Visto por José António Barreiros. E que até se esquece do dedicado sobrinho.
«Somos poucos mas vale a pena construir cidades e morrer de pé.» Ruy Cinatti joaogoncalv@gmail.com
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16.12.11
30.11.11
TEMOS PENA, 2
Mário Soares, em 2011, não arranjou melhor para apresentar o seu ensaio de memórias do que dois paineleiros televisivos de recente extracção mas que têm em comum o desvelo socrático tardio e fanático. A biografia do antigo pai da pátria merecia melhor. Temos pena.
23.11.11
SÁBIOS CONSELHOS
«O principal para que o Governo tenha êxito é saber persistir. Ter a coragem de não mudar de rumo, independentemente dos acidentes de percurso. Recomeçar, pacientemente, quantas vezes forem necessárias. Tomar decisões. Não se deixar perturbar por agressões verbais, por incompreensões ou por injustiças. Aguentar de pé. Para os homens de convicção e de recta consciência, o que conta é sempre - e só - o futuro.»
Mário Soares, Primeiro-Ministro, 15 de Maio de 1984 (in A Árvore e a Floresta, Perspectivas & Realidades, 1984)
11.8.11
A COISA PASSA
Por vezes o dr. Soares envia sinais de que ainda não recuperou da "socratite aguda" que o molestou nos últimos anos. Mas a coisa passa.
31.7.11
«LEVAR A ÁGUA AO MEU MOINHO»

Estive a ler alguns suplementos de jornais de sábado. Em alguns deles, deparei-me com "articulistas" demasiado preocupados com a "ideologia". Com a deles e com a que eles atribuem aos outros. Também encontrei a centésima entrevista da mesma pessoa feita a outra mesma pessoa, o dr. Mário Soares. Retive o Mário Soares de que gosto porque não leio as perguntas, normalmente mais extensas e sentenciosas que as respostas. Ora o Mário Soares de que gosto é o que confessa que, aos 88 anos, não tem problemas de tensão ou de colesterol - que inveja! -, que aprecia um bom vinho, que afirma que Sócrates «não foi muito claro nem transparente» (pena só ter reparado agora), que não é «amigo das pessoas por razões ideológicas» mas «por achar que elas têm méritos ou não têm», que sustenta que regressar ao escudo «não é o caminho» e que acha que tem «de fazer as coisas que devo fazer.» No fundo, este Soares estava há muito resumido numa entrevista concedida a Mário Mesquita, em 1984, no Diário de Notícias. «Nunca dei uma excessiva importância aos debates ideológicos e sempre condicionei muito mais a minha acção pelas relações políticas e tácticas no terreno, por forma a, pragmaticamente, levar a água ao meu moinho.» Não está mal pensado.
5.7.11
A "SAÍDA"

"Portugal tem saída" é o título do último livro de Mário Soares (um intuitivo nato) no qual colabora a jornalista Teresa de Sousa. Mas a melhor "saída" foi esta: «A minha amiga Teresa de Sousa sempre foi uma apreciadora do Blair, mas sempre o achei um vigarista. Só pensa em ganhar dinheiro.»
8.6.11
SABE-A TODA
23.4.11
O MÁRIO
Uma boa entrevista de Mário Soares. Nem sempre galinha, nem sempre sardinha. Mas, em geral, boa. Como o entrevistado escreveu no já longínquo prefácio ao livro A Árvore e a Floresta, de 1984 (Perspectivas & Realidades), «não deve haver desculpa se o governo utiliza mal o poder que tem ou se erra, por acção ou omissão.» Um livrinho que faria bem aos socialistas alfabetizados (não os irremediavelmente medíocres do contingente socrático) ler por estes dias de chumbo que repetirão, em pior, aqueles idos de 83/84.
Adenda (de leitor devidamente identificado): «Seria interessante recordar que "o Mário" que agora espeta a faca nas costas de Sócrates (em qualquer caso merecidamente) é o mesmo que andou a fazer de middleman nos negócios petrolíferos com "el amigo Chávez". Nessa altura, "o Mário" não tugiu nem mugiu contra a bárbara governação socretina. Agora reúne-se com o principal adversário político do nosso afundador nacional. Mas mais vale tarde.»
Adenda (de leitor devidamente identificado): «Seria interessante recordar que "o Mário" que agora espeta a faca nas costas de Sócrates (em qualquer caso merecidamente) é o mesmo que andou a fazer de middleman nos negócios petrolíferos com "el amigo Chávez". Nessa altura, "o Mário" não tugiu nem mugiu contra a bárbara governação socretina. Agora reúne-se com o principal adversário político do nosso afundador nacional. Mas mais vale tarde.»
29.3.11
22.3.11
DISSOCIAÇÕES

