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sábado, setembro 21, 2019

Pedro Solá: “Os nossos adeptos têm sido incansáveis”


Quais são os objetivos do Portomosense para a época que vai agora começar?
Os objetivos passam por fazer um campeonato competente, pensando sempre em apresentarmo-nos dentro de campo com uma dinâmica forte e um futebol positivo. Acredito que temos todas as condições para sermos competitivos, mas teremos que trabalhar afincadamente porque a nossa meta é pensar nas coisas jogo a jogo e não mais que isso.

Como caracteriza o plantel que construiu?
Temos um plantel que alia jogadores com uma vasta experiência com jovens que têm um potencial tremendo. É uma mescla que agrada a qualquer treinador, mas, acima de tudo, interessava-me ter um plantel de homens comprometidos com o projeto e que sentissem o emblema. Acho que isso foi conseguido.

Que comentário lhe merece o sorteio do calendário?
Vejo o calendário com alguma relatividade porque a verdade é que vamos ter que jogar contra todos e o nosso principal foco é estarmos preparados para cada desafio.

O primeiro jogo é em casa frente ao Ansião. Quais são as expectativas?
O facto de jogarmos o primeiro jogo em casa é importante porque vamos poder contar com o carinho dos adeptos. Contudo vamos defrontar uma equipa com bons valores individuais e que é muito bem orientada pelo Ricardo Silva. Será certamente um bom espetáculo de futebol e que possamos estar a um bom nível que nos permita vencer.

Que importância vão ter os adeptos para a presente temporada?
Os nossos adeptos têm sido incansáveis e estão ao nosso lado em todos os momentos. O que podemos pedir mais? Os jogadores sentem que do lado de fora do campo contam com essa ajuda extra, uma força que os leva a dar um pouco mais de si próprios.

Que promessa pode deixar aos adeptos?
A única promessa que se pode fazer nesta altura é que tudo iremos fazer para dignificar este clube histórico e que vamos trabalhar arduamente para o concretizar.

Plantel AD Portomosense 2019-2020
Guarda-redes: Jonathan (ex-Inter Lages, Brasil), Caio Moreira e Makê
Defesas: Ilyas (ex-jun. UD Leiria), Farruba, Alexandre Trindade (ex-Académica), João Faustino
Médios: Hugo Romana (ex-jun. Oliveirense), Rica, Igor Cambraia (ex-Lajeadense, Brasil), Bóris, Elton Cruz, Filipe Santiago
Avançados; Luiz Fernando (sem clube), Rodrigo Rivas, Kiko (ex-Mirense), Zé Sousa, Miguel Velosa (ex-jun. Sporting), Tiago Lúzio (ex-Mirense), Afonso Feteiro, Vilson Soares (ex-Carção)
Treinador: Pedro Solá
Treinador-adjunto: João Sousa
Treinador de guarda-redes: Tiago Santos
Preparador Físico: Armando Nava

quinta-feira, julho 21, 2016

Pedro Solá: “Construção da academia pode alavancar a formação da UD Leiria”

Pedro Solá, o novo homem forte da formação da UD Leiria, promete dar continuidade ao que de melhor se fez no clube nas camadas jovens.

Diário de Leiria - O que o levou a aceitar ser coordenador técnico do futebol de formação da UD Leiria?
Pedro Solá - Aceitei pelo facto de tratar-se de um projecto aliciante. A UD Leiria é um clube com nome, história e uma grande projecção a nível nacional, e quando se recebe um convite para trabalhar num clube desta dimensão, é difícil virar as costas. Para além disso, neste projecto terei a possibilidade de dar o meu cunho pessoal a uma formação que tem dado cartas, mas que eu acredito que se possa fazer ainda melhor.

