Mostrar mensagens com a etiqueta Miguel Sampaio. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Miguel Sampaio. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, dezembro 06, 2012

União de Leiria: no campeonato distrital com a alma de quem disputa uma final europeia


Recomeçar dos distritais, como em 1966. A União de Leiria estreou-se no domingo na 1.ª Divisão distrital com uma goleada (5-1). O JORNAL DE LEIRIA acompanhou todos os momentos deste regresso histórico às origens.
.
Domingo, dia 2 de Dezembro de 2012: chegou o primeiro dia do resto da vida da União Desportiva de Leiria. Frente a Os Unidos, de Casal dos Claros e Coucinheira, a equipa de Luís Bilro estreia-se na 1.ª Divisão, zona Sul, da Associação de Futebol de Leiria. É o dia do começar de novo, como em 1966, ano de fundação do clube, e de deixar para trás os momentos tristes. É hora de olhar para o símbolo, pensar na história e encarar o futuro com muita ambição. O JORNAL DE LEIRIA resolveu associar--se à data e acompanhou bem de perto todos os passos do grupo de trabalho, num dia que acabou de sorrisos nos lábios de todos os unionistas.
Há dias assim, felizes. São 11 horas e o plantel concentra-se para o almoço no Hotel Cristal, na Marinha Grande. Um quarto de hora depois, chega então a sopa de legumes e o frango assado com esparguete, uma verdadeira refeição para atleta. Apesar de a equipa sénior já ter feito cinco jogos para a Taça do Distrito de Leiria, em que somou quatro vitórias e um empate – precisamente com Os Unidos – é hoje o dia em que tudo começa a doer. Apesar da vontade de ganhar e do respeito pelo adversário, todos os jogadores estavam bem dispostos e com apetite. Não só de frango, mas sobretudo de vitórias. Até porque um emblema com a história da União só pode entrar em campo para ganhar. Seja com quem for.
.
Palestra
É meio-dia e meia hora. Terminado o almoço, vista a televisão, jogado o snooker, os jogadores concentram-se numa sala. Mister Luís Bilro, o homem que mais vezes representou o símbolo do castelo na 1.ª Divisão, vai falar. Está na altura de focar os jogadores nos 90 minutos que aí vêm. “Hoje iniciamos uma nova era deste clube”, arrancou. “A União de Leiria tem um história rica, mas por motivos que nada têm a ver connosco, vê-se inserida nesta nova realidade. E somos nós que marcamos este momento histórico e tudo o que conseguirmos será uma referência dentro desta instituição.”
Silêncio. O plantel é composto por uma mescla de jogadores novos e outros veteranos, mas todos sentem e bem o peso do emblema que esteve presente em competições europeias, foi finalista da Taça de Portugal e que foi representado por nomes grandes do futebol mundial. Luís Bilro dá o exemplo. “José Mourinho e seu pai, Félix, defenderam esta camisola e esse é um motivo de orgulho para eles”, garante.
Trata-se, pois, do “renascer do clube”, frisa o técnico. “Liderar este projecto a começar do nada e lutar por um objectivo que está bem definido é um motivo de grande honra.” E de grande stress, também... “Vivo as coisas intensamente. Tenho tentado corrigir-me, mas isto está a tirar-me o sono”, confessa o eterno capitão. “Já estive num Mundial de futebol de praia e numa final da Taça de Portugal, mas não tem nada a ver com isto. Porquê? Não sei”, diz Luís Bilro. O guarda-redes Vítor Maranhão ironiza. “Se estivesse no Sporting já tinha morrido.” Risos na sala.
O técnico fala ao ego dos jogadores. “Este é um grupo de futebolistas reconhecidos na região por ter  muita capacidade. Acredito nas vossas qualidades e se vocês também acreditarem estaremos mais perto de ganhar.” Por isso, reforça, pretende atletas com “auto-estima elevada”. “Queremos subir de divisão”, diz Luís Bilro. ”Vocês estão muito acima da realidade em que estão integrados. É uma questão de interiorizar e colocar em prática. É chegar, jogar e fazer a diferença.” O treinador pede “rigor defensivo”, “jogo a 2 ou 3 toques”, “sair das marcações e aparecer”, “criar linhas de passe” e “remates”. “O futebol é movimento e se jogarmos assim vamos criar dificuldades do lado de lá, porque tecnicamente somos superiores.” Surpreendido com o passar do tempo, Bilro termina a palestra pedindo “nervo” aos atletas.
.
Balneário
São 13:15 horas e a comitiva ruma ao Estádio Municipal de Leiria. Vinte minutos depois já está tudo no Magalhães Pessoa. No passeio pelo tapete verde, o brasileiro Jefferson queixa-se... do frio. O estado do relvado não merece consenso e alguns jogadores brincam com uma sonhada final da Taça entre a União e o Marrazes, com 30 mil na bancada. A maioria fala de futebol, outros isolam-se no banco de suplentes em período de concentração.
Falta uma hora. Os atletas vão para o balneário e equipam-se. O ambiente é descontraído. Brinca-se, com muito riso à mistura, com a cor de boxers de uns e outros. “Só um apontamento rápido”, pede o treinador. “O que vai acontecer agora é importantíssimo e diz muito do que vai ser o nosso sucesso no presente e no futuro. A 45 minutos do apito inicial, quatro membros da claque entram no balneário. Nuno Violante lê uma “carta aberta aos atletas seniores da mágica União” , onde espelha a alma unionista e exorta os jogadores a continuarem a dignificar e glorificar a camisola branca.  Um momento emotivo que deixou muitos com pele de galinha.
Depois de os adeptos saírem do balneário, Bilro toma a palavra. “O que acabámos de assistir é um exemplo vivo do que vos tenho dito. É esta grandeza, esta importância que nos dão, esta forma de nos fazerem sentir grandiosos. Agora, temos de saber corresponder e isso não é pressão nenhuma, porque sei do vosso valor.”
Faltam 35 minutos para o jogo e a equipa ruma ao aquecimento. Giovanni, que vai ser suplente, fica a rezar. Quando faltam 10 minutos, novamente no balneário, Bilro volta a dirigir-se aos seus atletas. Em roda fechada, com todos abraçados, pede “atitude”. “Quero uma equipa agressiva, a lutar, com garra e vontade de vencer.” “Vamos começar a escrever uma página nova na vida deste clube e queremos que seja com uma grande vitória”, conclui o central Marco Aurélio.
São 15 horas. O antigo presidente Joaquim Marques, e o ponta-de-lança Carlão, agora no Sporting de Braga, dão o pontapé-de--saída simbólico. O árbitro Luís Marcelino apita para o início da partida. Na bancada estão cerca de 600 espectadores. Vítor Maranhão, Rui Bento, Marco Aurélio, Mário Wilson, Edgar Carvalho, Santiago, Jefferson, Leandro, Bruno Novo, Dário Marquês e Edgar Grincho formam o primeiro onze da caminhada da União de Leiria rumo à Divisão de Honra.
.
Goleada
E o jogo dificilmente poderia começar melhor. A meio da primeira parte, a União de Leiria já vencia por 4-0. Fábio Santiago aos 7, Dário Marquês aos 9 e aos 14, e Bruno Novo aos 24 minutos marcaram os golos. “O orgulho da cidade somos nós”, gritava a plenos pulmões a claque, entusiasmada com o arranque arrasador. A equipa baixa de nível e Os Unidos equilibram a partida. Até ao intervalo não houve mais golos e poucas foram as oportunidades. “Brutal, monstruoso”, diz Bilro já no balneário, onde os atletas se serviam de bananas, maçãs e bolachinhas para recuperar as forças. “Simplicidade de processos, todos os movimentos bem feitos, a abrir espaços para os colegas, mas depois deslumbrámo-nos”, adverte o treinador.“ A segunda parte arranca com a claque a gritar “Vocês são o nosso orgulho.” No entanto, o jogo permanece equilibrado. Dárcio reduz para a equipa da freguesia de Amor aos 59 minutos, mas Giovanni, entrado ao intervalo, emendou à boca da baliza um remate de Leandro e fez o 5-1. “A União está de volta”, festejavam os ultras.
Quando Luís Marcelino terminou a partida, a equipa abeirou--se das bancadas e foi cumprimentar aqueles que mais puxam por eles. A empatia está criada, os resultados aparecem, parecem estar todos a puxar para o mesmo lado.
“Excelente jogo e atitude”, concluiu Bilro, num balneário inundado pela tranquilidade e sentido de dever cumprido. “Jogámos bem, estamos a crescer. Espero que seja a primeira de muitas vitórias, mas ainda temos muito trabalho pela frente. A começar já no domingo, na Marinha Grande, frente a Os Vidreiros.”
.
Claque entrou no balneário
Carta aberta aos atletas da mágica União
“Esta época corresponde a um renascimento de um clube com décadas de história e vitórias. Desde 1966 que a União Desportiva de Leiria representa a cidade de Leiria e os leirienses com brio e alegria. Os jogadores da equipa de 1966 ainda são lembrados, justamente, pelos adeptos. Pois neste renascimento, são os vossos nomes que queremos lembrar durante décadas. O que é verdade é que apesar das excelentes equipas jovens e dos seus resultados, é a equipa sénior que representa o clube na primeira linha e, por isso, vocês são a cara de um projecto, de um clube, que quer voltar a representar os seus sócios e simpatizantes de uma forma decidida e honesta. Não há palavras para descrever aquilo que vemos na bancada. Orgulha-nos que sejam um grupo unido, que bate no peito depois dos golos, que cumprimenta os adeptos no final, que claramente assumiu os valores do clube como dele próprio. (...)
No entanto, só agora, com o início do campeonato, começa a verdadeira maratona! É absolutamente essencial que a UDL cresça e, portanto, é essencial apontar ao lugar cimeiro do campeonato. Sabemos bem que vos pedimos mais do que vocês são obrigados a dar enquanto atletas amadores (...). E como pagamento, apenas vos podemos prometer o nosso apoio na vitória e na derrota, a continuação das romarias nos jogos fora e o nosso aplauso (...).
Vocês são a equipa do renascimento e por isso ainda vos pedimos que representem os valores do clube noutros aspectos: que os mais novos aprendam com os mais velhos e os mais velhos ensinem os mais novos; que todos respeitem o homem que mais vezes vestiu a camisola da União Desportiva de Leiria – capitão Bilro – e que queremos que seja o que mais vezes se vai sentar no banco do clube; que a dedicação e companheirismo continuem evidentes; que não esmoreça a excelente relação com os adeptos!
Hoje começa a maior e mais difícil de todas as etapas. Sabemos que temos os atletas certos para vencer! Vençam por vós, pelo grupo, pelo treinador, pelos adeptos e pelo clube! Força rapazes!”

