Mostrar mensagens com a etiqueta Angola. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Angola. Mostrar todas as mensagens

7.3.11

NÓMADAS E SEDENTÁRIOS


O regime angolano de José Eduardo dos Santos proibiu uma manifestação, aparentemente contra o dito regime, convocada através do colorido anonimato da net (facebook et al). Pelo sim e pelo não, até deteve algumas pessoas mesmo sem a certeza de haver uma manifestação. A cleptocracia angolana tem no regime português um dos seus mais notáveis aliados. Dizem que são os negócios e que nunca é a política. Como se houvesse pai natal. Interessante será agora reparar naqueles que andam, há semanas, com corrimentos por causa das manifestações "libertadoras" no Médio Oriente. Ou será que, uma vez que "Angola é nossa" e nós somos de Angola, as manifestações "libertadoras" são todas iguais mas há umas mais "libertadoras do que as outras e não se fala mais nisso?

27.1.10

O FARDO

Enquanto o ministro das finanças explica em directo as provações para 2010, passa em rodapé que o governo português vai emprestar €140 milhões a Angola. Isto afinal está mais robusto do que parece.

20.3.09

A ÁFRICA DELE - 2

Exactamente.

11.3.09

UM PAÍS SUBMERGENTE E UMA PROVÍNCIA ULTRAMARINA

O termo do título é de um leitor e é um belo balanço da visita de Eduardo dos Santos à antiga Metrópole. O resto - ainda "visto" pelo mesmo leitor - talvez seja mesmo isto: «pelo andar da carroça mais dia menos dia Portugal transformar-se-á numa província ultramarina de Angola...»

O GARGALO E A GARRAFA

Num exercício puramente oportunista e levemente desavergonhado, a nossa "casa da democracia", vulgo AR, saudou o eterno presidente angolano pelos seus "esforços em prol da paz e da democracia". Não consta que alguém se tivesse rido. É verdade que Angola é uma mina para os negócios do regime. É verdade que não há quase ninguém de nenhum dos partidos mais representativos que não se "interesse" por Angola. É verdade que, dado o estado de depauperamento da nossa economia, importa dar seguimento à "vida material" e menos à "vida moral". Tudo isto é verdade. José Eduardo dos Santos também tem a sua verdade e, neste jogo "interesseiro", o que parece é que a verdade dele é a que vale. Pouco importa a esta gente que, fora do círculo da nomenclatura do MPLA e dos negócios, a Angola "profunda" faleça. Faz pena, não faz? Mas as heranças são mesmo assim. Quem bebe pelo gargalo, compra a garrafa.

9.3.09

A IDEIA

Depois do "negócio" com o sr. Fino, Angola. A CGD, banco público, parece-se cada vez mais com um novo BPP ou um novo BPN. Se calhar é mesmo essa a ideia.

18.12.08

7.9.08

A NOSSA ANGOLA

As nossas televisões - e os seus comentadores no "local" - estão muito satisfeitos com a vitória albanesa do MPLA em Angola. Por que será?

5.9.08

EMBUSTES

Com inexplicável candura, Mário Crespo pergunta a um colega angolano quem é que ele achava que era responsável pelo caos (sic) em que, aparentemente, acabou o acto "eleitoral" em Angola. O jornalista explicou delicadamente ao seu colega português que, a haver alguma responsabilidade, ela pertence a quem organizou as "eleições". Ou seja, o governo angolano, o MPLA, Eduardo dos Santos e não necessariamente por esta ordem. E também explicou que, com as suas declarações sobre "eleições livres", os senhores presidente Cavaco e primeiro-ministro Sócrates "avalizaram" o acto. Não nos basta os embustes domésticos. Também, pelos vistos, apreciamos alinhar pelos embustes dos outros.

4.9.08

BEATITUDE


As televisões portuguesas têm acompanhado as "eleições" em Angola com uma beatitude comovedora. Quase nos fazem crer que há eleições - parecidas com as nossas - em Angola.

30.8.08

ANGOLA É NOSSA E NÓS SOMOS DE ANGOLA

As publicações do grupo do dr. Balsemão, especialmente a Visão e o Expresso, bem como o Público, manifestam-se indignados pelas "dificuldades" que o governo angolano anda a colocar à concessão de "vistos" aos seus correspondentes nas "eleições" que terão lugar na antiga colónia. Não deve haver motivo para preocupações. Basta seguramente "meter uma cunha" ao governo ou a alguma daquela "sociedade civil", estilo bancos, que, por sinal, costumam encher as páginas das referidas publicações com as "histórias" dos seus negócios e dos seus "gerentes". Nada que o regime, praticamente "hipotecado" à Angola de Eduardo dos Santos, não resolva.

