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quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Coisas de avó e neto

Tenho que deixar registada no meu cantinho a 4ª feira das férias de Carnaval do meu neto - então não é que pela primeira vez ele conseguiu ganhar-me no bowling?! Até seria natural, aos 13 anos já se pode jogar bem mesmo com pouco treino, mas o caso é que ele de vez em quando ainda se precipita e lá cai a bola antes de chegar a um terço do percurso, enquanto eu tenho cá na ideia que as minhas bolas quando caem é mesmo só quase quase lá no fim... (hummm... será mesmo?)

Desconfio que não estou só a registar a vitória do neto, estou é também a dar-me oportunidade para um próximo registo da desforra! [Pois claro, eu faço muita questão de me manter em forma por mais todo o tempinho possível, por várias razões, e mais uma que é a de prolongar o prazer de serem os netos a convidar-me para desafios - de bowling e outros! ;)]


(Pois... podia ser um clip de vídeo, mas não me apetece pôr vídeos no meu cantinho, pode ser que qualquer dia vá bater à porta do You Tube ou de outro seu concorrente, mas por enquanto não estou nada virada para aí)

terça-feira, janeiro 30, 2007

"As minhas" TIC com os netos

A parte do meu desktop que é só dos netos
(do resto, cada um de nós usa o que precisa)

O Nuno só tem uma pasta no ambiente de trabalho do pc da avó pois a sua fase nas TIC já é outra e está no 8º ano - dessa fase não vou falar (hoje) porque lá iria eu desviar-me para questões das escolas, do uso das novas tecnologias com os alunos (ou do ainda bastante generalizado não uso). Apenas quero guardar neste cantinho as pastinhas da Inês aos oito anos, que 'eles' crescem muito depressa, daqui a nada já serão só recordações.


Lembrei-me de pôr a imagem para reter especialmente duas das pastas da Inês. Uma, é a das artes plásicas, designação que veio dela quando me disse que queria "fazer artes plásticas no computador" - donde lhe veio a pomposa designação, não cheguei a averiguar bem.
Mas, o que importa é que largou definitivamente os programinhas já demasiado infantis, em que as composições "artísticas" são quase só feitas com clics. Iniciei-a então no Paint, incluindo busca de imagens para inserir a fim de complementar/enfeitar o trabalho pessoal com as limitadas ferramentas.
Confesso o meu desleixo na procura de recursos menos limitados, acessíveis à idade, mas também é muito pouco o tempo que lhe sobra das suas "pesquisas" na net, nos bocadinhos que está na minha casa (regularmente, só duas vezes por semana), dado que o computador dos dois manos em casa deles ainda não tem internet, e o outro tem muitas vezes prioridades profissionais.
"Pesquisas" na net... é que me aparece frequentemente com endereços de sites (são sempre infantis ou juvenis) que traz de cor, suspeito que alguns de anúncios da TV, outros devem vir dos amiguinhos da escola. E lá vai explorá-los (depois de eu ver onde entrou - sempre convém), se lhe agradam guarda na sua pasta dos Favoritos. Também recebe de vez em quando e-mails de um ou outro site que promove concursos, e lá vai ela, de respectivos username e password nos dedos. (Ainda "ontem" mal sabia ler e escrever! Mas, este pouco agradável passar dos anos para quem já tem os que eu tenho tem suas compensações, e uma é reviver o crescimento das minhas crianças)

Mas... que coisa, lá estou eu a desviar-me (coisas de avó), pois a pasta que queria referir mais é a designada por concursos. Adora quando eu faço um exercício com o Hot Potatoes, seja para o português, seja para a matemática, seja... de "cultura geral". São esses os concursos da respectiva pasta pois são desafios, dado que indicam no final a pontuação (que vai sendo registada no post-it, como se vê na imagem). Não crio estes exercícios-concurso para suprir nenhuma insuficiência da escola - a professora é excelente -, nem para motivar a Inês que, felizmente, gosta de aprender. Apenas os faço de acordo com perguntas/dúvidas que ela me coloca. Por exemplo, para reforço da correcção da ortografia em casos em que mantém hesitações ou em tipo de erros que ainda comete repetidamente, para apreender melhor um raciocínio na matemática em que noto que persistem dificuldades ou erros por precipitações automáticas e também para "puxar" pelo seu vocabulário, inclusive o "matemático", neste caso num exercício de palavras cruzadas que o Hot Potatoes permite criar com extrema facilidade.



