Estamos a atingir um nível de abjecção política e humana a que só posso dar um nome: fascismo económico. A bota cardada da finança que mantém aberta, à força, a porta por onde há-de passar, a seguir (se nada for feito urgentemente) o fascismo político puro e duro.
Vem este desabafo a propósito da nova “ideia” do homem dos sumos e das cervejas, hoje de serviço no governo de Passos e Portas. Diz Pires de Lima que quer o “empreendedorismo” como disciplina de ensino obrigatório nas escolas. Quer que os estudantes vão estudar... para “empresários”.
Fantástico! No mundo ideal deste fanático do CDS, inscrevem-se os herdeiros num qualquer colégio finaço, pago com o dinheiro de verbas roubadas à Escola Pública e, para além de umas pinceladas de umas línguas, noções de etiqueta à mesa e aulas de condução de automóveis particularmente potentes, ensina-se-lhes, de uma forma científica, a melhor forma de fundar e gerir as empresas onde hão-de, estudos terminados, explorar os milhares e milhares de seres humanos que não tiveram o privilégio de nascer no seio de famílias ricas ou “nobres”, ou quase “nobres” de tão ricas... e que se ficaram pelas escolas dos pobres.
Ah... não sei se já tinha dito... mas acho mesmo que isto é uma forma de fascismo disfarçado de…
Fascismo económico!