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sexta-feira, maio 03, 2019

Elas jogam contra eles “a feijões” e estão a chegar à seleção nacional

A ACR Maceirinha jogou com o Caldas SC, na sexta-feira santa, e até marcou um golo. Bruno Vitorino e João “Polga”, adjuntos de Simão Cardoso orientaram a equipa e mostram-se satisfeitos com a evolução das atletas. Para a equipa técnica não é uma prioridade ganhar jogos mas formar as jogadoras, dotando-as de mais competências.
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De um lado elas. Do outro eles. Ao meio, dois árbitros, um homem e uma mulher. O jogo da 15ª jornada do campeonato distrital sub13, entre ACR Maceirinha e o Caldas SC não podia ser mais equilibrado. Mesmo na bancada, os dois géneros estavam equilibrados.
Já no resultado (1-7), a história é outra, mas isso pouco importa. A três jornadas do fim do campeonato distrital, a ACR  Maceirinha faz um balanço positivo do desafio lançado pela Associação de Futebol de Leiria, de colocar uma equipa feminina sub14 a jogar, extra-competição, contra equipas mistas sub13. Sem direito a pontos e em jogos “que não contam”, a equipa ainda não soma nenhuma vitória mas continua na luta.
“Foi uma oportunidade muito boa para conseguir dar minutos de jogo às atletas que estavam pela primeira vez a jogar em equipa e a outras jogadoras que já estavam há mais tempo na equipa e conseguiam criar a possibilidade de jogar com mais regularidade. Elas querem é jogar”, explica Simão Cardoso, treinador da equipa feminina.
Na época passada, o clube reativou a secção de futebol feminino com uma equipa júnior, a competir no campeonato nacional. O projeto despertou a curiosidade de atletas, as redes sociais espalharam a mensagem e, no início da época, o clube tinha 28 atletas. Todas a querer jogar.
O plantel, composto por atletas entre os 13 e os 18 anos, reparte-se pelos dois campeonatos femininos, sub13 e sub19, e entre as mais novas algumas dão uma ajuda na equipa de iniciados.
A presença nas seleções distritais começa também a ser uma constante – por exemplo, das 14 jogadoras do distrito selecionadas para o Torneio interassociações, sete jogam na Maceirinha – e no final do mês de abril, o clube recebeu com orgulho a convocatória de Joana Pires para o estágio da seleção nacional sub16.
“Queremos fazer uma aposta forte naquilo que é o futebol feminino. Os resultados que temos conseguido e as convocatórias à seleção distrital, e agora à nacional, mostram que o trabalho que a ACR Macerinha tem realizado está a ter resultados”, defende o técnico, determinado em prosseguir com o projeto na próxima época.
Também Dorisa Silva, de 13 anos, reconhece que a equipa “está a melhorar de jogo para jogo”. “Cada jogo é uma nova  oportunidade para melhorar a forma como jogamos, para corrigir os erros e fazer ainda melhor para continuar a crescer”, diz.
Começou a jogar na época passada mas só treinou. Este ano, a criação da equipa extra-competição deu-lhe a oportunidade de
jogar e até conseguiu mudar a ideia dos pais de que o futebol era “demasiado violento” para uma rapariga.
Já Jéssica Gonçalves, de 14 anos, joga com rapazes desde os cinco anos e é chamada com frequência às sub19. É uma das goleadoras da equipa e gostaria de ser jogadora profissional mas por agora apenas se quer divertir. “Gosto de viver este sonho com a equipa e é isto que me faz feliz”, diz a atleta da Batalha.
Filha de Luciano Gonçalves, o atual presidente da APAF (Associação Profissional de Árbitros de Futebol) confessa que em casa não se fala de futebol ou arbitragem mas que em campo reclama, “mas sempre com respeito”.
“Este futebol é alegria e elas fazem-no de uma forma muito positiva, querem jogar, evoluir e ser felizes, tudo com enorme vontade de aprender. Tenho meninas que jogam tão bem ou melhor que os melhores [rapazes]. Têm muita qualidade e muita vontade, isso faz a diferença”, refere o treinador, acrescentando que elas são um exemplo de determinação.