Miguel Sampaio - Jornal de Leiria

quinta-feira, maio 24, 2012

Alqueidão não sabe se assume 3.ªDivisão

Apesar da derrota com o Guiense, o CCR Alqueidão da Serra garantiu no sábado o título da Divisão de Honra da Associação de Futebol de Leiria (AFL) e a consequente subida à 3.ªDivisão de futebol. No entanto, os dirigentes do clube do concelho de Porto de Mós ainda não decidiram se vão entar na prova nacional. É que além de terem de gastar 10 mil euros por época só em taxas de jogo, a próxima época será a última em que será disputado aquele escalão, pelo que o regresso aos distritais será uma inevitabilidade. O problema é que se recusar a subida também não pode ficar na Honra. Segundo os regulamentos da AFL, o Alqueidão da Serra será atirado para o último dos escalões, a 1.ªDivisão Distrital.
"É um presente envenenado", diz António Carvalho, presidente do CCR Alqueidão da Serra há 12 anos, que entende que a vitória na Divisão de Honra acaba por prejudicar o clube. "As vitórias deviam ser compensadoras, mas esta situação é penalizadora". Com a reformulação dos quadros competitivos na Federação, o Alqueidão ou fica nos dois primeiros lugares e sobe à 2.ªDivisão, ou desce aos distritais.
A participação na 3.ªDivisão, só em taxas de jogo, custa "cinco vezes mais" do que na honra e não havendo prespectiva de continuidade no escalão, chegou a altura de repensar a situação. António Carvalho não continuará à frente do clube. "Fizemos constar em acta que não nos recanditaríamos. São 12 anos e já tenho 65 anos, é altura de dar oportunidade aos novos e creio que é isso que vai acontecer".
Para 2 de Junho está marcada a reunião de sócios que ditará o que vai acontecer ao futebol sénior em Alqueidão da Serra. Como está de saída, António Carvalho não adianta cenários. "Vai ser o que os associados quiserem. O meu voto vai valer tanto quanto os outros. Temos é de decidir rápido, para preparar a próxima época. Se recusarmos sabemos que vamos para a última divisão. Se calhar é um prémio por estes anos que andámos no futebol".

Miguel Sampaio - Jornal de Leiria

quarta-feira, junho 01, 2011

Ginásio de Alcobaça: O regresso de um clube histórico aos Nacionais !