(Mas agora ando a descurar o concurso, pois há novo entusiasmo na pasta dos jogos)



E, já agora, uma referência a essa pasta dos jogos. Embora a Inês aproveite as vindas cá a casa para os joguinhos online dos seus sites favoritos, também gosta muito do chamado software educativo. Usa-o em casa dela, mas também com frequência aqui, o que mostra que vale a pena adquiri-lo. Ainda há umas três semanas andou a pedir-me a Aventura do Corpo Humano, que chegou a encontrar cá em casa mas foi para o lixo quando verifiquei que era um daqueles que o XP fez passar à categoria de antiguidade. Comprei a versão actualizada a pensar que se não iria interessar muito, mas a verdade é que está agora no "top" dos preferidos. Além de actividades mais lúdicas, o cd tem outras que eu supunha que não a entusiasmariam, mas afinal... jogo é sempre jogo, e para as crianças ouvirem os elogios numa vozinha engraçada, acompanhados de palmas, pelos vistos até seguem atentamente as lições prévias do cd sobre nomes de ossos e outros componentes do corpo, enfim, essas "coisas chatas".
[Ei! Atenção! Estou a falar de uma criança de 8 anos, nada de confusões com 8º ano, que eu não defendo mesmo nadinha joguinhos 'toda a vida' para motivar a aprendizagem. Desafios a crescerem, isso sim - aliás, até tenho um marcador de posts designado por "infantilizar ou puxar?", embora nenhum dos posts marcados tenha a ver (explicitamente) com aprendizagem curricular, e suponho que (ainda) não escrevi nenhuma memória que se relacione com a ideia a que procurava sempre que os alunos do 2º ciclo aderissem (e julgo poder dizer que não era mal sucedida nisso) - a de a matemática e os respectivos problemas serem como um jogo, um desafio ao raciocínio, e que eram capazes do mesmo modo que revelavam ser capazes de descobrir estratégias, às vezes difíceis, para ganharem em certos dos seus jogos].



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Adenda



Ainda pelos 4-5 anos do Nuno, a mãe (minha filha) declarou que não teria que se preocupar com a "formação informática" dele pois delegava-a em mim. Pois, pois... até há um tempo atrás ainda pensávamos que isso poderia passar por nós, mas do que eles gostam é das modas lá entre eles... Por exemplo, cedo deixam de precisar que lhes ensinem a usar o msn, e lá os temos a prolongarem em casa as conversas da escola com os amiguinhos (e amiguinhas), o horário de estudo esquecido (até serem apertados com uma proibição de msn até levantarem aquelas notas negativas que começaram a aparecer nos testes por causa de tanta conversa - mas isso só fazem alguns pais, eu sei de uns que tiveram que o fazer uma vez há pouco tempo mas não vou dizer aqui em público quem era o filhote, digo só que as notas levantaram logo nos testes seguintes e ele não andou traumatizado com a proibição), e a dedicação intensiva a uma nova escrita que qualquer dia os põe a escrever português com mais erros do que quando tinham nove anos, isto se falarmos só dos que até fizeram um bom 1º ciclo.
O Nuno até criou um blog, e não fui eu que ensinei, só dei depois umas dicas que até o levaram a um primeiro contacto com html, mas depressa o abandonou por "falta de assunto" e, quanto a descobrir assunto... bem, "santos de casa não fazem milagres" (até porque são vistos como intrusos, os reconhecidos como "autoridades" são os professores nas disciplinas escolares - no mais geral ainda com nada ou pouco de TIC -, alguns amigos um pouco mais velhos noutras áreas e os publicitários das últimas modas/aliciamentos - que não são o msn, este até é um desviante menor do estudo).



