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sábado, 4 de janeiro de 2025

Leituras no Metro - 2951

Gaston Gallimard e Camus.
Camus e a secretária na varanda do seu gabinete na Gallimard.

«O Alain vem ter comigo e dirigimo-nos ao número 5 da Rue Gaston Gallimard, onde se situa a sede da editora desde 1929. Aurélien, o meu editor francês, vem abrir-nos a porta do que foi a antiga sala de trabalho de Albert Camus. Da única janela avista-se o jardim lá em baixo. [...]
«O Sr. [Antoine] Gallimard recebe-me no seu escritório. Por cima da lareira está o relógio que Saint-Exupéry ofereceu ao seu avô. Descemos por umas escadas de mármore já muito desgastadas, passamos pelo salão azul e entramos no jardim onde, sentado numa cadeira branca de vime, Yukio Mishima foi fotografado. Ficamos vários minutos em silêncio a admirar a simplicidade geométrica do jardim.» (Patti Smith - Devoção. Lisboa: Quetzal, 2019, p. 25)

O jardim da editora Gallimard. Foto Camille Bigot.

No texto «Um sonho não é um sonho», Patti Smith relata a visita que fez à casa de Camus em Lourmarin, casa que o escritor comprou com o dinheiro do Prémio Nobel. Segundo Patti Smith, Loumarin lembrava a Camus  a sua Argélia natal. Ela foi convidada pela filha do escritor a ir ver a casa e Catherine mostrou-lhe o manuscrito de O primeiro homem, que se encontrava numa pasta no carro em que Camus morreu faz hoje 65 anos.

sexta-feira, 21 de junho de 2024

Marcadores de livros - 3057


Versos. O reverso é do segundo; o do primeiro é igual, mas com fundo amarelo.

Obrigada, Enri e Ph.
Ver mais marcadores com Sartre aqui e aqui.

quinta-feira, 21 de março de 2024

sábado, 3 de dezembro de 2022

domingo, 17 de abril de 2022

Páscoa Feliz!


Um agradecimento a Enri por este coelhinho recortado da Gallimard.

Lido por Vivien Leigh.

E tenho mais um coelhinho, obra da Paula, a quem agradeço:


quarta-feira, 21 de abril de 2021

Um a mais ?


Lançado há 10 dias, 3 milhões de exemplares para assinalar os 75 anos da marcante obra de 1946 ( Gallimard ). Se houver, agradeço  :)
 

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Biografias e afins

Depois de tantas e tão boas biografias ( Colette, Romain Gary, Berthe Morisot, Stefan Zweig, Gala Dalí ) , a escritora, jornalista e crítica literária fala de si mesma, da infância com o pai historiador, e também obviamente da sua carreira nas letras .

Mes vies secrètes, Dominique Bona, Gallimard, 320p, €20

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Mais um livro de Dominique Bona

Paris: Gallimard, 2019

Neste novo livro, que saiu ontem em França, Dominique Bona traça a sua vida de escritora, romancista e biógrafa. Conta-nos a parte escondida das sua biografias e como as construiu: Romain Gary, Berthe Morisot, Gala Dalí, Stefan Zweig, Camille Claudel, Clara Malraux, as irmãs Rouart ou Jeanne Voilier. 
Já li várias biografais de Dominique Bona e tenho no monte a de Jeanne Voilier. Possivelmente lerei um dia este novo livro.


segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Os trapeiros de Paris

Paris: Gallimard, 2017

Os trapeiros de Paris no século XIX: um assunto original e inesperado. Um assunto de grande riqueza, entre história, economia, urbanismo, literatura e arte. O pano é usado para fazer papel. A procura explode após a Revolução Industrial, com o aumento da educação e a abundância da imprensa. O trapeiro é ao mesmo tempo o que esgravata e perturba as noites da capital francesa e o agente indispensável ao progresso da sociedade. A sua figura assombra o trabalho de escritores e pintores, de Victor Hugo a Baudelaire e Gautier, de Daumier a Gavarni.
Antoine Compagnon explora com erudição inesgotável o mundo dos trapeiros: desde a prostituição e da higiene das ruas de Paris à administração dos lixos. Em 1883, Eugène Poubelle decreta que o lixo seja depositado em recipientes.
O primeiro desenho citado no Grande Dicionário Universal por Pierre Larousse no artigo «Caricatura» mostra um trapeiro. 
Este livro é um mergulho surpreendente na Paris noturna.

