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quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Piódão 🏚️🏘️ uma das maravilhas de Portugal que nos deixa com vontade de regressar...

A Aldeia Histórica do Piódão constitui um conjunto arquitetónico de rara beleza pelo seu enquadramento natural, mas também pela sua antiguidade, unidade e estado de preservação das construções, sendo apelidada por muitos como “aldeia presépio” dada a sua configuração que se espraia pela encosta do monte com as casas em xisto e lousa e as janelas e portas pintadas de azul, em anfiteatro.
Uma imagem que se destaca na paisagem é a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, com paredes brancas e alguns detalhes em azul forte. A sua origem data do século XVIII tendo, no entanto, tem sofrido obras de remodelação ao longo dos anos.
Ao passear pela aldeia, descobrem-se recantos que escondem verdadeiros encantos... 


A Capela de São Pedro também tem paredes brancas, que tal como a Igreja Matriz se destacam da demais construção.
Na realidade esta aldeia e sua envolvente já estava na minha lista de espera à muito tempo para uma visita. Não é fácil chegar a Piódão, estradas com muitas curvas, muito sobe e desce, mas vale a pena. 
Na praça central encontramos dispostas para venda inúmeras recordações (de difícil escolha pois apetece trazer tudo), licores, queijos ou mel a título de exemplo.

Para comer, também existe oferta, penso que uns 4 ou 5 locais. A minha opção desta feita recaiu no Solar dos Pachecos. Uma boa escolha para uma refeição ou umas tapas em Piódão, com uma aceitável relação qualidade-preço e um menu composto por pratos típicos da região.

domingo, 10 de junho de 2018

A cada virar de encosta, uma nova maravilha nos salta à vista. Covas do Monte, um belo quadro!

Se Drave é denominada de aldeia mágica, Pena, aldeia de encantos, como hei-de adjetivar Covas do Monte?
A realidade é que este pitoresco lugar me deixou maravilhado e surpreso, com muita vontade de regressar. Covas fica situada a cerca de 9 quilómetros da Aldeia da Pena e cerca de 6 de Covas do Rio, também pertencente ao concelho de São Pedro do Sul.
É no outro lado da encosta da "Pena", também nas profundezas de um vale em que podemos transportar o olhar até ao alto, onde passa a estrada do "Portal do Inferno", mas isso fica para outra publicação...
Por aqui já nem todos os telhados são de lousa. Mas, percorrer as suas ruas e quelhas é ficar de queixo caído com tudo que a cada passo se nos depara. As construções antigas, os espigueiros, os riachos, as pessoas, os animais, tudo nos faz prender a um lugar que pensávamos só existir nas histórias, mas ainda é bem vivo, neste nosso presente.
Só Deus sabe até quando!

A população atual aqui pouco passa das 30 pessoas mas as cabeças de gado ainda ultrapassam as 500, embora num passado recente a população ascendesse às 50 pessoas e o gado a mais de duas mil cabeças.

Aqui "mergulhamos" num ambiente rural, genuíno e acolhedor. Motivo de agrado para todos quantos a visitam. 

Nesta aldeia, não se fica sem comer (pelo menos ao domingo), existe um restaurante a funcionar na antiga escola, pela Associação dos Amigos de Covas do Monte. A comida é daquela bem caseirinha de fazer crescer água na boca, confecionada por pessoas da aldeia, com produtos da aldeia. Um cabrito da Gralheira ou uma vitela arouquesa assada num forno a lenha com uma batatinha também assada e arroz, que mais se pode pedir...
Sim mas há mais, mas é conveniente fazer reserva pelo 232357592.
 Se hoje encontramos em Drave uma aldeia desabitada, muitas outras irão existir não muito longe do tempo em que estamos...
Assim vai o interior português.
 Como curiosidade, lembram-se da história de Drave, dos últimos habitantes? Pois nesta aldeia vive juntamente com o seu marido, a filha de um dos últimos habitantes dessa mesma Drave que no fundo fica situada do outro lado de mais uma imensa encosta.

A agricultura e a criação de gado são a base da subsistência de quem ainda por cá vive.
Dá gosto ver as cabras a passar pelas quelhas em busca do seu repasto!
Covas do Monte é assim, convida a regressar!

quarta-feira, 6 de junho de 2018

Aldeia da Pena, os encantos (ainda) pouco conhecidos do interior profundo português...

