Alterações climáticas
(Public em O DIABO nº2280 de 11-09-2020 pág 4 Por António João Soares)
Há quem acredite que vale a pena lutar contra as alterações climáticas. Mas estas, praticamente, não dependem da acção do homem, pois resultam fundamentalmente do núcleo, em fusão, do planeta. A crosta sólida onde habitamos é uma ténue camada que envolve esse núcleo em ebulição e que produz alterações como montanhas e vales, vulcões, agitações como o sismo de Lisboa em 1-11-1755 e outros. A temperatura do globo depende muito do calor oriundo do seu centro.
Um dia, em actividade profissional, visitei a montanha existente entre o vale do rio Tejo e o do Trancão, perto de Bucelas e Alverca. A dada altura, comecei a ver grande quantidade de cascas de mariscos e um companheiro disse que devia ter havido ali grande piquenique, mas a quantidade era tão extensa ao longo da linha de cume que se concluiu facilmente que aquela área já tinha estado debaixo de água, como explicaria um geógrafo ou geólogo.
A Natureza tem particularidades que merecem ser meditadas. Um engenheiro reformado que era professor de Geografia na UITI, na Rua das Flores, em Lisboa, na sua aula para idosos afirmava frequentemente que o globo terrestre é uma bola ardente semelhante a uma cafeteira com leite a ferver tendo este a boiar à superfície uma ténue camada de nata. E dizia que a superfície da Terra é semelhante a essa nata quer na pouca espessura quer na reacção ao líquido fervente que envolve. Com efeito, a Terra não é um volume sólido mas uma enorme quantidade de matéria líquida, em fusão, com elevada temperatura, envolto por uma película pouco espessa, em relação à grande dimensão do globo.
Há várias hipóteses dos estudiosos do universo sobre as previsões da evolução dos corpos celestes até à sua extinção daqui a milhões de séculos. Tudo se acaba, mas esses fenómenos da Natureza não dão lugar a intervenção de minúsculos habitantes dum planeta dessa imensidão de astros. Isso não deixa espaço para “lutadores contra as alterações climáticas” poderem obter algum êxito.
A única coisa que o homem pode influenciar é a qualidade do ar que respira, normalmente em áreas limitadas, procurando evitar ao máximo a poluição e respeitando a Natureza ambiental e os seres vivos, quer vegetais quer animais, e protegendo os recursos minerais como sustentáculos da vida, mas isso terá pouco efeito nas alterações climáticas propriamente ditas.
O clima, por outro lado, também está sujeito aos movimentos cósmicos do espaço em que a Terra se encontra e se move. A órbita terrestre em torno do Sol também tem evoluções que o homem não pode controlar. Se mais não fosse, o eixo de rotação do globo terrestre não forma um ângulo recto com a direcção do Sol, fazendo o ângulo da eclíptica, do qual depende a existência das quatro estações anuais. Esse ângulo está a ser alterado, pelo que as estações vão deixando de ser rigidamente iguais em relação ao passado. Isso costuma ser notícia da alteração da inclinação do eixo da Terra. E o Sol também está em evolução, perdendo energia.
A estes factores juntam-se outros do âmbito astral, com ventos cósmicos que condicionam o clima da superfície terrestre. Segundo me informou um amigo estudioso da Natureza e de tudo o que nos cerca, “um dia de erupção vulcânica produz tanto CO2 como todos os veículos motorizados (incluindo aviões e navios) num ano. Além do CO2, que é fonte de vida para vegetais e não só, os vulcões atiram para a atmosfera milhares de toneladas de gases sulfurosos, estes extremamente venenosos”.
A única coisa que o homem pode influenciar é a qualidade do ar que respira, normalmente em áreas limitadas. Devemos procurar evitar ao máximo a poluição e respeitarmos a natureza, mas isso terá pouco efeito nas alterações climáticas propriamente ditas. Contentemo-nos por lutar pela defesa do ambiente. ■
sexta-feira, 11 de setembro de 2020
ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS
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quinta-feira, 3 de outubro de 2019
ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS E AMBIENTE
Alterações climáticas e Ambiente
DIABO nº 2231 de 04-10-2019, pág 16 por António João Soares
Ultimamente, têm sido ditas muitas coisas como sendo úteis para evitar alterações climáticas mas, segundo opiniões de pessoas com formação sobre o tema, essas opiniões pretensiosas de nada valem para alterar aquilo que a Natureza já está a fazer. Porém, na generalidade, as iniciativas aconselhadas são benéficas para melhorar a qualidade do ambiente, beneficiando as nossas vidas com melhor saúde, comodidade e agrado.
