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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Ouvindo em Aracaju/SE. - Rádio Jornalismo


04h00 – Jornal da Manhã - Rádio Jornal AM
05h00 – Jornal da Manhã – Rádio Jovem Pan FM
06h00 – Jornal Primeira Hora – Rádio Liberdade AM
06h30 – Bom Dia 930 – Rádio Liberdade AM
07h00 – Liberdade Sem Censura – Rádio Liberdade FM
12h30 - Jornal da Hora – Rádio Liberdade AM
17h00 – Liberdade News – Rádio Liberdade FM

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Sinto Falta da Música Orquestrada no Rádio Sergipano


"Temas Inesquecíveis"... hein Ludwig Oliveira.

A música orquestrada - pouco prestigiada em nossas emissoras de rádio, que aliás, bem deixa pra lá.

No meu entender, ainda falta no rádio sergipano um programa diário, das 12 às 14 horas, hora do almoço e sesta (um horário apropriado para a música orquestrada).

Salvemos nosso Rádio AM e procuremos fazer um rádio FM de melhor qualidade, bem terminei não deixando de todo pra lá, mas é que sinto muito a decadência de nosso rádio, principalmente o AM, que é o que mais gosto. Aprendamos com a Rádio Bandeirantes de São Paulo e com a Brasília Super Rádio FM.

Aos radialistas, quero deixar claro que o comentário aqui é uma crítica construtiva de um amante do rádio.

Armando Maynard

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Nova Programação Rádio Aperipê FM, Aracaju-SE.

Foto: reproduzida do álbum de Alex Sant'Anna/Facebook.

Estou ouvindo o programa "APERIPÊ EM REVISTA", com Ricardo Gama e Lina Sousa, de segunda a sexta, a partir das 14h00, na Rádio Aperipê FM de Aracaju-SE.  Antes ouvi "ALMOÇO DOM JAZZ”, com Lina Sousa, gostei. Parabéns, sempre defendi que a música orquestrada/instrumental é a música apropriada para esse horário, escrevi até um comentário sobre isso, quando Luciano assumiu a superintendência. Nos tempos áureos da Rádio Cultura, o Irandir Santos tinha um programa de música orquestrada nesse horário e tinha grande audiência. Estou torcendo, minha sesta agora tem muito mais prazer.

Armando Maynard

domingo, 8 de janeiro de 2012

Crítica Construtiva as Rádios FMs: Aperipê e UFS


Ontem pela manhã (07.01.2012), fiquei ouvindo as rádios Aperipê FM e Rádio UFS FM, e observei que ambas TEIMAM em não apresentar a ficha técnica das músicas executadas. No mínimo, deveriam dizer o nome da música e seu intérprete - ano, gravadora, compositor, até que não era muito, pois são rádios educativas/culturais.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Crítica Construtiva a 930 AM - Rádio Liberdade

Amiga (virtual) Juliana, peça ao seu colega e apresentador Ely Augusto, para não deixar que o Jornal da Rede Bandeirantes de Rádio - edição das 17 horas - entre já começado. 'ISSO ESTÁ ACONTECENDO TODOS OS DIAS'. Juliana, reforçando seu pedido, eu também peço, por favor, para que o Ely acerte seu relógio com o da Rádio Bandeirantes, já que acabou o horário de verão e agora nosso horário é o mesmo de São Paulo. Brincadeiras à parte - de um amante do rádio AM - que se proponhe a fazer essa crítica construtiva, por ser um ouvinte assíduo da ‘novidade’ no Rádio Sergipano, a Rádio Liberdade 930 AM. Um abraço a ambos e muito sucesso.
Armando Maynard

