quarta-feira, 29 de julho de 2015

A OUTRA FEIRA DO LIVRO...

... que costumo visitar todos os anos é a de Portimão. Foi ontem que lá estive a dar uma vista de olhos e, como é costume, não resisti à tentação. Quer dizer, nem tentei, mas contive-me nas compras. A escolha não é tão variada como a de Lisboa, mas mesmo assim ainda há uma série de livros que dá vontade de meter debaixo do braço e trazer para casa. Pelos menos para quem sofre de "consumismo compulsivo" quando entra numa livraria ou afim...

Um aspeto geral da feira que, como podem ver, tinha visitantes q.b.

Bom, para quem ainda não teve férias e conta vir passar uns dias ao Algarve, a boa notícia é que a 58ª Feira do Livro de Portimão estará na zona ribeirinha (numa tenda diferente do local habitual, note-se!) até ao próximo dia 22 de agosto, pelo que os leitores mais ferrenhos terão certamente a oportunidade de ainda dar lá um saltinho. Ou dois. Ou os que quiserem... 

E já que falamos de livros, aproveito a oportunidade para agradecer ao Rui Espírito Santo o livro que me mandou em PDF e que obviamente ainda não tive tempo de ler. A seu tempo o farei. O que não quero deixar de fazer desde já é enviar-lhe daqui uma grande beijoca de parabéns, pelo seu aniversário que se celebra hoje. 

H I M - T C H I M,  R U I!
(com um dos teus vinhos prediletos, claro!)

sábado, 25 de julho de 2015

A PRAIA "MAILINDA"!

Claro que é uma opinião muito subjetiva, mas a praia de Arrifes, na zona de Albufeira, é uma das praias "mailindas" do país, em termos fotográficos. Os três enormes rochedos, as gaivotas que poisam nos seus topos, os barcos que param ou passam, as outras pequenas rochas que aparecem e desaparecem consoante ondas e marés tornam-na sempre diferente para a câmara. É pequenina, tem muita rocha e a areia não é fina q.b. para pés delicados, mas lá que proporciona uma grande variedade fotográfica, é a pura da verdade.

Acresce a tudo isto que tem uma esplanada onde reina a simpatia e se pode apreciar o belo panorama, enquanto se bebe uma bebida fresca e se põe a leitura (ou a conversa ou a fotografia) em dia. 

Bom, nesta tarde estava a ver que não tinha muita sorte, porque uma "rapaziada" (que já tinha idade para ter juízo) estava a embebedar-se alarvemente no bar, depois de um almoço que adivinhei já bem regado. Os gritos e os risos ampliados pelos vapores do álcool a motivar algumas sobrancelhas franzidas e o visível incómodo dos restantes veraneantes. Por sinal, com tudo a ver com a vila onde Gabriela nasceu - personagem do livro que ando a ler: "Os outros rapazes [...] tinham alcançado rapidamente a monotonia dos mais velhos. Discutiam futebol e embebedavam-se. Punha-se-lhe um corpo de mulher à disposição e tinham a habilidade de um hipopótamo sentado frente a um piano. Nem sexo nem projectos. Nem vontade de viajar pelos sonhos. Apenas vinho e futebol. Ninguém era feliz na vila."

Enfim, dá para ver o "filme", se bem que estes não se ficassem só pelo vinho, rolaram também uísques, gins e cervejas. E o clube da predileção era o Sporting, embora admita que podia ser outro qualquer... Quando a coisa descambou para o palavrão sem mainada, foram avisados para sossegarem. Não sei se foi isso, se a conta de mais de 200 euros que lhes acalmou o facho. Acabaram por ir dar um mergulho e finalmente houve paz e sossego. E foi aí que a "minha" gaivota voltou e se instalou no seu poiso habitual... 

Estão a ver?

E se for mais perto?

OK, mesmo em cima!

Tenham um MARAVILHOSO FIM DE SEMANA, com tudo em cima!

quinta-feira, 23 de julho de 2015

O MORCEGO

À beira-mar também se lê, ou, melhor dizendo, as esplanadinhas são um lugar ideal para pôr leituras em dia. Por sinal este "O Morcego" de Jo Nesbo motivou uma mini-conversa com duas escandinavas, que ficaram muito satisfeitas por eu estar a ler (e a gostar d') o escritor norueguês - depois ainda falaram entre elas sobre Camilla Lackberg, mas foi a única parte da conversa que entendi, já que não sou versada nessas línguas nórdicas.

