Continuo a leitura de Muñoz Molina e depois da operação dental vou ver um filme simpático de um personagem complexo Clint Eastwood, nunca passará o apoio que deu a Trump....
bom actor e muito bom realizador, em filmes que normalmente denunciam tudo o que Trump apoia....
Neste um excelente actor, o Macho!
Labels: Clint Eastwood, Filmes
Nos próximos dois dias irei proceder a duas operações, dentais. Desde logo estou um pouco preocupado....
Entretanto tenho tratado do meu futuro, nomeadamente do protesto contra a não atribuição de subsídio de desemprego. Já sei que a minha reforma não chegará aos 400 € por mês, é nisto que dá 45 anos de descontos como trabalhador independente, que os anos como funcionário não devem dar nenhuma contribuição (professor, no público e no privado...), veremos quando lá chegar daqui a 4 anos....
Entretanto regressado de águas ponho em dias as conversas e leituras, prevejo umas idas ao cinema e outras coisas....
E mergulho em mais um livro fascinante, alías todos os de Muñoz Molina o são. Este é um diário dos tempos de cofinamento e de crise pandémica, já estou no início do ano escolar de 2020, um livro fabuloso onde mescla a realidade com um notável arquivo de memórias. Envolvente e compulsivo.
Voltarei a este!
P.S. Além de algumas referências ás corridas, integrando-as nas vivências do mundo rural, coisa que urbanitas e animalistas não conseguem alcançar, é a todos os títulos excepcional e de grande minúcia, para quem já assistiu e participou nestes momentos e rituais, a descrição da matança (capítulos 197 e 198) que nos deixa saudosos e de água na boca, imersos nos detalhes portentosos e na filosofia de vida que lhe está associada. Não há ruralidade sem estes momentos.
Labels: Corridas, Livros, matanças, Muñoz Molina, tempo
Só hoje, um dia feliz para muitos, e alguns felicitei pessoalmente, amigos e candidatos que apoiei, 4 ou 5, mas outros, também, sabem que em conversas os tive em carinho, e após uma manhã de grandes conversas..., pois só hoje, consegui acabar este livro, que deveria ser obrigatório para os responsáveis das políticas públicas do território e conservação da natureza:
um livro muito, muito completo, que elabora na lógica pergunta/resposta todas as situações e problemas e que não traz o Rewilding como absoluto ou bandeira em riste. É um método e uma estratégia que se pode ou não aplicar consoante os locais e as dinámicas.
Aconcelho vivamente!
Por vezes o trivial sobrepõe-se. Hoje dormi até ás 10 horas, coisa que não me lembro de me ter acontecido há mais de 40 anos. Vi hoje mais um raposo morto na estrada, ontem à noite passou-me um pela frente devia ser meia-noite no caminho para Barrancos, não era este!. Hoje caiu-me mais um pedaço de um dente, que está só com um bocadinho....
Amanhã depois de regar as minhas plantas e enviar o O.I.E. irei votar na lista encabeçada pelo Leonel, que é a única que apresentou um programa minimamente decente, e não tem nenhum personagem infando.
Dado que o anterior presidente (P.S.) não se recandidatou, por lutas internas dilacerantes, é possível que a lista da C.D.U. que o Leonel encabeça, com muitos, quase todos, independentes consiga ganhar.
Barrancos precisa mudar, Barrancos precisa de gente nova com ideias novas, com ambições novas. Vamos ver. Ainda hoje, este abstruso dia de reflexão falei com meia dizia de pessoas sobre o miserável sistema eleitoral e de poderes autárquicos. O absurdo da eleição da Assembleia de Freguesia (quanto muito deveria eleger-se o executivo, como acontece com a Câmara), e o disparate que são as Assembleias Municipais, um mero sugador de dinheiros públicos, só para garantir clientelas e benesses, sem qualquer poder significativo, além de distribuir tachos e senhas de presença. Um sistema camarário à espanhola obviaria este disparate. Elege-se uma Assembleia (como a Assembleia de Freguesia) e desta, a partir desta, forma-se o executivo e aquela mantêm-se como entidade fiscalizadora.
Como referi não voto naquilo em que não acredito. Recordo de numa situação extrema ter votado para a Assembleia de Freguesia, mas, verdade seja dita, ainda não tinha estudado e teorizado os poderes autárquicos. Aqui:
https://www.wook.pt/livro/o-clientelismo-tomaz-albuquerque/17224553
Foi uma campanha muito estúpida, não se discutiram, quase nada, os problemas locais, tudo se resumia aos resultados globais, que não existem, e a quem fica e quem saí.......
Labels: Autarquias, autarquias 2021
Foi meu professor, e embora não fosse na altura muito das minhas áreas recordo-o bem e com simpatia.Continuou em busca da sua luz, mesmo quando enterrada por séculos de outras vidas.
