Bolas de Berlim...

Embora em Peniche não seja tradição as bolas de berlim dão sempre que falar na época balnear. O que quase ninguém sabe ou simplesmente não quer saber é o porquê de todos os verões serem notícia.

As praias com mais veraneantes são usualmente as praias concessionadas, as quais têm assistência de nadadores-salvadores e material de salvamento. Estes homens e mulheres que zelam pelo nosso bem estar são remunerados e o material que utilizam é pago por alguém e esse alguém não é o estado português, mas sim os empresários de praia. Sempre que vê nadadores salvadores existe uma empresa por trás que lhes proporciona o ordenado e material. Porquê estas empresas assumem essa despesa? Porque o estado português aluga o espaço onde têm os bares de praia com a contrapartida de assumirem a assistência das praias.

Agora imagine que tem essa despesa e chega alguém que não tem despesa nenhuma e começa a vender aos seus potenciais clientes? O que fazia?

Na próxima vez que estiver na praia pense nisto e seja justo. Porque não dar a ganhar a quem garante a nossa segurança.

Mas se se encontrar numa praia sem assistência, aí sim se lhe apetece uma bola de berlim, porque não comprar e saborear.

Instituto de Socorros a Náufragos em Peniche.

Nem sempre o salvamento marítimo foi prioridade dos estados ficando as vitimas do mar à mercê dos bons ofícios dos marítimos das zonas costeiras.

Das primeiras notícias do salvamento em Peniche surge a seguinte noticia publicada no ano de 1893:

"O Instituto de socorros a naufragos vae construír em Peniche

 duas casas abrigo do barco salva vidas e apparelhos porta cabos"

Marinha faz publicidade em Peniche.

 

A Marinha Portuguesa lançou um novo vídeo sobre as suas competências elucidando assim quem muitas vezes questiona para o que serve a nossa marinha.

 

Mas a novidade deste vídeo é que inclui muitas imagens realizadas em Peniche e com pessoal do Instituto de Socorros a Náufragos, Polícia Marítima e pescadores da nossa cidade.

 

Com vídeos destes até dá vontade de concorrer à Marinha...



Automóvel a banhos.

 

Chega um pouco de calor e os automóveis vão a banhos. Este é mais um que decidiu refrescar-se no sábado passado. Ao rebocar uma embarcação acabou por banhar-se nas águas do porto de Peniche.

Herois do Mar.

 

Não podia deixar passar tamanha tragédia que aconteceu na praia da Figueira da Foz. Uma embarcação de recreio alemã decide fazer-se ao mar quando se encontrava no porto de Peniche, mesmo sabendo que a previsão marítima não era animadora e sendo avisados sobre esse facto. Mesmo assim decidem zarpar do porto.

 

No dia seguinte tentam entrar no porto da Figueira da Foz. A barra do porto encontrava-se encerrada a embarcações de pequeno porte o que indica que a barra não apresentava condições de segurança para embarcações menores. Sucede-se o pedido de ajuda. Os estrangeiros que não tinham ligado nenhuma aos avisos têm que ser salvos pelo povo português. Saem duas embarcações, uma apropriada para salvamento e a uma outra um semirigido da Polícia Marítima. Ambas são empregues na nobreza do salvamento marítimo, mas infelizmente um dos meios acaba por sucumbir às fortes ondas que se faziam sentir. Pior ainda, o mar reclama duas vidas. Um dos teimosos e um homem que certamente queria tudo menos estar naquele local.

 

Haverá culpados desta situação? Eu não sei, mas sei de uma coisa, quem vai acarinhar e tapar durante as frias noites as duas crianças que ficaram sem o pai? Quem lhes vai ensinar as pequenas coisas da vida? Eu sei quem não vai estar lá nos momentos importantes.

 

Mas a situação não fica por aqui. A chamada nação valente e imortal que tanto é apregoada como uma nação que se deve tornar a voltar para o mar, nem sequer ligou ao sucedido. Os políticos/governantes não compareceram, muito menos a comunicação social que dedicou mais tempo ao diz que disse da política do que ao heroísmo destes homens. Que país é este que dá mais crédito a mentirosos e ladrões, atores e futebolistas, jornalistas e afins, que a homens que todos os dias arriscam as suas vidas para alguém que é salvo poder juntar-se aos seus... 

Acidente no Cabo Carvoeiro.

(Laje dos Pargos - 04 de Abril)

 

Num dia em que o mar não aconselhava a nossa permanência junto a ele, pelas 10.20 horas, uma cidadã belga, de 45 anos e um amigo de 52 anos de idade decidiram descer para a Laje dos Pargos no Cabo Carvoeiro para tirar fotografias. A conjunção do mar e a preia-mar fizeram com que uma onda de maiores dimensões atingisse o local onde se encontravam tendo a cidadã belga sido levada pelo

mar.