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Cultura Musical no Rádio


Cabe ao bom radialista suprir as carências culturais e informativas de seus ouvintes, principalmente na área musical, que depois do jornalismo é a mais importante dentro da programação diária das emissoras de rádios AM e FM. A grande maioria dos ouvintes não conhece a história da música e muito menos sabem classificá-la por gêneros como: MPB, cancioneiro popular, sertaneja, chorinho, samba, rock, jazz, blues, jovem-guarda, instrumental, trilhas sonora e erudita. Um bom programa radiofônico que apresente músicas deve ter uma produção criteriosa, no intuito de poder apresentar melodias e canções selecionadas, a fim de formar uma cultura musical junto aos seus ouvintes. O bom radialista e apresentador de programas musicais têm por obrigação conhecer todo tipo de música, passando para seus ouvintes além do bom gosto musical, todas as informações. É importante que o ouvinte saiba a ficha técnica do LP/CD, como sua gravadora, ano em que foi produzida, compositor e cantor, fazendo com que fiquem situados no tempo em que a melodia ou canção foi elaborada, quando foi escrita a letra e quem foi seu primeiro intérprete. Além de contar fatos da época e biografia do cantor e compositor. Aqui em Aracaju temos dois radialistas que fazem muito bem esse trabalho e que aproveito para elogiar a ambos, e prestar a minha homenagem e agradecimento, pois sempre estou aprendendo com eles, são: ARÍ NOGUEIRA com o programa “Discoteca da Saudade”, todas as sextas feiras das 20 a 24 horas, na Rádio Aperipê AM. O programa é dedicado ao resgate da música do passado, a música de seresta. Os ouvintes ligam para o programa, batem papo com o apresentador e solicitam as músicas do cancioneiro popular de sua preferência. Desfilam nas quatro horas de programa, Nelson Gonçalves, Cauby Peixoto, Ângela Maria, Dalva de Oliveira, Aguinaldo Rayol, Aguinaldo Timóteo e muitos outros. São canções que fizeram sucessos nas décadas de 40/50 e eram a trilha sonora da vida de nossos avós, pais e que deixaram muita saudade. O Arí antes de executar a música, faz um pequeno relato da vida do cantor e compositor. Já o Prof. LUDWIG OLIVEIRA, que tem três programas na Rádio Jornal de Sergipe,  muito se preocupa com a cultura musical de seus ouvintes, informando tudo do interprete e compositor, além de citar fatos curiosos ligados a época da gravação. Aos sábados a partir das 20 horas apresenta “Os Reis do iê, iê, iê” onde resgata as músicas da “Jovem Guarda”, décadas de 60/70 e “Dobradinha de Sucessos” apresentando musicas de todas as épocas e nacionalidades. Aos domingos pela manhã, a partir das 10 horas é a vez do “Bom Domingo”, onde ele interage com os ouvintes, analisando em profundidade interpretação e orquestração das músicas executadas, fazendo um apanhado histórico das composições. É um programa musico/cultural com diversos quadros, como  “O País e Sua Música”. A noite, a partir das 22 horas é a vez da música orquestrada e instrumental, sempre comentada quando da sua execução, é o “Temas Inesquecíveis”. Estes são momentos do rádio que acrescentam conhecimentos e prazer. Ponto para o Rádio, essa mídia que vem se reinventando.

Armando Maynard

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Paixão Pelo Rádio e Pela Música


