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11.8.11

A ver os outros jogar...

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Não será fácil encontrar equipas que, durante a época, criem tantos problemas à organização defensiva dos "grandes" portugueses. Porque, infelizmente, não há por cá qualidade a esse nível. Sendo assim, aproveito os últimos raios de sol desta pré época para, no caso, chamar a atenção para os problemas que Malaga e Arsenal causaram à organização defensiva de Sporting e Benfica, respectivamente...

Malaga - Sporting - Foi o principal problema da equipa e, em nenhum como neste jogo, o Sporting sentiu tantas dificuldades em organização defensiva. O problema deriva, primeiro (e este é o ponto a destacar), da intencionalidade estratégica do Malaga para atrair os alas para o interior (sobretudo, Cazorla) e abrir espaços nos corredores para a entrada dos laterais. Chamo a atenção para o pormenor da estratégia "atracção no centro, liberdade nos corredores", porque, somos mais vezes confrontados com a intenção inversa, ou seja "atracção nos corredores laterais, liberdade ao centro". A meu ver, e este é um bom exemplo, é errado generalizar-se para o que é certo, ou não, fazer. Ou seja, o corredor central não tem de ser o "destino". O único "destino" no futebol, é a baliza.


Relativamente ao Sporting, não há, na minha análise, nada errado nos comportamentos posicionais colectivos. Há um encurtamento de espaços entre sectores e jogadores, e uma boa densidade do bloco. O que não há, porém, é capacidade agressiva no espaço. O Sporting cria zonas de pressão, mas o Malaga sai sucessivamente delas, em posse. Destaque, neste plano, para a linha média, que (sem Rinaudo) volta a denotar um mal da época anterior, e para Onyewu, que não consegue por várias vezes pressionar o avançado que recebe à sua frente. Porque não se joga alto apenas para aumentar a estatística dos fora de jogo. Joga-se alto para pressionar no espaço que se encurta, e esse é um papel muito importante dos centrais (veja-se Rodriguez, por exemplo).

Não conseguindo, mesmo sendo denso, ser agressivo no espaço, naturalmente que o Sporting sofreu as consequências do seu défice de presença nessa zona. Domingos corrigiu na segunda parte, com a colocação de mais 1 médio, e as coisas melhoraram (também porque entrou Rinaudo, assinale-se, que tem uma capacidade interventiva completamente diferente de Schaars ou André Santos)

Benfica - Arsenal - Dois casos que quero explorar, na primeira parte deste jogo...

Primeiro, sobre o comportamento defensivo do Benfica. Já havia alertado para o facto de o Benfica denotar alguns problemas de adaptação aos comportamentos posicionais, jogando com 2 médios, lado a lado. Aqui, e porque fica sempre um jogador do Arsenal livre no corredor central, pode-se levantar o problema da inferioridade numérica. Mas, se a referência principal é a zona, logicamente, nunca podemos começar por analisar a questão do ponto de vista da presença individual. E, olhando para o espaço, vemos que o Benfica (ao contrário do Sporting, no exemplo anterior) não dá prioridade à preservação dos espaços entre sectores no seu comportamento pressionante.
Ou seja, não me parece ser necessariamente inviável jogar com 2 médios na zona central, o que entendo é que, para tal, é preciso que a equipa garanta sempre boa proximidade entre sectores e que os jogadores (médios ou avançados) não saiam em movimentos pressionantes sem que o bloco esteja devidamente compacto. Primeiro, deve-se garantir a coerência colectiva e, só depois, pressionar. Mas não foi isso que aconteceu em alguns casos.

O outro pormenor não é tão relevante, mas é curiosa a diferença de atitude identificada em 2 casos, entre Garay e Luisão, relativamente à linha de fora de jogo. No primeiro caso, Garay opta por tentar controlar o movimento de Gervinho, não respeitando o posicionamento de Luisão, à sua frente. Na repetição, fica claro que o marfinense ficaria em fora de jogo, caso o central tivesse mantido a coerência da linha, por Emerson também o fez. No outro caso, minutos mais tarde, Luisão, perante uma situação de incerteza com o controlo de Van Persie, tem a opção inversa, ou seja, tenta preservar o posicionamento colectivo. O esforço de Luisão foi inglório e tardio (Amorim estaria a colocar em jogo Van Persie, de qualquer maneira), mas o ponto que quero focar vai para a diferença de comportamentos entre os dois jogadores, o que se explicará pela presença ainda recente de Garay, na Luz.
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6.8.11

Derrota do Sporting (Breves)

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Voltarei ao jogo no inicio da próxima, após uma análise mais detalhada. Guardo, por isso, pormenores para essa altura, mas posso adiantar já alguns pontos.

