Quando eu recebi as fotos da Débora, eu não sabia qual montagem por rs. Por isso resolvi colocar várias, porque a transformação dela foi impressionante! Mais um caso de mãe, que por um tempo deixou de cuidar, abdicou da vida em função do filho e que percebeu que além de mãe, era ainda mulher,esposa,profissional! História que emociona pela força de vontade!
"Eu não posso afirmar, mas acredito que seja um pouco
diferente as sensações com relação as mudanças no corpo de quem um dia já foi
magra, malhada, toda boazuda e uma hora se viu no espelho com 80 kg e um
manequim 46 e quem sempre foi gordinha, cheinha e vive no efeito sanfona.
Meu caso é o primeiro.
Dos meus 17 até 26 anos, sempre tive um corpo considerado
como chamativo pela sociedade de hoje. Sempre tive bundão, peitão e quase não
tinha barriga.
Às vezes ficava um pouquinho acima do peso mas o acima era
manequim no máximo 42.
Quando engravidei estava com corpão pois tinha feito uma
hidrolipo, um procedimento não invasivo para diminuir gordurinhas indesejadas
para quem tem preguiça de malhar como eu.
A hidrolipo é ótima, mas só para quem tem apenas poucas
gorduras localizadas, para pessoas gordinhas não adianta nada, poura enganação.
Na gravidez ganhei apenas 15 kg o que é considerado normal e
nos primeiros 3 meses emagreci pois amamentava muito e aí dei aquela secada básica.
Porém, quando decidi abandonar meu trabalho de 8 anos em uma
empresa para me dedicar 100% ao meu filho é que as coisas começaram a mudar. Uma decisão difícil de ser tomada,
uma situação que várias mulheres vivem, um verdadeiro dilema.
Trabalhar e ganhar dinheiro no mundo corporativo ou ser mãe,
dona de casa e ser vista pelos outros como “sustentada” pelo marido.
Sempre trabalhei desde os meus 17 anos e sempre tive as
minhas coisinhas, meu din din que nem era muito, mas era meu, só meu.
O primeiro ano sem trabalho me renderam 13 kg a mais.
Eu estava tão feliz em ser mãe, estava tão realizada com meu
filho que realmente toda aquela minha vaidade, importância com o corpo não me
importava.
Quando a gente tem filho nossas prioridades mudam
completamente, a vida toma um outro sentido.
Minha prioridade não era mais eu, as roupas que eu comprava,
a massagem que eu fazia para tirar celulite. Minha prioridade era meu filho.
Engordei inconsciente porém consciente do que ia acontecer
com o meu relaxamento.
Ficava em casa, cuidava do meu baby, comia, comia e comia
para preencher as lacunas de ansiedade.
Passado o primeiro ano do meu filho comecei a notar que algo
estava errado comigo e que eu não gostava mais de tirar fotos, coisa que eu
amooooo fazer, não ficava horas me arrumando na frente do espelho...percebi que
não estava gostando do que eu via ali refletido.
Um dia abri minha gaveta de calcinha e fiquei olhando para
aqueles sutiãs “begiiiiiiiiiiiiiiii”, calçolas para comprimir toda sua gordura
que Tb eram “begiiiiiiiiiiiiiiiiiii” e me dei conta de que aquilo não era eu.
Via no rosto das pessoas o espanto toda vez que me
encontravam !!
Meu marido que eu chamo de ogrinho verde claro, nesse ponto
nunca me colocou para baixo. Ele sempre me dizia que era uma fase pós gravidez
e que meu corpo ia voltar.
Mas eu não me ajudava e cada vez comia mais e mais.
Pois bem, em 3 anos 25 kg acumulados, um manequim 46 e as
pessoas chocadas com a minha transformação.
A loira boazuda tinha virado uma gorducha !
Montei meu negócio, comecei a trabalhar em casa. Hoje tenho
um serviço de entrega e montagem de mesa de frios, escolhi trabalhar com delícias de dar água na boca.
Um dia então, encontrei uma colega que não via a muito tempo
e ela me perguntou se eu estava grávida de novo. Oiiiiiiiii ????!!!
Esse foi o boom para eu mudar alguma coisa, tinha que fazer
por questão de saúde, de estética e por que minha auto estima estava bem baixa.
Só usava batas bem largas, calças jeans não me cabiam, as
pernas roçavam umas nas outras me deixando toda assada...