Como foi deixar em suspenso a carreira de treinador?
Em pouco tempo consegui construir uma carreira de treinador que considero interessante, com algumas conquistas, e o meu objectivo era prosseguir esse caminho. Contudo, não acho que a minha carreira de treinador esteja suspensa porque, como coordenador técnico, 'treino' 14 treinadores com quem trabalho directamente. Agora surgiu esta oportunidade onde vou dar o meu melhor, mas nunca se sabe o dia de amanhã porque o futebol é o momento.

Herdou um cargo que durante muito tempo foi ocupado por Fernando Encarnação que conseguiu resultados de relevo na formação. É uma responsabilidade extra?
Os resultados do trabalho desenvolvido pelo Fernando Encarnação falam por si. Podemos mesmo dizer que, na formação da UD Leiria, há um antes e um depois de Fernando Encarnação. Da nossa parte, queremos manter tudo aquilo que foi feito de bom e mudar os aspectos que achamos que podem ser melhorados.

Quais são os seus projectos para a área da formação da UD Leiria?
Em primeiro lugar, é importante que as nossas equipas de formação tenham uma identidade e uma matriz que seja transversal a todo o clube. Quero que as nossas equipas tenham um fio condutor em comum, com princípios de jogo claros e que os jogadores adquiram características como a intensidade, o rigor, a disciplina, a inteligência táctica, a dinâmica, entre outros. Além disso, é importante sublinhar que também estamos a formar homens para a vida. Por outro lado, na vertente desportiva, iremos tentar voltar a colocar as equipas de juvenis e de iniciados nas fases finais dos campeonatos nacionais, e que a equipa de sub-13 possa lutar pela revalidação do título distrital. Acima de tudo, o objectivo é dar uma imagem de qualidade e rigor à formação da UD Leiria.

A UD Leiria optou pela manutenção das equipas técnicas que estavam previamente estabelecidas pela anterior direcção. Porquê?
Não fazia sentido estar a mudar as coisas quando já havia compromissos com os treinadores e havia um planeamento de uma época que já estava em andamento. Além disso, confiamos nas nossas equipas técnicas e nas suas capacidades, portanto quando as coisas estão bem não faz sentido mudar.

A UD Leiria está limitada ao nível de espaços físicos para treinar. Nesse sentido, a construção de uma nova academia, como está projectada, pode ser um ponto de viragem no clube?
Sem dúvida. Um clube como a União Desportiva de Leiria, com o número de atletas que tem e com a sua responsabilidade, não pode estar limitado a um campo de futebol de 11 e outro de 5. Esta situação não seria sustentável por muito mais tempo. Vemos clubes à nossa volta com capacidade para criar boas infra-estruturas e para se renovarem. É altura da UD Leiria fazer o mesmo, sempre dentro das suas possibilidades, para não ficar pelo caminho. A construção de uma academia no campo dos Pinheiros pode alavancar a nossa formação para outros patamares e é um projecto que trará grandes benefícios, não só para a UD Leiria, mas também para a União de Freguesias de Marrazes e Barosa.

