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sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Amália - Formiga Bossa Nova





Já que falei do O'Neil... aqui fica uma das suas pérolas. Um contributo para a velha disputa entre as formigas e as cigarras, a que o Alain Oulmain juntou uma espécie de "bossa nova" e a Amália uma dose de saborosa ironia.

É uma "nova" versão, arranjada pelo Thilo Krassman em 1970.


“Formiga Bossa Nova”

(Alexandre O’Neil/Alain Oulmain)


Minuciosa formiga

Não tem que se lhe diga

Leva a sua palhinha

Não tem que se lhe diga

Leva a sua palhinha

Asinha, asinha


Assim devera eu ser

Assim devera eu ser

Assim devera eu ser

Assim devera eu ser


Assim devera eu ser

E não esta cigarra

Que se põe a cantar

E não esta cigarra

Que se põe a cantar

E me deita a perder


Assim devera eu ser

De patinhas no chão

Formiguinha ao trabalho

De patinhas no chão

Formiguinha ao trabalho

E ao tostão


Assim devera eu ser

Assim devera eu ser

Assim devera eu ser

Se não fora não querer.


Formiga Bossa Nova

(Amália Rodrigues)



domingo, 21 de outubro de 2012

Amália Rodrigues – Diferente...







Para hoje, uma velha canção de intervenção. Numa versão menos conhecida e, provavelmente, inesperada.
Porque aqui se canta um excerto do longo poema original, mas que não é a parte a que estamos habituados na voz do Adriano.
Porque cometo duas “maldades”: convocar para esta canção de intervenção, que tanto sentido faz na hora que vivemos, a voz de Amália Rodrigues e a poesia de Manuel Alegre.
A razão porque coloco aspas nas maldades... é porque a Amália não se afastou de nós. Foi empurrada! Porque as pessoas de esquerda também são capazes de fazer coisas muito tolas... e essa, se bem se lembram, foi uma delas. Quanto ao Manuel Alegre, porque embora tendo encetado há muitos anos um desvio no seu caminho inicial, desvio tão largo e longo, que ainda não terminou... a verdade é que nada do que ele faça ou diga pode apagar a memória, ou o significado e a importância daquilo que escreveu, ao tempo em que nasceu a “Trova do vento que passa” e ele tinha (como aqui cantava o jovem Adriano) “uns cabelos onde nascem os ventos e a liberdade”.
Fiquem pois com esta versão, com música de Alain Oulman.
Bom domingo!
“Trova do vento que passa” – Amália Rodrigues
(Manuel Alegre/Alain Oulman)