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quinta-feira, dezembro 13, 2007
quarta-feira, dezembro 12, 2007
Diário da Catarina
...e continua a Catarina a contar-nos o seu dia a dia...
20 de Abril de 1974
Os dias passam, passam, passam…
A ditadura nunca mais acaba… Porquê?
O meu melhor aniversário!
Bem, hoje tenho que te contar tudo, meu querido diário.
Quando acordei, nem queria acreditar no que via: o meu padrinho Salgueiro Maia conduzia um tanque das Forças Armadas! Toda a gente olhava.
Decidi ver para onde iam. Vesti-me e corri atrás dos tanques. Sentei--me em cima daquele em que ia Salgueiro Maia e fiquei a assistir.
Dirigíamo-nos para o Largo do Carmo, em direcção ao quartel da GNR, onde vi o Marcelo Caetano, o primeiro ministro. Todos gritavam: “Morte à PIDE! Morte ao Ministro!”
De repente, as tropas de Salgueiro Maia começaram a disparar contra o quartel! Só mesmo o meu padrinho é que tem estas ideias.
Passaram por ali umas mulheres que vendiam cravos e deram alguns aos soldados, que os puseram nas suas espingardas.
Pouco tempo depois, ouvi as pessoas a cantar “Grândola, vila morena”. Eu não estava a perceber nada!
O meu padrinho veio cá a casa e explicou-me tudo o que se havia passado. Na noite de ontem para hoje ouviu-se uma canção na rádio que, para ele e para outros soldados, era uma senha para a revolução começar. Esta canção era a “Grândola, vila morena”.
Os soldados, liderados pelo capitão Salgueiro Maia, seguiram até ao Largo do Carmo pelas ruas de Lisboa, apoiados por todos. A partir daí tu sabes, querido diário. Houve aquela revolução, a “Revolução dos Cravos”, devido aos cravos das espingardas.
Marcelo Caetano só se rendeu na presença do general António de Spínola, um oficial superior.
Mas porque é que isto aconteceu? Porque nós, portugueses, queremos liberdade, as condições de vida estão mais difíceis, estamos cansados da guerra colonial e porque outros países nos criticam por não darmos independência às colónias por haver ditadura.
Viva a revolução de 25 de Abril!
Fui à prisão de Peniche ver a libertação dos presos políticos, amigos do meu pai.
Foi uma alegria. Parecia que todo o mal do mundo havia desaparecido. Até chorei.
Sem dúvida, estes dois últimos dias foram os melhores da minha vida.
O meu irmão ligou de África e disse que não falta muito tempo até chegar a casa. Espero que não!
domingo, dezembro 09, 2007
O diário da Catarina
Lembram-se do diário da joaninha?...
Pois então vejam se a sua «trineta» também tem jeito para contar histórias...
Esperemos que gostem tanto como nós gostámos.
Encontrei ontem o diário da minha trisavó Joaninha, que viveu no tempo das Invasões Francesas. Como gostei da ideia, decidi também escrever um diário.
Nem sei o que hei-de escrever…
Mais um dia para esquecer! E tudo porque estamos a viver um período de guerra.
Primeiro fui à escola e o meu professor disse que devemos muito a Salazar e a Marcelo Caetano. Ora eu não concordo! Fizeram uma ditadura e querem que eu lhes deva alguma coisa?! Protestei e fui expulsa da aula.
Cheguei a casa e disseram-me que o meu irmão foi para a Guerra Colonial, que é a guerra entre Portugal Continental e as suas colónias. Comecei a chorar.
A PIDE veio buscar o meu pai. Vão levá-lo para Peniche.
Estou sozinha com a minha mãe. Com o meu avô emigrado, não há homens nesta família.
20 de Março de 1974
Encontrei na rua o meu padrinho, o capitão Salgueiro Maia, que me disse que, em breve, a liberdade vai voltar. “Mudo de nome se isso não acontecer” disse ele.
Vamos lá ver se ele conserva o seu nome…
Estou farta!
Torturaram o meu pai! E tudo porque ele defende a liberdade que nos roubaram.
Esses tipos da PIDE metem nojo. Que chegue a liberdade!
Vou fazer anos no dia 25 de Abril. Quase de certeza que vai ser o meu pior aniversário.
Estou farta da ditadura e da guerra colonial, a vida está difícil. Queremos liberdade!
Tenho andado cansada e triste, mas não vou deixar que a ditadura me vença. “Venham mais cinco”!
Vou lutar pela liberdade!
Passei pela sede da PIDE e ouvi uns homens a gritar. Estavam a torturá-los.
Dantes, a minha mãe dizia que havia liberdade a mais. Quero ver o que dirá agora.
10 de Abril de 1974
O meu pai chegou hoje a casa. Fugiu da prisão de Peniche, tal como fez Álvaro Cunhal. Saíram das celas, desceram a muralha e pronto! Já estavam cá fora. Acho que foi assim.
O meu padrinho contou-me porque é que me chamo Catarina. O meu nome é este por causa de uma ceifeira (Catarina Eufémia), que morreu porque também defendia a liberdade.
Honra lhe seja feita!
quarta-feira, dezembro 05, 2007
Figura do mês
Projecto "Mil ao Mar"
O projecto tem como objectivo salientar alunos com valor DELI: Dedicação, Empenho, Liderança e Iniciativa.
Fica atento. Prometemos dar notícias sobre o desenvolvimento deste projecto.
Figura do Mês
O vencedor do passatempo foi o aluno Joel dos Santos Veiga, nº19, do 6º N. Parabéns!
E para acabar bem e é quase Natal, fica atento e participa no próximo passatempo.
A comemorar também se aprende
Passatempo «Aconteceu em...»
O vencedor do passatempo « Aconteceu em...» do mês de Novembro foi o aluno Bruno Miguel Gomes Nunes do 9º D.
Para ele vão os nossos parabéns e o desejo de mais «êxitos escolares»
terça-feira, dezembro 04, 2007
Passatempo «Aconteceu em...»
O estádio do Jamor é inaugurado a 10 de Junho. «O que nós queremos é futebol», é a mensagem que é distribuída ao público que enche o novo recinto desportivo.
Criação dos Transportes Aéreos Portugueses (TAP), a 22 de Setembro, como organismo do estado (decreto-lei nº33937)
Notícia do Diário Popular: «A penicilina, famosa descoberta da medicina será posta à disposição do público para as necessidades civis em Junho próximo».