Para quem, no meio desta crise que nos tem a quase todos de bolsos vazios, possa viajar pela Europa, mais concretamente pelo leste de França, poderá e deverá ir visitar o Museu Lalique. Fica em Wingen-sur Moder, a 45 minutos de Estarsburgo. Aí se encontra uma vasta e belíssima colecção de peças de René Lalique, desde joalharia, a frascos de perfume e, ainda, peças decorativas
para enfeitar as mesas, designadamente as realizadas para o Expresso do Oriente e para o paquete Normadie, e acessórios para automóveis.
Lalique nasceu em 1860 em Ay, no Marne e e morreu em Paris, em 1945. Começou aa sua aprendizagem em Paris com um joalheiro, aos 16 anos e depois rumou a Londres onde estudou, voltando de novo a Paris, onde trabalhou com, enttre outros, Cartier e Boucheron. Em 1885 abriu sua própria joalharia e em 1890 começou a trablhar o vidro para as suas criações de joalharia. Deixou a joalharia para se dedicar ao vidro, em especial a objectos de arte decorativa eos seus célebres frascos de perfume. Paricipou em inúmeras exposições, entre as quais a Exposição Universal de 1900, onde obteve grande êxito.
Em 1905 abriu uma loja na Place Vendôme e em 1918 instalou uma fábrica de vidro na Alsácia, em Wingen-sur-Moder, onde hoje está instalado o Museu.
Considerado maior criador de joalharia da Art Déco, já antes de 1920 fizera peças para as senhoras que ditavam a moda parisiense, como a marquesa Arconati- Visconti, a princesa de Guermante ou Sarah Bernhardt, a quem emprestou o célebre "peitoral da libélula", um belo exemplar da Art Nouveau, que hoje integra a colecção Lalique do Museu Calouste Gulbenkian, que foi seu amigo e um dos melhoes clientes.