Texto - Marina Guerra - Região de Leiria
Foto: Sérgio Claro

sexta-feira, fevereiro 02, 2018

Deixa a baliza para jogar na frente e marca golo da vitória


quinta-feira, novembro 03, 2016

Motor Clube vende campo pelado para construir complexo desportivo


Começam a ser uma raridade: campos de futebol pelados com equipas federadas em atividade. Nas competições seniores da Associação de Futebol de Leiria (AF Leiria) apenas dois clubes têm piso de terra batida - Motor Clube, em Monte Redondo, e Grupo Alegre e Unido, na Bajouca - , ambos no concelho de Leiria. Mas até isso vai mudar e jogar no “peladão” será coisa do passado.
Dia 5 de novembro uma nova página vai ser escrita na história do Motor Clube, emblema com mais de 40 anos. O clube vai abrir as propostas, entregues até dia 31 de outubro, em carta fechada, de aquisição das atuais instalações do clube.A verba resultante da venda do campo de jogos será imediatamente aplicada na construção e implementação de infraestruturas no Complexo Desportivo Maria da Encarnação Alves da Costa e Silva (Dona Mariquinhas) para receber a equipa de futebol.
O novo terreno, com cerca de 33 mil metros quadrados, junto ao Colégio Dr. Luís Pereira da Costa e ao Centro Escolar, foi cedido à junta de freguesia de Monte Redondo em 2011 por um benemérito, Augusto Mota, para fins desportivos, culturais, educativos ou sociais.
Do bolo total, o Motor Clube ficou com 20 mil m2 e tem trabalhado o projeto desde então. As máquinas já estão a limpar a vegetação e a apresentação pública do projeto deverá acontecer no próximo mês de novembro.

Com a ajuda de todos
“O nosso campo é exíguo e, se o Motor Clube quer continuar vivo, tem que ter um projeto sustentável para que daqui a 20 anos possa estar vivo e com mais força ainda”, esclarece João Paulo Santos, presidente da direção do Motor Clube.
Mas a mudança ainda não será para já. O Motor Clube vai continuar a usar o atual recinto desportivo, com uma dimensão de oito mil m2, até ao final desta época e, em 2017/2018, assim espera a direção, estrear o tapete verde artificial.
Celine Gaspar, presidente da Junta de Freguesia, vê com bons olhos o nascimento do novo complexo desportivo que, na sua opinião, vai permitir dar “condições condignas para a prática de futebol” a muitos jovens. “É algo inevitável [ter um sintético]. Hoje em dia, o papel dos clubes está na formação e sem relvado, Monte Redondo tem perdido jovens para outras freguesias”, explica.

Pelado? Não, obrigado
Alguns quilómetros mais ao lado, ainda no concelho de Leiria, fica o outro “sobrevivente”. O Grupo Alegre e Unido, na Bajouca, procura há mais de dez anos dar o salto para o “terreno fofinho”. A falta de verbas e apoios têm dificultado a mudança. “A nossa vontade é começar o quanto antes”, diz o presidente Pedro Pedrosa, que também vê os atletas fugirem para clubes vizinhos como GD Ilha ou AC Carnide. “Já não é fácil arranjar jogadores para jogar no pelado. Ninguém quer”, lamenta.
Com instalações num terreno cedido pela Fundação Bissaya Barreto, o clube pretende mudar para terrenos anexos ao atual campo, dos quais é proprietário, e onde está instalada a pista de corta mato. Decorrem atualmente movimentações de terras para preparar o espaço.
“Entregámos o projeto na Câmara, esperamos uma resposta de apoios por parte da Federação Portuguesa de Futebol e vamos arrancar o mais rápido possível”, adianta Pedro Pedrosa, consciente que o investimento será na ordem dos 300 mil euros e é preciso encontrar verbas para financiar a obra.
Para os dois clubes, a época 2016/2017 pode ser histórica. Não somente pelos títulos que possam conquistar mas pelo salto qualitativo que estão prestes a dar, em nome da prática desportiva.

