Slow cooker - minha nova ajudante
Canjiquinha mineira preparada na NZ.
Eu mudei muitos hábitos quando vim morar na NZ, e passei a ser blogueira. Aprendi muitas coisas, fiz alguns trabalhos manuais, tentei costurar, estudei um pouco sobre jardinagem, meti a mão na terra, e muitas outras coisas que nunca me imaginei fazendo. E, apesar de admirar demais os blogs sobre culinária, e achar que cozinhar é uma linda arte, custo a acreditar, que eu, Lucinha, fui pra cozinha e fiz a primeira canjiquinha de minha vida, e ainda mais inacreditável, é mostrar aqui. Risos
Pois é gente, acredito ter vivido metade de minha vida, e, apesar de ter sido nascida e criada numa família mineira, eu nunca havia preparado esse prato, que é um dos meus preferidos. Geralmente, minhas tias preparam nos almoços em família, e fazem naquelas panelas enormes de ferro. Melhor ainda, quando é preparada no fogão à lenha
Como não tenho fogão à lenha, eu cozinhei na slow cooker, que acho ser conhecida por panela elétrica no Brasil e Portugal. Sou uma mulher artesanal, mas morando aqui, eu tive que me render as panelas elétricas. Hoje, eu apresento a slow cooker, e depois eu apresento a rice cooker pra vocês. Eu gosto mesmo é de uma panela preta de ferro.
Os kiwis não gostam de comidas cremosas. Pelo menos, os que eu convivo. Acho a comida deles super saudável. Eles comem muitos vegetais, não exageram nos temperos e gorduras. Com o passar do tempo acabei me adaptando tão bem, ao ponto de estranhar o tempero da comida brasileira, quando lá estive.
E, confesso que me sinto bem melhor com esse tipo de alimentação. Meu organismo agradeceu. Risos
Raramente, eu cozinhava aqui, pois não me sentia à vontade para fazer minha comida separada, a não ser quando sentia muita vontade. A única coisa que nunca abri mão foi do feijão preto. Posso morar no melhor lugar do mundo, mas se não tiver feijão, eu não fico. Risos
Quando eu comecei a trabalhar no segundo emprego, há quase três meses atrás, uma amiga sugeriu-me comprar essa panela. Achei que seria inútil, mas resolvi experimentar. Foi uma ótima decisão. Agora, alguns dias na semana, eu faço a minha própria comida, do jeito e com os temperos que eu gosto.
O cozimento da slow cooker é lento. Têm duas opções de cozimento, o hight (alto), slow (baixo). Quando estou em casa, eu uso o alto, mas quando deixo cozinhando e saio, eu deixo no baixo. Isso mesmo. Eu posso colocar pra cozinhar nela, ir trabalhar e quando eu chego em casa, a comida está prontinha e quentinha.
Além disso, como os alimentos são cozidos ao vapor, sem nenhuma gordura, a não ser da própria carne, são muitos mais saudáveis. E sabor é maravilhoso.
Já preparei nela, moqueca de peixe, frango com quiabo, estrogonofe, ensopadinhos, moela com batatas, sopas e muito mais. Ainda não experimentei cozinhar feijão, mas em breve, vou tentar.
E, voltando a falar na canjiquinha mineira da Nova Zelândia, eu só tenho a dizer que ficou muito saborosa.
Não sei se esse tipo de panela é prático pra uso no Brasil, mas garanto que pra quem mora fora, ela é muito útil. Estou apaixonada pela minha. Risos
Bem, seria demais eu querer ensinar e postar receita aqui. Risos. Preparei do jeito que aprendi com minha mãe e minhas tias. Ela pode ser preparada com frango ou costelinha de porco. Eu optei pela segunda opção.
Canjiquinha = milho triturado.
Quem quiser saber mais sobre o assunto, eu encontrei essa matéria da
Universidade Metodista de São Paulo, onde tem todas as explicações sobre a origem da comida mineira, e até a receita da Canjiquinha.
No final da matéria tem a indicação de um restaurante mineiro chamado
Dona Lucinha, que fica em Belo Horizonte. Apesar do nome, ele não é meu. Risos
Ao abrir o site dela, li essa frase e deixo pra vocês:
" O primeiro ingrediente que se põe na panela é o amor". Dona Lucinha
Um abençoado final de semana para todos nós!