- Quando escrevi o comentário sobre o jogo do Valência, referi que não tinha sido por acaso que a equipa perdeu. Se tivesse sido, se tivesse havido apenas um diferencial de eficácia, seria expectável que o Sporting se apresentasse muito melhor neste jogo. Como não foi, e como o Malága é uma equipa de valores e identidade semelhante ao Valência, seria de todo improvável que o Sporting não voltasse a passar por dificuldades, apenas 6 dias volvidos. Amanhã, já poderá haver algumas diferenças...

- O jogo de amanhã servirá de último calibre para o estado de ânimo em redor da equipa. A Juventus serviu para animar, o Valência para dividir, e o Malága, agora, para determinar uma primeira unanimidade em relação a pessimismo. A Udinese nunca poderá fazer voltar o entusiasmo pós-Juventus, mas poderá ajudar a evitar uma inversão radical do estado de espiríto, em 2 semanas.

- Tudo depende do ponto de referência, mas se a comparação for com a época anterior, parece-me que não se dissiparam os motivos para optimismo em relação a melhorias substanciais. E aqui termino, porque entro no que pretendo escrever na próxima semana...

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3.11.10

A vitória do Benfica, o Barcelona e Jesualdo (Breves)

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- O sistema foi o mesmo - 4-4-2, versão clássica - as ausências eram mais e até se percebeu que a equipa voltou a não estar avisada para o tipo de erros que tanto a têm penalizado. Mas o destino, esse, foi totalmente diferente. O Lyon não aproveitou as transições e o Benfica levou ao extremo a sua produtividade nas bolas paradas (2 golos em lances a favor e os outros 2 a partir de lances contra). O jogo, de repente, estava resolvido. De resto, vários dos indícios detectados na última análise confirmaram-se neste jogo: A excelência de Coentrão (relembro, um "reforço" em relação há 1 ano atrás), o mau momento técnico de Saviola, a atitude de Salvio (desta vez com o talento também mais visível) e a diferença apenas marginal entre o Cardozo deste ano e Kardec que o vem substituindo. Não fora a perda de atitude final, estaria construído um resultado bem folgado, que ajudaria em caso de eventual confronto directo e que injectaria especial confiança antes do clássico de Domingo. Assim, perdeu-se tudo isso e ainda se reavivou o fantasma Roberto (entre besta e bestial, será que já ocorreu a alguém que Roberto possa ser apenas um guarda redes normal, com virtudes e defeitos, com melhores e piores momentos?!)

- O Barcelona empatou em Copenhaga. Não vi, nem posso falar muito do rendimento da equipa porque apenas a tenho visto a espaços. Uma coisa me parece clara, porém: Guardiola tem pela frente um dos mais importantes desafios da sua carreira. O futebol não é só táctica e técnica e o que separa os grandes campeões dos outros é a capacidade de se superarem continuamente em termos mentais. Manter níveis de motivação, confiança e concentração nos patamares mais elevados. Chegou a hora de Guardiola o fazer.

- Jesualdo foi demitido do Málaga. Não posso avaliar o trabalho com grande profundidade porque não vi nenhum jogo, mas posso facilmente concluir que o treinador deu um passo na direcção errada ao ter aceite o trabalho em Málaga. Isto porque se a posição não era boa, estava tudo menos perto de ser inesperada ou abaixo do que seria previsível face aos recursos e calendário de inicio de época. Basta comparar com o que a equipa fez no ano anterior, quer no arranque, quer nos mesmos jogos que já disputou. O ponto é que se era para treinar uma equipa com tão poucos recursos para o nível onde joga, convinha pelo menos ter a certeza de que haveria alguma possibilidade de ter margem de manobra. Isto de uma perspectiva desportiva, porque financeiramente até pode ter sido um bom negócio. Pessoalmente lamento, porque gostaria de ver mais técnicos portugueses nos principais campeonatos...

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