25.7.08

ACOCORADOS - 2

«Não sou uma especialista em Angola. Não tenho histórias em primeira mão para contar nem relatórios de organizações internacionais para estrear. Mas não preciso. Basta-me saber que não há eleições no país desde 1992 para não gostar do Governo nem do presidente. E para tal tanto me faz que fale português ou outra língua qualquer. Tanto me faz que "nós" - sendo nós essa entidade chamada "os portugueses" - tenhamos "lá andado" 500 anos como não. Não aceito culpas históricas nem acusações de complexos colonialistas quando se trata de olhar para um país independente há 33 anos e constatar que está muito longe de ser uma democracia e por esse motivo muito longe de ser admirável ou "a todos os títulos notável". Percebo, claro, que uma coisa são os meus sentimentos enquanto pessoa, por acaso portuguesa, e outra muito diferente os interesses do meu país - sejam eles económicos, estratégicos, linguísticos, o que for. Percebo que as relações entre países não são relações pessoais e que se fazem muitas coisas em nome da chamada real politik que eu agradeço ao destino nunca ter estado em posição de ter de fazer. Mas creio que há coisas escusadas. E creio, sobretudo, ser tempo de percebermos, todos, portugueses e angolanos, que chega de facturas. Chega de confusões. Portugal colonizou e descolonizou, Angola é dos angolanos. Nenhuma razão para tantos paninhos quentes, nenhum motivo para tanto eufemismo, para tanto elogio rasgado. Façam-se negócios, certo. Apertem-se mãos, assinem-se acordos. Defenda-se isso a que se chama "o interesse português". Mas, por favor, não exagerem.»

Fernanda Câncio, in Diário de Notícias

23.7.08

EM BOAS MÃOS


Em apenas oito meses, é a terceira vez que Sócrates e o sargentão venezuelano se encontram para tratar de "negócios". Angola é, por sua vez, o maior accionista do BCP e outro "amor de estimação" da diplomacia nacional. Aprendi na história diplomática do prof. Borges de Macedo que a nossa independência era mantida através de um permanente equilíbrio entre a fronteira marítima e a fronteira terrestre. No dia em que os mesmos tomaram conta de ambas, perdemos a independência na ordem externa. A fronteira terrestre é hoje, através da Espanha, a UE, um conceito geoestratégico indefinido que, em tese, pode terminar na Rússia. A marítima vai do Brasil ao norte de África, passando, com dedicação servil, pelas ex-colónias, especialmente Angola. É, como já o disse, uma diplomacia de tesos num mundo sem independências bem recortadas. O "ocidente" está cada vez mais prisioneiro destas "novas fronteiras". Veja-se o trajecto de Chávez nesta sua descida ao velho mundo. Portugal, a pobre periferia de tudo, tem de fazer de "maria-vai-com-as-outras" a reboque do "ocidente" vergado a estas maravilhosas "novas emergências". Estamos em boas mãos.

18.7.08

VERGONHA

Lamento que o 1º ministro do meu país chegue a Angola e profira esta frase: «É um prazer poder assistir a um país com dinamismo, vibração, com entusiasmo e com consciência do seu futuro.» É mais do que um lamento. É vergonha.

14.5.08

PORTUGAL, UMA COLÓNIA ANGOLANA

É extraordinário observar a "reacção" do ainda porta-voz do PSD para as "questões internacionais" sobre Angola. E é ainda mais extraordinário reparar nas "dificuldades" do governo e do PS em defender Mário Soares contra os papagaios da cleptocracia de Eduardo dos Santos. Soares não é exactamente santo, mas nunca, enquanto presidente, manifestou qualquer tipo de temor reverencial por aquela ditadura "democrática". O pragmatismo cortesão e interesseiro que rege as bizarras relações com Angola é uma "história" para sempre mal contada. Martins da Cruz foi um medíocre ministro dos negócios estrangeiros que saiu pela porta traseira do governo de Barroso. Tem-se, porém, em grande conta, como é típico nestas criaturas embotadas. A varrer depois da pseudo-arrumação de 31 de Maio.

3.7.07

O FARDO DO HOMEM BRANCO

Um homem que, manifestamente, não consegue ajudar-se a si próprio enquanto ministro com a pasta da Ota e do TGV, vem agora prometer ajuda a outros. E que outros. Não há meio de nos curarmos deste medonho servilismo e desta má consciência política.