Marina Guerra

sexta-feira, fevereiro 21, 2014

Empresário de Bruma reforça Moita do Boi com craques internacionais

Batis Candé e Antoninho Silva conhecem as elites do futebol como ninguém. Representaram os grandes do futebol nacional e Batis Candé chegou a ter duas experiências em Inglaterra. Esta época vestem a camisola da Moita do Boi, na divisão de honra distrital.
A vinda dos dois atletas para o clube de Pombal aconteceu através de um contacto do empresário Cátio Baldé – famoso pela “novela de verão” que envolveu o jogador Bruma com o Sporting – com o treinador João Pereira. Primeiro veio Antoninho Silva, agora chegou a vez de Batis Candé.
“Acolhemos os jogadores de boa vontade. Dissemos logo que não tivessem grandes aspirações e que a Moita do Boi só lhes podia arranjar alojamento e alimentação. Somos talvez o clube com menos capacidade financeira”, conta o presidente Carlos Gomes, da ADRC Moita do Boi.
Os atletas, que estavam sem clube, encontraram na Moita do Boi uma oportunidade de manter a forma física e ganhar ritmo de jogo. “Vão jogar até ao final da época no clube, para não estarem parados. Pelo percurso que têm, são jogadores acima da média, não é um jogador normal que joga no Benfica, no Sporting ou em Manchester”, diz, satisfeito por ter os jovens no plantel.
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Quem é quem

Batis Candé
Batis Candé: Avançado, tem 18 anos e reforçou o clube de Pombal no mercado de inverno. Jogou na União Bissau, Sporting, Manchester City, Benfica e esteve à experiência no Charlton Athletic. Uma lesão afastou-o do campeonato inglês e encontrou na Moita do Boi a oportunidade para não parar de jogar.

Antoninho Silva
Antoninho Silva: Este é o primeiro ano do médio enquanto jogador sénior. Fez a formação no Sporting, foi emprestado à União de Leiria (2011/2012) e passou no Sp. Braga. tem 19 anos e mudou-se esta época para a Moita do Boi

Marina Guerra - Região de Leiria

sexta-feira, novembro 01, 2013

AF Leiria procura novos árbitros

André Franco, Carlos Amado, Fábio Piló, Marco Gomes, Fábio Veríssimo, Jorge Faustino, António Nobre, Luciano Gonçalves, Inês Freitas e Vânia Roque são alguns dos árbitros que foram promovidos na última época. São também, a par do internacional Olegário Benquerença, membros do quadro de arbitragem da Associação de Futebol de Leiria (AFL).Prestes a começar mais um curso para “homens de negro”, a AFL gostaria de ver o “tal” quadro mais concorrido. “Temos no ativo, 112 árbitros de futebol e 51 no futsal. Não são suficientes e a variante mais problemática é o futsal”, explica Carlos Brites, presidente do Conselho de Arbitragem da AFL, justificando com o crescimento do número de equipas de futsal.
Entre as principais razões para a falta de elementos de arbitragem, Carlos Brites aponta a má imagem que comentadores e dirigentes criam ao falar da atividade. “Enquanto não se mudar esta mentalidade e se continuar a ouvir falar mal dos árbitros, de domingo a quarta-feira, vai ser difícil chamar os jovens para a atividade”, lamenta.
Mas o dirigente encontra vantagens na atividade: “Estão em contacto com a modalidade, praticam desporto duas vezes por semana – no caso dos distritais -, mais os jogos, e recebem uma compensação financeira, que pode ajudar a pagar as despesas dos estudos e não só. Um árbitro de 1ª categoria [campeonatos nacionais profissionais e camadas de formação] pode ganhar por jogo mil euros”, adianta.
Com a profissionalização do árbitros portugueses a ser cada vez mais uma realidade, Carlos Brites vê no apito “uma oportunidade de carreira”.
A AFL inicia no próximo dia 2 de novembro o curso de arbitragem de futebol e futsal, com 40 horas de formação teórica, e 100 horas de formação teórico-prática com arbitragens de jogos de futsal e futebol. As inscrições decorrem até dia 2 pelo email arbitragem.afleiria@fpf.pt.
Marina Guerra (www.regiaodeleiria.pt)