Plantel Ginásio de Alcobaça 2010/2011 – Foto: Ricardo Graça / Texto : Miguel Sampaio – Correio Sport


Uma temporada imaculada valeu a promoção do Ginásio Clube de Alcobaça aos campeonatos nacionais. Uma boa notícia para um clube que já militou na 1ª Divisão na década de 80. Em 1981/2, o Ginásio, como é conhecido na cidade, então liderado por Guerra Madaleno – esse mesmo, o que foi candidato à presidência do Benfica – subiu à 1ª Divisão e colocou Alcobaça no mapa do desporto português, após ter vencido a Zona Centro da 2ª Divisão sob o comando técnico de Dinis Vital.
No entanto, a passagem pelo patamar mais alto do futebol português foi efémera. O clube desceu de imadiato, mas ficou o marco de ser a terceira equipa do distrito de Leiria a militar entre os grandes, depois do Caldas SC e da União de Leiria. Uma primeira volta sem qualquer vitória deixou o Alcobaça nos últimos lugares, de onde nunca conseguiu sair. Ainda assim uma coroa de glória. O Benfica, de Eriksson, cedeu um empate a uma bola no primeiro jogo em que perdeu pontos na temporada, à 12ª jornada. Os problemas financeiros levaram o clube a entrar em queda e nas últimas décadas o clube oscilou entre a 3ª Divisão e o futebol distrital. Por isso, o feito agora alcançado é de relevo para a história recente da instituição. O capitão Rúben, de 32 anos, um homem feito na casa, não considera este título – conseguido com 11 pontos de vantagem sobre o Beneditense – uma supresa. “Somos quase uma família e os poucos que chegaram de novo adaptaram-se rapidamente.” Por isso, “a subida de divisão era quase uma obrigação.”
Altura de comemorar, mas as preocupações subsistem. Agora, a equipa que evitar o sobe e desce das últimas presenças na 3ª Divisão e o treinador Walter Estrela admite que a cidade “está dividida” quanto a esta participação nas competições nacionais. “Só organizar um jogo custa 750 euros. É muito dinheiro. Se nos final da temporada descermos, vão dizer que foi um erro. Se correr tudo bem, já vão achar que uma boa opção.”

sexta-feira, março 25, 2011

GRAP avança para centro de estágio

O Grupo Recreativo Amigos da Paz, de Pousos, já é, muito provavelmente, o clube do concelho de Leiria com as melhores condições para a prática do futebol. Não satisfeita, a direcção decidiu avançar para a construção de um centro de estágio com múltiplas valências e que permitirá dar continuidade ao rumo ascendente do projecto, bem como acolher clubes interessados em beneficiar daquelas instalações.
São 20 quartos duplos, SPA, piscina coberta, ginásio, salas de tratamento, refeitório/Bar, Sala de Lazer e sala de aquecimento. Tudo isto situado bem junto ao actual campo de jogos de Pousos, que além de um recinto destinado à prática de futebol de 11, tem um outro de futebol de 7 e outro ainda de futebol de 5.
Este projecto segue na linha de crescimento que o GRAP tem vindo a fazer a alguns anos a esta parte. “A fase 1 está concluída” refere o presidente do Clube, Carlos Martins e continua “ Temos óptimas infraestruturas e os alicerces para uma formação de excelência estão lançados, a nível desportivo do futebol 11 esta época estamos a lutar para subir aos nacionais no escalão dos Iniciados, os Juvenis para a Honra, os Juniores estão nos 3 primeiros lugares da Honra e os seniores estão na 1ª metade da tabela da Divisão de Honra” e conclui “ chegou a hora da iniciarmos a Fase 2, ou seja, a base está concluída e temos que avançar com passos seguros e sem dúvida que um Centro de Estágio com um SPA aberto á população é o inicio dessa Fase 2”
Como é que o clube vai financiar este projecto, que a direcção espera vir a receber outras instituições interessadas em estagiar na zona e orçado em 400 mil euros? Simples. “Vai ser criada uma Sociedade de Accionistas em que tanto Entidades privadas como públicas poderão ser sócias, no entanto o GRAP ficará sempre com a maioria dessas acções”, entende Pedro Solá, vice-presidente do GRAP, que no seu Gabinete de arquitectura K-Place está a fazer o projeto. “Já contamos com o apoio de algunsAccionistas e vamos tentar sensibilizar a população de Pousos para nos ajudar neste investimento”, reforça Rui Jorge, vice-presidente do clube.
Numa área de eleição para o desporto, onde também existe o Pavilhão Municipal de Pousos e onde a Junta de Freguesia tem terrenos que permitem o alargamento do parque desportivo, a obra é para começar a curto prazo. “Até ao final do ano gostaríamos de arrancar com o projecto”, diz Pedro Solá, que salienta a necessidade de crescimento de um clube que movimenta 350 atletas e milita na Divisão de Honra da Associação de Futebol de Leiria. “Para a próxima época gostávamos de atacar a subida aos nacionais”, garante o dirigente.

Miguel Sampaio - Jornal de Leiria

quinta-feira, janeiro 13, 2011

Presidente do GRAP quer candidatar-se à Associação de Futebol de Leiria

Carlos Martins, presidente do Grupo Recreativo Amigos da Paz (GRAP) deverá liderar uma lista de candidatura aos órgãos sociais da Associação de Futebol de Leiria (AFL), cujas eleições se realizam em Março. “Tudo começou numa conversa com um dirigente de um outro clube, que me disse que eu, com as minhas ideias e capacidade de trabalho, poderia oferecer muito à AFL. Passado uma semana fui contactado por esse mesmo dirigente, informando-me que já tinha contactado outros clubes, que pretendiam encontrar- se comigo. Essa reuniã fez-se em Dezembro e, a partir daí, a minha intenção de me candidatar começou a ganhar forma.” Sem pôr em causa o trabalho feito nos últimos anos na Associação, Carlos Martins pretende apresentar “ideias novas”. “Tenho a certeza que determinadas coisas, se efectuadas de maneira diferente, funcionariam melhor”, diz. Assim, acredita que poderia melhorar alguns aspectos menos positivos do funcionamento da AFL, “sempre no sentido de ir ao encontro das necessidades dos clubes”, designadamente “a urgência de angariar árbitros, a burocracia das inscrições, o apoio aos clubes, o formato dos torneios de futebol 5 e 7, ou o futsal”. Carlos Martins tem uma experiência de dirigismo de16 anos. Foi um dos fundadores da Escola de Futebol Vasco da Gama e esteve ligado ao departamento de futebol juvenil do Centro Desportivo de Fátima. Em 2006 passou a viver em Leiria, no ano seguinte entrou no GRAP como responsável pela formação e em 2008 foi eleito presidente, cargo que deverá deixar amanhã, sexta-feira, já que está marcada uma assembleia geral no clube de Pousos e é certo que o professor, de 46 anos, não se manterá à frente da instituição. Está assim livre para aceitar o “desafio”.