Este é o primeiro volume da série Harry Hole, que Nesbo começou a escrever em 1997. O segundo volume, escrito no ano seguinte, ainda não foi publicado cá, mas depois desse existem outros seis já traduzidos e editados em Portugal. Convém salientar que as histórias são estanques, o que não invalida que a personagem principal não vá evoluindo ao longo dos anos, casando, descansando, etc. e tal. O que se sabe (e sempre se soube) é que Harry Hole é um inspector da polícia norueguesa, que teve um problema de alcoolismo e que de vez em quando (ainda) tem recaídas. Estamos no domínio do policial, portanto!

Desta vez, Harry Hole vai auxiliar a polícia australiana a deslindar um caso aparentemente simples, que envolve uma jovem apresentadora televisiva norueguesa estrangulada. Embora de início a sua colaboração seja vista com alguma desconfiança, até pelo mediatismo do crime, é-lhe atribuído um parceiro aborígene que lhe vai explicando algumas das características e excentricidades das (con)vivências locais. No entanto, sem que nada o faça prever, o caso complica bastante, os crimes sucedem-se em catadupa e das 388 páginas resulta um autêntico banho de sangue, onde nem sequer faltam guilhotinas, crocodilos a tubarões...  

Como já referi anteriormente, estou em crer que os livros de Nesbo são apenas para fãs empedernidos de policiais, pois quase todos (os que li) se caracterizam por uma grande violência. O que nem toda a gente aprecia, evidentemente!

Citações:

"A seguir a São Francisco, Sidney tem a maior população gay do mundo - respondeu Andrew. O interior australiano não é famoso pela sua tolerância à diversidade sexual, portanto não surpreende que todos os jovens campónios bichas da Austrália queiram vir para Sidney."

"Mas também entendo que o mundo seria um lugar muito diferente sem os ideais que aquela geração [flower power] defendeu. Slogans como paz e amor podem ser clichés agora, mas, na altura eram sentidos. Do fundo de todos os nossos corações."

"- A maioria dos habitantes locais tem em relação aos crocodilos a mesma atitude descontraída que tem para com os acidentes rodoviários. Ou quase. Se queres estradas, tens de aceitar as mortes, certo? Pois bem, se queres crocodilos, é a mesma coisa. Estes animais comem seres humanos. É a vida."

sábado, 18 de julho de 2015

CONFIRMAÇÃO...

E pronto, está na hora de verificar se esta gaivota (ou outra familiar) está no poiso do costume. Já agora, onde ficará esse local tão "misterioso e recôndito"?!?

BOM FIM DE SEMANA
ou 
(continuação de...) BOAS FÉRIAS!

quarta-feira, 15 de julho de 2015

IMPERIOSA SUPERSTIÇÃO!


Nos últimos dias tenho andado a compilar um álbum (fotográfico e não só!) sobre a visita a Roma. Antes que a memória se vá desvanecendo. Na altura disse aqui que a maior desilusão foi a Fonte de Trevi estar em obras e de assim não ter podido atirar a moedinha para as suas águas, como manda a tradição.

Como nós, muitos outros turistas ficaram desapontados. E, não sei se por teimosia ou se por serem mais supersticiosos, não desistiram da ideia. Tanto que no local puseram uma espécie de bacia, encimada por uma foto da estátua principal, para que os visitantes pudessem cumprir esse seu desejo. Acontece que a praça em si não é especialmente espaçosa, com os tapumes das obras, a multidão que por ali cirandava e a confusão geral, a maioria não terá dado conta da existência dessa bacia-substituta-da-fonte.

Assim, alguns (muitos) arremessavam a moeda por cima da vedação, com toda a força (qual de costas, qual carapuça? havia que ter a certeza que caía lá dentro!), acertando (ou não) nos operários que ali trabalhavam. Ainda nos rimos: se, por um lado, os coitados são constantemente bombardeados com moedas, por outro, levam um segundo "ordenado" para casa! Digam lá que este mundo não está cheio de gente estranha... 
  

segunda-feira, 13 de julho de 2015

STONER

Antes de escrever o que quer que seja sobre este livro, quero agradecer desde já ao Carlos Barbosa de Oliveira e à Cat (amiga pessoal e do Clube de Leitura) pelo aviso insistente para o ler, pois estavam certos que iria gostar. Tinham razão: amei!

