Lançada biografia da atriz Lilian Lemmertz - Biografia resgata vida e obra da atriz Lilian Lemmertz
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Em seu novo livro, "Lilian Lemmertz - Sem Rede de
Proteção", da coleção Aplauso Especial, o jornalista Cleodon Coelho, 40
anos, atribui a esse cenário festivo o fato de a morte de Lilian ter tido pouca
repercussão na época. E da memória de sua curta, porém intensa carreira ter se
perdido com o passar dos anos. Ao seu lado nessa empreitada de reconstituir, de
forma organizada e detalhada, a história de Lilian, ele contou com uma fiel e
fundamental escudeira: Julia Lemmertz. Sem ela, o processo de pesquisa
certamente teria sido muito mais árduo e com menos riqueza de informações. Ela
indicou pessoas que poderiam ajudá-lo, lembrou de um verso de Luís de Camões
que a mãe carregava na carteira e teve uma colaboração ainda mais definitiva.
"Ela ia fazer uma reforma na casa dela e, no fundo do guarda-roupa,
encontrou uma mala cheia de recortes de matérias, entrevistas e resenhas, das
décadas de 60 e 70, que Lilian guardava", conta ele.
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Gaúcha de Porto Alegre, Lilian Lemmertz não nasceu no seio
de uma família de artistas, mas seus pais, caixeiros-viajantes, nunca se
opuseram à ideia de ela tornar-se uma. Dona de um humor ácido e uma beleza
clássica - acentuada pelos olhos azuis e pelo nariz arrebitado herdados do pai
Hugart - ela não começou a vida profissional no palco. Essa boniteza toda,
acrescida de uma elegância natural, a levou a se tornar, primeiro, uma das
manequins mais conhecidas da capital gaúcha. Tinha então 18 anos e se virou
musa de Rui Spohr, famoso costureiro do Rio Grande do Sul, que iniciou a
carreira desenhando chapéus.
Não que ela tivesse corrido atrás dessa oportunidade. Foi
descoberta na rua. "As coisas foram acontecendo na vida dela", diz o
autor. O mesmo ocorreu na carreira de atriz. "Um dia, Antônio Abujamra,
com quem eu fazia inglês, me apareceu com um convite para integrar o elenco do
Teatro Universitário da União Estadual dos Estudantes (UEE), que iria montar À
Margem da Vida. Recusei", confessou, certa vez, a própria Lilian. Em casa,
ela comentou com a mãe, que, para sua surpresa, achou aquela uma ótima ideia.
"Existia preconceito com as duas profissões. Mas os
pais dela não viam problema nenhum", ressalta Cleodon. A opinião da mãe
foi fundamental. E Lilian estreou no palco com a peça de Tennessee Williams.
Nessa nova fase da vida, a atriz conheceu Linneu Dias, que se tornaria seu
marido e pai de Julia. No livro, Cleodon relembra ainda a ascensão de Lilian na
cena cultural gaúcha e a importância de figuras do teatro na carreira dela,
como o casal Walmor Chagas e Cacilda Becker, responsável pela mudança de Lilian,
Linneu e Julia para São Paulo. Com a década de 60, vieram a consagração na peça
"Quem Tem Medo de Virginia Woolf?", sua condição de musa do cinema de
Walter Hugo Khouri e o início de seu namoro com a TV, que lhe renderia papeis
marcantes, como a primeira Helena de Manoel Carlos, na novela "Baila
Comigo", de 1981.
As informações são do Jornal da Tarde.
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