Será bom que as pessoas com responsabilidades no País e no exterior sejam mais prudentes e deixem de citar as alterações climáticas quando se devem limitar a referir os cuidados para a defesa do ambiente. Quanto ao clima, nada de muito significativo se pode fazer a não ser as medidas referidas mais abaixo, saídas de mentes bem formadas e intencionadas.
E não se deve esquecer que, para resolver problemas essenciais, não bastam palavras mesmo que sejam bem intencionadas, como aconteceu no caso da “criação de uma estratégia nacional integrada de redução de plásticos” que, devido a falta de informação, foi impedida de início, sem modos de reduzir a vulnerabilidade do país à tal poluição. Na ausência de informações sobre os impactos ecológicos, sociais, económicos e para a saúde da poluição por plástico, não só se impede uma estratégia de redução como a determinação de um investimento de gestão dos resíduos. Aos agentes económicos, às autoridades em geral e ao povo consumidor deve ser oferecido conhecimento e sensibilidade para contribuírem para a resolução do problema com eficácia. É pena os nossos governantes não terem a noção de que a legislação não vale apenas por estar no papel, pois precisa de ser compreendida e assumida por aqueles a quem se destina.
Porém, a temida alteração climática já está em curso com vários aspectos visíveis que aconselham adaptações adequadas nos nossos comportamentos pessoais e de algumas actividades económicas, por forma a que as nossas vidas e a ligação com a fauna e a flora não sejam demasiado lesadas pelas alterações que nos são impostas. Neste aspecto, já há trabalhos de técnicos agrários e agrónomos, muito conscientes e atentos ao problema, que se afastam das palavras falaciosas de “jovens sábios” desprovidos de sentido prático e de conhecimentos científicos, e estão a experimentar soluções para fazer face às novas alterações climáticas em zonas mais sensíveis e onde já se sente o aumento da temperatura e os sinais de escassez de água.
A posição positiva e bem fundamentada de técnicos agrários vem, concretamente, contrariar certas intenções infantis de querer contrariar a força da Natureza que pode ser semelhante a muitas outras ocorridas na longa vida do nosso Planeta. A Natureza não se subordina aos habitantes, como aconteceu quando criou o Oceano Atlântico, cortando o continente africano, ou quando prepara novo corte, também em sentido próximo dos meridianos, na parte Leste do mesmo continente. O homem não tem poder para evitar as alterações climáticas, por mais teatro que faça, com a Greta ou com outras enviadas pelo grande capital. Medida inteligente é a alteração dos nossos hábitos para sobrevivermos a carências que surjam, como é tomado bem evidente pela notícia “O montado ibérico desafia as alterações climáticas”, com empresários agrícolas ibéricos a tomar medidas para o melhor aproveitamento dos terrenos, em benefício das pessoas, da fauna e da flora, por forma a evitar graves consequências das secas que se anunciam. Um novo sistema de exploração do montado, tornando as explorações mais produtivas e rentáveis e, ao mesmo tempo, fixando população no meio rural, em grande parte despovoado, é uma solução inteligente e bom caminho a seguir.
Como a intenção da redução de plásticos, também as conclusões dos trabalhos de investigação para se obter a melhor adaptação às alterações climáticas necessitam de boa e adequada divulgação a toda a população, principalmente a ligada ao meio rural, para se obterem os melhores resultados e se evitarem ao máximo os incómodos da mudança. ■
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quinta-feira, 4 de julho de 2019
ALTERAÇÃO CLIMÁTICA É FENÓMENO NATURAL
Alteração climática é fenómeno natural
DIABO nº 2218 de 05-07-2019, pág 16. Por António João Soares
A preservação e defesa do ambiente através de medidas de higiene, na qualidade do ar, do mar, das cidades e dos campos, é uma atitude altamente conveniente para vivermos com mais comodidade e saúde. Por exemplo, a quantidade brutal de micro-partículas de plástico no mar que, através dos peixes, acaba por lesar a nossa saúde é uma realidade que está a consciencializar os países da ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático), que assinaram um compromisso, sem precedentes, para lutarem, em conjunto, contra a poluição dos oceanos. Será bom que a Humanidade os ajude neste objectivo e que lhes dê indispensáveis informações científicas e técnicas que lhes facilitem a definição de acções eficazes para concretizar o seu intento benéfico para o Planeta.