O que é que faz que um livro escrito em 1965 passe completamente despercebido durante cinco décadas e depois se torne num sucesso mundial? Mistério! Uma editora americana resolveu fazer uma segunda edição do livro de John Williams em 2006 e a romancista francesa Anna Gavalda leu, elogiou e traduziu o livro. Em 2013, foi considerado um dos maiores romances americanos de todos os tempos...

William Stoner nasceu no seio de uma família de pobres agricultores e durante toda a sua infância não sonhou vir a ser mais do que o seu pai. Contudo, é este que o convence a ir tirar um curso de agronomia, já que o jovem é bom aluno, além de trabalhador. E ele vai para a universidade de Columbia, trabalhando como um escravo na lavoura de uns parentes que aí residem para se sustentar, enquanto tira o curso. Mas eis que o seu plano sofre um volte-face e ele apaixona-se pela literatura inglesa, acabando por se tornar professor universitário da disciplina. No entanto, tudo o que acontece na sua vida parece alheio à sua vontade, como se fosse uma fatalidade. Ele é um homem solitário e triste, preso nas convenções sociais de uma época e incapaz de se libertar das amarras que o prendem - exceto através dos livros (e das aulas), que funcionam como uma espécie de lenitivo para todas as suas amarguras. E são várias, porque mesmo sendo ele um homem ensimesmado e pacato, suscita ódios destemperados...

MUITO BOM! E, para quem não leu, pode ler a opinião do Carlos Barbosa de Oliveira aqui.

Citações:

"Quando pensara na morte, antes, pensara nela ou como um acontecimento literário ou como o lento e silencioso desgaste do tempo na carne imperfeita. Não pensara nela como a explosão da violência num campo de batalha, como o jorro de sangue de uma garganta perfurada."

"Esse amor à literatura, à língua, aos mistérios da mente e do coração que se revelavam nas ínfimas, estranhas e inesperadas combinações de letras e palavras, na tinta mais negra e fria... esse amor que escondera como se fosse ilícito e perigoso começou então ele a mostrar, hesitantemente a princípio e depois com ousadia e, por fim, com orgulho."

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O último Clube de Leitura mais não foi que uma caracolada, já que nenhuma das participantes presentes tinha lido o livro até ao fim: algumas, como eu, mal tinham começado. No entanto, a opinião geral de quem leu mais do que meia dúzia de páginas é que o livro não cativa o leitor, pelo que se torna desinteressante, para não dizer aborrecido - não basta ser Nobel da literatura para o interesse das páginas redobrar...

A próxima sessão terá lugar no dia 18 de setembro, desta vez com o livro "O centenário que fugiu pela janela e desapareceu", do sueco Jonas Jonasson. Esperemos que a leitura deste seja mais aprazível para todas!

sexta-feira, 10 de julho de 2015

CONVERSAS DE GALINHEIRO...

Por estes dias, as conversas políticas têm-me parecido andar muito à volta disto. Com certezas inabaláveis de todos os lados... O cartoon, de que desconheço a autoria, acerta na mouche!

Mas pronto, já se avizinha mais um fim de semana, férias para alguns, portanto só tenho um conselho - em jeito de ordem:

DIVIRTAM-SE!

Imagem do facebook.

terça-feira, 7 de julho de 2015

ONDE PÁRA O (MEU) SITE METER?

Não sei  se o problema é generalizado ou se só aconteceu comigo: o site meter que tinha no blogue desapareceu, foi um ar que lhe deu! Nos blogues que leio, só a Redonda se queixou do seu. Mas pronto, agradeço a quem saiba o que se está a passar que me diga. Ou que me diga como o posso pôr novamente - que já não me lembro - porque ao tentar fazê-lo... acabei a falar sozinha! Com uma mensagem "simpática", a dizer que de momento o site não está disponível. 

Por outro lado, o gmail também tem tido os seus problemas nos últimos dias, por exemplo, saem comentários no blogue mas nem todos recebo na caixa do correio. Não é estranho? Terá a ver com pessoal de férias e os seus substitutos temporários não darem conta do recado?

Ah, mas claro, se souberem explicar um ou ambos os casos, por favor façam-no da forma mais simples possível - é que, infelizmente, aqui mora uma autêntica naba informática...  

