A “Oficina da Criança”, na cidade de Montemor-o-Novo, é uma criação da Câmara Municipal, nascida em 1981, logo (como não está aqui o Guterres para fazer as contas por vós)... há 32 anos. Ali, revoadas sobre revoadas de crianças, têm passado tardes a brincar às artes, pintando, fazendo cerâmica, cestos de vime, trabalhos em madeira, construindo fantoches... e mais mil coisas que saem das cabeças das impagáveis monitoras que têm estado nesta aventura ao longo de todos estes anos.
Quase todas as crianças que hoje por lá param, já nasceram sob o “jugo” do comunista Carlos Pinto de Sá que, até há um ano, era o presidente da autarquia. Pinto de Sá é tão exímio a controlar o famoso “jugo” comunista, que assim que se soube que era candidato pela CDU à Câmara de Évora, não foram poucas as pessoas daquela cidade que começaram a dizer a quem os queria ouvir, que, embora não sendo da CDU, iriam votar nele... e votaram. Tal é o efeito "psicológico" que o homem exerce sobre as pessoas!!!
Voltando à “Oficina da Criança”, recentemente, uma tal Mimi, uma jovem mulher de cerca de trinta anos, que consegue dissimular por detrás de uma figura e sorriso angelicais, uma fera capaz de aterrorizar os pobres dos miúdos, apareceu com o projecto de os pôr a “Pintar a pré-história”.
Se bem o pensou, melhor o fez! Tratou de encerrar, durante horas, a miudagem, na Gruta do Escoural, tortura complementada com o visionamento forçado de imagens de pinturas rupestres de Foz Côa, de grutas espanholas e até do Brasil... o que deixou as pobres crianças prontas para fazer tudo o que ela quisesse.
Não há escapatória para esta infeliz miudagem! Aqueles que conseguem escavar túneis para escapar às masmorras da “Oficina da Criança”, são apanhados na rede que as leva para outra “oficina”, esta, a “Oficina do Canto”, onde ficam (já há mais de 16 anos) à mercê de uma tal Maria do Amparo, onde são forçadas a cantar como se não houvesse amanhã... mas essa é outra estória.
Para completar o tratamento de terror, as crianças foram obrigadas a fazer tintas apenas com pigmentos naturais e gordura de porco, tintas que tiveram que misturar recorrendo unicamente a pequenos paus e pedaços de osso, materiais que serviriam, também e para além dos próprios dedos, para pintar os desenhos que fizeram colectivamente... repito, colectivamente!, com a ajuda de pedaços de carvão de lenha para definir os traços a preto... com a desculpa de que eram esses os materiais de que se serviam os artistas da Pré-História.
E pintaram, pintaram, pintaram... dezenas e dezenas de quadros que o medo fez com que ficassem fantásticos. E pintaram, pintaram... dividindo os trabalhos conforme a turma da sua escola de origem e com a ajuda e empenho de professores e professoras.
E é assim Montemor-o-Novo, um dos nossos 34 concelhos sob o “jugo” comunista!
Depois, à noite, as crianças lá voltam para os casebres e cavernas dos pais, com uma côdea como único jantar... mandadas para a cama sob os retratos de Marx na parede e a ameaça constante de, se não se portarem bem... serem elas próprias o pequeno almoço da manhã seguinte.
(o fotógrafo não era grande coisa, as condições também não... e isto é apenas uma pequena amostra)