sexta-feira, maio 03, 2013

Seniores: Quando as equipas da primeira afastam as da honra, há taça distrital

Pela primeira vez em dez anos, a final da Taça distrital da Associação de Futebol de Leiria (AFL), em seniores, terá duas equipas da I divisão distrital a disputar o troféu: União de Leiria (zona sul) e Ansião (zona norte). A União de Leiria venceu o GRAP/Pousos, no último domingo, pela margem mínima (0-1), carimbando o passaporte para a final, quando já tem assegurada a subida ao escalão mais elevado da AFL. Com forte presença de adeptos nas bancadas, a emoção esteve presente nos 90 minutos, acabando a sorte por ditar a continuação em prova da turma de Bilro. Na outra meia final, o Ansião derrotou o Vieirense (0-1) e volta a chegar à final da taça. No seu currículo, o clube do norte do distrito conta com dois troféus da competição (2006/2007 e 1988/1989) e muitas presenças como finalista. Na última década, o confronto entre as equipas que se bateram pela taça aconteceu sempre entre emblemas da honra distrital e, em boa parte dos casos, que subiram aos campeonatos nacionais. Na época passada, SCL Marrazes e Guiense dividiram a final, com vitória dos alvinegros (5-4). Este ano, a equipa foi eliminada, precisamente pela União de Leiria. A final está agendada para 12 de Maio, no Estádio Municipal de Leiria.

Marina Guerra - Região de Leiria

sexta-feira, março 01, 2013

Associativismo : Sem direção, CPR Pocariça fecha portas dia 1 de março

Tem mais de 50 anos e é um dos clubes históricos da Associação de Futebol de Leiria. No entanto, os dias que correm não se avizinham fáceis para o Centro Popular e Recreativo (CPR) da Pocariça. O clube prepara-se para fechar as portas amanhã, sexta-feira, dia 1, caso não apareça ninguém disposto a formar uma lista para os órgãos sociais.
“Nunca o clube passou por uma situação deste género e é uma decisão muito difícil de tomar, mas a maior parte dos elementos da direção já está há dois ou mais anos no cargo e vai sair no final do mês”, conta Carla Piçarra, presidente da direção em funções até hoje, quinta-feira.
A direção e a assembleia geral reúnem-se hoje, quinta-feira, para avaliar a situação do clube.
No dia 1 de fevereiro, os órgãos sociais reuniram-se em assembleia geral e o presidente da mesa, e ex-presidente do clube, Luís Santana, indicou o final do mês como data limite para a eleição de uma nova direção. “Não está a ser fácil aceitar este final. O CPR é um clube importantíssimo na história da região, envolvendo uma grande comunidade. É uma pena se acabar assim”, afirma Luís Santana, esperançado que até hoje, quinta-feira, surja um grupo que contorne este final.
Com equipas de futsal masculino e feminino nas competições distritais, Carla Piçarra adianta que até ao final da época, “a atividade deve continuar”, não confirmando a inscrição na próxima época. “Com poucos apoios, a nossa principal fonte de rendimento é o bar. Se estiver fechado, financeiramente vai ser muito complicado”, explica a dirigente, que durante duas décadas foi jogadora do clube.
Além do espaço social, o CPR Pocariça possui um pavilhão gimnodesportivo próprio e um campo de futebol e balneários. Em 2010, chegou a apresentar o projeto para um campo sintético, pintado com as cores da bandeira nacional, campos de futebol 3×3 e de 7, um ginásio e um campo de 2×2, mas o mesmo não chegou a avançar.