José Roque - Diário de Leiria

quinta-feira, novembro 14, 2013

Entrevista a Pedro Solá , treinador do CCR Alqueidão da Serra

FD Leiria - Depois de uma época brilhante de 2012-2013, o GRAP teve um início de época 2013-2014 bastante apagado. O que mudou de uma época para a outra que tenha levado a esta situação?
Pedro Solá - O que mudou foi a preparação da época. Sabia à partida que alguns jogadores, depois da época que fizeram, iriam receber convites interessantes. Com a saída desses jogadores, não conseguimos colmatar as mesmas em sectores importantíssimos. Para além disso, também assumo a responsabilidade de não ter conseguido promover um crescimento rápido a atletas que estão em fase de crescimento.
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FDL - Quem via a equipa de fora ficava com a ideia que era uma equipa bastante jovem, com boas trocas de bola, mas com muitas insuficiências a nível de finalização e a quem faltavam mais maturidade. Concorda com esta análise?
PS - A equipa era bastante jovem, composta de jogadores com boa técnica individual. Sabemos que uma equipa jovem está sempre em crescimento. Com o decorrer dos minutos eles irão crescer. Concordo que criávamos situações de golo, mas na hora da finalização faltava por vezes gelo nas veias. E os resultados também não ajudaram para os jogadores ganharem confiança neles próprios.
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FDL - Depois de alguma especulação, o Pedro Solá acabou mesmo por sair do GRAP. A que se deveu esta decisão? Foi apenas pelos maus resultados?
PS - Não sei de onde veio essa especulação. Quando um treinador sai de um clube é por causa dos resultados, mas, no meu caso, não foi só esse o motivo. Foi também um assunto interno, no qual todos estavam a par da situação no clube. Tinha de haver uma mudança e sei que, neste momento, a minha saída fez parte da solução, pois o clube é mais importante do que qualquer individualidade.
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FDL - O GRAP é uma equipa com uma afirmação nas ultimas duas épocas no futebol distrital. Não teme que com toda esta instabilidade, mudança de direcção, mudança de treinador, o clube volte a perder protagonismo no futebol distrital?
PS - Não me cabe a mim fazer essa avaliação tendo em conta que já não represento o GRAP. Como adepto do futebol, posso dizer que o clube está a ser gerido por pessoas muito competentes e com grande paixão e quero acreditar que vai continuar a ser referência no distrito.
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FDL - Entretanto foi conhecido o seu sucessor, Bruno Veloso, um técnico com trabalho reconhecido nas camadas jovens. Acha que é uma boa aposta?
PS - Não conheço o Bruno. Os responsáveis do clube tinham um perfil traçado, e com certeza que foi em consciência que tomaram a melhor opção para o GRAP. Aproveito para desejar as maiores felicidades ao Bruno.
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FDL - Uma  semana depois de ter saído do GRAP, o Pedro Solá é o novo treinador do CCR Alqueidão da Serra. Estava à espera de aparecer um convite assim tão rápido?
PS - Tinha recebido uma abordagem a meio da semana passada para um projeto da 1.ª divisão distrital. Agora, sinceramente não estava à espera de uma proposta tão rápida de um clube da divisão de honra, quanto mais por parte de um clube com a história do Alqueidão. Posso dizer que é com um enorme orgulho, honra e responsabilidade que abracei o projecto do Alqueidão da Serra.
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FDL -  Com ainda pouco tempo de Alqueidão da Serra, e numa breve análise, que impressão tem do ambiente e do plantel do seu novo clube? Vai reforçar a equipa?
PS - A impressão que tenho é que tenho um plantel com uma enorme vontade de dar a volta à situação. Encontrei um ambiente tranquilo e sério. Quanto a reforços ainda vamos analisar.
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FDL - Alqueidão foi uma equipa que nos últimos anos teve em grande destaque no futebol distrital. Tendo sido já eliminado da Taça Distrital de Leiria, quais os objectivos para este campeonato?
PS - Os objectivos são os normais para qualquer treinador, em qualquer circunstância: ganhar sempre o próximo jogo.
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FDL - Muito se falou que esta seria provavelmente a melhor Divisão de Honra de sempre. Apesar disso, nota-se que clubes históricos como o Marinhense e Beneditense estão longe de ter equipas como já tiveram antes, e equipas mais desconhecidas, como a Moita do Boi, estão a surpreender. Que análise faz ao atual campeonato?
PS - Irá ser um campeonato muito disputado. Há planteis muito fortes e acredito que iremos assistir a algumas surpresas em jogos que 'teoricamente' ninguém questionava quem seria o vencedor.
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FDL - A um nível geral, que equipas aponta como favoritas na luta pela subida?
PS - Pela regularidade, aponto o Alcobaça, o Pombal e o Peniche. Mas esta analise é feita hoje porque no dia de amanhã nunca se sabe.

quinta-feira, janeiro 03, 2013

Pedro Solá: “O GRAP não tem uma obsessão pelo primeiro lugar”