A música tem um poder enorme de nos transportar ao passado trazendo recordações de um tempo que deixou saudades. Ao ouvirmos uma canção ou melodia antiga, um filme começa a passar em nossa mente, vindo à tona lembranças que pareciam perdidas no tempo. Voltamos imediatamente à época em que o rádio reinava na sala de nossas casas. Eram aparelhos grandes que funcionavam com energia elétrica ou com baterias de carro, cheios de válvulas e que esquentavam quando demoravam a ficar ligados. A maioria desses aparelhos possuía vários teclados que serviam para mudar as ondas médio-curtas, como também o famoso olho mágico, para o ouvinte poder sintonizar corretamente a sua emissora preferida, que para o som ficar nítido era preciso se instalar antenas externas, puxando fios em cima do telhado da casa. O rádio em minha casa era um hábito de meu pai, que terminei incorporando ao meu dia a dia, acompanhando os noticiários e ouvindo a boa música. Quando conheci o radinho de pilha, logo vendi minha bicicleta para comprar um. Daí, até hoje sempre tenho um por perto, tendo a mania de a noite dormi com um embaixo do travesseiro, haja pilha. Na década de 60 os programas de ‘disque jóqueis’ tinham grande audiência, era impressionante ao andarmos pelas ruas podíamos ouvir o som a ecoar por toda a cidade. Os jovens telefonavam para os programas a fim de concorrerem a prêmios e solicitar os sucessos do momento. Havia sorteios de ingressos para cinema e outros brindes como dos LPs aonde vinham gravados os programas “Música e Alegria Kolynos”. Tempo dos picapes, discos de vinil, com rotações de 33, 45 e 78, LPs, bolachões como eram chamados. Lembro que na sala de minha casa tinha uma radiola enorme, com um picape embutido, que saia de dentro como se fosse uma gaveta, era a liberdade de ouvir a música escolhida na hora que desejasse, e aí haja agulhas, pois o atrito do disco com a agulha as estragava rapidamente e tinha que ficar trocando. Dessa época me vem à lembrança um acidente de percurso, foi quando encontrei em um Sebo de Discos uma raridade, o “Hino do Flamengo”. Trouxe o disco no ônibus com um cuidado enorme, com medo que alguém topasse e quebrasse o mesmo. Ao chegar à porta de casa, na pressa de ouví-lo, fui abrindo ali mesmo e ao puxar o cordão (pacote de disco com cordão!), quebrei o disco. Foi uma tragédia, senti bastante. Aprendi a gostar da música orquestra esperando prazerosamente na sala de cinema a espera da sessão começar, pois antes do filme iniciar, os tradicionais cinemas de rua só tocavam músicas orquestradas e clássicas. Já nas emissoras de rádio a música orquestrada e clássica sempre teve pouco espaço, quase não sendo tocada em sua programação normal, salvo em programas especiais de finais de semana, ou quando morre alguma pessoa importante da comunidade, aí as emissoras suspendem a programação e passam a tocar por todo o dia a música instrumental. Já dobrados e marchas sempre me chamaram atenção nos palanques das “Feirinhas de Natal” como também no coreto da praça do centro da cidade. As Bandas de Música são sempre atrações e tem presenças garantidas nas procissões, inaugurações e solenidades governamentais, como também nos tradicionais desfiles do Sete de Setembro. Não esquecendo as Orquestras Sinfônicas que toda a grande cidade possui e quando se apresentam nos espaços públicos é um sucesso, o que comprova a carência de audição dessa música especial que eleva o espírito das pessoas que as ouvem. Hoje tenho certeza que por gostar de rádio e de sempre estar ouvindo boas músicas, o meu dia é bem melhor.

 Armando Maynard

sábado, 11 de julho de 2009

O Rádio Sergipano (6)