Miguel Sampaio - Jornal de Leiria

Na serra mandam os serranos

Chamem-lhes serranos, o que quiserem. A verdade é que quem visita o Estádio Municipal de Alvaiázere volta para casa com uma triste história para contar. Há mais de dois anos, desde o dia 23 de Novembro de 2008, que o Grupo Desportivo de Alvaiázere não sabe o que é perder no seu campo. E até essa derrota foi na secretaria…
Há equipas que transformam o seu reduto num campo inexpugnável, onde é difícil alguém vencer. Seja pelo apoio dado pelos adeptos, pelas dificuldades de adaptação dos adversários às medidas do Estádio, ou por algum factor inexplicável, é essa a realidade do Grupo Desportivo de Alvaiázere, equipa que representa a pequena vila no interior do distrito de Leiria na Divisão de Honra de futebol. Passaram 33 jogos ou 781 dias desde a última derrota sofrida pela equipa orientada por Paulo Neves e mesmo essa, frente ao Pelariga, foi decretada na secretaria pela Associação de Futebol de Leiria. “Disseram que havia um jogador mal inscrito”, lamenta o treinador. Com uma subida à Divisão de Honra da Associação de Futebol de Leiria pelo meio, os dias passam, os adversários vão sendo sucessivamente derrotados e não há quem pareça incomodar o Alvaiázere no seu reduto. São nada mais, nada menos do que 30 vitórias alcançadas e apenas três empates concedidos. Derrotas, nem uma. Mas afinal de onde vem o segredo para tantos sucessos em casa?
Será do consumo do chícharo, uma planta leguminosa com grande tradição nesta região e rica em lípidos, hidratos de carbono, fósforo e potássio? Entre os adeptos mais velhos há quem diga que sim, mas não é essa a versão oficial. Segundo o presidente, Mário Bruno Gomes, são dois os motivos para haver, em pleno Pinhal Interior uma equipa de futebol que não quer deixar mal os seus adeptos. Por um lado, “a alma serrana”, de “antes quebrar que torcer” dos atletas, a maior parte originária de Alvaiázere. O outro, o treinador, uma espécie de José Mourinho da serra. “Nunca vi ninguém trabalhar tão bem todos os aspectos do treino. Ele tem os jogadores na mão.” Já o técnico Paulo Neves aponta a qualidade e a formação pessoal dos jogadores, “a maior parte com curso superior” e as “óptimas condições de trabalho” para o sucesso da equipa.
A verdade é que ainda há muito adversários que os vêem como “serranos”, como se os “pudesse enganar”. “Nós fingimos que sim. É algo que joga a nosso favor”, salienta Paulo Neves. Mário Bruno Gomes até gosta que os tratem assim. “Há quem não tenha nada, mas os alvaiazerenses têm a serra para se poderem orgulhar”, diz. Ao fim de 13 jornadas, o Alvaiázere ocupa a quinta posição da Divisão de Honra da Associação de Futebol de Leiria, mas já a distantes 10 pontos do líder Ginásio de Alcobaça. Em casa tem cinco vitórias e um empate. Foram, uma vitória, três empates e três derrotas. E o futuro do clube, que para esta época tem um orçamento de 80 mil euros, como será? O sonho de regressar à 3ª Divisão, onde  clube fundado em 1979 esteve em duas ocasiões (82/83 e 85/86), existe, mas bem presente está a realidade de um “pequeno concelho do interior com não mais de sete mil habitantes”. E o presidente dá o exemplo. “Alcobaça deve ter tantos praticantes de desporto como Alvaiázere habitantes.” Por isso, pese as “excelentes” condições existentes para a prática do desporto no concelho, o importante é “formar homens e atletas”.

Miguel Sampaio - Jornal de Leiria

O goleador de nome estranho

Mobarq é o nome do melhor marcador do Alvaiázere na edição 2010/11 da Divisão de Honra da AF Leiria, com sete golos. Com este nome poderíamos imaginar ser algum argelino ou marroquino perdido nos distritais. Nada disso. Ricardo Fernandes é louro, tens olhos azuis e é bem português, natural do concelho do clube que representa. Mobarq é uma alcunha que ganhou por os pais terem uma loja de mobiliário, os Móveis de Barqueiro.

Miguel Sampaio - Jornal de Leiria

quinta-feira, dezembro 16, 2010

União Desportiva da Caranguejeira quer sair da lama

“ São as crianças, os seniores, as chuvas, os temporais. O campo está uma lástima.” A União Desportiva da Caranguejeira pensa em deixar para trás o seu relvado natural e apostar num sintético.
O facto de ter cerca de 150 atletas provoca um desgaste que faz com que o tapete mais pareça um batatal. “ Um artificial resolvia o problema”, garantem os responsáveis. O problema é a falta de dinheiro... “ O clube até tem um campo pelado, mas a direcção quer dar o melhor à formação”, afirma Carlos Rosário, vice-presidente e director desportivo do clube.
Por isso, só em ultimo caso é que as crianças que dão os primeiros chutos na Caranguejeira são impedidas de pisar o relvado. No entanto, a utilização é “demasiado intensiva”,o que deteriora o tapete, que se apresenta mais castanho do que propriamente verde.
A verdade é que o problema do relvado tem vindo a agravar-se nos últimos anos. Com a reactivação de todos os escalões de formação, há um ‘mundo de gente’ a utilizar o Estádio. São sete equipas, mais a de veteranos, que de vez em quando lá vai dar uns remates. “Se houvesse condições, mais equipas havia”, garante o coordenador do futebol de formação, Álvaro Oliveira.
Só que chega o Inverno e com ele a chuva, a humidade e a falta de sol. Por isso, segundo Carlos Rosário, “ por muito que a manutenção seja feita, o desgaste é grande”. A construção do campo de apoio, pelado, disfarçou o problema mas não o resolveu, pois não tem balneários, iluminação e nem sequer está homologado para jogos oficiais. Por isso, o clube quer avançar, tudo para dar continuidade à aposta que a actual direcção fez na formação.
A conservação do relvado da Caranguejeira, tal como da Bidoeira, é da responsabilidade da Leirisport. Esta actividade custa uma verba a rondar os 22 mil euros anuais à autarquia. Ora, um relvado sintético custa uma verba a rondar os 200 mil euros. O clube tem poucas condições para investir, e dá prioridade a pôr as contas em dia, mas estará a surgir uma hipótese de acordo?
Segundo Carlos Rosário, a direcção “já falou” com a Câmara de Leiria para procurar encontrar uma solução para este problema que, garante “com um sintético ficava resolvido”.