Vale sempre a pena, visitar a Pena. É uma das aldeias de encanto desta região. Encanta pelas suas casas de Xisto com telhados de lousa, mas não só.
No dia em que lá estive, a população residente aumentou, de 11 para 13 habitantes!

Fica situada num profundo vale da serra de São Macário, concelho de São Pedro do Sul, distrito de Viseu.
O acesso pode ser feito por estrada mas a mesma tem uma inclinação muito íngreme e é estreita.

Na aldeia existe artesanato com uma exposição na lojinha da Augusta onde se encontra também à venda mel produzido pelas abelhas em colmeias por lá existentes.

Existe ainda um restaurante, Adega Típica da Pena. Fazem pratos por encomenda, por exemplo arroz de cabidela, o galo pica-no-chão, criados pelos proprietários. Também fazem outros pratos, nomeadamente os grelhados. Convém fazer reserva 926549388.


Fica prometida uma caminhada até à aldeia vizinha de Covas do Rio pelo caminho que tem história. 
Antigamente, os habitantes da Aldeia da Pena iam a enterrar em Covas do Rio, um trajecto que era feito a pé e que demorava cerca de hora e meia a percorrer. Os habitantes da aldeia da Pena levavam o caixão aos ombros por aqueles trilhos estreitos e íngremes. Como o caminho era muito estreito, o caixão era levado apenas por dois homens, um à frente e outro atrás.
O percurso entre a aldeia da Pena e Covas do Rio tinha vales muito profundos, com moinhos e cursos de água. Em muitas zonas, o sol mal chegava e as pedras estavam sempre húmidas e escorregadias.
Ao descer uma das encostas, a pessoa que ia à frente com o caixão escorregou, perdeu o equilíbrio e o caixão caiu em cima dele, matando-o, daí dizer-se que o morto matou o vivo.

sábado, 28 de abril de 2018

Drave a "aldeia mágica" desabitada, um local encantado que a todos desperta curiosidade...

Um lugar que nos faz sentir que estamos no lugar certo no momento certo, que a realização vem do balanço entre o dar e receber…
Situa-se no fundo de um encontro de vales entre as serras da Freita, de S. Macário e da Arada, a cerca de 600 metros de altitude.


Não é acessível de carro, o mais próximo que se chega por este meio é por um estradão de terra e muitas, muitas pedras com inclinação muito acentuada (algo arriscado ir até ao limite, mas é possível), sendo o restante (cerca de 700 metros) feito a pé por um caminho de pedra como a imagem acima demonstra. Não existe telefone, rede móvel (fraca da MEO), eletrecidade, água canalizada nem lojas, logo o dinheiro aqui de nada vale! A aldeia mais próxima é Regoufe a cerca de 4 quilómetros outra opção de acesso a pé de onde existe um caminho pelas encostas da serra até Drave e que é opção de muitas pessoas que visitam a aldeia.
Ao que se percebe, existem duas partes, uma que a imagem acima nos mostra e que seria onde viviam os habitantes e outra na imagem abaixo que presumo fosse para as alfaias  agrícolas e animais, podendo também lá ter eventualmente morado alguém.
A família Martins, Francisco e Maria, parece ter sido a que deu mais força à aldeia tendo chegado ao local e construído o seu solar no século XVIII. Os Martins persistiram até ao limite da existência de moradores e que ocorreu em 2000, na pessoa de Joaquim Martins. Existe na fachada do Solar uma lápide com a seguinte inscrição:
"Neste Solar dos Martins da Drave reuniram cerca de 600 dos seus parentes em 12-9-1946. A convite do Pe. João Nepomuceno Martins, Pároco de Carvalhais".
Manuel Martins da Costa é quem manda edificar a capela  de Nossa Senhora da Saúde em 1851. Para memória futura, estão também aqui duas lápides com inscrições. Por cima da porta principal "Nesta Capela do Solar dos Martins da Drave houve missa solene em 12-9-1946 pelos Martins vivos e defuntos. Foi celebrante o Pe. João Nepomuceno Martins, Pároco de Carvalhais. Assistindo cerca de 600 parentes".
Na lateral: "Por iniciativa de José F. Martins e esposa Maria N. Martins C. moradores em S. Pedro do Sul chegou o telefone a Drave a 15 de novembro e a energia solar a a 30 de dezembro de 1993. Homenagem a todos quantos tornaram possível este projecto. 17-03-1994". (Funcionou até ao ano 2000)


As casas são de xisto com telhados em lousa, salvo a capela que é caiada. Contudo, muitas já se encontram em ruínas o que é uma pena. Ao que se sabe, em certas alturas do ano, deslocam-se ao local escuteiros de Mafamude, Gaia e que vão realizando alguns trabalhos de conservação, mas ainda muito pouco, comparado com as necessidades.






