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domingo, 5 de janeiro de 2014

SAQUE AO DINHEIRO PÚBLICO

Transcrição de artigo seguida de NOTA:

Tribunal de Contas critica salário de diretor de Fundação Cidade de Guimarães
 TSF. Publicado a 03 JAN 14 às 20:03

O Tribunal de Contas questionou o facto de ter sido atribuído um salário de cerca de 9500 euros mensais a Carlos Martins, ao considerar que as funções de caráter executiva não justificam este salário.

O Tribunal de Contas criticou o vencimento do diretor-executivo da Fundação Cidade de Guimarães, ao considerar discutível como ato de boa gestão financeira o salário de 9500 euros mensais atribuídos a Carlos Martins.

Apesar de sublinhar que esta fundação era legalmente livre para decidir o valor dos vencimentos, este tribunal questionou o facto de funções de caráter executivo justifiquem esta remuneração.

A Fundação Cidade de Guimarães explicou que o diretor-executivo exercia um cargo de elevado nível de responsabilidade e exigência e que foi apenas contratado por um período de quatro anos.

Esta fundação explicou ainda ao Tribunal de Contas que o salário atribuído a Carlos Martins teve em conta o vencimento atribuído na Capital Europeia da Cultura Porto 2001 e nas Fundações de Serralves e Casa da Música.

NOTA: É pena estes escândalos não serem detectados precocemente e parar de imediato a roubalheira e, dessa forma, servirem de dissuasão a outras tentações. Este saque ao dinheiro público sempre que certas pessoas lhe têm acesso, constitui um acto lesivo aos portugueses que não deve ficar impune e não deve continuar a ser praticado. Principalmente, quando existe tanta fome e tanta pobreza, devido a continuada má actuação de governantes.

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sábado, 19 de outubro de 2013

O PORQUÊ DOS CORTES ???


A crise gerou-se devido a má administração do dinheiro público. Apesar da limitada capacidade nacional de criação de riqueza, políticos imaturos sem experiência de gestão, e sem sentido de responsabilidade, gastaram acima das receitas. Aliás aquilo que os levou à política, além da vaidade e ambição de poder, foi o desejo de enriquecimento rápido e por qualquer forma, com a maior ostentação.

Isso agravou-se desde há pouco mais de dois anos e recorreram a todas as habilidades e mentiras para sacar o máximo aos contribuintes, principalmente aos que possuem menos capacidade de defesa.

Isto é baseado em várias notícias de que se citam três das mais recentes:

Gastos governamentais sobem 1,3 milhões de euros face a 2013 e 3,3 milhões de euros face a 2012

Despesas com gabinetes do governo aumentam 1,3 milhões de euros

Governo gasta 160 milhões de euros com 13 653 carros

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sexta-feira, 22 de março de 2013

A situação política, vista à maneira de José Gil


Transcrição (por alto) de passagem do livro de José Gil «Portugal, Hoje – O Medo de Existir», de Relógio D’Água Editores, Novembro 2004 que vem ao encontro do muito que tem sido escrito ultimamente acerca da crise complexa que estamos a atravessar:

«Ao aceitarmos o descaramento com que certas medidas são tomadas, estamos a aceitar o desaparecimento de toda a ética da vida política. E estamos a deixar que novamente o nevoeiro nos envolva e que o terreno propício ao enquistamento (a não inserção) se desenvolva. Estamos a aceitar que este se estratifique no nosso inconsciente, e assim se justifique o declínio da democracia.

Se este tipo de duplo-esmagamento (do poder apoiado pelos mídia e do medo existencial) não produziu microterrores (que virão muito depois), ele prolifera agora através do duplo efeito do controlo da televisão pelo poder e do controlo dos territórios existenciais pela televisão O PM compreendeu perfeitamente a importância do capital simbólico que a imagem mediática confere. O prestígio, o carisma de origem «divina» que afecta os gestos, a imagem, as palavras do sujeito mediático encerra uma mais-valia simbólica que o torna puro, imediatamente atraente e «belo». A imagem transforma (pelo menos tendencialmente) o antipático em simpático, o repulsivo em aceitável. A aura mediática muda o facto em direito e valor.

Com tanta magia assim ganha, o homem político mediático corre o risco de julgar que tudo pode, que as maiores asneiras, erros, desgovernações lhe serão imediatamente perdoados ou melhor, que eles serão afectados de uma espécie de «impunidade», de «ligeireza», de «irrelevância» que não contarão no balanço final eleitoral – porque, afinal, não se inscreverão na memória popular. A isto chama-se também populismo, demagogia imanente (que se enraíza endemicamente no nosso país, no «nacional porreirismo», naquele gregarismo «da malta», que traduz a força extraordinária da cultura popular portuguesa que atravessou as barreiras de classe e de estatuto, num país «provinciano» em que nem a nobreza nem a burguesia conseguiram produzir culturas verdadeiramente autónomas, duradouras e consistentes).