Passou despercebida a sua morte, que aqui não deixo de assinalar:
Labels: Arqueologia, Manuel Maia
Se os nossos políticos * fossem sérios no Domingo esta empresa não teria mãos a medir, não teria mesmo. Com cerca de um milhão de candidatos, cerca de um para 4 cada votos estimados (com 45% de participação), e com dois eleitos por cada 100 votos (cerca de 80.000), isto é um verdadeiro regabofe... e as promessas, ilusões, propostas abstrusas (grande parte das candidaturas nem sabem os poderes das autarquias a que concorrem!), seriam precisas muitas empresas destas para varrer, limpar a porcaria (e nem falo dos cartazes que ilegalmente continuarão a poluir os espaços, todos) em que mais estas eleições o país deixam o país cheio de "esterco". E se as promessas tivessem validade no Domingo haveria muito suicídio ou cadáveres em decomposição.
mas vai uma moeda em como não passa nada?
* tenho alguns, talvez entre uma e duas dezena de bons amigos candidatos e eventualmente eleitos, até para cargos significativos, por diversos partidos e/ ou como independentes. Nem tudo é farinha do mesmo saco, e todos eles estão na minha estima e sei que são, como tantos outros, gente da maior seriedade. Infelizmente o sistema autárquico, conforme denunciado, é um sistema exdruxulo e foi cooptado pelas máquinas que nada tem a ver com as autarquias e pela lógica nacional, com a qual não deveria ter nada a ver.
Labels: Autarquias, O Clientelismo
Começa o Outono e o escuro que lhe está associado.
E estive numa conferência, agora chamam-lhes webinar, e verifiquei que peco (de pecar!) eu um pessimista dos 7 costados, por realismo....
Labels: alterações climáticas, Outono, romãs
No caminho encontro um sobreiro fantástico:
e na vila, fechada e em muito mau estado encontro uma casa outrora "nobre", ainda com símbolo:
e que dizer da venalidade de um município que deixa degradar esta casa, este casarão de cultura:
e aqui:Continuo na águas e agora com uma leitura de grande utilidade e entusiasmante:
um livralhão sobre um conceito, novo é certo, mas que bebe de muitos passados, e que será sem qualquer dúvida uma lógica de sustentabilidade importante.Um passeio pelos campos. Uma raposinha morta:
Haverá, talvez, meia dúzia de candidaturas que me merecem interesse, São sempre de amigos/as e/ou pessoas que aprecio pelo seu passado cívico e político e profissional, além de desde logo terem a minha amizade. Já aqui mencionei a Carla Castelo, com um passado notável como jornalista de causas, que liderando um grupo heteróclito disputa o munícipio de Oeiras, e onde tive ocasião de rever o meu velho e estimado companheiro Peres Metelo.
Hoje trago aqui um dos outro, o meu velho e grande amigo e companheiro de lutas épicas por Nisa, contra fantasmagorias e por um desenvolvimento sustentado, destas terras, hoje tão abandonadas e nas mãos de gente sem ideias que não o espectáculo em si e para si.
O Paulo Bagulho é um "técnico" termal, ou melhor de termalismo de primeira água, hoje a dar brilho às termas de Cabeço de Vide (sendo que nada tem a ver com a desgraceira em que mergulharam as de Nisa!) e um cozinheiro de alto, altissimo gabarito. Hoje no delicioso espaço que é o Quintal das Festas (felizmente um empreendimento que está a resultar em pleno) comi o melhor barbo da minha vida, além os feijões das festas e dos paparatos e das carnes das mesmas. O barbo limpinho e frito no ponto certo, o resto nem comento, por estar ao nível.
Pois o Paulo é também um resistente, tem resistido aos maus ventos que o têm assombrado, até na saúde, e agora empenha-se nesta tarefa ciclópica que é conquistar o município de Nisa. Tem um boa equipa que conheço e tem genica, mas sabemos da vantagem assustadora da tinta, do poder, do papel, da compra de votos.
Mas vamos à luta, só perde quem desiste.
Força Paulo!
Nota: a Carla é independente e concorre numa coligação de 3 pequenos partidos, a que imprime, com o seu grupo o cunho político. O Paulo e alguns dos companheiros também são independentes e concorrem na lista da CDU, com total autonomia de programa e iniciativas. Outros amigos são candidatos, em listas do PSD ou do PS ou como independentes, poucos é certo, que o sistema eleitoral autárquico tem que levar uma grande varidela, e o tempo não está de feição, mesmo para bons marinheiros.
Teremos uma abstenção a rondar, como habitual, os 50% a nível nacional. A nível de cada local veremos a proximidade.....