E será oportuno e relevante que, por todo o lado, haja repetição e concretização destas boas intenções quanto à luta contra a degradação do ambiente, em qualquer dos seus aspectos e locais do planeta, pois não basta falar do perigo dos plásticos que infectam os mares, é preciso evitá-los, sem demora e de forma definitiva, assim como aos outros perigos para o ambiente.
Mas não devemos continuar na ilusão, como está a verificar-se em muitos políticos, de acreditar que, com isso, estamos a “lutar contra as alterações climáticas”. Estas são devidas a pequenas alterações cósmicas que sempre ocorreram e continuarão a ocorrer e são independentes da qualidade da atmosfera terrestre e da água do mar. Há conhecimento de mudanças de clima desde a mais longínqua antiguidade e, nessa altura, não se queimava petróleo nem carvão e não havia meios de transporte nem instalações industriais a poluírem os ares, com óxido de carbono e outros gases.
Os milhares de corpos astrais estão em perpétuo movimento e vão sofrendo alterações nas suas rotas, com pequenos choques e alterações do poder de atracção das massas. Esses choques astrais são traduzidos pelas chuvas de meteoritos várias vezes avistados pelos observatórios; e alguns têm caído no nosso solo. Tem sido alertado, por cientistas astrónomos, o caso de o eixo da Terra estar a inclinar-se e já havendo quem preveja que, dentro de alguns séculos, ele ficará perpendicular aos raios solares e o efeito daí resultante será que cada local do Planeta terá um clima imutável ao longo do ano, com efeitos imprevisíveis na vida de todos os seres animais e vegetais, isto é, a vida terrestre passará a ser muito diferente da de hoje. Por outro lado, há previsões de que a radiação do Sol está a sofrer alterações, o que significa que a temperatura da Terra será progressivamente diferente da actual.
Após a explosão cambriana, há cerca de 535 milhões de anos, ocorreram cinco extinções em massa. Há 65 milhões de anos, o impacto de um asteróide desencadeou a extinção dos dinossauros, não voadores, e de outros grandes répteis, mas poupou alguns animais pequenos como os mamíferos, que se assemelhavam a musaranhos. Ao longo dos últimos 65 milhões de anos a vida mamífera diversificou-se, e há vários milhões de anos um animal semelhante a um humano adquiriu a capacidade de manter o corpo erecto.
Estes fenómenos cósmicos provocarão alterações climáticas que não podem ser evitadas pelo ser humano, e não pode haver ilusões quanto ao êxito de intenções de luta contra elas. O homem nada pode contra estas forças da Natureza. O que pode ser positivo é uma boa defesa da qualidade do ambiente e uma eficaz preparação para oportuna adaptação às novas condições climáticas, quanto a qualidade das habitações, ao afastamento de urbanizações do perigo da subida do nível do mar, etc. Isto exige esforço de previsão das alterações e, aos primeiros sinais, a tomada de medidas para lhes sobrevivermos o melhor possível.
É impressionante que os políticos, nossos e de outros países, e outras pessoas ousem falar em público sobre fenómenos da Natureza de que não procuraram obter previamente algum conhecimento científico, mesmo que apenas rudimentar. ■
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quinta-feira, 25 de abril de 2019
ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS E DEFESA DO AMBIENTE
Alterações climáticas e defesa do ambiente
(Publicado no DIABO nº 2208 de 26-04-2019, pág 16)
Vi há dias uma imagem de crianças arregimentadas em quantidade por algum grupo de falsos filósofos, pretendendo talvez obter um ambiente mais limpo e saudável, e a exigirem ao Governo uma luta activa contra as alterações climáticas, como se estas dependessem da poluição ambiental ou da limpeza das ruas e do termo do uso do carvão e do petróleo nos meios de transporte e nas indústrias. Se estivessem atentos nas escolas e tivessem bons professores, sabiam que, muito antes da revolução industrial, houve climas muito diferentes dos actuais devido a evoluções naturais do planeta e do ambiente cósmico em que este se move. Para não nos prendermos com o caso da arca de Noé e da extinção de muitas espécies, quero referir um caso que me surpreendeu há menos de 30 anos. Quando me encontrava em Loures a criar o Serviço Municipal de Protecção Civil, fiz uma caminhada à serra entre Bucelas e a Via Longa e, já no cimo, vi conchas de ostras no chão; e quando começava a pensar que devia ter havido ali um piquenique com muita gente, tomei consciência de que a área com tais materiais era demasiado extensa, era toda a serra, sinal de que há muitos séculos aquele terreno esteve submerso.