… leva-nos de novo à génese da nossa passividade de cidadãos livres.

Porque é que deixámos chegar as coisas a este ponto? Porque é que uma maioria da população não se indigna e protesta ao ponto de obrigar o Governo a mudar de direcção? De onde vem a nossa anestesia, a nossa complacência, enquanto povo perante actos que fazem perigar a democracia?»

NOTA: Se procurarmos observar as realidades à nossa volta, as interacções entre vários factos e fizermos um esforço para responder às dúvidas que se nos levantam, certamente faremos evoluir o nosso conceito de cidadania, sair da concha da complacência ou da indiferença e teremos uma participação mais activa na nossa sociedade, de que dependemos e para cujo desenvolvimento todos devemos colaborar.

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quinta-feira, 10 de maio de 2012

Manipulação do Estado

Recebi agora por e-mail um artigo publicado há quase um mês, mas que se mantém actual e merece ser lido e meditado. Nas ta fazer clic no link

A manipulação de um Estado de Direito

Sem comentários...

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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Telemóvel usado em exagero

A notícia Factura com telemóvel dos gestores públicos aumentou 20% em 2010 demonstra o espírito dos políticos e seus protegidos, sugadores das energias nacionais com mentalidade de «fartar vilanagem».

Quem paga é o contribuinte mais pobre, como acontece no aumento do IVA e no Imposto extraordinário sobre o 13º mês que não obedecem a escalões.

Será desejável que o Governo raciocine na forma de gerir com lealdade os interesses nacionais, dos portugueses, meditando na posição definida por Warren Buffett e pelos os 16 super-ricos franceses que mostraram visivelmente uma perfeita noção de justiça social razão com racionalidade e moralidade perante a sabujice e ambição pessoal dos políticos e seus protegidos.

Foto de Warren Buffett do Google

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terça-feira, 1 de março de 2011

Mais um «abafador»

Houve um que abafou gravadores dos jornalistas em «acção directa» de que se gabou. Mas agora aparece outro mais perigoso que não parece hesitar em nos abafar até ao último suspiro, com as chamadas medidas de austeridade, para compensar as despesas inúteis e injustificadas de que muito aqui se tem escrito

Em vez da redução das despesas muito referidas aqui, por diversas vezes, «Sócrates admite mais austeridade para atingir défice de 4,6% este ano». Esta teimosia insensata, sem olhar aos verdadeiros problemas da administração com as despesas pornográficas que apenas servem para beneficiar amigos do clã, sem ter em consideração o fosso entre os ricos e os pobres, a injustiça social, as carências de muitas famílias que se afundam na penúria, felizmente está a despertar as reacções da oposição e não tardará a ter também a manifestação do povo na rua, o que devia ser evitado com acção correcta na eliminação das causas do descontentamento.

Não é por acaso que surgem estas reacções oportunas e patrióticas da oposição descomprometida dos conluios da exploração:

CDS-PP avisa o Governo que não há mais espaço para medidas de contenção

PCP garante oposição firme caso Governo avance com novas medidas de austeridade

BE diz que novas medidas serão “dar passo em frente” quando o país está “à beira do abismo”

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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Será que os ministros irão submeter-se à ética???

Segundo a notícia «Tribunal Administrativo permite acesso de juízes aos gastos de dois ministérios», os magistrados, embora por motivo corporativo, o que tira algum valor à iniciativa, querem esclarecer eventuais abusos dos minstros. O texto seguinte apoia-se muito de perto na notícia.

Os magistrados da Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP) tomaram a iniciativa de interpor 17 acções com o objectivo de tornar possível o acesso aos documentos relativos às despesas de cada ministério do executivo, no que respeita ao pagamento de ajudas de custo e às despesas de representação ou com cartões de crédito.

A associação dos juízes quis saber, face aos cortes salariais na função pública, quanto gastam os ministros e outros elementos dos seus gabinetes com telefones pessoais, cartões de crédito e outros gastos de representação. Requereu também o acesso às resoluções do Conselho de Ministros que autorizaram estas despesas, já que a sua divulgação não foi permitida.

O acesso a estes dados, que se tratam de documentos administrativos, está previsto por lei e, além disso, as informações são necessárias para a negociação com o Ministério da Justiça relativamente à sua situação, alegaram os juízes que, em consequência da política de reduções salariais, são afectados com cortes de 20 por cento no subsídio de renda de casa.

A posição dos magistrados foi também uma reacção face às alterações do seu estatuto que resultam em perda de regalias em diversos campos. Nesse sentido, decidiram interpor as 17 acções no Tribunal Administrativo, uma por cada ministério.