Várias amigas, meu pai, meu irmão, sempre me falavam que eu
tava irreconhecível.
Amigos e pessoas que realmente te amam são aquelas que falam
o que vc não quer ouvir na hora que vc mais precisa ouvir.
As que dizem: Vc é linda de qualquer jeito, essas gostam de
vc e querem te fazer sentir bem, mas não te amam.
O primeiro passo foi ir ao endócrino que por acaso é meu tio.
Pedi a ele uma fórmula mas sem essa doideira de sibutramina,
e esses remédios que vc toma e engorda tudo depois.
Ele me manipulou uma fórmula para que eu fosse mais ao
banheiro pois além de reter muito líquido eu também tenho, como a maioria das
mulheres dificuldade de fazer número 2.
Daí ele disse, aqui ta 40%, o resto é com vc, milagre não
existe.
Na primeira semana pensei que ia enlouquecer.
Bebia 2 litros de coca cola por DIAAAAAA, comia pão
praticamente todo dia, me enchia de fritura.
Larguei tudo na marra e fiz uma dieta a base de frutas,
iogurtes, pão sírio, queijo branco e fui bemmmmmmmm radical, cortei cerveja,
petisco final de semana.
Saía pra almoçar com meu pai e meu marido, eles comiam
picanha e eu comia vento pq já tinha feito minha refeição de frutas, iogurte e
barra de ceral.
O mais difícil são as duas primeiras semanas, você engrenar
mesmo. Se você sobreviver a esse prazo, depois começa e ver o resultado e se
empolga.
Comecei a desinchar e nem acreditava que eu estava
praticamente “esvaziando”.
Tomei a manipulação por 2 meses apenas, e os outros 3 foram de
dieta, determinação, força de vontade e de foco no foco.
Comecei uma novela no facebook com o projeto
#voltabinhagostosa (Binha é meu apelido).
As pessoas incentivavam, viam o resultado do meu esforço e
eu comecei a motivar muita gente que não acreditava em si mesmo.
É o que eu falo, vc não será magra comendo feijoada, fast
food, tomando chope todo final de semana e aí na segunda feira começa a fechar
a boca de novo ou a tomar veneninho pra emagrecer.
Remédio é ilusão!!
Infelizmente não há milagre e emagrecer e manter só depende
de nós mesmos.
Já tem um ano e meio que eu eliminei 21 kg.
Já tem uma ano e meio que não coloco uma gota de refirgerante
na minha boca nem em festa de criança e olha, como eu tenho festa de criança
para ir.
Já tem um ano e meio que eu não uso mais sutiã 46/48 e sim
44...
Já tem um ano e meio que meu manequim é 38 e eu tive que
fazer ajuste em todo meu guarda roupa...
E a minha motivação para continuar mantendo e na luta contra
a balança não são os elogios que eu ganho dos outros, os “fiu fiu” dos homens
na rua, e sim eu me olhar no espelho e me reconhecer.
Ter filho não é justificativa para vc aceitar 21 kg a mais em
vc.
É preciso amar se olhar, gostar de colocar aquela calcinha
linda que não é “begiiiiiiiiiiiiiiiii” para o seu marido sem medo de parecer
ridícula, é se amar vendo seu reflexo.
Há pessoas que se amam gordinhas, que se aceitam e eu acho
isso o máximo.
Porém quem não esta satisfeito com seu corpo pode e deve
começar a tentar dar o primeiro passo.
Foi o que eu fiz.
Sei que hoje com 34 anos não consigo mais emagrecer com a
facilidade de quando tinha 22. Minha pele não é a mesma de antes mas graças a
Deus não fiquei pelancuda.
Tenho flacidez na barriga, mas não fiquei com estrias e as
celulites diminuíram muito mesmo.
Hoje não quero ter corpinho de mulher fruta, não quero ser
boazuda, quero apenas vestir uma roupa e me sentir bem comigo.
Como de tudo e aprendi que a lei da compensação funciona e
muito. Não dá para se ter tudo ao mesmo tempo na vida.
Se um dia vc tem o fast food, no outro vc tem a a maçã, o pão
sírio e assim vai...
E é isso gatammmmmmmmmmmmmmm, de gorducha a Divaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa pq eu me amo e me acho linda !!
Esse papo de beleza interior é legal, masssss, infelizmente
não é bem assim que a banda toca."
Ig: @binhuxa