Depois de quase 25 anos como jogador, Pedro Solá assumiu o comando técnico do GRAP em Novembro de 2011, levando o clube a um patamar que o coloca como uns dos mais fortes candidatos ao título na Divisão de Honra Distrital. Aos 36 anos, o técnico ambiciona chegar ao topo no futebol português
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Diário de Leiria (DL): No início da época disse que o GRAP não era candidato ao título na Divisão de Honra Distrital. Após várias jornadas nos primeiros lugares já se assume como candidato?
Pedro Solá (PS): O GRAP é candidato a ganhar em qualquer campo. Entra sempre com a ambição de ganhar todos os jogos. Foi assim desde o primeiro dia e assim será enquanto for treinador. Não contemplo entrar em campo para defender ou jogar para o empate. Houve equipas que investiram para subir de divisão, nós investimos para ganhar. Trabalhando bem, diferente, e sendo psicologicamente fortes.

DL: A equipa já não vence há um mês, tendo sido ultrapassada pelo Marrazes na última jornada. A que se deve esta série de resultados negativos?
PS: O GRAP não ganha hà três jogos, empatando dois e perdendo um. No futebol há três resultados possíveis, e posso dizer que o GRAP entrou e trabalhou sempre da mesma forma como nos jogos anteriores. Nesses jogos em que não ganhámos, criámos mais situações de golo, tivemos mais posse de bola e tudo fizemos para ganhar os jogos já que a atitude dos jogadores foi a melhor, apesar de ter sido condicionada pelas contingências do próprio jogo. Os nossos adversários estão sempre muito motivados porque estavam a jogar contra o líder.

DL: O GRAP tem tido jogos em que os seus jogadores têm sido sistematicamente expulsos. Considera a sua equipa indisciplinada? Como explica, por exemplo, em dois jogos seguidos, ter acabado esses jogos com apenas nove jogadores?
PS: O GRAP é uma equipa de jogadores fortes psicologicamente e com personalidades fortes. Indisciplinados? Isso não. A arbitragem é um assunto que faz parte do jogo, e eles sabem que é um trabalho que não é o nosso. Foram quatro expulsos porque o árbitro mostrou o cartão vermelho. Agora tenho a certeza que os quatro jogadores se deitaram de consciência tranquila.

DL: Acredita que o GRAP tem sido prejudicado pelas arbitragens?
PS: Não falo de arbitragens. Tento fazer o meu trabalho o melhor possível, e peço aos jogadores a mesma coisa. Sabemos que, se trabalharmos bem todos os jogos, poderemos ultrapassar todos os obstáculos, mesmo quando nos sentimos injustiçados.

DL: Quais as equipas que são as principais candidatas ao primeiro lugar na Honra?
PS: As que se reforçaram bem no defeso e que querem subir de divisão, como é o caso do Portomosense e do Marrazes. O Guiense e a Pelariga também poderão ter uma palavra a dizer na luta pelo primeiro lugar.

DL: Muita gente mostrou-se surpreendida com a qualidade exibicional da sua equipa em vários jogos na presente época. A que se deve essa qualidade?
PS: Acima de tudo treino. Depois vem a crença e o acreditar que a organização e concentração é meio caminho para se jogar bem. E a equipa saber que todos têm um potencial grande, bastando acreditar neles próprios. Quero, acima de tudo, que os jogadores sejam felizes e que a responsabilidade e compromisso que assumimos seja fazer o que se gosta, e saber que o facto de se jogar bem é motivante e que, assim, teremos mais probabilidades de ganhar.

DL: O próximo jogo do GRAP é contra o Pataiense, no domingo. O que se pode esperar dessa partida?
PS: Vai ser mais um jogo, onde iremos entrar com a mesma ambição e responsabilidade. Espero um jogo contra uma equipa organizada e que joga bom futebol, tendo boas individualidades e com uma grande estatura física, à imagem da equipa da Pelariga. Tem um treinador com nome, títulos, e acima de tudo experiência. Espero um bom jogo entre duas equipas a jogar olhos nos olhos. O detalhe irá resolver este jogo, mas o Pataiense jogará aquilo que o GRAP deixar jogar.