Nos requerimentos solicitam fotocópias das resoluções do Conselho de Ministros desde 2009, ano em que o Governo tomou posse, que autorizam a atribuição de cartões de crédito e de telemóveis a membros do Governo. Pedem igualmente fotocópias de documentos de pagamento das despesas de representação e dos subsídios de residência de todos os ministros e dos seus chefes de gabinete - elementos que, segundo os responsáveis ministeriais, constam do que está estabelecido na lei e nos Orçamentos de Estado.

Vale a pena ver toda a notícia aqui.

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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Denunciar é preciso

Para impedir a imunidade e impunidade dos amigos do poder é indispensável denunciar as irregularidades de que se tenha conhecimento, a qualquer nível. Apesar dos freios à actuação disciplinar e judicial, por vezes, consegue-se que os erros sejam rectificados, como se vê pela notícia do Público: «Saúde anula concurso que beneficiava filho de dirigente».

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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Para onde foi o aumento ???

Para onde foi o aumento?
Para o bolso de quem?
Como explicam?

Zé, acorda e não te deixes enganar

Não continues a ser burro. Não deixes que te coloquem a albarda!

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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Denúncia e cidadania

Há muitos abusos contra os interesses nacionais, de má utilização do dinheiro e de bens públicos, que são de todos os cidadãos, que passarão impunes se não houver denúncia de alguém que deles tenha conhecimento. Denunciar é preciso, em tais casos.

O vereador do PSD na Câmara de Vinhais, Carlos Costa, denunciou a vogal executiva do conselho de administração do Centro Hospitalar do Nordeste (CHNE), Cláudia Costa, por abusos no uso de viaturas viaturas do Estado do Centro numa deslocação em férias ao Algarve e em fins-de-semana em Aveiro. A Inspecção-Geral das Actividades em Saúde está a investigar o caso.

Segundo a notícia, de acordo com o relatório de contas do CHNE, em 2009 - ano em que o hospital apresentou um prejuízo superior a dez milhões de euros - foram gastos 19 237,35 euros em combustível, relativos aos sete carros atribuídos à administração. Só Cláudia Costa apresentou gastos de 2 280,89 euros.

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domingo, 12 de setembro de 2010

Político arrogante abusa do cargo

Adjunto de Isaltino morde polícias
TVI24. Por: Redacção 12-09-2010 14: 45

Tudo começou com o reboque de um carro que estava estacionado numa passadeira

Ezequiel Lino, ex-presidente da Câmara de Sesimbra e actual adjunto de Isaltino Morais, é acusado de agredir e morder agentes da PSP numa discussão de trânsito.

Segundo o «Correio da Manhã», tudo começou porque o carro da filha do autarca foi rebocado por estar estacionado em cima de uma passadeira.

A filha de Ezequiel Lino foi a primeira a chegar ao posto da polícia em Oeiras para regularizar a situação. Mas ao saber do sucedido também o político entrou em cena e foi à PSP confrontar os agentes.

Chegou exaltado, insultou os agentes e agrediu dois polícias, um homem e uma mulher. Um deles teve mesmo de receber tratamento hospitalar

Ezequiel Lino foi detido e presente a tribunal no dia seguinte. Respondeu pelos crimes de resistência e coacção sobre agentes da autoridade e ficou com termo de identidade e residência.

A TVI tentou contactar a assessoria do ajunto da câmara mas até ao momento não foi possível obter mais esclarecimentos.

O político dirigiu os destinos da câmara de Sesimbra durante mais de 20 anos. É adjunto de Isaltino Morais. Está ligado ao pelouro da habitação, da Protecção Civil, Ambiente e Polícia Municipal.

Posted by Isabel Magalhães at 20:31no blog Oeiras Local
Imagem da Net.

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sábado, 29 de maio de 2010

Preço da electricidade cai na Europa mas sobe cá

Entre nós, as empresas de serviços públicos que era suposto servirem a população, com a melhor eficiência de qualidade e preço, habituaram-se a explorar os clientes ou utentes a fim de obterem mais lucros para distribuírem mais dividendos aos accionistas e altos salários e elevados prémios aos administradores.

As notícias «Preço da electricidade desce 1,5 por cento na Europa mas sobe 4,5 por cento em Portugal» e «Electricidade sobe em Portugal e cai na Europa» vêm confirmar como estamos a aumentar o atraso em relação à evolução europeia

O essencial das notícias resume-se na frase «Os preços da electricidade para as famílias caíram 1,5 por cento na União Europeia, entre o segundo semestre de 2008 e o segundo semestre de 2009, mas subiram 4,5 por cento em Portugal, segundo dados hoje publicados pelo Eurostat.»

Com isto, ficamos mais esclarecidos sobre aquilo que consta no primeiro parágrafo e nos seguintes posts captados ao acaso:

- EDP - Lucros 1º Semestre
- Economia soberana
- António Mexia com salários «obscenos»
- Na GALP não se ganha mal!!!