Marina Guerra - Região de Leiria

sexta-feira, dezembro 14, 2012

CDR Outeirense : Quando os profissionais dão tudo no futebol distrital

Experiência
Sérgio e Manuel jogaram futebol profissional. Terminada a carreira, encontraram no distrital o caminho para ensinar o que sabem de uma arte que “é igual em todo o lado”
 Jogaram mais de 15 anos, enfrentaram os maiores clubes nacionais e experimentaram os sabores de jogar na principal liga de futebol nacional e as agruras de descer de divisão. Sérgio e Manuel têm mais em comum: além do apelido – Lavos – os dois jogaram vários anos em clubes madeirenses (União da Madeira e Camacha, respetivamente), tiveram Manuel Cajuda como treinador (um no Belenenses, outro na União de Leiria) e defrontaram-se num jogo da Liga, na época de 1994/95.
Há mais um elemento em comum: os dois ex-jogadores formam atualmente a equipa técnica do Outeirense, que atua na I divisão distrital.
Há diferenças para o futebol profissional? “O futebol é igual, joga-se da mesma forma”, explica Sérgio Lavos, que orienta a equipa pela terceira época, depois de experiências como adjunto do conterrâneo José Dinis no Varzim e no Lusitânia (Açores), e nos juniores do Sport Lisboa e Marinha.
Já Manuel Lavos, ex-guarda-redes, chegou ao Outeirense por convite. “Trouxe um know how e uma qualidade [ao treino de guarda-redes] que até então não tínhamos”, conta Sérgio Lavos, de 44 anos, natural da Praia da Vieira.
A dimensão do futebol distrital, na sua opinião, não se compara à das competições profissionais. “Esta é a última divisão, é o fundo da tabela. Logo a exigência para quem faz um hobie é diferente de quem é profissional. Os ritmos são diferentes, as infraestruturas também, mas o treino e o jogo são iguais. É futebol”, defende.
A dupla, acompanhada por Rui Jorge, está satisfeita com os resultados. Quer subir à Honra e sabe que vai “chatear muitas equipas”.  “Não é pera doce jogar no Campo das Camarneiras”, diz. No ano passado, apenas perderam dois jogos no campeonato e a subida à honra foi travada em grandes penalidades. “Estamos cá para fazer o nosso papel e vamos jogar dessa forma, para ganhar”, diz o técnico.
O Clube “Os Democratas” Recreativo Outeirense nasceu após o 25 de abril de 1974. Dois homens da terra desafiaram um outro que passava no lugar, para nivelar um terreno baldio, com camarneiras, a troco de cinco contos. O desafio pegou e nasceu o campo onde atualmente joga a equipa.
Uma comissão administrativa deu força ao projeto e um emigrante da terra, residente no Brasil, ofereceu 100 contos a troco da expressão “Os Democratas” no nome do clube.
Heleno Dinis recorda-se desses tempos. Está na direção do Outeirense desde 1980. Já foi presidente, tesoureiro e orgulha-se de ter ajudado a construir, literalmente, a sede do clube. Ele e muitos dos atuais dirigentes. “Costumo dizer que é o meu filho mais velho. Dia em que não venha ao clube, a minha mulher estranha”, afirma.
O mesmo acontece com Paulo Coelho. Há cinco anos que ocupa o lugar de presidente da direção. Faz um balanço positivo e está satisfeito por ter avançado com a construção do sintético. Faltam pagar cerca de 30 mil euros.
Com equipa federada desde 1979, o clube só aposta na constituição da equipa sénior e não sabe como vai ser o amanhã. “Da maneira como isto está, é muito complicado perceber como vamos sair disto. Todos os anos as despesas aumentam. O nosso trabalho é importante, contribuímos para a sociedade e levamos o nome da terra mais além”, afirma o presidente que, antes de abandonar a direção, gostava de ganhar uma Taça do Distrito de Leiria, em pleno estádio municipal. “Nunca ganhámos nenhuma. Gostava de chegar ao estádio e vencer. Acho que era um marco importante para o clube”, acrescenta.
Dia 17, o clube assinala 35 anos que serão celebrados num jantar convívio, dia 21, com jogadores, diretores e família.