Texto Miguel Sampaio / Foto Ricardo Graça (Jornal de Leiria)

Joel Pedrosa, o Chilavert da Bajouca

É com frequência que do futebol da América Latina surgem notícias de guarda-redes absolutamente ‘loucos’, sem medo de abandonar a baliza e pôr à prova os seus dotes com os pés. Neste plano está José Luis Chilavert, internacional paraguaio que já arrumou as luvas. Noutro, menos folclórico, está Rogério Ceni, guardião brasileiro que já atingiu os 91 golos na carreira. Nos distritais de Leiria há quem lhes siga o exemplo. Joel Pedrosa, número 1 do Alegre e Unido, marcou o quarto golo da carreira no sábado,em mais uma execução de se tirar o chapéu.
Aos 22 anos, Pedrosa já não é nenhum novato na arte de marcar golos de livre directo. O de domingo, que valeu o empate no reduto do Ranha (1-1), foi o terceiro da sua conta pessoal – ainda tem outro de grande penalidade, já esta época, frente ao Caseirinhos. O primeiro foi em 2008/9, frente ao Pousaflores (3-4). O segundo em 2009/10 contra o Avelarense (4-5). Como não há duas sem três, lá surgiu mais um golo, que desta vez teve outro sabor, pois valeu pela primeira vez a conquista de um ponto.
Tudo aconteceu sábado, em jogo a contar para a 11ª jornada da 1ª Divisão distrital de Leiria, Zona Norte. O Ranha recebia o Alegre e Unido e o insólito aconteceu. Ao minuto 90, Joel Pedrosa sai de entre os postes, percorre o campo e marca a bola parada, em zona frontal à baliza adversária. Golo! “A barreira era muito alta e por isso optei por rematar para o lado do guarda-redes.
Como estava um bocado tapado, deu um passo para o outro lado e, já não foi a tempo de defender a bola.” Se ficou curioso pode ver o lance no youtube.
“ Depois dos treinos fico a bater livres com os colegas. Vai outro para a baliza, imagino a barreira e tento fazer a bola passar-lhe por cima.” Apesar de sentir que “tem jeito” para marcar livres, Joel Pedrosa não é a primeira opção da equipa para esta tarefa. Só quando se sente “inspirado” é que pede autorização ao treinador Manuel Domingos. Sábado saiu-lhe o prémio que valeu um ponto. Apesar de achar que tem “jeito” com os pés, Pedrosa não pensa em trocar as balizas por terrenos mais adiantados, até porque o seu sonho foi sempre estar entre os postes. Curiosamente, o seu ídolo não é nem Ceni, nem Chilavert, muito menos, Jorge Campos ou Higuita. É um grande, mas discreto guarda-redes chamado Casillas, que não marca golos como ele, mas que os sofre de igual maneira.

Texto Miguel Sampaio / Foto Ricardo Graça (Jornal de Leiria)

quinta-feira, dezembro 09, 2010

Será que vamos ter um histórico de regresso ao futebol distrital ??

Não, não se trata do regresso de D. Nun'Álvares Pereira quase 600 anos após a sua morte. Apesar de todos os problemas vividos pelo País, não será ele quem irá resgatar Portugal da crise. Quem está mesmo de volta, após 13 anos de actividade nula, é outro Condestável, mais amigo da bola, o Condestável Atlético Clube, de São Jorge, Porto de Mós.
Fundado a 1 de Maio de 1964, este histórico do futebol distrital, que conta no seu palmarés com uma participação no Nacional da 3ª Divisão em 1977/78 e a conquista de uma Taça Distrital (na foto), há muito que deixou de ter actividade. Foi em 1997 que tudo parou. No entanto, um grupo de fiéis adeptos da instituição, de todas as faixas etárias, decidiram reactivar o Condestável.
A notícia espalhou-se com alegria pelas ruas da aldeia. Quem tem contribuido para o renascer do clube é a Associação de Serviço e Socorro Voluntário de São Jorge, que cedeu o espaço onde funciona a sede provisória. “ As pessoas têm dado imenso apoio e disponobilizam- se para ajudar”, revela João Gomes, o novo presidente da direcção, com 26 anos. “Querem voltar a ver o clube vivo.” O novo líder da instituição tinha 13 anos quando o Condestável arrumou as bolas. Neto de um ex-presidente (José Cerca Serrano) e bisneto de um dos fundadores(Adelino Carreira Fino), João Gomes sabe o que é gostar do clube. Por isso, quer torná-lo novamente o centro da vida social e desportiva de São Jorge.
“ Esta era a oportunidade para voltar a dinamizar o clube e o associativismo na terra”, diz. “ Em São Jorge já só se fala no Condestável.” A opção “por enquanto” não passa por reactivar a mais tradicional das secções. “ Esclarecemos que, para já, não há condições para ter futebol.
É que o Condestável não tem dívidas, mas também não tem dinheiro...” As modalidades que vão arrancar de imediato é o paintball e o futsal, que terá uma equipa a competir já em 2011/12, mas o objectivo da direcção é ter várias actividades culturais, sociais e de interacção com a comunidade.