Há uma semana atrás, Mário Soares entendia que Sócrates «cometeu erros graves: não tem informado, pedagogicamente, os portugueses, quanto às medidas tomadas e à situação real do País. Nos últimos dias, negociou o PEC IV sem informar o Presidente da República, o Parlamento e os Parceiros Sociais. Foram esquecimentos imperdoáveis ou actos inúteis, que irão custar-lhe caro. Avisou tão só o líder da Oposição, após a reunião de Bruxelas, pelo telefone. A resposta pública foi-lhe dada no discurso que Passos Coelho proferiu, em Viana do Castelo, muito didáctico, e foi negativa.» Esta semana, hoje, o mesmo Mário Soares pretende que Cavaco (é deputado?) segure o carrinho de mão que tem, até agora, embalado o dito Sócrates (esse exaurido factotum) sob pena de sermos todos vítimas da oitava praga do deserto. Chama-lhe, sem se rir, um "apelo angustiado" ao PR no sentido de ele se "pronunciar". Julgo que Cavaco se pronunciará mas, como bem sabe Soares, este não é o momento. Ou Soares esqueceu-se que aquilo a que ele tanto gosta de apelidar de "casa da democracia" - ou a democracia tem senhorios exclusivos? - é que mantém ou não os governos em funções e que a revisão constitucional que ele patrocinou em 1983, contra Eanes, não permite ao Chefe de Estado interferir no futuro dos governos, a não ser indirectamente, dissolvendo o parlamento? No discurso de tomada de posse, Cavaco pediu a todos, sem se eximir, que assumissem as suas responsabilidades. Descanse, pois, dr. Soares, que o PR assumirá as dele no tempo certo.
15.3.11
O GOLPE DE MISERICÓRDIA

De Mário Soares. «O primeiro-ministro … cometeu erros graves: não tem informado, pedagogicamente, os portugueses, quanto às medidas tomadas e à situação real do País. Nos últimos dias, negociou o PEC IV sem informar o Presidente da República, o Parlamento e os Parceiros Sociais. Foram esquecimentos imperdoáveis ou actos inúteis, que irão custar-lhe caro. Avisou tão só o líder da Oposição, após a reunião de Bruxelas, pelo telefone. A resposta pública foi-lhe dada no discurso que Passos Coelho proferiu, em Viana do Castelo, muito didáctico, e foi negativa (…). Assim se abre, ao que parece, uma crise política.» Depois se é em lume brando ou em banho maria, logo se verá. Qualquer coisa é melhor do que estar nas mãos de invertebrados.
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16.2.11
SOARES ERA FIXE

Faz hoje vinte e cinco anos que Mário Soares foi eleito PR. Foi a primeira e, até agora, a única vez em que um Chefe de Estado, neste regime, resultou da votação numa segunda volta. Tratou-se da mais longa e épica campanha eleitoral deste regime. Soares apresentou-se em Julho de 1985, ainda era 1º ministro demissionário do "bloco central", e apenas em 16 de Fevereiro de 1986 a coisa se resolveu contra Freitas do Amaral. Pelo caminho ficaram Lurdes Pintasilgo e Salgado Zenha. O resumo desta "aventura" consta de um texto de Vasco Pulido Valente publicado no livro Retratos e Auto-Retratos e que pode ser lido aqui. Como "jovem" e, à altura, do PSD, integrava o MASP (o "movimento de apoio Soares à Presidência) e fiz o que pude. Estive no Porto, em Alhandra (onde os carros da caravana levaram valentes murros), em Setúbal, andei por Lisboa. Tratou-se da última grande disputa eleitoral do regime já que as maiorias de Cavaco tinham vencedor anunciado. Não me arrependi. All in all, Soares foi um bom PR e as gerações de agora dificilmente entenderão por que o digo (e nem sequer me apetece explicar). Sobretudo porque estão "frescos" o desaire da terceira candidatura de 2006, o inexplicável apoio ao "kim-il-socratismo" e os desvelos "chavistas". Mas naquele dia 16 de Fevereiro de 1986 Soares era, realmente, fixe. E nós, em certo sentido, também.
Adenda (da noite): Lamento que alguns leitores não consigam olhar friamente para estas coisas e se percam em comentários obtusos e previsíveis. Acabam por fazer o papel inverso dos panegiristas ex-validos de Soares, aliás, bem representados por dois deles num fraquíssimo documentário que passou na tvi. Por exemplo, tal documentário não aproveitou cabalmente um depoimento importante para perceber os primeiros anos do regime como sempre seria o de Medeiros Ferreira, o MNE do 1º governo constitucional que, em nome de Portugal, solicitou a adesão à então CEE (sim, sou amigo de MF e já estou em bom tempo para seleccionar os amigos que ficam). De resto, a Soares ficaremos sempre a dever esse gesto político fundador que consistiu precisamente na presença na Europa apesar do que está a acontecer. Parece-me elementar.
Adenda (da noite): Lamento que alguns leitores não consigam olhar friamente para estas coisas e se percam em comentários obtusos e previsíveis. Acabam por fazer o papel inverso dos panegiristas ex-validos de Soares, aliás, bem representados por dois deles num fraquíssimo documentário que passou na tvi. Por exemplo, tal documentário não aproveitou cabalmente um depoimento importante para perceber os primeiros anos do regime como sempre seria o de Medeiros Ferreira, o MNE do 1º governo constitucional que, em nome de Portugal, solicitou a adesão à então CEE (sim, sou amigo de MF e já estou em bom tempo para seleccionar os amigos que ficam). De resto, a Soares ficaremos sempre a dever esse gesto político fundador que consistiu precisamente na presença na Europa apesar do que está a acontecer. Parece-me elementar.
25.1.11
SOARES, O MAGNÂNIMO