 

 

Os meios foram accionados (Polícia Marítima, ISN, FAP e Bombeiros) bateram a costa e o mar durante todo o dia, mas o estado do mar e a forte corrente criaram dificuldades acrescidas. O corpo acaba por aparecer na Praia do Pico da Mota no dia seguinte de madrugada.

 

 

Após ler tantas criticas e sugestões sobre o ocorrido, desde a polémica das placas ao estado dos miradouros, emanadas por Doutores e Engenheiros, também julgo poder dar um contributo para que situações destas não voltem a ocorrer. Acho que se deveria fazer um muro tipo o "muro de Berlim" mas este começava em Caminha e acabava em Vila Real de Santo António ou então colocar placas sinalizadoras, com cores berrantes, a cada dois metros de costa também desde o norte até ao sul do país, quero dizer um metro pois poderiam não ver...

 

Sejamos racionais, o país não pode precaver todos os perigos que o planeta terra possui. As pessoas têm que se esforçar minimamente e evitar colocar-se em situações de perigo.

Encalhe do Arrastão Deneb

(Deneb)

 

Ontem cerca das 19.00 horas o arrastão "DENEB" registado em Aveiro embateu no molhe leste do Porto de Peniche, tudo indiciando que o motivo se deveu ao forte nevoeiro que se fazia sentir, assim como o tráfego de embarcações que levou o mestre a encostar-se em demasia ao referido molhe.

 

Por a embarcação e tripulação não se encontrar em perigo imediato os mesmos não alertaram as autoridades tendo esta tido conhecimento por outras vias. Após a constatação fez deslocar para o local o salva-vidas do Instituto de Socorros a Naufragos e devido à maré vazante fez toda a tripulação, compreendida por 7 marítimos, abandonar o navio para aguardar a enchente e posterior trabalhos tendo o desencalhe acontecido pelas 03.30 horas.

 

Esta embarcação embora esteja registada em Aveiro e seja propriedade de uma empresa aveirense costuma frequentar o porto de Peniche.

Barra do Porto de Peniche Fechada.

(Mastro de Sinais)

 

O temporal passado que assolou o nosso país também fechou a barra do Porto de Peniche. Esteve fechada a toda a navegação desde Sábado a Domingo de madrugada.

 

Mas poucos de nós sabemos decifrar quando isto acontece pois apenas aos homens do mar é exigida esta formação. Mas em anos antigos, quando não havia internet, televisões e companhia era naquele local que os penicheiros tomavam conhecimento das previsões meteorológicas. Na cidadela localizada no revelim, junto ao Instituto de Socorros a Náufragos, encontra-se um mastro de sinais onde são içados balões com diversos formatos e ligadas luzes que determinam as previsões emitidas pelas autoridades marítimas. Neste caso o balão com formato em cruz tem como indicação informar os homens do mar que a barra se encontra fechada não podendo haver qualquer entrada ou saída de embarcações. O fecho de barra é emitido quando a entrada do porto não oferece condições de segurança. Em caso de desobediência a esta ordem os mestres das embarcações arriscam elevadas coimas.

Naufrágio na Figueira da Foz.

(Rasca)

 

Em 1859 dois naufrágios ocorrem na barra da Figueira da Foz. Desta vez o infortúnio calhou à rasca "Gloria" que iniciava viagem para a cidade do Porto com carga de aguardente e ao cahique "Isabel" que levava sal para o porto de Peniche. Nos dois casos todos os tripulantes foram salvos.

Socorro de embarcação de pesca.

Ontem por volta da hora de almoço a embarcação "Oasis" registada na Capitania de Peniche pediu colaboração devido a entrada de água no casco. Após contactada a Polícia Marítima, o salva-vidas saiu para a sua localização tendo acompanhado a embarcação alagada até ao Porto de Peniche. Não houve vitimas a registar, havendo apenas danos resultantes da entrada de água.

Semirigido resgatado por ISN e Policia Maritima.

Três amigos andavam na caça submarina e fundearam frente à aberta da Lagoa de Óbidos pouco antes da hora de almoço do dia 13 de Maio. Uma onda de maiores dimensões acabou por virar a embarcação que se encontrava sem ninguém a bordo. De imediato deslocou-se para o local o salva-vidas de Peniche após a Polícia Maritima ter tido conhecimento do ocorrido.

Não houve vitimas do sinistro, tendo a embarcação e os três praticantes da caça submarina sido transportados para o Porto de Peniche.

Por vezes surgem perto da costa ondas de maiores dimensões que proporcionam acidentes impensáveis. Quando navegar junto à orla costeira redobre a atenção.