Grata a todos!

domingo, 5 de julho de 2015

EM BUSCA DO CARNEIRO SELVAGEM

"É impossível largar um livro de Murakami até chegar ao fim", assegura o Daily Telegraph. Bom, impossível não é, que tive de o deixar cá, uma vez que não fazia sentido levá-lo a passear nas mini-férias, até pelo peso a mais que representava na mala. Mas lá que foi difícil, é verdade... (levei um livrinho de bolso, de Ken Follett, mas não passei das primeiras 50 páginas e, já que o final é tão previsível, deixei para o acabar noutras "núpcias")

Devo dizer que este não é dos livros mais recentes de Murakami, que escreveu estas 369 páginas em 1979. Ou seja, numa época que nos vai parecendo cada vez mais distante, antes de PCs, telemóveis e internet terem tido o seu grande boom.

Um publicitário divorciado utiliza uma fotografia onde se vê uma paisagem com carneiros numa das suas campanhas publicitárias. E, sem saber bem porquê, é confrontado por gente poderosa que o incumbe de encontrar um dos carneiros da foto e o local onde a mesma foi tirada. E é assim que começa a sua longa demanda, tendo como finalidade não perder tudo o que conquistou até aos seus quase trinta anos. Mas será que ele consegue encontrar um carneiro num universo de milhares, por muito diferente que ele seja de todos os outros?

Uma história que paira entre o real e o fantástico, onde o carneiro selvagem não deixa de ser um símbolo bastante evidente dos que não marcham ao sabor das correntes.

Citações: 
"Nesse caso, que teria acontecido às terras abandonadas? Pois bem, voltaram a ser reflorestadas. Naqueles terrenos regados com o suor e o sangue pelos seus antepassados, onde estes haviam obtido terras para o cultivo à força de desbravar os bosques, plantavam-se agora árvores. É a chamada ironia do destino."

"[...] o carneiro que se deixa suplantar, por seu turno, quando era mais novo, também subiu à custa de outro, não sei se está a ver. E, por outro lado, é bom não esquecer que, em chegando ao matadouro, não há número um nem número cinquenta para ninguém. Nessa altura, os carneiros são todos iguais, a caminho do churrasco."


BOAS LEITURAS!
(nem que sejam de notícias, sobre o resultado das eleições gregas, que vão dar muito que falar esta semana!)

quinta-feira, 2 de julho de 2015

O MELHOR DE ROMA (3)

Vitor Emanuel II foi o unificador de Itália e, como tal, tem direito a um majestoso monumento bem no centro de Roma, na praça Veneza. Consta que o dito monumento não agradou muito aos romanos na época em que foi edificado, tanto por aquela ser uma zona arqueológica, como por ser de um mármore branco que não se enquadra com os edifícios que o rodeiam, que têm maioritariamente um tom acastanhado. Mas quer dizer, Roma não é uma cidade de contrastes? Porque ao lado de palácios, igrejas, fontes, arcos e estátuas de grande porte e magnificência surgem ruínas milenares, que em qualquer outra parte do mundo já teriam desaparecido há séculos...

E não, não me estou a referir apenas ao Coliseu ou ao Fórum Romano, encontramos umas colunas, um arco, um teatro ou anfiteatro, um antigo mercado ou outras ruínas em praticamente todo o centro da cidade, cujo interesse histórico é inegável, mas a utilidade prática muito relativa, a não ser para aspectos turísticos. Aqui, nestas ruínas no largo da torre Argentina, por exemplo, supõe-se que existiam quatro templos, mas parte de um deles continua soterrado debaixo de uma estrada local.

Além de tudo o resto, é preciso não esquecer que Roma também é uma das principais capitais da moda mundial e é aqui, em plena praça de Espanha,  que se realizam os mediáticos desfiles, com as modelos a descerem a enorme escadaria no alto dos seus saltos de 12 ou 14 centímetros... (e sim, a igreja lá no topo também estava em obras, grrrrr!)

La Barcaccia, a fonte em forma de barco existente em frente aos degraus da praça de Espanha, cuja autoria se pensa ser de Bernini pai.