Miguel Sampaio - Jornal de Leiria

quinta-feira, novembro 25, 2010

Entrevista de Carlos Valente ao Jornal de Leiria

JL - O Sport Clube Leiria e Marrazes (SCLM) comemora 74 anos na próxima semana. Como olha para o futuro deste clube à beira das bodas de diamante?
CV - Antes de olhar para o futuro não podemos deixar de fazer uma referência ao esforço e altruísmo de pessoas que deram parte das suas vidas a este clube. O presente é a certeza da continuidade e a garantia da criação de meios de sustentabilidade que garantem a dinâmica de crescimento.
.
JL - Algum dia vamos poder assistir ao SCLM no topo do futebol nacional?
CV - No mundo do futebol tudo é possível. O SCLM estará no topo no dia em que tiver os apoios extraordinários que outros clubes têm tido. Há uma verdade que perdura e sobressai dos nossos 74 anos de existência, que é a contribuição para o desenvolvimento social e desportivo do concelho de Leiria. Marrazes, por aquilo que actualmente produz, pode ambicionar chegar a patamares bem mais altos no contexto do futebol nacional. O clube tem no perfil dos seus adeptos genes que os outros não têm: o amor e paixão pelo clube.
.
JL - Como tem sido a reacção dos sócios e adeptos à notícia da colocação do sintético no Parque de Jogos?
CV - Alguns estão expectantes e, ao mesmo tempo, desejosos que a obra comece. Várias pessoas abordam-me na rua, incentivando e lembrando que a zona central da freguesia precisa da vida que o futebol movimenta.
.
JL - Essa obra é uma inevitabilidade?
CV - Esta obra deveria ter sido feita há 12 anos, no tempo em que a Câmara Municipal de Leiria andou a semear campos relvados por freguesias que hoje não têm atletas para praticar futebol. O SCLM é uma referência nacional em futebol de formação, mas as infra-estruturas que possuímos são insuficientes para o número de praticantes e para os padrões de qualidade que queremos oferecer. Quando vou aos pelados ver os treinos e jogos das minhas equipas de formação surge-me a imagem dos campos do terceiro mundo, onde as crianças, no meio do pó e da lama, dão asas à alegria a jogar à bola. Mas isto ocorre numa cidade que foi anfitriã do Euro 2004. A Câmara já anunciou que não tem condições para apoiar a obra... Oficialmente não tenho essa confirmação. Aquilo que sei é que o actual executivo sabe dos problemas deste clube e dos erros que foram cometidos. Não podem dizer que não apoiam sem antes nos ouvirem. A Câmara não pode continuar a esbanjar dinheiro em manutenção de relvados naturais ou a subsidiar a construção de campos onde quase ninguém joga. Apesar da conjuntura social e económica, não acredito que seja essa a postura.
.
JL - Como é que espera conseguir os 200 mil euros, principalmente numa altura de crise como aque atravessamos?
CV - A direcção entende que conjugação de esforços e vontades pode fazer obra. Tenho a certeza que não estou só. Existe uma grande vontade, ainda para mais porque há muito tempo que somos injustiçados. Olhe para o passado e lembre-se da forma como foi construído o nosso campo, isto depois de também termos sido injustamente empurrados do Estádio Municipal Dr. Magalhães Pessoa.
.
JL - Sente que o SCLM está a ser injustiçado pela Câmara Municipal de Leiria, mesmo sabendo que esta já apoiou as obras da Aldeia do Desporto em 200 mil euros?
CV - No passado, a Câmara sempre nos tratou como um filho mal amado, um filho que trabalha, desenvolve e depois não lhe é reconhecido o seu justo valor. A Aldeia do Desporto é uma infra-estrutura pertencente e gerida pela Junta de Freguesia. O valor do apoio não foi atribuído ao SCLM. A nós apenas nos abriram as portas, quase por favor, e fomos tratados como inquilinos indesejados. Veja-se o tempo que se tem demorado para resolver situações resultantes de erros técnicos criados durante a obra. Queremos ser parte das soluções para os problemas mas, infelizmente, continuam de mãos nos bolsos e a fazer ouvidos de mercador.
.
JL - Concorda com a política desportiva da autarquia?CV - Entendo que deve ser repensada. Os critérios de apoio e favorecimentos extraordinários devem terminar imediatamente. Esbanjou-se e esbanjar-se-á muito dinheiro se não forem redefinidos esses critérios que, claro está, devem ser sustentados pelo principio da equidade e dos padrões da qualidade. É fundamental criar um conselho de desporto municipal, garantindo a representação de todos os clubes de forma a discutir modelos de gestão e evitar desta forma o fim do associativismo.

Miguel Sampaio - Jornal de Leiria

quinta-feira, outubro 21, 2010

SCL Marrazes avança para sintético



Foi a 8 de Dezembro de 1969 que foi inaugurado o Parque de Jogos do Sport ClubeLeiria e Marrazes (SCLM). Para a inauguração foi convidada a equipa da União Desportiva de Leiria e presentes estiveram cerca de 7 mil pessoas.
Pois bem, mais de 40 anos depois, o velhinho pelado vai ganhar nova vida. Na assembleia geral de sexta-feira os sócios exigiram a colocação de um relvado sintético de forma a permitir que o clube continue a crescer. E se os associados querem, o presidente da direcção vai cumprir. “ Esta decisão resulta da determinação e da ambição de querer aquilo que nos foi prometido e nunca nos foi devido”, salienta Carlos Valente. “A forma como nos têm tratado não é proporcional ao trabalho que temos realizado em prol do desenvolvimento social e desportivo do Concelho.”
A Aldeia do Desporto, que considera um processo “inquinado”, é, por outro lado, “insuficiente” para as necessidades do clube. “O SCLM tem 21 equipas de futebol e mais de 400 atletas, poderia ter mais se mais campos houvesse. Cada equipa necessita de treinar, pelo menos, três vezes por semana. Cada treino tem a duração de 90 minutos, o espaço de tempo para a realização dos treinos situa- se entre as 19 horas e as 22 «horas de cada dia, porque 99% dos atletas são estudantes.”
Por isso, a solução encontrada foi arrelvar e renovar o Parque de Jogos, já bastante desgastado pelos anos.
A obra, estimada em 250 mil euros, arrancará logo que seja constituída uma comissão de administração das obras, que será liderada pelo presidente da direcção. E como é que num momento de crise vai o SCLM financiar todo este processo? “ Nesta fase de arranque vamos utilizar os valores do PAAD (Programa de Apoio à Actividade Desportiva) que nos foram atribuídos por direito e pelo que fizémos durante a nossa actividade regular pela Câmara Municipal de Leiria.” A metodologia de investimento que a actual direcção adoptou “canaliza todos os subsídios para o crescimento sustentado e não para a sobrevivência”.
Por outro lado, o clube já pensa em campanhas para dinamizar os sócio. No entanto, o presidente tem “consciência de que os cidadãos de Marrazes poderão desconfiar destas acções porque ao longo dos tempos foram sujeitos a sucessivas promessas que nunca se concretizaram.” Além da colocação da relva artificial e respectivo sistema de rega, serão remodelados os interiores dos balneários e zonas de arrecadação, e serão criados um quarto balneário e uma sala para aulas teóricas. Toda a infraestrutura deverá ainda ter outro enquadramento paisagistico.



(clica na imagem para ampliares)

Retirado de SCL Marrazes Jovem
Publicado Por Miguel Sampaio - Jornal de Leiria

quinta-feira, setembro 23, 2010

Bancadas da Aldeia do Desporto sem assentos há um ano

A estrutura de uma bancada amovível colocada há 14 meses na Aldeia do Desporto permanece sem poder ser utilizada porque não tem sítio para as pessoas se sentarem.
A bancada põe, segundo Carlos Valente, presidente do Sport Clube Leiria e Marrazes, em causa a segurança das pessoas que se deslocam ao campo de futebol. Um esqueleto de metal continua a ocupar o melhor local da Aldeia do Desporto para e poder ver um jogo de futebol.
Cadeiras, não há. Tábuas corridas, também não. Segundo Isabel Afonso, presidente da Junta de Freguesia de Marrazes, entidade gestora das instalações, a situação “vai ser resolvida até ao final de 2010”.
A estrutura colocada naquele espaço desportivo, inaugurada em Setembro de 2008 ainda com Sofia Carreira à frente da autarquia de Marrazes, pertence à Leirisport. Nos primeiros meses de utilização tinha, segundo Isabel Afonso, “uma tábuas velhas para as pessoas se sentarem”. No entanto, como na opinião da edil “ofereciam perigo de queda”, acabaram por ser retiradas e a bancada deixou de ter qualquer tipo de utilização.
Por saber da “importância da Aldeia do Desporto para os cidadãos de Marrazes”, Isabel Afonso afirma que o problema vai ser resolvido “até ao fim do ano”. Lamenta, contudo, “as dificuldades financeiras da junta”. “O projecto foi muito ambicioso, mas a Aldeia do Desporto é toda ela um problema. Era suposto ter uma
bonita bancada mas, como não temos capital, optámos por aquela estrutura amovível.” Apesar de Isabel Afonso considerar que foram tomadas “medidas de protecção”, o presidente do Leiria e Marrazes, considera que a situação actual “representa perigo” para todos aqueles que se deslocam à infra-estrutura. No entanto, Carlos Valente salienta que o o Leiria e Marrazes “já manifestou ao executivo que quer ajudar e fazer parte das soluções e não dos problemas da Aldeia do Desporto”.
in "Miguel Sampaio - Jornal de Leiria , Foto Ricardo Graça"

