados “mercados” construídos sobre crédito fácil e pagamentos impossíveis. 
(....)
Nem sempre as palavras chegam para tudo o que se tem para dizer. Como nos diz um coelho, a sério, num livro mágicos, como são todos onde as palavras se juntam para criaram as "pedras" que significam a continuidade que somos, o que conta é quem tem o poder, sobre estas, sobre a vida.
Todos e cada um de nós.

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Tuesday, June 12, 2012
 

Para a nossa Fábrica:

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.

de Carlos Drummond de Andrade



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Saturday, June 09, 2012
 


Ontem fui à nossa Fábrica, ali no Braço de Prata, agora quase (parece que foi ontem) a comemorar os 5 anitos.
O espaço continua em pleno (e folgo por ter partes do meu empenho e também conselhos e presença) e o Nuno Nabais continua a ser a alma boa que vela por um, este, espaço único.
Fui ver a última criação do Bando, " Ainda não é o Fim".
Excelente, como habitual a coreografia, muito boa a prestação dos elementos da Big Band dos Loureiros (acima) e também dos actores, em condições por vezes difíceis.
O cenário também era bom.
Infelizmente, e já não é a primeira vez que tenho que fazer este reparo aos meus amigos d' O Bando, o texto era pobre, muito pobre, e mesmo em partes mau, muito mau.
A adaptação de partes de textos do Manuel António Pina (de resto escritor que estimo), embora com uma inovadora montagem, que  eram de uma pobreza franciscana é, no fundo, desmotivadora de cidadania e contrária até à lógica da peça.
Ainda assisti a um pouco do debate e saí estava precisamente uma senhora (não retive o nome) a dizer, com lógica e pedagogia, isso mesmo.
Mas valeu a pena e recomendo, até porque pode gerar discussão, polémica, luz, e/ou as sombras desta.

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Tuesday, June 14, 2011
 
Hoje a Fábrica faz 4 anos. Um espaço em construção sócio-cultural, com as dores, as angústias, as alegrias, as emoções, os livros, os sons, os copos, o estar, o ver, o dançar, e cultivar, tudo cultura, como também se fazia, diferente na produção da qual esta, o seu Braço de Prata são herdeiros.
A cultura, a produção que aqui teve sede, era de morte, de armas e materiais de guerra, e hoje não é senão um resíduo de passado que ainda assombra as estruturas deste edíficio, hoje ela mesmo assustada pela vitalidade, pela vida cultural que por aqui passa, aqui fica e continua.
Hoje neste espaço que também com muitos empenhos foi, está a ser, será recuperado para a cidade, por vontade de cidadanias que o adoptaram, o fizeram seu e culturaram, este espaço faz 4 anos.
Um espaço que honra a cidade onde existe e que tem um “karma” , um espírito do lugar e do tempo e tem o Nuno Nabais a dar-lhe filosofia. Da boa, da buinha!!!
Parabéns!!!

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Monday, November 08, 2010
 
Ontem ouvi os deuses no som cristalino de Jordi Savall e do notável conjunto de músicos que com ele superlotaram o grande auditório da Fundação Calouste Gulbenkian.
A junção de acordes, a flutuação de tempos destes e o infinito que se esvai no som que se segue transportam o pensamento à maior pureza.
Sublime, como só os deus podem aspirar.
A seguir fui até à Fabrica, para uma à muito prometida re-visita.
Agora uma soberba livraria acompanha os outros tempos e estados em que a cultura se diversifica.
O bom ambiente é o de sempre e fiquei honrado com o convite do meu amigo Nuno Nabais, para com o Nuno Farinha fazer uma apresentação do livro #Navegar é preciso# neste nosso espaço recuperado para a cultura de outros passados, e onde o futuro é sempre o dia.
Falámos de outras coisas, de outras culturas e abordei a experiência diferente, mas também valorizada por quem faz cidade (em Berlim) das Tacheles, espaço iconoclasta e do movimento alternativo, mas também da burguesia intelectual em terras teutónicas.
A Fábrica do Braço de Prata é hoje uma ilha de cultura e disponibilidade social e tempo na cidade de Lisboa.
Com um grãozinho de areia meu a iluminar a engrenagem que é feita de muito espírito e energias. Suaves também.

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civetta.buho@gmail.com

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