Labels: Autarquias, Autárquicas 2021, Nisa
Foi um erro a aquisição deste tijolo (500 págs.) de que li en vol d'oiseau mais de metade. Duvido que venha a modificar a minha opinião. -"quem te manda sapateiro tocar rabecão" pois um médico ilustre, de um família com créditos em várias áreas recorre aos manuais para cerzir um encomiástico olhar nacionalista, somos muito bons, somos os melhores, na linha do pior marcelismo, desculpando os nossos crimes com erros menores, sobretudo quando comparados aos de outros..... claro que dando vida a ilusões da história e dando-lhe H grande, quando fazem parte da mitologia e ignorando as modernas revisões dessa pequena, pequenas, estórias, com ciência e conhecimento.
voltarei aqui no termino deste livro de um balofismo seródio.
Aqui: Pois tendo espremido este calhau da maior indigência e que reputo ser livro de cabeceira de já sabem quem, leio coisas da maior desfaçatez apresentadas como verdades, sempre rodeadas da áurea incólume de que o autor se reputa. Mau, muito, muito mau.
Labels: História, Livros, nazionalismo
Corredor da morte, aerosol, inalação, agulheta é a minha rotina diária, depois 2 kms de passadiço até à vila e volta, quebra frugal do jejum, leituras, e pôr em dia alguns mails e mensagens. Fazer o O.I.E., trocar mais umas mensagens, um chá e meditação.
Este tinha mais expectativa, dada pelo Frederic da Livraria Francesa, e é muito dejá vu. A ideia, facto, que as tropas nazis funcionavam com base em químicos indutores de energia já está mais que documentada, aqui faz em bom ponto da situação. Que Hitler era um junkie, que vivia na ponta da agulha, e com base em pastilhas de origem animal (dizia que era vegetariano), é todavia uma cortina de fumo, para desculpabilizar o sistema assassino baseado numa ideologia terrifica e em noções anti-cientifica. Não Hitler era racional e espelhava uma élite económica e política que, como é claro, sobreviveu à guerra e continuou nos comandos da Alemanha. Tornar Hitler um mero palhaço tem por objectivo, desculpabilizar o sistema que o engendrou e que lhe era devoto. É claro que ele não era um palhaço era um untermensch!
Comecei no Domingo e, com viagens e tratamentos e caminhadas pelo meio, só há pouco conclui o notável número do Le Point sobre livros proibidos (claro muito centrado em França, mas na mesma!)
muita revisão do já sabido sobre a intolerância, sendo que sabendo que é um personagem contraditório fico ainda mais surpreendido com a bufaria anónima de Voltaire contra Rousseau, que acusa de loucura, indecência e ateísmo, a propósito de Emilio. No melhor pano....Um número de referência e história.
Labels: Intolerância, Livros
Do O.I.E. de amanhã:
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Produzi e colaborei em mais de uma dezena de programas eleitorais em 3 ou 4 municípios. Em vários dos meus livros abordo temas autárquicos e tenho dois livros especificamente sobre estas.
Um com o meu velho amigo e camarada Tomaz Albuquerque, O Clientelismo, que ora voltámos a assinar na Feira do Livro, e outro dos anos 80 (julgo que de 1983, ano eleitoral autárquico) com o meu saudoso amigo Humberto da Cruz e outros camaradas do Amigos da Terra, que editado ficou um pequeno opúsculo "Questionário aos Partidos e Eleitores", com 37 perguntas sobre todos os temas e poderes destes órgãos de poder*
Exerci 3 mandatos de vereador ( com Kruz Abecassis e 2 António Costa) e 1 de deputado municipal e vejo com angustia, muita, a enorme superficialidade e tontadas em que está mergulhada esta campanha, deprimente, seja por total ignorância das competências dos poderes locais, ou simplesmente por simples e mera boçalidade dos candidatos.
Tenho sugerido e seguido algumas ideias, aqui e ali, e apoio alguns amigos que se esforçam contra as máquinas trituradoras, difíceis de bater, mas só perde quem desiste de lutar. Para eles um abraço fraterno.
Até dia 26 estarei a águas, mas acompanho, a horas incertas, o processo e votarei nesse dia, embora discorde do sistema de poderes autárquicos e portanto será nessa linha.
É possível que alguns dos próximos dias, ainda incertos os horários termais, haja falhas no O.I.E., que comemora 3 anos esta 6ª feira dia 17 de Setembro!
* Tendo encontrado um exemplar verifiquei, a memória já tem falhas, verifiquei que este era para as legislativas desse ano. Tem um capítulo sobre Urbanismo e Saúde Pública, que serve como uma meia nas autarquias.Um documento histórico e para a História! (Capa em anexo)
Labels: Autarquias, Eleições, Livros
Cruzámo-nos algumas vezes, dei a convite de António Mega Ferreira uma colaboração num livro/ contributo para a sua 1ª eleição presidencial *, na Câmara de Lisboa, onde nos colidimos, fui sempre sua oposição, ele foi um continuador de Kruz Abecassis, mas sempre lhe tive apreço.