Desenho de Félix Rat, 1846
Foto de Eugène Atget, 1899

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Albert Camus & Maria Casarès

Paris: Gallimard, 2017
€32,50

Albert Camus e Maria Casarès encontraram-se em casa de Michel Leiris, em 19 de março de 1944, por ocasião da representação-leitura de Désir attrapé par la queue de Pablo Picasso. A atriz, originária da Corunha e filha de um antigo presidente do conselho da República espanhola, exilado em Paris em 1936, tinha então 22 anos. Ela começou a sua carreira de atriz em 1942 no Théâtre des Mathurins, ao mesmo tempo que Albert Camus publicava L'Étranger e Le Mythe de Sisyphe na Gallimard. Albert Camus vivia então só em Paris. Devido à guerra, estava afastado de sua mulher Francine, professora em Oran. Camus entregou a Maria Casarès o papel de Martha na sua peça Le Malentendu, em junho de 1944. Na noite do desembarque na Normandia iniciaram uma relação que ela interrompeu por achar que não tinha futuro. Quatro anos mais tarde, voltaram a encontrar-se e ficaram juntos até à morte de Camus, em 1960.
Durante todo este tempo escreveram-se. É esta correspondência cruzada, inédita, de mais de 800 cartas (1300 p.), que é hoje publicada em França. 
«Quand on a aimé quelqu'un, on l'aime toujours» - disse Maria Casarès muitos anos depois da morte de Camus - «lorsqu'une fois, on n'a plus été seule, on ne l'est plus jamais».


segunda-feira, 13 de março de 2017

Biografias e afins

Um ensaio biográfico sobre uma figura que continua a marcar o Ocidente, presente nas mais variadas formas artísticas como se pode ler nestas páginas, vindo até ao século XX com o Nerone, de Pietro Mascagni.

Gallimard, 408p, €30 .

sábado, 4 de junho de 2016

Marcadores de livros - 399

A Folio tem uma linda coleção especial de um livro dentro de uma caixa com um marcador de metal e magnético. Já aqui postei o de Les mots de Sartre.


Mas há uns (bastantes) que não tenho - não se pode ter tudo. E depois, com exceção do livro de Fitzgerald e de Romain Gary, são livros que já tenho.

domingo, 10 de janeiro de 2016

Biografias e afins


Um nome que dirá pouco às novas gerações, mas incontornável na história da China moderna . Lembro-me da morte do Generalíssimo em 1975 e da ida dela para Nova Iorque, bem como da sua morte em 2003 . Tinha 105 anos esta que foi verdadeiramente a última imperatriz da China e depois apenas rainha da Formosa / Taiwan ... A mais inteligente das 3 irmãs Soong, infatigável primeira dama chinesa e a segunda mulher a discursar no Capitólio dos Estados Unidos, no já longínquo dia 18 de Fevereiro de 1943 ...

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Poemas

La main tenant la rampe
et le soleil d'hiver dorant les murs

le soleil froid dorant les chambres fermées

la gratitude envers l'herbe des tombes
envers les rares gestes de bonté

et toutes les roses éparses des nuages
les braises laineuses des nuages
éparpillées avant que la nuit ne tombe

- Philippe Jaccottet ( 1925 - ), in Ce peu de bruits, 2008 .


O terceiro poeta a entrar ainda vivo na Bibliothèque de La Pléiade, depois de Saint-John Perse e René Char.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Novidades


O ano não acaba sem entrar na prestigiada Bibliothèque de la Pléiade este monumento do saber antigo, considerada por muitos como a primeira enciclopédia, que é a História Natural de Plínio O Velho. Trinta e sete livros que são verdadeiros tratados de cosmologia, gemologia, zoologia, farmacologia, botânica, etnografia,  e que foram consultados durante largos séculos no mundo ocidental.

Histoire naturelle, Plínio O Velho, traduzido do latim por Stéphane Schmitt, Gallimard, 2176 p, € 75.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Biografias e afins - 143

O grande escritor biografado por um grande historiador, Michel Winock, que acentua as relações entre a vida do autor e a obra, não descurando as contradições manifestas : o liberal feroz que se acomoda sem problemas ao Segundo Império e não disfarça a sua satisfação ao ser recebido pelo casal imperial Napoleão III-Eugénia de Montijo, o homem público que diz desprezar a Legião de Honra mas que não a recusa quando lhe é atribuída por intervenção da Princesa Mathilde. O espírito de classe do grande burguês, que viveu de rendimentos toda a sua vida, mas que cultivou as amizades, mesmo as improváveis como a de George Sand que via nele uma bonté profonde.

( Gallimard, 536p, €25 )

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013