Como competir com isto? Que papel cabe à escola?



Mas já saí do assunto do meu post... que mania das adendas!



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_xiiiiiii... Isabel, que post tão longo!!
_Ora, não faz mal, este foi para guardar como recordação, eu volto qualquer dia a questões implícitas na adenda...

sábado, novembro 25, 2006

O Quebra Nozes e a minha princesa




Hoje levei a minha princesa ao ballet.
Não foi a primeira vez, por isso também não foi a primeira vez que um certo encantamento que mantenho pelos espectáculos de bailado clássico foi superado por um encantamento maior: o de observar o encantamento da minha princesa.








O encantamento não foi só por ser o Quebra Nozes, de que as crianças costumam gostar. Ela encanta-se mesmo com o bailado clássico, e pronto.
Anda tão feliz com as suas aulas de ballet! Era um desejo insistente que começou a realizar há dois anos, mas teve que interromper no ano passado por completa incompatibilidade dos nossos horários de trabalho com os dessas aulas. Agora, aqui a avó já pode ter vários part times, um deles é de... taxista.
(Ei! Vários part times não remunerados, não estejam já a pensar nessas acumulações, que bem conhecemos nos escândalos deste país, de reformas e novos vencimentos!)

Mas não falei dos gostos da minha princesa por acaso. Aproveitei o registo, neste cantinho, da nossa ida ao ballet para contar um mistério e me insurgir contra ele. É que não sei onde é que, nos seus oito anos, de repente foi buscar uns pensamentos "realistas" - não lhe vieram de 'intromissões' da família nem da professora.
Durante muito tempo declarou que ia ser bailarina e pintora, a ponto de, juntando-se a isso o gosto e o jeitinho que até tem para o desenho e a pintura, a mãe ter começado a pensar em opções de futura escola pós 1º Ciclo. Mas, há umas semanas atrás (1º episódio - ainda nada caso para me insurgir com o mistério), a minha princesa declarou-me subitamente que, quando fosse grande, iria ser bailarina aos sábados porque tinha que ter outra profissão durante a semana - não sabia ainda qual - e guardaria o domingo para descansar. Abstive-me de comentar, nem lhe perguntei pela pintora, que pensei momentaneamente esquecida, para não atrapalhar os seus novos pensamentos.
Entretanto, o mistério de pensamentos "realistas" não fica por aqui, e do que já não gostei nada foi de saber que, depois, (2º episódio) já disse em casa que, quando fosse grande, queria ter uma profissão durante a semana em que ganhasse muito dinheiro e quis saber quais as profissões melhores para isso.

Bolas! O mito ou objectivo de vida do muito dinheiro, nunca o ouviu na família. Que raio anda a contecer, e como, (desculpe-se-me a linguagem) para esta mensagem da actualidade já ser passada a crianças de oito anos que não a recebem nem em casa nem na escola?

Só temos que cuidar das asas das crianças, para que cresçam fortes e voem no momento de começarem a voar (ou não se estatelem no solo quando a vida as experimentar com momentos de vicissitudes ou dores). Nessa altura de partirem para a vida, escolherão os sonhos de criança que quiserem levar sobre as asas juntamente com os outros que, entretanto, também já começaram a sonhar. Mas não lhes tirem o sonho, não lhes matem a capacidade de sonhar aliciando-as, ainda indefesas, com os falsos deuses da era actual!

segunda-feira, junho 19, 2006

Porque ontem foi domingo - II

(Domingo com uma neta)

Criamos as nossas crianças, desde pequeninas a desejar saber ajudá-las a, um dia, ganharem asas para voarem. A uma dada altura, olhamos para elas, reparamos que estão a crescer tão depressa, que estão quase a deixar de ser pequeninas, e ficamos assim a olhá-las como que a querer deter o tempo, a querer senti-lo a 'andar' mais devagarinho durante mais um bocadinho de tempo. Sabemos que o que mais desejamos é que ganhem asas (e fortes), sabemos que a nossa felicidade depende de um dia as vermos voar com asas sólidas, livres, autónomas, mas... não tinha mal demorar-se o tempo, antes disso, distraído de si, detido também a contemplá-las.
Mas, a canção das mães (e pais, e avós também) tem que ser, só pode ser, uma como esta que deixo (hoje este cantinho só tem canções de Toquinho, não as procurei, vieram por acaso ter comigo - acaso, ou, em geral, não reparamos em "acasos"?)