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quinta-feira, 27 de maio de 2010

Transporte da gente do Parlamento



Não devemos ver estes casos com mentalidade miserabilista. As funções que desempenham, como todos sabem, obrigam a frequentes e longas viagens por estradas más!!! E a sua provecta idade exige comodidade para poderem exercer capazmente as funções em benefício do nosso País!!!!

Também, como todos se aproveitam impunemente do descontrolo do dinheiro público eles não querem ser considerados anginhos inocentes. Por outro lado, segundo a arrogância dos nossos políticos, temos de nos convencer de que Portugal não é um país atrasado e pobre como a Grã-Bretanha onde (como se vê em A Tulha do Atílio):

Os deputados do Reino Unido, na "Mãe dos Parlamentos",
1 . não têm lugar certo onde sentar-se, na Câmara dos Comuns;
2 . não têm escritórios, nem secretários, nem automóveis;
3 . não têm residência (pagam pela sua casa em Londres ou nas províncias);
detalhe: e pagam, por todas as suas despesas, normalmente, como todo e qualquer trabalhador;
4 . não têm passagens de avião gratuitas, salvo quando ao serviço do próprio Parlamento.
E o seu salário equipara-se ao de um Chefe de Secção de qualquer repartição pública.

O futuro de Portugal está em boas mãos!!! E digo isto desta forma mais ou menos irónica porque a minha educação me obriga a evitar usar a linguagem que eles merecem.

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segunda-feira, 24 de maio de 2010

Ricardo Rodrigues prestidigitador !!!

O deputado, além do «brilhante» currículo que traz dos Açores, segundo aquilo que tem vindo a circular por e-mail, evidencia uma vocação notável para prestidigitador e ilusionista, exercida em público, perante câmaras de jornalistas.

A notícia de que se reproduz apenas uma pequena parte, dá que pensar, acerca da ausência de muita coisa que era suposto dever existir num Estado de Direito.

Ninguém sabe onde param os gravadores tirados à "Sábado"
Público. 24.05.2010 - 07:17 Por Maria José Oliveira

Ricardo Rodrigues apropriou-se de aparelhos durante entrevista

Mais de três semanas depois de o deputado socialista Ricardo Rodrigues se ter apropriado de dois gravadores durante uma entrevista à revista Sábado, os jornalistas Maria Henrique Espada (proprietária dos objectos) e Fernando Esteves continuam a desconhecer o paradeiro dos equipamentos, que contêm diverso material de trabalho. Neles estão gravadas, por exemplo, entrevistas a políticos do maior partido da oposição e outro material considerado pela jornalista como bastante delicado. (…)

Se nos apanha distraídos, num discreto e rápido gesto de mão faz desaparecer Portugal. Ao menos que o venda para ficar com dinheiro para ir viver como nababo para a ilha do Corvo.


Imagens da Net. Para ver melhor faça clic sobre a imagem

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segunda-feira, 12 de abril de 2010

Banca Suíça no caminho da ética

Transcrição

"Suíça ameaça cleptocracia mundial"
"Bloqueados 100 milhões de dólares do presidente angolano.

"Há dez anos que os tribunais suíços iniciaram um longo processo para bloquear os fundos depositados nos seus bancos por ditadores e políticos corruptos de todo o mundo, cujas fortunas, por vezes colossais, foram obtidas através da espoliação de bens públicos pertencentes aos povos que governam, usando para tal os mais diversos expedientes de branqueamento de capitais.

O processo começou em 1986 com a devolução às Filipinas de 683 milhões de dólares roubados por Ferdinando Marcos, bem como a retenção dos restantes 356 milhões que constavam das suas contas bancárias naquele país. Prosseguiu depois com o bloqueamento das contas de Mobutu e Benazir Bhutto. Mais tarde, em 1995, viria a devolução de 1236 milhões de euros aos herdeiros das vítimas judias do nazismo.

Com a melhoria dos instrumentos legais de luta contra o branqueamento de capitais, conseguida em 2003 (também em nome da luta contra o terrorismo), os processos têm vindo a acelerar-se, com resultados evidentes:
- 700 milhões de dólares roubados pelo ex-ditador Sani Abacha são entregues à Nigéria em 2005;
- dos 107 milhões de dólares depositados em contas suíças pelo chefe da polícia secreta de Fujimori, Vladimiro Montesinos, 77 milhões já regressaram ao Peru e 30 milhões estão bloqueados;
- os 7,7 milhões de dólares que Mobutu depositara em bancos suíços estão a caminho do Zaire;
- mais recentemente, foram bloqueadas as contas do presidente angolano José Eduardo dos Santos, no montante de 100 milhões de dólares.

É caso para dizer que os cleptocratas deste mundo vão começar a ter que pensar duas vezes antes de espoliarem os respectivos povos. É certo que há mais paraísos fiscais no planeta, mas também é provável que o exemplo suíço contagie pelo menos a totalidade dos off-shores sediados em território da União Europeia, diminuindo assim drasticamente o espaço de manobra destas pandilhas de malfeitores governamentais.