Como a Natureza é viva e sempre a movimentar-se, tão lentamente que não nos apercebemos, só com muita atenção compreenderemos os fenómenos naturais, para os quais nada influiu a acção do ser humano. Por exemplo, ao olharmos para um mapa ou um globo terrestre, vemos que o oceano Atlântico se localiza numa fenda que cortou o continente africano e separou dele a América do Sul. A costa do Brasil tem um contorno que mostra bem ter-se deslocado da costa africana onde agora é o Golfo da Guiné. E já há sinais de que o mesmo Continente irá ter uma nova fenda no Vale do Rift na área onde se encontra o Lago Niassa e parte do vale do rio Nilo.
O sistema climático terrestre resulta de desequilíbrios energéticos, factores climáticos e, na história geológica do planeta, vários factores já induziram significativas mudanças de clima, como as várias transições entre Eras do Gelo e Interglaciares ocorridas no Quaternário. As suas causas só podem ter sido naturais, porque o homem primitivo não tinha capacidade nem ferramentas que o tornassem perigoso para o Planeta.
Actualmente, com a ciência mais evoluída do que noutras eras, já se fazem previsões ou se alinham receios de alterações climáticas devidas a causas exteriores ao globo terrestre, por exemplo de origens solares, que vão desde a variação da energia solar que chega à Terra e podem consistir na variação da própria órbita terrestre. E quanto a esta, já se fala que o eixo da Terra está a inclinar-se e há quem preveja que ele ficará perpendicular à trajectória dos raios solares; e, se isto se concretizar, deixará de haver as quatro estações do ano. Ficará apenas uma, sem alteração.
Todas estas possibilidades de alteração do clima serão naturais e não podem ser evitadas pela acção humana. Mas a manifestação das crianças, depois de bem orientada e explicada, nas escolas, é muito válida para tornar o ambiente mais saudável para termos uma vida mais agradável: a higiene corporal e do ambiente que nos cerca, os cuidados com a alimentação, a eliminação de materiais nocivos como o dióxido de carbono e muitos produtos químicos, produtores de fumos tóxicos e geradores de poeiras, o tratamento de águas residuais, etc, etc.. Trump, ao retirar o seu país do acordo de Paris, não foi tão inconsciente como dele foi dito: mostrou que estava bem informado sobre o facto de o clima não depender da acção humana. ■
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quinta-feira, 14 de julho de 2011
Todos pelo AMBIENTE
Al Gore quer encontrar novas soluções para alterações climáticas
Jornal de Notícias. 13 de Julho de 2011
Al Gore vai dar mais um passo na campanha de alerta sobre as alterações climáticas. O antigo vice-presidente dos EUA, que se tornou conhecido pelo activismo na área do ambiente, vai promover, em Setembro, um evento de 24 horas com a presença de cientistas, celebridades e empresários para debater soluções para a "crise do clima".
Ainda sem uma agenda definida, o evento denominado "24 Horas de Realidade", organizado por Al Gore, vai durar um dia completo, mas apenas uma hora em cada fuso horário.
A acção de sensibilização vai começar às 20 horas do dia 14 de Setembro em cada uma das cidades escolhidas em cada fuso horário, como, por exemplo, Londres, Nova Iorque ou Pequim.
O mote para a acção de sensibilização para as alterações climáticas é o facto das mudanças do clima não serem um problema individual, mas sim "o nosso problema". Com base nesta premissa, o projecto fundado por Al Gore quer juntar as pessoas para conseguir encontrar "soluções reais, sistémicas e inovadoras" para aquilo que classifica de "crise do clima".
Com este evento de um dia, Al Gore quer mostrar que é possível mudar o mundo em apenas um dia, tal como as alterações climáticas podem fazer mudar a realidade em pouco tempo.
PROPOSTA: Proponho que nos blogs e na troca de e-mails se difunda toda a literatura existente sobre ecologia e ambiente, por forma a ficarmos muito atentos ao problema e seguirmos com atenção as actividades organizadas por Al Gore em 14 de Setembro. O problema das alterações climáticas é de cada um e de todos colectivamente.
