A manhã começa lentamente.
A sala vazia esconde as palavras e o riso.
Dos pincéis escorrem tintas em danças imaginadas.
Cada peça, por pintar, inventa-se em desenhos e cores.
Uma tela quase pronta, mira-se no meu olhar, indecisa.
Outra, ainda em branco, inquieta-se na minha mão.
Fora da janela um pássaro canta, num ramo verde.
Cá dentro o relógio marca o tempo, do meu desejo:
Ficar em silencio a ouvir o que as coisas querem ser.
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