No caso que suscitou este texto, o bloqueamento de 100 milhões de dólares depositados em contas de José Eduardo dos Santos, presidente de Angola há 27 anos, pergunta-se: que fez ele para se tornar o 10º homem mais rico do planeta (segundo a revista Forbes)?
Trabalhou em quê para reunir uma fortuna calculada em 19,6 mil milhões de dólares?
Usou-se o poder para espoliar as riquezas do povo que governa, deixando-o a viver com menos de dois dólares diários, que devem fazer os países democráticos perante tamanho crime de lesa humanidade?
Olhar para o outro lado, em nome do apetite energético?
Que autoridade terão, se o fizerem, para condenar as demais ditaduras e estados falhados?
Olhar para o outro lado, neste caso, não significa colaborar objectivamente com a sobre-exploração indigna do povo angolano e a manutenção de um status quo antidemocrático e corrupto que apenas serve para submeter a esmagadora maioria dos angolanos a uma espécie de domínio tribal não declarado?

Na Wikipedia lê-se:

"Os habitantes de Angola são, em sua maioria, negros (90%), que vivem ao lado de 10% de brancos e mestiços. A maior parte da população negra é de origem banta, destacando-se os quimbundos, os bakongos e os chokwe-lundas, porém o grupo mais importante é o dos ovimbundos. No Sudoeste existem diversas tribos de boximanes e hotentotes. A densidade demográfica é baixa (8 habitantes por quilometro quadrado) e o índice de urbanização não vai além de 12%. Os principais centros urbanos, além da capital, são Huambo (antiga Nova Lisboa), Lobito, Benguela, e Lubango (antiga Sá da Bandeira). Angola possui a maior taxa de fecundidade (número de filhos por mulher) e de mortalidade infantil do mundo. Apesar da riqueza do país, a sua população vive em condições de extrema pobreza, com menos de 2 dólares americanos por dia."

O recente entusiasmo que acometeu as autoridades governamentais e os poderes fáticos portugueses relativamente ao "milagre angolano" (crescimento na ordem dos 21% ao ano) merece assim maior reflexão e, sobretudo, alguma ética de pensamento.

Os fundos comunitários europeus aproximam-se do fim. Os portugueses, entretanto, não foram capazes de preparar o país para o futuro difícil que se aproxima. São muito pouco competitivos no contexto europeu. As suas elites políticas, empresariais e científicas são demasiadamente fracas e dependentes do estado clientelar que as alimenta e cuja irracionalidade por sua vez perpetuam irresponsavelmente, para delas se poder esperar qualquer reviravolta estratégica. Quem sabe fazer alguma coisa e não pertence ao bloco endogâmico do poder vai saindo do país para o resto de uma Europa que se alarga, suprindo necessidades crescentes de profissionais nos países mais desenvolvidos (que por sua vez começam a limitar drasticamente as imigrações ideologicamente problemáticas): Espanha, Alemanha, Luxemburgo, Suíça, Reino Unido, Holanda, Dinamarca, Noruega... No país chamado Portugal vão assim ficando os velhos, os incompetentes e preguiçosos, os indecisos, os mais fracos, os ricos, os funcionários e uma massa amorfa de infelizes agarrados ao futebol e às telenovelas, que mal imaginam a má sorte que os espera à medida que o petróleo for subindo dos 60 para 100 dólares por barril, e destes para os 150, 200 e por aí a fora...

A recente subida em flecha do petróleo e do gás natural (mas também do ouro, dos diamantes e do ferro) trouxe muitíssimo dinheiro à antiga colónia portuguesa. Seria interessante saber que efeitos esta subida teve na conta bancária do Sr. José Eduardo dos Santos. E que efeitos teve, por outro lado, nas estratégias de desenvolvimento do país. O aumento da actividade de construção já se sente no deprimido sector de obras e engenharia português. As empresas, os engenheiros e os arquitectos voam como aves sedentas de Lisboa para Luanda. É natural que o governo português, desesperado com a dívida... E com a sombra cada vez mais pesada dos espanhóis pairando sobre os seus sectores econômicos estratégicos, se agarre a qualquer aparente tábua de salvação. E os princípios? E a legalidade?

Se a saída do ditador angolano estiver para breve, ainda se poderá dizer que a estratégia portuguesa é, no fundo, uma estratégia para além de José Eduardo dos Santos. Mas se não for assim e, pelo contrário, viermos a descobrir uma teia de relações perigosas ligando a fortuna ilegítima de José Eduardo dos Santos a interesses e instituições sediados em Lisboa, onde fica a coerência de Portugal?

Micheline Calmy-Rey, ministra suíça dos Negócios Estrangeiros, veio lembrar a todos os europeus que tanto é ladrão o que rouba como o que fica à espreita ou cobra comissões das operações criminosas."