quinta-feira, maio 27, 2010

Dez golos para Queiróz ver

Com a cabeça, com o pé esquerdo, com o pé direito, em força, de chapéu, dentro da pequena área, fora da grande área. No fundo, para todos os gostos.Miguel Brites, ponta de lança do Grupo Recreativo Amigos da Paz(Grap), dos Pousos, Leiria, marcou nada menos que dez golos no jogo do passado domingo, contra o Moitense, que a sua equipa venceu por ....13-0!
Se duas mãos cheias de golos é digno no andebol, então no futebol...Explicação? Além da "fragilidade" do adversário, a vontade de todo um plantel em fazer de Miguel, 29 anos, o melhor marcador da competição. "Foi toda a equipa a jogar e eu só tinha de encostar", lembra o atleta. A semana passada o Grap/Pousos garantiu matemáticamente a vitória na Zona Sul da 1ªDivisão distrital de futebol e a consequente subida à Honra, mas o avançado perdeu a liderança da lista de goleadores para Fábio Moldes, do GD Atouguiense.
Por isso, surgiu a resposta, e dez golos não deixaram lugar a dúvidas, à entrada para a última jornada. Miguel, que é professor e está colocado em Lisboa - faz todos os dias 300 quilómetros - tem agora 38 tentos, mais seis que o seu adversário, que fez um hat-trick na última jornada.
Os comentários ao feito foram os mais diversos. "Desde que Carlos Queiróz estava cego por não me chamar á selecção até desvalorizarem por ter sido ao Moitense. Mas quem marcou mais dez golos?", pergunta. Ele que já tinha marcado sete, frente aos Milagres, num jogo em que falhou "outros tantos".
Com a época a terminar, o principal objectivo do Grap/Pousos está alcançado, a subida de divisão. Mas Miguel Brites não tem dúvidas que "no máximo em três anos", o clube dos Pousos "vai chegar aos Nacionais". "Está a crescer muito". Tem condições fantásticas.

Miguel Sampaio - Jornal de Leiria

sexta-feira, novembro 13, 2009

"Ainda nada está ganho"

Já é um habitué nos primeiros lugares na Divisão de Honra da Associação de Futebol de Leiria, mas este ano ameaça bater todas as marcas. O Bombarralense entrou a todo o gás na competição e já leva sete vitórias consecutivas, algo nunca conseguido por umaequipa nas 18 edições anteriores da prova. A equipa de Rui Almeida tem, também, o melhor ataque da competição, com 15 golos marcados, e a defesa menos batida, com apenas dois tentos sofridos.Um domínio avassalador confirmado pelos seis pontos de vantagem que já leva sobre o segundo classificado, o Alqueidão da Serra, e que o técnico da equipa do Bombarral, explica pelo “grupo de trabalho forte”, por jogadores que “querem mostrar valor” e pelo facto da equipa “treinar bem” e “poucos problemas no balneário”. Rui Almeida salienta, contudo, que “ainda nada está ganho”, uma vez que há “equipas mais bem apetrechadas”.Ainda assim, considera que a “amizade”, o “espírito de ajuda”, mas também a “sorte” têm sido fundamentais para este acumular de sucessos.O técnico rejeita euforias e reforça que na terra da pêra rocha ainda “nem se pensa em subidas”.O objectivo passava por fazer melhor do que na temporada passada, em que ficaram no nono lugar,pelo que o trajecto está bem acima do esperado.“É excelente andar na frente e bater recordes, mas bom mesmo era chegar aofim do campeonato e subir de divisão.”Na próxima jornada, marcada para domingo, o Bombarralense visita o Pilado, último classificado comapenas um ponto. Rui Almeida alerta para o perigo deste tipo de jogos.“Sabemos que vai chegar o dia em que vamos perdere se calhar até será quando menos esperarmos.Por isso, todo o cuidado é pouco.”

Miguel Sampaio (www.jornaldeleiria.pt)

quinta-feira, janeiro 08, 2009

O avançado Barthez

Tem alcunha de guarda-redes, mas é à frente que João Carlos Silva joga, entre a frente de ataque e a lateral direita da defesa do Bidoeirense. À baliza joga o seu primo, no Meirinhas, conhecido por... Fifas.A alcunha surgiu quando era criança. “No Verão ia com os meus amigos jogar futebol para a escola primária das Meirinhas. Eu ia à baliza e até defendia bem. Como estava sempre a falar do Barthez, porque gostava de vê-lo a defender, os meus amigos começaram a chamar-me assim...”Aos 21 anos a alcunha mantém-se, apesar de gostar de jogar mais perto da baliza adversária. Este ano ainda não marcou qualquer golo, mas na temporada passada, ao serviço do Alegre e Unido, da Bajouca, chegou a consegui um hat trick..

MS - O Derbie

As duas vidas de Gato

Um gato tem sete vidas. Nuno Marques, ou Gato, como é conhecido, já vai, pelo menos, na sua segunda vida desportiva. No início da temporada passada, estava na altura no Portomosense, sofria de três lesões em simultâneo: uma hérnia inguinal, uma pubalgia e um rotura de menisco. Tanta mazela levou o atleta a abandonar o futebol e a dar prioridade ao trabalho.Em Junho foi operado à hérnia e à pubalgia, mas nem sequer fez fisioterapia. Surge então, quase por milagre, a segunda vida de Gato. No início da temporada actual, “o bichinho” falou mais alto e começou a treinar no Marrazes. As dores não regressaram, mesmo com o menisco por tratar e, aos 28 anos, já é opção corrente do treinador Edgar Clemente para a frente de ataque do Marrazes. No domingo passado, para a Taça do Distrito, marcou dois golos ao Avelarense.A alcunha, “não tem nada a ver com isto”. Surgiu quando ainda não jogava futebol e as razões são “impublicáveis”. “Foi uma anedota, uma brincadeira entre amigos. Foi há quase 15 anos e por incrível que pareça, ficou.”