Rádio Atalaia
ONTEM: A caçula da época, tinha um dos programas de maior audiência da cidade, era o “Show de Notícias” com Carlos Mota, Oliveira Junior, Dermeval Gomes, Acival Gomes, Ivan Valença, Laurindo Campos, Lilico Swing. Tinha em seu cast ainda Nairson Menezes, Sodré Junior, Sérgio Gutemberg. Na década de 70 a rádio organizava espetaculares gincanas automobilísticas nas manhãs de domingos, que moblilizavam toda a sociedade sergipana. Famílias inteiras se juntavam a fim de ajudar nas tarefas dos participantes. O incrível é que não tenho conhecimento de nenhum acidente causado pela gincana, apesar dos riscos, pois transitavam em velocidade por toda a cidade. Outras campanhas beneficentes, tendo a frente o Carlos Mota, chegavam a ficar no ar vinte e quatro horas. Nos últimos anos a rádio teve um programa de grande audiência que foi o “Fala Sergipe”, com os apresentadores, Fábio Henrique, Douglas Magalhães e Fernandes Dórea. HOJE: A emissora encontra-se arrendada aos Evangélicos, destaque para um programa que é levado ao ar todos os sábados, à partir das treze horas, que é o“Fala Pra Mim” com Dr. Emerson, quando os ouvintes, com total liberdade, participam por telefone, interagindo e externando suas opiniões, em uma tribuna livre e democrática. Terminando esta série de artigos sobre o Rádio Sergipano, lembramos ainda dos radialistas Jailton Oliveira (a voz trovão), Álvaro Macedo, Santos Santana, Wolney Silva, Luciano Alves e José Eugênio. O rádio hoje, como a televisão e a internet, podem ser acessados por diversos meios e ouvidos e assistidos em qualquer lugar e na hora que se quiser, não mais prendendo o ouvinte nem o espectador, muito menos o internauta. Vivemos na Era da Informação, vivemos a era da mídia depressa. Por amor ao rádio, escrevi despretensiosamente estes textos, com o intuito de guardar o que tinha em minha memória sobre o rádio sergipano. Com isso quero deixar claro, que agradeço imensamente a colaboração dos radialistas e amantes do rádio, como eu, que tenham novas informações, curiosidades e que queiram ilustrar, acrescentar ou mesmo corrigir algumas informações contidas nestes escritos. Fico desde já muito grato.
LEIA TAMBÉM "O Rádio", clicando em:
Armando Maynard

O Rádio Sergipano (5)

Rádio Jornal
ONTEM
: “Os Brotos Comandam” com Jairo Alves, programa que era apresentado de segunda a sexta, no horário das treze horas, de uma audiência que fazia eco na cidade; “Risolândia” programa de humor e sátira política, que causou muitos problemas na época; “Cidade Aflita”, o registro vivo da notícia, com Laércio Miranda; Glau Peixoto, radialista criativo e apaixonado por rádio; Tuca, o controlista de uma habilidade enorme com os pick-ups (antigos toca discos de vinil). Nas madrugadas dos sábados e domingos, em um horário difícil em que as rádios costumavam retransmitir a programação das emissoras do sul ou sair do ar, surge um programa de grande audiência “A Discoteca da Saudade” com Ari Nogueira. HOJE: “Jornal da Manhã” com Paulo Lacerda; “Os Reis do Iê, Iê, Iê”, com músicas da Jovem Guarda, “Temas Inesquecíveis”, programa de músicas orquestradas e o sucesso dos domingos pela manhã, “O Bom Domingo”, são programas produzidos e apresentados pelo Prof. Ludwig; “Comando Geral” com Augusto Junior; “O Baile da Saudade” e o “Carro de Boi” com Luiz Ramalho; “ A Voz da Verdade” com Jailton Prata; “De Coração a Coração’ com Jácome Góes; Wilson Tavares, Fernando Cabral, Mágna Santana, Roberto Silva, Raimundo José, César Cabral, Eraldo Souza, J. Carlos (o lambanceiro) e Bareta.
Armando Maynard

O Rádio Sergipano (4)

Rádio Cultura:
ONTEM: “Alvorada Sertaneja” com Manoel Silva; “Roteiro das Onze” com Reinaldo Moura e depois Gilvan Fontes; “Nossa Opinião” editorial de grande audiência por sua independência e credibilidade, característica da emissora, programa até hoje no ar; “Ao Cair da Tarde” com Irandir Santos; “Falando Francamente” com Raimundo Luiz; “Uma Crônica Para Você” escrita por Welington Elias; “A Hora Católica” com Dom Luciano, programa que era levado ar todos os domingos as 12:30 h, com uma impressionante audiência; “Rádio Revista” com Petrôneo Gomes; “Hoje é Dia de Retreta” com Jairo Alves, até hoje no ar; “Vida Nova” com Rosalvo Nogueira. Da equipe esportiva muitos ainda militando no rádio, como os ícones Carlos Magalhães, Alceu Monteiro, Welington Elias e Carlos Rodrigues. O saudoso J. Santos, o popular “bochecha”, que foi meu colega no “Ginásio Pio X”, quando nos intervalos das aulas, ficava narrando às peladas dos colegas na quadra do colégio, e todos paravam para ficar escutando, pois era igualzinho como faziam no rádio. Os controlistas Paulo Santos e José do Feijão.
Armando Maynard