Canção O Caderno, de Toquinho, com ilustrações de Jaime Barbosa em P.P.




domingo, abril 02, 2006

Dia Internacional do Livro Infantil

(Na data do nascimento de Hans Christian Andersen)

Jessie Wilcox-Smith, A Quiet Corner

O DESTINO DOS LIVROS ESTÁ ESCRITO NAS ESTRELAS
Ján Uličiansky

"Os adultos perguntam com frequência o que acontecerá aos livros quando as crianças deixam de os ler.
Talvez esta seja uma resposta:
«Nós carregá-los-emos todos em enormes naves espaciais e enviá-los-emos para as estrelas!»
(...)
As estrelas são livros num céu nocturno e iluminam a escuridão.
Sempre que eu duvido se vale a pena escrever mais um livro, contemplo o céu e digo para mim próprio que o universo é realmente infinito e que ainda deve haver lugar para a minha pequena estrelinha"

Jessie Wilcox-Smith, Wish Upon a Star


Adenda de avó:
A Inês e eu já temos programa de domingo à tarde - ela aderiu a uma comemoração na FNAC pois já começou a ser lá frequentadora da secção do livro infantil :)

sexta-feira, julho 15, 2005

Hábitos de trabalho - I

Hoje a "memória" não é profissional, é familiar. Mas, não tenho só alunos, também tenho netos que são alunos.
O Nuno terminou agora o 6º ano do básico. Iniciou o 2º Ciclo com uma excelente preparação - que não comecem agora todos os dedos a apontar os professores do 1º Ciclo e que o reconhecimento das condições em que muitos trabalham passe à actuação sobre as mesmas. Mas, começou um percurso de 5º ano com um desempenho demasiado "mediano" para a preparação que lhe fora dada e para a capacidade que tem - os alunos têm o potencial necessário de capacidade, podem é não ter o trabalho/esforço para o desenvolver. Iniciou-se então, em casa, um processo de responsabilização. Os pais, como o geral, trabalham todo o dia e chegam a casa cansados, mas não evocam a necessidade de descanso diário televisivo ou congénere - decidiram ter filhos, não é? Primeiro, foi estabelecido um horário de trabalho/estudo, mediante um consenso tão democrático quanto possível, incluindo as consequências de incumprimento, as quais eram: não haverá playstation, pc ou tv. Depois, foi a 2ª fase do processo: Agora, acabam as preparações de testes com os pais (e avó), por vezes à última hora pois o Nuno também, por vezes, "esquecia" a marcação atempada feita pelo professor; Agora, a responsabilidade passava a ser inequivocamente dele, os testes seriam preparados por ele, até tinha a sorte de poder contar com os conhecimentos dos pais e avó para dificuldades/dúvidas de última hora que soubesse colocar, mas só com isso, quer porque quando estudam sabem colocar dúvidas e quando não estudam têm os outros que as adivinhar, quer porque não se tinha nenhuma razão para duvidar de que, para outras não de última hora, os seus professores estavam sempre disponíveis. E, se não assumisse esta responsabilidade (ninguém defenderá, decerto, que não têm idade para a assumir) imediatamente acabaria a playstation, etc., no fim de semana e (numa hipótese remota de tal se justificar, também nas férias).
Fim da história: O Nuno terminou o 6º ano com um desempenho positivamente bem distante do início de 2º Ciclo, em que até um ou outro teste negativo tinha havido.
Será assim tão difícil, apesar do trabalho diário dos pais e consequente cansaço no fim do dia?
(Um post "Hábitos de trabalho - II" também virá a este blog - uma memória da minha turma de 9º ano deste ano lectivo que terminou).