O fim do silêncio de Mário Soares acerca das presidenciais ou de como mais valia ter continuado silencioso. Também ele - logo ele cuja "magnanimidade" para com os adversários e inimigos é bem conhecida quando é preciso "ir à luta" - fala de um Cavaco rancoroso no momento da vitória. Mas, com o devido respeito, aquilo não era nem o local nem o momento para retóricas institucionais ou para bravatas salvíficas da pátria. O PR tem já daqui a um mês e meio, no discurso da tomada de posse na "casa da democracia" de que o dr. Soares tanto gosta, ocasião para explicar ao que vem no contexto actual do país. É só prestar atenção.
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19.1.11
SERVIR FRIO

Espero sinceramente que alguém se lembre de convidar o dr. Mário Soares para os intermináveis grupos de paineleiros com que as televisões irão preencher o serão de domingo. Aliás, o dr. Soares, por tudo, merecia estar sozinho e ser ouvido com toda a atenção. Estilo prato frio sem hors d'oeuvre.
Adenda: Sobretudo depois de ouvir o lamentável sobrinho A. Barroso, verdadeiro talento perdido como compére de revista.
Adenda: Sobretudo depois de ouvir o lamentável sobrinho A. Barroso, verdadeiro talento perdido como compére de revista.
1.9.10
UM PAÍS DOCE
Há muito tempo que não lia o dr. Soares. Mas este momento inicial, inspirador e já digno de um aluno do 5º ou, mesmo, do 6º ano do Colégio Moderno - «terminam as férias com o final de Agosto, embora haja portugueses que façam férias em Setembro, por as praias, os restaurantes e os hotéis estarem menos cheios» -, obrigou-me a ver o resto. E o resto é esse "país doce" que o foi de Salazar - e que agora é de Sócrates e do seu PS - que é Portugal.
5.7.10
26.6.10
1.6.10
ADIEU, SÓCRATES

Alegre vai andar uns meses a falar sozinho ou, na melhor das hipóteses, para aqueles jantares de "apoiantes" onde sempre se distingue, com o fervor típico de uma sopa de ervilhas, a chorona Roseta. Se Cavaco se decidir recandidatar, só o fará no último minuto do último dia em que o pode fazer. Até aí, como não se cansa de repetir e a realidade não o desmente, é Presidente da República. Ou seja, lá por Sócrates e Assis, com caras de agentes da Servilusa, terem vindo mostrar o seu "entusiasmo" pelo bardo - com Sócrates logo delicadamente a avisar que a candidatura era com Alegre -, o antigo coveiro do jornal O Século vai chegar estafado ao final do ano com praticamente toda esta gente farta dele porventura ainda mais cedo. Mário Soares, que provou do cálice há cinco anos, e sabe o que vale politicamente o seu velho secretário de Estado, escreveu hoje que «no actual contexto político-partidário, (...) Sócrates cometeu um erro grave, que porventura mesmo lhe poderá ser fatal e ao PS.» Seis meses, em política, é uma eternidade e, assim como assim, Soares já a tem garantida ao contrário destes "tardios" e "infelizes" personagens. Adieu, Sócrates.
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26.5.10
A FALTA DE ALTURA

«... lamentando que os líderes europeus não estejam "à altura da situação".» Mário Soares, ao fim de cinco anos, lá vai a custo percebendo que o "nosso" líder também é um desses não dimensionados. Imagine-se o que dirá quando chegar o "momento Alegre" relativamente ao qual já "acha" que não haverá, pelo menos para ele, porque tem "uma coisa muito importante, que é a [sua] consciência.»
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5.5.10
SOARES, O CHEFE E O ISTO

O dr. Mário Soares, com os vastos anos de palco que possui, acabou, diante de Mário Crespo na SICN, de ignorar olimpicamente o ex-miúdo que pregava pregos numa tábua. Sempre preocupado com a "grande política", Soares limitou-se a referir que as presidenciais são só para o ano e agora o que importa é ter dinheiro para pagar as contas. Pena que tivesse começado a conversa a elogiar dois seres da pequena política e da mesma nomenclatura. Um, o chefe dela - alegadamente o recordista mundial em vitimização e privilegiado alvo da maledicência universal -, o outro, isto. O isto, se tivesse um módico de vergonha e de respeito por si mesmo, já nem sequer era deputado. Mas, enfim, era de Soares que falava e, parafraseando um ser humano precioso que não vem aqui ao caso, Soares, malgré lui, já pertenceu àquele reduzido número de homens que contaram, de facto, alguma coisa. O chefe e o isto contam nada.
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