MS - O Derbie

Jogadores de futebol da região têm alcunhas para todos os gostos

Se o FC Porto tem Hulk, a Biblioteca, de Valado dos Frades, tem Tarzan. Se Jesualdo Ferreira pode contar com as fintas de Cebola, Edgar Clemente vê o jogo do seu Marrazes pautado por Salsicha. O Pataiense tem o Tropa, o Simonenses o Bonito e o Castanheira de Pera o Pierrot.Tão presente nos campos de futebol quanto as fintas, as faltas e os golos, as alcunhas fazem parte do conjunto de símbolos distintivos da modalidade. Os campeonatos distritais de Leiria não são excepção e estão pejados de nomes curiosos que têm as mais estranhas explicações, algumas mesmo impublicáveis. O tempo passa, mas o hábito continua a dar cor ao folclore futebolístico e muitos jogadores carregam durante toda uma carreira um nome “artístico” que prevalece sobre o do cartório.Há alcunhas e apelidos estranhos para todos os gostos. Dadá, Tatá e Savá. Gabi, Fifi e Niné. Giló, Kikó e Pailé. O guarda-redes do Alcobaça é o Galinha, no Guiense há o Gata. O Carapau, o Pimpão e o Petinga também jogam pelos campos dos distritais, tal como o Marreco, o Cacau, o Mimoso, o Plim,, o Twix, o Bocas (na foto), o Rodinhas, o Mocas, o Xipanga, o Repolho, o Padeiro, o Sapateiro, o Banana, o Nhó, o Bomba e ... o Playboy.Nos primeiros lugares da divisão de Honra estão o Portomosense, de Gigas e Quim Quim e o Marrazes, de Cacola e Telinho. A I Divisão, zona norte, é comandada pelo Ansião, de Bajedas e Poquinha enquanto que na zona sul quem vai à frente é o Valcovense, de Caroço e Bula.Imagine que é treinador e tinha que defrontar uma equipa constituída pelo Peruzi e Barthez, que até são avançados, Tonel, Pepe, Shéu, Valdo, Futre, Tarik, Donizete, Viola e Figo. Seria, com certeza, um pesadelo, antes de saber que estava a jogar contra atletas dos distritais de Leiria...O rei das alcunhas é, definitivamente, o futebol brasileiro e são poucos os jogadores que são conhecidos pelos seus verdadeiros nomes. Alguém conhece Ricardo Izecson dos Santos Leite? É Kaká. Se tivessem nascido fora do Brasil, Ronaldinho, Cicinho e Juninho seriam conhecidos por Moreira, Cezare e Reis...

MS - O Derbie

terça-feira, dezembro 30, 2008

Ricardo Silva chuta para os 60 golos

De livre directo, de grande penalidade, dentro da área, fora da área, com o pé esquerdo, com a cabeça, com o pé direito e até de ressalto. Ricardo Silva, jogador do Recreio Pedroguense, está em grande forma neste início de temporada. Já marcou 28 golos em 12 jogos, sonha atingir os... sessenta e assim ficar na história do futebol distrital. Para tal precisa de ter “sorte” e não “sofrer lesões”.Com uma média superior a dois tentos por partida, que fazem dele, muito provavelmente, o jogador mais certeiro de todos os campeonatos portugueses, Ricardo Silva já esperava marcar muitos golos, mas tantos, também não. “Quando joguei na II Divisão B e na III Divisão tinha uma média de 15 golos por temporada. Jogando na I Divisão distrital senti-me na obrigação de fazer, pelo menos, o dobro.” Número que está quase ultrapassado e o campeonato ainda não chegou a metade.Nos 12 jogos do campeonato, só não marcou na primeira jornada, no empate na Ranha (1-1) e alcançou a incrível marca de seis tentos na goleada sobre o Simonenses (12-0). De resto, já marcou seis, quatro, três, dois e um golo em jogos. “Só me falta marcar cinco”, diz.A melhor marca pessoal de Ricardo Silva, que já passou por clubes como o Sporting de Pombal, onde foi formado, Caranguejeira, Santacombadense e União de Coimbra, foi alcançada pelo Ansião na época 2000/1, jogava a equipa na divisão de Honra distrital. Marcou 29 golos e foi o goleador do campeonato. A experiência nos nacionais tem sido determinante para o sucesso do avançado ao serviço do Recreio Pedroguense. O campeonato que agora disputa não é tão exigente, pelo que basta estar com atenção para fazer uso das suas qualidades técnicas e “faro pelo golo”. “Finalizo bem e tenho percepção dos lances. Tenho estado no sítio certo para marcar. Neste divisão basta estar atento porque as oportunidades surgem em muito maior quantidade do que nos nacionais.” Contudo ressalva que chegando ou não aos sessenta golos, o objectivo principal passa por fazer regressar o Recreio Pedroguense à divisão de Honra.

MS - Jornal de Leiria

quinta-feira, outubro 16, 2008

Sérgio já leva seis horas sem sofrer golos

Seis horas sem sofrer qualquer golo. É esse o tempo que Sérgio, guarda-redes de futebol do Portomosense já leva sem ir buscar uma bola dentro da baliza. Um início de época verdadeiramente espectacular para o sector mais recuado da equipa de Rui Bandeira, que nos primeiros quatro jogos da divisão de Honra manteve as redes invioladas. Marrazes, Figueiró dos Vinhos, Guiense e Ilha foram os adversários.Antes do jogo, Sérgio calça sempre a luva direita em primeiro lugar e entra em campo com o pé direito. Superstições que têm dado resultado. Nestes quatro encontros, o guarda-redes de 24 anos realça que nem tem tido muito trabalho e que os louros devem ser distribuídos por toda a equipa. “O mérito não é só meu. Este é o resultado do jogo de equipa. Temos vindo a trabalhar bem. Já nos conhecemos quase todos de épocas anteriores, pelo que já sabemos como nos comportamos.”No entanto, tem consciência que a marca não vai crescer indefinidamente, até porque “todas as equipas querem ganhar ao Portomosense, mais do que a qualquer outra equipa”. “Somos o alvo a abater. Por virmos dos nacionais e por querermos voltar rapidamente para lá.”Tanto jogo sem sofrer um golo nunca tinha acontecido a Sérgio. A sua melhor marca pessoal era de três partidas. Agora, vai tentar estender o mais possível esta marca. O próximo adversário, domingo, é o Meirinhas, que tem um dos ataques menos concretizadores da prova, com dois golos marcados.Aos 5 anos, quando começou a jogar futebol no Marrazes, Sérgio era ponta-de-lança. “Havia poucos guarda-redes, experimentei, gostei e fiquei.” Depois de 15 épocas no clube onde também começou Rui Patrício, esteve uma época no Arcuda, outra no Bidoeirense e já vai na quarta em Porto de Mós.

Miguel Sampaio (Jornal de Leiria)

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails

Wook