O Rádio Sergipano (3)

Rádio Liberdade:
ONTEM: O “Informativo Cinzano” com Silva Lima; “Manhã Sertaneja” - “Caboclo Jeremias” e à tardinha o “Carrocel da Alegria”, ambos de Carlito Melo; Tempos depois no mesmo horário, Batalhinha o amigo da petizada; à noite “Com A Boca no Mundo”; “Calendário” com Santos Mendonça, as 20 horas, quando fechava a audiência. Muitas mães diziam aos filhos: “quando acabar o ‘Calendário’, todos pra cama”. O Santos Mendonça apresentava, nas manhãs de domingo, um programa de auditório no teatro da emissora, que ficava na rua Itabaianinha, vizinho onde hoje funciona um setor da Delegacia do Trabalho. HOJE: a rádio é afiliada à Rede Bandeirantes de Rádio, tendo toda sua programação voltada para o jornalismo e esportes, destacando os novos valores como: Gabriel Damásio, Otacílio Leite e Juliana Almeida.
Armando Maynard

O Rádio Sergipano (2)

Artigo inédito – escrito em 2007 - Destaque para Rádio Aperipê.

O rádio sergipano evoluiu técnica e artisticamente. Alguns programas das décadas de 60 e 70 deixaram muitas saudades e outros, até hoje, continuam no ar. O rádio é uma “cachaça”, como dizem alguns antigos radialistas, pois mesmo sem serem remunerados, continuam a apresentar programas como colaboradores, para deleite próprio e de seus fiéis ouvintes. Muitos radialistas já se foram, outros continuam aqui, fazendo do rádio a companhia de muitos insones, que mantém o radinho debaixo do travesseiro, para ouvir os programas da madrugada. Falemos do Rádio de ONTEM e de HOJE do rádio de válvulas e de transistor, digital e pela internet, do disco que passou a ser chamado de LP, CD e agora quase não tem mais disco, tudo é digital, MP3, do speak, locutor, apresentador e âncora, do disc jockey ou dee jay, do sonoplasta ao controlista e operador de áudio, da música de prefíxo ao BG. E tudo começou com a Rádio Aperipê - ONTEM: Josa, o Vaqueiro do Sertão com ‘Festa na Casa Grande’; Professor José Maria com ‘O Mirante’; Tadeu Cruz com ‘Domingo no Clube’; José Carvalho com ‘Cooperativismo em Foco’; Clemilda com ‘Forró no Asfalto’. HOJE: Denilza Miranda com ‘Denilza e Você’; Carlos Rodrigues e J.Junior com ‘Madrugada Livre’; Taiobinha (vovô taioba) com ‘No Pé da Serra’; Francisco Carlos (Chicão); Chico Melodia com ‘Rancho Alegre’; Hamilton Leandro; Daniel Vieira; o noticiarista Sérgio Souza; Emanuel Dantas com Manhã 104; Edelvan Oliveira com Relíquia Musical Fernando Pereira com José Augusto Eterna Saudade; Flávio Lima. E os novos valores, Mário Sérgio, Geneton Alcântara, Alex Dias, Paulo Correia e José Augusto.
Armando Maynard

quinta-feira, 9 de julho de 2009

O Rádio Sergipano (1)