Imagem do Google
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domingo, 13 de dezembro de 2009
Ambiente. Um recurso a preservar seriamente
Estando neste momento a funcionar a cimeira de Copenhaga sobre as alterações climáticas e a necessidade de preservar o ambiente, são oportunas todas as chamadas de atenção tendentes a consciencializar os cidadãos para este problema de enorme importância para a vida das gerações mais jovens e as vindouras. Por isso se transcreve o seguinte texto
Pela dor ou pelo amor
Não é pela força que uma pessoa se torna ambientalista. Trata-se de uma mudança de padrão de vida que vai gerar frutos a médio e longo prazo
Com tantas notícias graves envolvendo o meio-ambiente pelo mundo, pode-se dizer que toda ação ambiental, por menor que seja, é bem-vinda. Venha de onde vier, será sempre “lucro”.
Em qualquer oportunidade de contato com públicos diversos em que o tema seja abordado, creio que pelo menos uma pessoa sairá motivada ou inspirada para pesquisar mais sobre o as questões ambientais. Nem todos sairão plantando árvores ou substituindo todos os itens de sua casa por outros “verdes”, mas alguma transformação deve acontecer.
Um exemplo a ser citado são as empresas sustentáveis (ou consideradas assim) que procuram aplicar esse conceito em ações simples, como reduzir consumo de energia e água, praticar a coleta seletiva ou treinar e capacitar seus funcionários para um mundo mais verde. O setor de construção civil pode erguer ou reformar um imóvel com itens ecologicamente corretos, desde a compra de materiais, a contratação de mão-de-obra local e propor, ao término da obra, a continuidade dessa visão.
Isso não quer dizer, necessariamente, que todas pessoas sairão destas palestras ou treinamentos ambientalistas, no sentido mais amplo da palavra.
Muitos alegam que, devido à atualidade que o termo sustentabilidade representa, ela é tratada apenas como um negócio. Em alguns casos, pode ser. Mas o que importa é a ação, a postura, a prática, a vontade, mesmo que o objetivo seja comercial. O foco principal é que algo está sendo feito por um mundo melhor. No final, o resultado é louvável.
Uma empresa solicita a visita de uma consultoria ambiental no caso de sofrer uma pressão dos consumidores, quando é autuada por um órgão fiscalizador, quando a matriz exige mudanças nos padrões de fabricação e compra de matéria-prima, mas raramente por uma visão ecológica do negócio. Na maioria das vezes, a motivação financeira predomina, já que a associação de uma marca a práticas sustentáveis reforça o marketing ecológico. Ainda assim, as vantagens existem.
Claro que seria magnífico se as empresas se importassem de forma sincera com o meio ambiente e nenhuma se dispusesse a exibir uma certificação ambiental que na prática não saiu do papel. No entanto, a informação é um importante fomento das causas ambientais. O fato de a empresa implantar práticas mais verdes na sua rotina faz com que funcionários e consumidores tenham acesso a novidades.
Há várias formas de comunicar esse conceito: eventos, comunicados, reuniões ou palestras sobre meio ambiente para os funcionários, chamando a atenção para as necessidades e dilemas ambientais do presente e as possíveis mudanças no cotidiano. Por exemplo, trocar idéias sobre como ter práticas mais saudáveis e sustentáveis e incentivar a formação de comissões internas para decidir essas práticas. Outras, com pouco custo e muito efeito, como disponibilizar textos sobre meio ambiente no site da empresa; implantação de programa de coleta seletiva para funcionários, colaboradores e fornecedores; buscar tecnologias para aproveitar a luz natural e economizar água.
Cada situação citada pode levar as pessoas a pensar sobre as questões ambientais que preocupam e não poupam nenhum país deste mundo. Longe de ser os antigos “ecochatos” da década de 80 ou meros ativistas verdes, precisamos no momento de ação – e não de falsos pragmatismos.