DL: Até ao final da primeira volta, para além do Pataiense, o GRAP vai defrontar o Guiense e o Marrazes, algumas das equipas mais fortes da Divisão de Honra. Considera estes jogos decisivos?
PS: Depende do que considere decisivo. Traçámos objectivos internos no seio do grupo e que passam por ganhar sempre o próximo jogo dentro dos nossos princípios e alheios a tudo e todos. Agora, ainda faltam 18 jogos, mais de metade do campeonato. Acredito que poderá ser decisivo para outros clubes que vivem na 'obsessão' de serem primeiros. Nós não temos essa obsessão. Só queremos ganhar o próximo jogo e será sempre esse o nosso objectivo.

DL: Deixou de jogar futebol para assumir a posição de treinador a meio da última época. Como foi essa transição? Ainda tem vontade de saltar para o campo e ajudar a equipa?
PS: A transição foi difícil. Não estava preparado para deixar de jogar, e tinha medo de não ser capaz de treinar os meus colegas. Era suposto ser treinador durante um ou dois jogos até a direcção encontrar um substituto, mas depois houve a proposta de ficar até ao fim. Gostei da experiência e agora respiro, transpiro, como e bebo futebol. Não tenho vontade de saltar para dentro de campo pois acho que tenho mais jeito nesta função de treinador do que dentro de campo, e, para mais, todos os jogadores sabem como penso e o que quero, e isso é como se estivesse lá dentro.

DL: Que objectivos tem como treinador para a presente época e para o futuro?
PS: Ganhar, ganhar e ganhar. Quero ser reconhecido pelo meu trabalho e que falem bem das equipas que oriento. Quero que os jogadores gostem de trabalhar comigo e acreditem em mim, e que, quando falarem de mim, o façam com orgulho. Para o futuro, obviamente, quero mais, muito mais. Quero chegar o mais longe possível, e se chegar ao topo quero continuar a ganhar. Para mim não basta chegar ao topo, é preciso ganhar onde quer que se esteja.

DL: Falou-se nos 'bastidores' que o Pedro teria sido contactado por elementos da União de Leiria no sentido de saber a sua disponibilidade para ir treinar a União de Leiria SAD. Confirma que houve contactos? Se sim, por parte de quem?
PS: Se a União de Leiria não assume o que fez, não vou ser eu a assumi-lo. Gosto de transparência e que as coisas sejam contadas como são e quando nós, agentes do futebol, condenamos as notícias e comentários falsos e especulativos, temos de assumir as nossas culpas porque, muitas vezes, as pessoas não mentem, mas fogem à realidade. A única coisa que posso dizer é que o Carlos Martins [presidente do GRAP] esteve a par de toda situação.

DL: Estaria tentado em aceitar o desafio de assumir uma equipa da II Divisão Nacional?
PS: É aliciante para quem tem ambição aceitar um desafio mais alto, particularmente numa divisão mais competitiva, com mais horas treino, mais disponibilidade temporal e uma outra organização. Para mim, trabalhar na II ou na I Divisão tem a mesma responsabilidade de estar no GRAP. O clube já é referência em termos de organização directiva e, por isso, obriga a um trabalho "profissional" dos seus técnicos. Iria manter a minha forma ‘diferente’ de encarar o treino e manter a mesma ambição enquanto treinador, pois quem ganha nas distritais também ganha nos nacionais.

DL: Vai tentar reforçar a equipa nas próximas semanas?
PS: Sinceramente, estou muito satisfeito com plantel que tenho. Tenho homens humildes, corajosos, crentes e com uma personalidade fortíssima. Gostam de trabalhar comigo e eu com eles. Precisava de um ponta de lança, pois só temos um [Ferraz], mas se não encontrarmos um com os requisitos para pertencer a este grupo, também não vou deixar de dormir por causa disso.