Recebido por e-mail do amigo FR

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domingo, 11 de abril de 2010

Escândalo na UE! ! !

Você já reparou que os políticos europeus estão a lutar como loucos para entrar na administração da UE ? E por quê?

Leia o que segue, pense bem e converse com os amigos. Envie isto para os europeus que conheça! Simplesmente, escandaloso.

Foi aprovada a aposentadoria aos 50 anos com 9.000 euros por mês para os funcionários da EU!!!. Este ano, 340 agentes partem para a reforma antecipada aos 50 anos com uma pensão de 9.000 euros por mês. Sim, você leu correctamente!

Para facilitar a integração de novos funcionários dos novos Estados-Membros da UE (Polónia, Malta, países da Europa Oriental ...), os funcionários dos países membros antigos (Bélgica, França, Alemanha ..) receberão da Europa uma prenda de ouro para se aposentar.
Porquê e quem paga isto?

Você e eu estamos a trabalhar ou trabalhámos para uma pensão de miséria, enquanto que aqueles que votam as leis se atribuem presentes de ouro. A diferença tornou-se muito grande entre o povo e os "Deuses do Olimpo!" Devemos reagir por todos os meios começando por divulgar esta mensagem para todos os europeus. É uma verdadeira Mafia a destes Altos Funcionários da União Europeia ...

Os tecnocratas europeus usufruem de verdadeiras reformas de nababos ...
Mesmo os deputados nacionais que, no entanto, beneficiam do "Rolls" dos regimes especiais, não recebem um terço daquilo que eles embolsam.

Vejamos! Giovanni Buttarelli, que ocupa o cargo de Supervisor Adjunto da Protecção de Dados, adquire depois de apenas 1 ano e 11 meses de serviço (em Novembro 2010), uma reforma de 1 515 € / mês. O equivalente daquilo que recebe em média, um assalariado francês do sector privado após uma carreira completa (40 anos). O seu colega, Peter Hustinx, acaba de ver o seu contrato de cinco anos renovado. Após 10 anos, ele terá direito a cerca de € 9 000 de pensão por mês.

É simples, ninguém lhes pede contas e eles decidiram aproveitar ao máximo. É como se para a sua reforma, lhes fosse passado um cheque em branco.

Além disso, muitos outros tecnocratas gozam desse privilégio:
1. Roger Grass, Secretário do Tribunal Europeu de Justiça, receberá € 12 500 por mês de pensão.
2. Pernilla Lindh, o juiz do Tribunal de Primeira Instância, € 12 900 por mês.
3. Damaso Ruiz-Jarabo Colomer, advogado-geral, 14 000 € / mês.

Consulte a lista em:
http://www.kdo-mailing.com/redirect.asp?numlien=1276&numnews=1356&numabonne=62286

Para eles, é o jackpot. No cargo desde meados dos anos 1990, têm a certeza de validar uma carreira completa e, portanto, de obter o máximo: 70% do último salário. É difícil de acreditar ... Não só as suas pensões atingem os limites máximos, mas basta-lhes apenas 15 anos e meio para validar uma carreira completa, enquanto para você, como para mim, é preciso matar-se com trabalho durante 40 anos, e em breve 41 anos.

Confrontados com o colapso dos nossos sistemas de pensões, os tecnocratas de Bruxelas recomendam o alongamento das carreiras: 37,5 anos, 40 anos, 41 anos (em 2012), 42 anos (em 2020), etc. Mas para eles, não há problema, a taxa plena é aos 15,5 anos…

De quem estamos falando?
Originalmente, estas reformas de nababos eram reservadas para os membros da Comissão Europeia e, ao longo dos anos, têm também sido concedidas a outros funcionários. Agora eles já são um exército inteiro a beneficiar delas: juízes, magistrados, secretários, supervisores, mediadores, etc.

Mas o pior ainda, neste caso, é que eles nem sequer descontam para a sua grande reforma. Nem um cêntimo de euro, tudo é à custa do contribuinte ... Ao contrário de nós, que contribuímos toda a nossa vida e, ao menor atraso no pagamento, é a sanção: avisos, multas, etc, sem a mínima piedade. Eles, isentaram-se totalmente disso. Parece que se está a delirar!

Esteja ciente, que até mesmo os juízes do Tribunal de Contas Europeu que, pelas suas funções, é suposto « verificarem se as despesas da UE são legais, feitas pelo menor custo e para o fim a que são destinadas », beneficiam do sistema e não pagam as quotas.

E que dizer de todos os tecnocratas que não perdem nenhuma oportunidade de armarem em «gendarmes de Bruxelas» e continuam a dar lições de ortodoxia fiscal, quando têm ambas as mãos, até os cotovelos, no pote da compota?

Numa altura em que o futuro das nossas pensões está seriamente comprometido pela violência da crise económica e da brutalidade do choque demográfico, os funcionários europeus beneficiam, à nossa custa, da pensão de 12 500 a 14 000 € / mês após somente 15 anos de carreira, mesmo sem pagarem quotizações... É uma pura provocação!