Texto - Marina Guerra
Foto – Joaquim Dâmaso

GD Guiense pede aprovação de projeto de ampliação de instalações para 2013

Uma bancada dupla coberta com 600 lugares, balneários, salas de direção e um campo de futebol 7 são os desejos do Grupo Desportivo Guiense para o ano de 2013. O Natal e os votos de bom ano novo ainda vêm longe, mas o clube espera receber o presente no almoço-convívio que assinala os 38 anos de filiação na Associação de Futebol de Leiria (AFL).
Não se trata de um capricho, defende, Carlos Mota de Carvalho, presidente da direção do clube, há 12 anos em funções. É antes uma forma de agradecer e permitir que adeptos, atletas e familiares continuem a acompanhar as atividades do clube.
Com mais de 200 jogadores inscritos na AFL, distribuídos por 14 equipas, há dias em que o campo de jogo é pequeno para tantos. Chega a ser dividido em seis partes, pouco mais de 15 metros quadrados, para que todos corram atrás da bola. Pelo que um campo de futebol 7 vinha a calhar.
O terreno foi doado por privados e fica paralelo ao Campo das Cabecinhas.
E os balneários? São dois. Um aperta-se aqui, o outro ali, mais minuto ou menos minuto, todos acabam equipados. “Há seis anos, colocámos o relvado sintético e apostámos na formação. Surgiu uma visão diferente da importância do desporto. Antes, os pais levavam os filhos à catequese, à música e à piscina, e o futebol não era entendido como uma atividade com a mesma dimensão. Agora os pais apostam na prática desportiva e acompanham os filhos, as equipas e o clube cresceu”, refere.
O projeto de ampliação de infraestruturas existe há três anos. A falta de verbas adiou a intenção mas no último ano tomou proporções mais sérias.
No almoço-convívio de 2011, a direção apresentou o dossiê ao presidente da Câmara de Pombal. Foram acrescentados uns documentos, esclarecidas questões técnicas e pensadas algumas soluções de financiamento, remando contra a maré, ou seja, a situação económica e financeira do país.
“Acreditamos que uma candidatura conjunta a fundos comunitários pode tornar o nosso projeto realidade e até estamos dispostos, tal como foi feito com outros recintos desportivos, a passar os terrenos do complexo desportivo para a autarquia, para facilitar a candidatura”, considera Mota de Carvalho.
Orçada em 400 mil euros, a obra deverá ser executada por fases e o presidente gostava que a primeira arrancasse em 2013. “Se recebermos luz verde da Câmara [de Pombal] seria …”, deixa adivinhar, com um sorriso algo envergonhado.
Fernando Parreira, vereador do Desporto da Câmara de Pombal, afirma que o projeto “é ambicioso” e a conjuntura económica “não está favorável”, mas o dossiê está a ser analisado.
Com experiências na III divisão nacional e duas idas recentes à supertaça distrital, o clube apostou, esta época, na prata da casa. Inverteu a tendência de contratar os melhores da competição e apostou em jovens formados no clube. “O futuro é esse. Tudo aumentou: inscrições, seguros, combustíveis,… Estamos cientes da aposta e conhecemos as consequências”, diz, referindo-se ao lugar pelo meio da tabela que atualmente ocupa. “Fomos convidados a subir à III divisão nacional e preferimos não subir. Queremos fazer um campeonato digno, ficar na honra [distrital] e chegar à final da taça”, esclarece.

terça-feira, junho 19, 2012

AC Milão abre academia de formação de futebol em Regueira de Pontes

Thiago Silva, Pato, Ambrosini, ou Ibrahimovic. Já imaginou um leiriense a correr lado a lado com um destes jogadores de elite? É o que pode acontecer, resultado do trabalho que a Academia de futebol do AC Milão vai fazer a partir da próxima época, em Regueira de Pontes, Leiria.
Edgar Pereira e João Rocha, ambos ex-treinadores do SCL Marrazes, estão à frente deste projeto e pretendem reunir mais de 40 atletas, entre os 5 e os 11 anos, numa primeira fase.
Confiante que vai apresentar um estilo diferente de futebol daquele que é praticado na região, Edgar Pereira já recebeu formação do clube italiano.
E todos os técnicos vão receber mensalmente as orientações para os treinos diretamente de Itália. Depois, terão que encaminhar os relatórios para o “clube-mãe” e dar continuidade ao trabalho de acompanhamento e desenvolvimento dos futuros craques. “Há uma preocupação grande em trabalhar com os atletas de acordo com a idade deles. Por exemplo, aos 6,7 anos é importante o equilíbrio”, explica Edgar Pereira.
A academia vai vestir as cores do Milão (vermelho e preto) e pretende participar nos campeonatos distritais da Associação de Futebol de Leiria com, pelo menos, quatro equipas.
No final da época, e resultado da evolução dos jogadores, dois ou três jovens poderão ser convidados para uma semana de treinos em Milão e, quem sabe, se a qualidade o justificar, assinar pelo clube italiano.