O Governo tem criado as regras do jogo para as empresas e para a sociedade como um todo. São leis e decretos instituindo a coleta seletiva, proibindo o corte de árvores nativas e medidas para amenizar a poluição e a devastação em todas as suas formas. Sim, isto é muito bom. Pode parecer ingenuidade ou irresponsabilidade, mas várias sementes de consciência ambiental estão sendo plantadas. Não é pela força que uma pessoa se torna ambientalista, pois de certa forma implica em criar hábitos e pequenos sacrifícios diários. Trata-se de uma mudança de padrão de vida que vai gerar frutos a médio e longo prazo. Conheço pessoas que fumam, mas têm uma postura em relação às questões ambientais mais contundentes que muitos ecochatos. Existem por aí muitos lobos em pele de cordeiro e no ambientalismo não é diferente.
O meio ambiente carece de práticas, de ações sustentáveis. Cuidar do lugar em que vivemos é, sim, uma obrigação moral. Ou alguém aí pretende beber água contaminada, comer um alimento tóxico, ter problemas respiratórios pela poluição do ar, tampar o nariz ao ver um lago (quando poderia mergulhar nele) e andar várias quadras sem ver uma árvore adulta sequer? Quem quer ser adepto não é preciso nem sair de casa. Pode começar eliminando a prática de lavar a calçada com mangueira. Todos podemos ser ambientalistas por ações e não apenas por formação ou por ser membro de uma entidade de defesa dessa causa. Pequenas ações vão despertar o ambientalista que existe em você.
Jetro Menezes
Publicado por Leonardo no blogue Amigos de Freud
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terça-feira, 10 de novembro de 2009
Alterações climáticas influenciam toda a vida mundial
A temperatura global está a subir, originando alterações climáticas. São previsíveis extinções de espécies que irão modificar o equilíbrio biológico que, depois de desencadeado, seguirá um movimento uniformemente acelerado, pondo em risco toda a vida na Terra. Já são bem visíveis os acidentes meteorológicos por todo o mundo, de proporções cada vez mais gravosas e o progressivo desaparecimento das abelhas.
São preocupantes as notícias referentes ao Pólo Norte, onde, devido à subida da temperatura, o gelo polar está a derreter com perigosa rapidez fazendo temer grandes subidas do nível da água dos mares com o inevitável abandono de localidades costeiras de todo o mundo, e inclusivamente, o desaparecimento de estados insulares de pequenas altitudes e que vivem do turismo e de aproveitamento de recursos marítimos.
Mas não ficam por aí os estragos das alterações climáticas.
Realmente a Natureza tem muita força e não é um penedo mudo e quedo. Tem vida e reage aos estímulos. Altera tudo o que os homens possam planear, por vezes em locais distantes do ponto em que foi agredida.
Vejamos, por exemplo este caso. O acesso ao mar foi sempre um factor muito positivo no aspecto geopolítico e geoestratégico. A Rússia tinha o acesso ao mar Árctico, o principal nas suas fronteiras, impossibilitado por as águas estarem geladas a maior parte do ano. Por isso, desde há séculos, tinha como objectivo principal para a sua projecção no mundo, o acesso às águas quentes no Índico através o Afeganistão e do Médio Oriente. Daí que os ingleses e depois os americanos sempre aí se lhes opusessem e as populações locais fossem tão sacrificadas, por estarem na arena da contenda.
Recentemente foram muito reduzidas essas dificuldades da navegação costeira na costa Norte da Sibéria. Mas as alterações não ficaram por aí e o Árctico está hoje quase em condições de ser facilmente atravessado por navios de grande calado e tonelagem.
O aquecimento das águas fez esse milagre que obriga a rever todos os estudos e planos estratégicos dos principais interessados, principalmente Russos e Americanos.
Por outro lado o Afeganistão e restantes países do Médio Oriente, perdem a importância que tinham e, como o petróleo vai deixando de ser tão imprescindível, eles terão de se reduzir à importância do turismo em camelo e da cultura do ópio.
O Oceano Índico perde muita da importância que conhecia na relação de forças das grandes potências e o futuro do Árctico será uma incógnita, nunca imaginada, com surpresas impensáveis.
Enfim, a poluição, o desprezo do ser humano pela Natureza, a ambição de poderosos políticos e industriais e o consumismo desmedido estão a ditar a sentença de morte do Planeta.
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sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Alterações climáticas. Hora de acordar
É surpreendente, pessoas do mundo todo já inscreveram 1000 eventos em 88 países para a "Hora de Acordar" na próxima segunda-feira!