O meu objectivo é alertar todos os cidadãos dos Estados-Membros da União Europeia. Juntos, podemos criar uma verdadeira onda de pressão. Não há dúvida de que os tecnocratas europeus continuam a gozar à nossa custa e com total impunidade, essas pensões. Nós temos que levá-los a colocar os pés na terra.

«Sauvegarde Retraites» realizou um estudo rigoroso e muito documentado que prova por "A + B" a dimensão do escândalo. Já foi aproveitado pelos mídia.

http://www.lepoint.fr/actualites-economie/2009-05-19/revelations-les-retraites-en-or-des-hauts-fonctionnaires-europeens/916/0/344867

Divulgue e distribua amplamente entre todos os relés dos vinte e sete países da União Europeia, e disso resultará algo de bom!

(foi traduzido de um original em francês, recebido por e-mail de VC)

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segunda-feira, 29 de junho de 2009

O saque ao erário não tem limites

Há situações escandalosas que vêm a público apenas ocasionalmente, o que deixa fora de vista o horizonte limite destas poucas vergonhas. Daí as suspeitas recaírem generalizadamente sobre todos os políticos, embora possa haver eventuais excepções.

Depois de um alto responsável pela ERSE se ter demitido e ficar com um ordenado fabuloso durante dois anos, da rápida promoção de um antigo empregado de balcão da CGD, ser nomeado administrador, passar para o BCP e, depois, ser promovido pela CGD a um escalão superior, assim como dos ordenados dos administradores do BdP aliados a regalias vitalícias mesmo que desempenhem as funções apenas algumas horas, aparece agora um caso não menos espantoso.

Um ex-chefe de gabinete de José Sócrates que é presidente do Instituto de Turismo de Portugal (ITP) desde Maio de 2006, ganhou, em 2008, como vogal do Conselho Geral e de Supervisão (CGS) da TAP, 98 mil euros, salário anual, referida no Mapa de Remunerações dos Órgãos Sociais. Este número representa que recebeu da TAP, durante 14 meses, um ordenado mensal fixo de sete mil euros, valor superior ao vencimento do próprio primeiro-ministro.

A justificar essa remuneração, no ano passado, teve o incómodo de assistir a 10 (dez) reuniões que a «comissão especializada de sustentabilidade e governo societário» realizou. Por cada comissão em média recebeu 9800 euros, equivalente a cerca de 22 salários mínimos nacionais, mensais (por uma reunião de poucas horas!!!).

Para conhecer melhor o assunto poderá ser lida a notícia no Correio da Manhã de hoje.

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sexta-feira, 19 de junho de 2009

A água alimenta imensos parasitas

Por interessar à generalidade dos consumidores de «água da cidade» refere-se o artigo do Público de ontem com o título «Deco contra as fortes variações praticadas no preço da água entre os vários concelhos do país».

Nele são denunciadas as enormes discrepâncias de preços de cinco metros cúbicos de água fornecida pela rede pública que tanto pode custar 0,75 euros (na Chamusca) como 8,34 euros (na Figueira da Foz) (11 vezes mais, um escândalo). Estes valores foram apurados pela Deco num observatório que engloba 41 municípios. A associação de defesa do consumidor exige transparência no sector e regulamentação que conduza à harmonização dos tarifários que estão a ser praticados.

É sintomático o facto de nos concelhos onde é a câmara local a gerir o serviço, os preços de fornecimento de água serem mais baixos. É o caso do município onde se apura o valor de fundo da tabela – Chamusca - e de forma idêntica dos concelhos de Ponte de Lima, Caminha, Évora e Vila Viçosa.

Pelo contrário, nos concelhos onde o serviço foi concessionado a empresas do sector privado, os valores são geralmente mais elevados. É o caso da Figueira da Foz, onde cinco metros cúbicos de água custam 8,34 euros (este valor inclui a componente volumétrica e a tarifa fixa mensal), e também em Mafra (7,87 euros), Tavira (6,50), Matosinhos (5,68), etc. Um escândalo, em comparação com a Chamusca.

Na maior parte dos concelhos, as Câmaras criaram empresas municipais, ou melhor, privadas geridas por funcionários das autarquias, familiares ou amigos da mesma cor política para gerir a água, ou melhor, para garantir rendimentos adicionais aos funcionários da autarquia que se distinguem pela cor partidária, amizade ao presidente, família ou outros tipos de compromisso ou cumplicidade.

E, assim, o dinheiro é «suavemente» transferido do bolso dos cidadãos para os de incompetentes que, para sobreviverem, têm de sugar os dinheiros públicos, com a cumplicidade de autarcas eleitos. E isto sem o mínimo benefício para o cliente, antes pelo contrário, como a Deco demonstra com os números atrás citados.