Mas bom, mesmo muito bom, são as múltiplas esplanadas floridas que surgem em cada canto e recanto da cidade e onde se fazem refeições ou se bebe um copo. Ristorantes, trattorias, osterias, pizzarias, caffés, gelatarias, há-as para todos os gostos, embora normalmente sejam carotas, se comparadas com as portuguesas - uma imperial pequena não custa menos de 4 euros, um café pode custar 2,50, um gelado 6 ou 8. As pizzas ainda são os pratos mais em conta e são... uma delícia!

Também fiquei fã das saladas, das brushetas e dos gelados, mas foram as pizzas que mais me surpreenderam pela positiva: além de massas muito bem feitas e estaladiças, os ingredientes tinham um sabor forte - o tomate a tomate, o fiambre a fiambre, o ananás a ananás e por aí adiante.

Surpresa não tão positiva foram as respetivas casas de banho: nem sempre correspondiam à finesse do restaurante (não, não fomos a nenhum de luxo), muitas delas só tinham uma sanita para homens e mulheres e mesmo assim a dar para o acanhado. O funcionamento dos lavatórios também está longe de ser linear, uns inteligentes, outros funcionam a pedal, outros nem percebi bem como. E os autoclismos vão pela mesma! Resumindo, um restaurante mais modesto pode ter umas instalações sanitárias melhores do que outro mais finório. Excetuando as do Vaticano, as melhores que vi foram as do metro, mas aí paga-se 1 euro para utilizar (embora quase metade delas estivessem fora de serviço). Isto pode parecer disparatado referir, mas facto é que saíamos cedo do hotel, passávamos o dia a andar seca e meca e a beber água por causa do calor e para não desidratar, obviamente que de vez em quando tínhamos de usar. E normalmente era nos cafés e restaurantes onde parávamos para beber, comer e descansar.

Claro que para tem tenha mais pedalada e queira continuar a caminhada (sem paragens) - estou em crer que a única maneira de "conhecer" Roma um pouco melhor - não faltam estas roulottes que vendem frutas, pão, sandes, gelados e bebidas frescas. Não sei a que horas abrem, mas só fecham lá pelas 10 da noite.

Dito isto, não sei até que ponto um passeio nestas caleches não será igualmente simpático (e romântico), mas por esta altura já estávamos com o tempo contado, não valia a pena indagar o custo.

Muito mais ficou por dizer ou revelar, numa visita de 5 dias e 4 noites e 1326 fotografias depois. Mas tanto o Coliseu como o Vaticano são vastíssimos e já deram azo a vários livros, não é resumo que se faça assim numa penada bloguista (se bem que 20 mil visitantes por dia neste último, nos façam sentir um pouco como carneirada encurralada num redil, a seguir em frente a "toque de caixa", o que faz com que se perca muito da história ali patente - não só do antigo império romano, do cristianismo e dos seus primórdios, como do Egipto ou da Grécia, dois bastiões da antiguidade).  Fica a paisagem romana, vista de uma das janelas cimeiras do museu.

Last but not least, o hotel também demonstrou ser outra surpresa (muito) agradável. Se bem que à chegada desconfiámos que tínhamos "enfiado o barrete" (no edifício do hotel de 3 estrelas funcionam vários hotéis, o que à partida parece esquisito), ficámos muito bem impressionados com o atendimento - o recepcionista, além de simpático, falava português - e o quarto que, embora pequeno, era limpo e estava bem decorado em tons de laranja, espelhos frente a frente que davam uma sensação de maior dimensão, uma pequena casa de banho com base de duche, tinha uma luz boa para poder ler à noite, televisão, um mini-frigorífico (sem nada lá dentro, só para pôr o que eventualmente comprássemos e que foram essencialmente águas), ar condicionado e, ainda melhor, dava para as traseiras. E aqui não estou a brincar: situando-se na zona do Termini, o trânsito é realmente diabólico nas principais vias ali em volta. Apesar da zona estar um bocado degradada e à noite a principal estação de metro, comboios e autocarros ser frequentada pelos sem abrigo, facto é que nos deu um jeitaço para nos orientarmos nas nossas incursões iniciais pela cidade - assim, depressa nos deslocámos a qualquer lado, pelo que não nos arrependemos da escolha internética. O pequeno almoço também era bom e, para lá do tradicional, oferecia bolos caseiros, para quem tivesse apetite suficiente logo de manhãzinha!

E pronto, foi este o relato possível das nossas deambulações pela cidade eterna, que tem um encanto muito próprio... apesar de todos os seus contrastes!