DL: Também ao nível da formação tem somado sucessos…
PS: Estou com um grupo de jogadores no GRAP, que agora são benjamins, há quatro anos. No ano passado tivemos um percurso de 35 jogos e 35 vitórias. Todos os torneios foram ganhos e ficámos nos quartos-de-final na Liga Zon Kids no Estádio do Dragão. Com vitórias contra alguns dos melhores clubes do país, como aconteceu no Torneio de Porto de Mós em que vencemos o Sp. Braga e, na final, o Sporting Clube de Portugal. É um trabalho que já tem quatro anos e que muito me satisfaz aperceber-me da evolução destes miúdos tanto a nível desportivo, como na sua formação socioeducativa.


José Roque - Diário de Leiria

quarta-feira, novembro 23, 2011

Pedro Solá assume até final da época

Após a saída de Paulo Rousseau, o capitão do GRAP, Pedro Solá, assumiu o comando técnico da equipa de forma provisória. Após 3 jogos, a direcção do clube convidou-o a ser o treinador até ao final da época, repto que foi aceite por Pedro Solá.



De opção provisória para solução definitiva. O jogador do GRAP Pedro Solá foi convidado pela direcção do Grupo Recreativo Amigos da Paz (GRAP) para orientar a equipa até ao final da época tendo o capitão da equipa aceite o desafio lançado.

Pedro Solá já tinha orientado o GRAP nas últimas três partidas oficiais dos ‘canarinhos’ de Pousos, após a saída, à quinta jornada, de Paulo Rousseau, que não resistiu ao início de campeonato irregular da equipa, passando agora a ser uma opção definitiva.
Chamado para resolver um problema imediato na orientação da equipa, Pedro Solá alcançou três vitórias em outros tantos jogos oficiais, contra o Portomosense (0-1), SCL Marrazes (0-1) e Castanheira de Pêra (0-1), este jogo a contar para a Taça Distrital.
Satisfeita com as vitórias alcançadas e com o futebol apresentado pela equipa, a direcção do GRAP apressou-se a apresentar uma proposta para o defesa assumir os comandos da equipa que foi aceite por Pedro Solá após um período de ponderação.
“Convidámos o Pedro porque tem vindo a realizar um bom trabalho, conhece os atletas com quem já joga há muitos anos e quais as suas principais características, fazendo um grupo forte e com capacidade para ganhar contra qualquer adversário”, assumiu o presidente da direcção do clube, Carlos Martins.

O veredicto final foi assumido na passada quinta-feira por Pedro Solá junto do clube, mas a decisão não foi fácil. “Quando me foi inicialmente proposto que comandasse a equipa de forma provisória não quis aceitar porque não estava psicologicamente preparado para deixar os relvados”, assumiu o jogador/treinador de 36 anos. Por outro lado, o apoio dos colegas de trabalho e o apelo da direcção foram decisivos para o enlace feliz.
“Tive o apoio dos jogadores. Senti da parte deles que queriam que eu fosse o treinador e esse aspecto foi determinante para a minha decisão”, adiantou Pedro Solá que admitiu ter pegado numa equipa “psicologicamente em baixo”. “Conseguimos dar a volta porque este é um grupo fantástico, muito humilde e que já se conhece bem”, explicou.

Apesar de tudo, o técnico do GRAP não faz promessas quanto ao futuro, adiantando somente que a equipa vai trabalhar “jogo a jogo” para conseguir os resultados pretendidos, mas adianta: “Com estes jogadores podemos ir longe”.
Em relação à sua nova experiência como treinador, Pedro Solá sublinha que está a gostar. “Está a ser uma experiência positiva porque estamos a ganhar. Sou realista”. 


José Roque
in Diario de Leiria - 17/11/2011

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