Mil eventos é um número impressionante, mas levar centenas de milhares de pessoas às ruas -- será mais incrível ainda. Esta mobilização, em uma escala inédita, terá uma forte repercussão nos meios de comunicação e para os nossos governantes, deixando claro que exigimos deles um compromisso sério com o clima. Você já pode participar de um evento perto de você, clique abaixo para ver as cidades onde há eventos cadastrados:
http://www.avaaz.org/po/tcktcktck_map
Os líderes e a mídia já estão prestando atenção ao que iremos fazer no dia 21 de Setembro. A imprensa demonstra que precisamos de negociações urgentes para definir o novo acordo climático, mas infelizmente nossos governantes não estão comprometidos. Eles estão sendo mais pressionados pela indústria energética do que por cidadãos preocupados em reverter a crise climática. O dia 21 de Setembro é a nossa chance de mostrar que o mundo todo está demandando um tratado climático forte!
Faça parte e ajude a divulgar a Hora de Acordar. Haverão eventos de todos os tipos - bicicletadas, plantio de árvores, maracatu, samba, estudantes, comunidades indígenas e muito mais! O importante é levar a mensagem da campanha "Hora de Acordar", telefonar para nossos chefes de estado e assinar o abaixo assinado pelo clima. As imagens dos eventos no mundo todo serão editados em um clip que será apresentado para chefes de estado na ONU.
Faça parte deste incrível movimento climático - seleccione um evento no mapa clicando no link, confirme sua participação e divulgue aos seus amigos:
http://www.avaaz.org/po/tcktcktck_map
A campanha demanda que os líderes globais assinem um tratado climático ambicioso, justo e vinculativo capaz de impedir uma catástrofe climática. O encontro da ONU e G20 na semana que vem será o último encontro de governantes antes da reunião final em Copenhague em Dezembro! Depende efectivamente de nós pressionar nossos governos para que as suas negociações não sejam um desastre. Vamos surpreendê-los!
Vemos você no dia 21 de Setembro!
Paul, Iain, Graziela, Ricken, Alice J, Ben, Milena, Brett, Taren, Pascal, Paula, Benji, Alice W, Luis, Milena, Veronique, Chris, Margaret, e toda a equipe Avaaz.
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P.S.: O vídeo da "Hora de Acordar" será exibido em 700 cinemas na estreia global do filme "A Era da Estupidez" dia 22 de Setembro em 40 países! Você pode encontrar as exibições no nosso mapa: http://www.avaaz.org/po/tcktcktck_map Site do filme "A Era da Estupidez" acesse: http://www.ageofstupid.net/.
P.P.S.: A "Hora de Acordar" global é um dia aberto de acções que dependem de nossa energia e criatividade -- portanto cada um de nós é responsável por "fazer e acontecer"! Se você tem um grupo de teatro, dança ou arte que poderia actuar por um momento para chamar a atenção das pessoas num local público; se você participa de ONGs, grupos estudantis, igrejas, clubes, ou qualquer outro tipo de associação, convide os seus colegas a participarem! Ainda dá tempo de inscrever um evento: http://www.avaaz.org/po/sept21_hosts
SOBRE A AVAAZ
Avaaz.org é uma organização independente sem fins lucrativos que visa garantir a representação dos valores da sociedade civil global na política internacional em questões que vão desde o aquecimento global até à guerra no Iraque e direitos humanos. Avaaz não recebe dinheiro de governos ou empresas e é composta por uma equipe global sediada em Londres, Nova York, Paris, Washington DC, Genebra e Rio de Janeiro. Avaaz significa "voz" em várias línguas europeias e asiáticas. Telefone: +1 888 922 8229
Você está recebendo esta mensagem porque você assinou "Mudanças Climáticas: a liderança européia afunda" no 2008-12-13 usando o email leonormfurtado@sapo.pt. Para garantir que os nossos alertas cheguem na sua caixa de entrada, por favor adicione avaaz@avaaz.org na sua lista de endereços.
Para entrar em contacto com a Avaaz não responda para esse email, escreva para info@avaaz.org. Você pode nos telefonar nos números +1-888-922-8229 (EUA) ou +55 21 2509 0368 (Brasil). Se você tiver problemas técnicos visite http://www.avaaz.org
Participe da Hora de Acordar segunda-feira dia 21 de Setembro -- com mais de 1000 eventos em 88 países, já somos um verdadeiro movimento climático para pressionar nossos governantes a se responsabilizarem pelo clima do planeta!