Os portugueses, todos, lhe são devedores, pelo espírio cívico exemplar e integridade, sem limites.
aqui fica, com um 25 de Abril, sempre!* já aqui referi que dei colaboração a 2 candidatos, a J.S. na 1º e a R.E. na 2ª eleição (fui eu que escavei a ligação ao campo de S.Nicolau... do outro), só votei 3 vezes, no 1º Otelo e nas duas voltas em M.Soares, e até fiz campanhas.
Sou contra este sistema semi-presidencial abstruso, elegemos alguém com os poderes, menos aliás, da Rainha de Inglaterra. É uma das razões da decrepitude do nosso sistema político. Não voto ou voto nulo em orgãos que não estimo, como as actuais A.M., onde nem quando fui candidato votei, infelizmente a possibilidade de alteração do sistema é quase nula.....sobre este tema chegámos a iniciar uma conversa.....
Labels: Jorge Sampaio
Não é mostra de muita imaginação, mas passados 50 anos desta obra-prima....
Labels: Imagine, Tempo e música
Foi uma tarde agradável, na converseta, com o meu co-autor, e com cerca de uma dezena de transeuntes interessados e compradores dos nossos livros. Também comprei ou melhor foi-me ofertadado mais um para os dez dias previstos a águas, até 26, onde irei dar uma volta pelo voto.
Também fui à livraria francesa buscar uns requisitados.
Este o calhamaço, mais um, que levarei, a termas:
uma família que também merecia, só por si, outro livro!Labels: Etno-antropologia, Livros
Encontrei mais uma, mais uma Virgem, para encher o panteão onde as deusas já se aglomeram. Quando era pequeno pensava que cada uma era outra. Agora sei que é tudo mito e ritual.
Esta é a das Angústias, padroeira de Ayamonte e tem uma expressão desolada ao procurar ressuscitar o morto que tem nos braços, que é Deus, que morreu.
o azulejo remete também para o estilo e lógica mudejar, que também tem a sua virgem Fatma, que segundo o Espírito Santo (o Moisés, claro!) é a de Fátima, confundida com a outra e assim com mais um nome e uma forma.Labels: Angústias, Moisés Espirito Santo, religião, Virgen de Flores
Agora sim, o cartaz correcto!
é já depois de amanhã que vos espero para uma converseta, matar saudades e trocar impressões e olhares.Labels: Livros, O Clientelismo, Terapias para as Autarquias
Termino esta semana de retiro com um "romance", estória por onde passa a ilha Terceira como grande protagonista. As paisagens, as comidas, as gente, estas muitas e algo confusas, numa estória que precisa de tradução, ou melhor precisava de ter tido melhor edição, porque com demasiados e confusos personagens.
um livro que nos descansa o espírito, também o Divino.....Na linha de Shlomo Sand, este é um livro clarificador, contra as teorias sionistas, e do povo escolhido.
O proselitismo judeu, e desde logo a conversão Khazar, e os asquenazes, mas também a expansão no Norte de Africa e na Ibéria antecedendo as vagas arabes islamizantes.
muito documentado e como tudo na estória da história sujeito a interpretações.Labels: Judeus, Livros, Shlomo Sand
Este dragoeiro, também de minha estima, vai aparecendo por aqui. Tal como o seu irmão em frente, não me pareceu muito estimado, nesta visita.....
mas espero que seja só o ar das autárquicas e logo recupere, e rejuvenesça.Falta-lhe o brilho do "Jogador de Xadrez" de Stefan Zweig, mas é um livro, meio ficção, interessante, com algumas realidades e um xadrezista, pessoalmente execrável, que por este, sabendo-o também, parte, ficção ficamos a conhecer melhor.
um passo em frente, um passo ao lado ou na diagonal, e o cavalo. A moral e tudo isso.No remanso vou pondo dia nas leituras. Do meu estimado amigo Fernando Pereira Marques, ex-camarada, como tantos outros que passeiam por este livro, com algumas lacunas, é certo, mas que constitue, até pelos muitos documentos que transcreve, um obra de referência, da luta.
A escrita do Fernando é culta e muito bem elaborada.
de saudar também, neste trâmite o José Pacheco Pereira e o Ephemera!Labels: Livro, LUAR, Pereira Marques
No jardim leio #o Ouriço e a Raposa# de Isaiah Berlin
“ Somos por natureza, muito ignorantes e o nosso conhecimento é extraordinariamente reduzido face ao inexplorado e ao que é inexplorável”.
Labels: Isaiah Berlin, Livros