Calcorreando os caminhos da aldeia, espreitando aqui e ali, tirando uma foto mais além, é certo que até podemos parar e pensar; afinal o que leva esta gente toda a vir aqui? Bom, de certa forma a curiosidade e é bem certo que uns somos mais que outros. A aldeia, convenhamos é fotogénica transmitindo esse aspeto mágico com que é reconhecida. 



Aliado a tudo que já foi descrito, temos recantos que são verdadeiros encantos, aqui a mãe natureza caprichou com alguma mão do homem à mistura. Pequenas cascatas e uma água transparente em tons esmeralda nos poços mais fundos, um verdadeiro oásis onde não faltam sombras e espaços para "piquenicar" e descansar sobre uma manta.  


Fui à descoberta de Drave no dia da Liberdade, 25 de abril de 2018. Foram muitas as pessoas que neste dia se deslocaram à aventura e a banhos, à descoberta ou simplesmente a repetir a façanha e que será também meu intento, sem qualquer sombra de dúvida. Também outras aldeias próximas mereceram a minha atenção, o meu olhar e em breve aqui chegarão, outras haverá que ficaram na lista para visitar futuramente. Até breve Drave!



terça-feira, 21 de novembro de 2017

Vilarinho das Furnas, a aldeia submersa perdida no tempo, onde o tempo parou...⏱️🔎📕📸

Se a expectativa de regressar à barragem de Vilarinho das Furnas era muita, o desejo de ir ao local da antiga aldeia era ainda maior, aliado à curiosidade de saber em que cota estaria a albufeira neste ano de seca intensa. A 19 de novembro de 2017, o panorama era este que as imagens documentam. Confesso que foi um pouco de desilusão pois contava com um nível das águas bastante mais baixo de modo a poder ver a antiga aldeia na sua plenitude. 
 Ainda assim, após cerca de 2 kms de caminhada desde o paredão, deu para observar a parte mais cimeira de Vilarinho das Furnas, estando a restante submersa, local que como já referi parou no tempo e só não pára o tempo para quem por lá passa.
Hoje, um recanto em forma de baía praticamente isolado e perdido entre a Serra Amarela, a norte e poente, e a Serra do Gerês, a sul e nascente. Esta era uma aldeia conhecida pelo regime comunitário que funcionava autonomamente das leis gerais e nacionais. Quem as elaborava e as fazia respeitar era uma junta de seis elementos dirigida por um zelador. Essa junta era constituída pelos chefes de família eleitos onde o homem era preponderante. As mulheres poderiam ter assento na junta se fossem viúvas ou se o marido tivesse imigrado.
Vilarinho das Furnas, era habitada em 1970 por cerca de 250 pessoas, que tiveram de abandonar a povoação devido à construção de uma barragem em pleno rio Homem. Esta mesma foi inaugurada a 21 de maio de 1972. 
Nas imediações bem próximas, no limite da cota de água máxima, o verde musgoso sobressai por entre pedras que constituem muros de caminhos e delimitações térreas. Bancos e mesas persistem ao passar do tempo e certamente  guardam histórias e que só o silêncio agora os acompanha.
Antigos moinhos que digo eu, poderiam ser recuperados tendo em conta o potencial turístico que no local pode ser explorado, isto pela imensa procura em busca de conhecer o local.
Fica a promessa de voltar ao local, só não sabendo quando, tal como quando não se sabe em que altura poderão as águas baixar significativamente, talvez só numa futura ação de limpeza da barragem ou se a seca se prolongar, quem sabe...
O que resta de Vilarinho das Furnas em pleno coração do Gerês 45 anos depois de os seus habitantes terem sido obrigados a deixar tudo que era seu para trás. Alguns ainda são vivos!