É para obter esse efeito que os políticos se esforçam tanto nas campanhas eleitorais a fim de obterem os votos suficientes para subirem ao poleiro de onde dominam os negócios. Isto é facilmente concluído de uma observação mesmo que pouco atenta. Mas se olharmos para aquilo que vai sendo publicado nos órgãos da Comunicação Social sobre enriquecimento ilícito e sigilo bancário, ficamos sem dúvidas.

A moralidade, a honestidade e a transparência democrática aconselham a que as empresas que gerem os serviços públicos estabeleçam uma estrutura de tarifas simples e transparente, de forma a que o consumidor fique claramente informado sobre o valor que tem de pagar, e devem publicitar a justificação dos valores cobrados.

E o Estado deve exercer uma supervisão apertada de todos os serviços em que o cliente não disponha de possibilidade de escolha entre fornecedores. E, mesmo quando haja fornecedores em concorrência, é preciso garantir que sejam evitadas as cartelizações.

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segunda-feira, 2 de março de 2009

Mais um veto do PR

Segundo notícia do Público, Cavaco Silva veta lei do pluralismo e da não concentração dos meios de comunicação social, por considerar não haver urgência em legislar sobre esta matéria em virtude de a Comissão Europeia se encontrar a promover a definição de critérios fiáveis e de indicadores objectivos sobre o pluralismo dos meios de comunicação social, pelo que não há motivo que justifique urgência na publicação de um diploma desta natureza e alcance".

Curiosamente, a lei tinha sido aprovada só com os votos do PS e com os votos contra de toda a oposição, o que torna compreensível as reacções ao veto, nomeadamente o CDS-PP, o PCP e o Sindicato dos Jornalistas. Ficou em cheque a arrogância do Governo ao abusar da maioria absoluta na AR publicando, um diploma contra todos os outros partidos.

A lógica logo aí mostrou que algo haveria de errado em tal diploma. A recusa de trabalho de equipa, com colaboração e convergência de esforços para bem de Portugal, prova que muitos políticos pensam mais em alimentar as rivalidades interpartidárias, na conquista de vantagens para os partidos e para os seus militantes do que para os reais interesses nacionais, isto é, da Nação, no sentido de conjunto dos portugueses.

Razão têm alguns jornais espanhóis que defendem a elaboração pelos partidos de um CÓDIGO DE BOM GOVERNO, para tornar os actos da Governança mais eficientes e convergentes para os objectivos do Pais e para combater corrupção, arrogância, abusos do poder e outros vícios que destroem recursos nacionais e retardam o desenvolvimento e a justiça social. Mas, se no nosso País surgir uma campanha semelhante, é logo apelidada de «campanha negra».

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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

O Poder em «boas» mãos

Na Freguesia de Argival, Póvoa de Varzim, o presidente da Junta ameaçou com «três tiros» os deputados da União Eleitoral de Argival, na oposição, durante a última Assembleia de Freguesia. O incidente não teve graves consequências porque o público presente conseguiu segurar o autarca Adolfo Ribeiro.

Esta sessão extraordinária da assembleia tinha sido pedida pelos três membros da lista independente para discutir o que consideram ser "uma má administração do património", por parte do executivo de maioria PSD.

Domingos Silva, o cabeça de lista da UEA, queixou-se da falta de energia eléctrica no cemitério, do abandono a que está votada a Fonte da Senhora dos Milagres e da forma como foram feitas as obras na sede da Junta. O deputado independente quis ainda saber os contornos dos negócios, primeiro, da venda "ao desbarato" dos terrenos junto ao lavadouro à Agros e, segundo, da cedência de terrenos à associação local, "Argevadi".

Em resposta "o presidente da Junta disse, aos gritos: "Vocês são uns calhaus com dois olhos. Se tivesse aqui a 'p….' dava-vos três tiros a todos", segundo contou Domingos Silva.

Noutra autarquia mais no centro do País, o presidente da Câmara de Oliveira do Bairro e o vice-presidente podem vir a perder o mandato por terem omitido em 2006, à Comissão Regional da Reserva Agrícola Nacional (CRRRAN) que têm interesses particulares num projecto de ampliação – ocupando terrenos situados em Reserva Agrícola Nacional - da empresa Metalcértima a que ambos estão ligados. Violaram o princípio de não patrocinar interesses particulares, próprios ou de terceiros.

Se no primeiro caso, há ausência de autocontrolo, educação, sentido democrático e respeito pelos opositores e público presente na reunião, no segundo caso trata-se de um aproveitamento das funções públicas de autarca para benefício próprio ou de familiar (foi alegado a empresa pertencer à esposa). Casos como este poderão existir em vários locais, como o mau carácter de muitos apolíticos leva a crer, pelo que se conclui que «denunciar é preciso» a fim de que situações imorais sejam banidas da vida pública que, além de prejudicarem os interesses nacionais constituem um mau exemplo para a população.

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