QUANDO SAIS A
MINHA PORTA
Quando sais a
minha porta
Nunca olhas
para trás,
P'ra me dizeres,
num olhar,
O motivo por
que vais
E eu fico só,
sem chorar,
Sentindo a casa
vazia
E o som da
porta a fechar.
E a dor entrou,
sorrateira,
Sem permissão
nem pudor,
Dia a dia,
devagar,
Até não mais encontrar
Espaço p'ra se
esconder.
Eu deixei que
se espalhasse
Pelos cantos
todos da casa
E do meu corpo,
também,
Até que ela,
confiante,
No meu peito
adormeceu.
Num rebate de coragem
Com as próprias
mãos a agarrei
E num abraço
sufocante
Amorosamente a
matei.
Imagem recolhida na net,
Imagem recolhida na net,