O rádio surgiu em Sergipe em 1939, com a Rádio Aperipê, que depois passou a se chamar Rádio Difusora. Anos depois voltou a ser Rádio Aperipê. Em conversa com Carlos Lúcio Menezes, jornalista sergipano, hoje radicado em Brasília e que já militou no rádio da nossa terra, o mesmo falou-me, sobre a época em que trabalhava na rádio Aperipê, relatando dois fatos curiosos: em seu primeiro contato com a emissora, em 1942, no programa de calouros de Alfredo Gomes, com o Conjunto Regional de Carnera, Carlos Lúcio disse ”Tentei cantar música ‘A Mulher do Leiteiro’. O gongo soou, quando entrei na segunda estrofe: ‘(...) e o leiteiro, coitado...’ Não tinha rítimo nem melodia. Foi o ‘To Te Ajeitando’ (um pobre vendedor de bilhetes de loteria), quem bateu o gongo, com toda a força. Naquele tempo existiam grandes cantores sergipanos: João Melo, Pedrinho, João Lopes e a cantora Guaracy Leite França, que destacava a música ‘Aracaju, Cidade que Papai Noel Ofereceu para Orgulho do Brasil’. Outro fato que aconteceu, por volta de 1950, quando eu atravessava o Rio Sergipe para a Barra dos Coqueiros, na última canoa. Lá, namorava Celina, até as 21 horas. Para retornar, fretava a pequena canoa ‘Cabo Oscar’. Eu tinha de estar na Rádio Difusora de Sergipe (Aperipê), PRJ-6, para apresentar o programa ‘Boa Noite Para Você’, das 22 horas a meia noite. Um dia, o mar agitado afundou a canoa, perto da margem de Aracaju. Nadei e cheguei na rádio encharcado. Como naquela hora nunca aparecia ninguém por lá, além do operador de som (chamavam de sonoplasta), resolvi por a roupa molhada para secar e fui usar o microfone do palco, que por sorte estava com a cortina fechada. A certa altura do programa, ouvi rumores no auditório e fiz sinal para executar a música anunciada. Fui até a cortina e abri um pedacinho para ver o que provoca aquele ruído. Vi, então, Augusto Luz (considerado o dono da rádio) e Cláudio Silva (Diretor Técnico), com dois casais que visitavam as instalações da rádio-emissora. Corri e me vestir a tempo de não ser surpreendido. Aliás, acho que a maior surpresa seria a deles, ao abrirem a cortina do palco e encontrarem o locutor completamente pelado, lendo poesias e dizendo frases românticas aos ouvintes altas horas da noite”.

O Rádio

No começo da década de 60, a importância do rádio era muito grande, pois a maioria das cidades ainda não possuíam emissoras de televisão. Tirando os cinemas e os jornais, o rádio era o único meio de informação e entretenimento. O hábito de ouvi-lo era passado de pai para filho. Quase todas as casas possuíam um, que na época eram de válvulas e muito grande, obrigando o ouvinte a ficar parado em sua frente. A música, a informação e a cultura atingiam todas as classes sociais. O radinho de pilha veio trazer a liberdade e mobilidade ao ouvinte, fazendo com que o acompanhasse por toda a casa, quando no banho, no fazer a barba ou outros afazeres. O rádio passou a ser o grande companheiro do camponês que ia para a roça levando o seu radinho de pilha e lá pendurava na cerca, enquanto arava a terra. Mesmo depois de toda a modernidade, o rádio continua sendo um dos principais meios de comunicação, que não prende, e sim liberta. Veja um exemplo: Quando do ataque terrorista as Torres Gêmeas, três gerações, em uma mesma família, tomaram conhecimento do fato trágico, por diferentes meios: o filho, em seu quarto, sentado a frente do computador, soube lendo pela internet; a mãe sentada na sala á frente da televisão, assistiu as imagens por ela divulgadas: e a avó, andando de um lado para o outro fazendo o almoço na cozinha, ouviu pelo rádio, com o locutor bem próximo ao local da tragédia. Isso mostra que o rádio além de ser imediatista, lhe deixa livre, enquanto a televisão e o computador/internet lhe obrigam a ficar preso em frente dos mesmos.
Armando Maynard