Veja no mapa os eventos no mundo todo e participe de um evento perto de você. Faça parde desta mobilização climática extraordinária:
Veja o mapa e participe agora
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quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Globalização e Ecologia
Quando se refere a globalização é usual situar a sua origem nos descobrimentos portugueses que estabeleceram contactos entre culturas, sociedades, economias diferentes, distantes, nas diversas partes do mundo. Essa globalização rapidamente alastrou os seus efeitos humanamente negativos, com o colonialismo, a exploração económica que definiu as áreas geradoras de riquezas materiais a ser exploradas pelas grandes empresas industriais multinacionais que, na sequência, desenvolveram o marketing criador do grande vício do consumismo e da ostentação.
E assim entrámos na era actual em que o ciclo de qualquer produto origina sucessivos desgastes na Natureza, que tornam a terra, o mar e o ar cada vez menos próprios à vida saudável dos seres que aí habitam.
O excesso de lixos provenientes da indústria, da embalagem da comercialização, dos desperdícios e dos «monos» finais, muitas vezes abandonados nas margens das estradas e de caminhos de floresta, estão agora a suscitar uma campanha de voluntários para «Limpar Portugal» procurando sensibilizar as pessoas e as autoridades que se mostram incompetentes e incapazes de evitar as vergonhosas lixeiras ilegais que impunemente infestam as paisagens.
Mas também no mar já existem grandes extensões de lixeiras flutuantes onde a vida marítima é impossível e os poucos peixes que restam nas imediações acabam por contribuir para produtos alimentares altamente tóxicos.
Por outro lado, o sismo de 7,6 graus na escala de Richter, com epicentro ao largo das ilhas Andaman, no oceano Índico ocorrido na madrugada de 10 de Agosto, mais ou menos à mesma hora, de um outro abalo, também de forte magnitude (6,6) no Japão, tendo ambos ocasionado a emissão de alertas de tsunami, faz recordar que a Terra é muito sensível aos erros humanos.
Se a Natureza tem tido capacidade para recuperar de pequenas agressões, há pouco tempo tem vindo a mostrar que as grandes agressões são irreparáveis. Grande agressão, para este efeito, são as pequenas agressões continuadas, desgastantes e cuja acumulação de consequências assume alta gravidade, e é irreparável
É que o Planeta não é inerte. É uma grande massa em fusão, densa, a altas temperaturas, sempre em ebulição revestida por uma ténue, pouco espessa (proporcionalmente) nata sólida, superficial, que pode movimentar-se e sofrer roturas. O excesso de pressão numa área por efeito de urbanização pesada ou grandes albufeiras artificiais vai afectar o equilíbrio de forças internas que poderão criar problemas quer na proximidade quer à distância. Daí a ocorrência de sismos, vulcões, movimento dos continentes, etc.
A actividade da zona sensível do «anel de fogo» em que se concentra a maior parte dos fenómenos tectónicos, sísmicos e vulcânicos, é muito influenciada pela variação das forças superficiais exercidas pela actividade humana. Este «anel de fogo» passa pelo Mediterrâneo (rotura tectónica entre a Europa e a África), Mar Vermelho, Ásia do Sul (vários sismos recentes de grande intensidade), Extremo Oriente, Pacífico, Califórnia, Golfo do México, Açores e Gibraltar.
Hoje está a desenhar-se uma nova ameaça à estabilidade do núcleo em fusão do Globo, por alteração do peso sobre a crusta terrestre devido ao degelo dois pólos e das neves perpétuas das altas montanhas por força do aquecimento global decorrente das alterações climáticas.
Do conjunto das alterações tectónicas e de pressões sobre a superfície do Planeta resulta forçosamente a alteração climática (embora estas tenham outras causa muito profundas). Estas também são globais e a acção local deve ser sempre considerada com toda a precaução, tendo em conta as interacções com o Planeta.
Globalização é, assim, um fenómeno muito complexo com que temos que aprender a conviver, da forma mais pacífica possível e sem demissões ou abdicações cívicas.
Mesmo quando se planeia a prevenção e o combate aos incêndios florestais é preciso contar com as piores circunstâncias potenciais, para depois, perante o número de hectares ardidos, não se argumentar infantilmente que a culpa foi do clima (verão mais quente e seco do que o esperado).
Planear é prever. Gerir ou governar é precaver-se contra as piores hipóteses.