Marina Guerra - Região de Leiria

sexta-feira, maio 11, 2012

GDR Bidoeirense acaba com todas as atividades no fim da época

Sobra uma réstia de esperança. Se nos próximos dias, e após três reuniões da assembleia geral, não aparecerem interessados em assumir a direção do clube, o Grupo Desportivo e Recreativo Bidoeirense irá fechar portas.
O clube da freguesia de Bidoeira de Cima, concelho de Leiria, alinhou várias épocas na III divisão nacional de futebol e na Taça de Portugal, mas recentemente limitou a sua atividade às equipas de formação. Esta temporada inscreveu 93 atletas de formação na Associação de Futebol de Leiria e aguarda que a época termine (início de junho) para poder fechar a porta.
“Ainda tenho uma esperançazinha. Pode ser que quando marcarmos a última assembleia geral [prevista para dentro de um mês] apareça alguém que não deixe morrer o clube”, explica Paulo Caçador, presidente da comissão administrativa.
A decisão definitiva dependerá sempre da palavra dos sócios, refere o dirigente, considerando que “só eles poderão decidir o que fazer”. Em causa está o património do clube: dois campos de futebol 11, um de relva natural e outro pelado, balneários, quatro viaturas de transporte de passageiros e a sede.
“Existe um desinteresse das pessoas e muitas dificuldades em conseguir apoios, patrocínios. As empresas estão com dificuldades e isso nota-se na quantidade de apoios que conseguimos”, acrescenta.
A posição tomada na última assembleia geral será divulgada em vários locais da freguesia, numa última tentativa de evitar este desfecho.
Para Jorge Crespo, presidente de Junta de Bidoeira de Cima, a situação é “preocupante” e vê com alguma tristeza o estado a que chegou o clube da terra, indicando que tentará “fazer o que estiver ao alcance da autarquia para solucionar o problema”.

Marina Guerra - Região de Leiria

sábado, fevereiro 25, 2012

Sub-12 “A” da União de Leiria permanece invicta há 19 meses

Serão poucas as equipas que se podem orgulhar de ter um recorde deste nível: a equipa de sub-12 “A” da União de Leiria (atletas nascidos em  2000) não perde nenhum jogo nos distritais há 19 meses.
Dos 29 encontros disputados desde agosto de 2010, o plantel orientado por João Sousa concretizou 148 golos e sofreu 18. A maior goleada (22-0) foi conseguida frente ao Leirifoot, enquanto o resultado mais complicado foi com a Academia do Sporting da Marinha Grande (2-1).
O segredo, diz o treinador, está no trabalho e empenho dos atletas.“Temos uma boa equipa e conseguimos reforços que trouxeram mais qualidade ao grupo. A academia de formação da União também explica o sucesso”, considera.
A acompanhar o grupo de atletas desde o escalão de benjamins, este é o terceiro ano que João Sousa, de 25 anos, treina a equipa. “Será o último ano como sub-12 e na próxima época vão competir no distrital sub-13, onde há mais competição e troféus”, afirma, justificando que incentiva os atletas “a continuar o registo de vitórias” e prolongar no tempo o sucesso desportivo.

Marina Guerra - Região de Leiria

segunda-feira, fevereiro 13, 2012

Bolas oficiais da associação de Leiria dividem clubes

Há quem diga que são rijas, outros que fazem doer os pés, e outros ainda admitem que a bola oficial não é de qualidade. Para perceber como está a ser recebida a bola oficial de jogo nas competições oficiais, em futebol 11 (divisão de Honra) e futsal (prova seniores) esta época, a Associação de Futebol de Leiria (AFL) enviou um inquérito para todos os clubes.
“A uniformização das bolas foi solicitada pelos clubes. Decidimos avançar esta época com a medida e queremos perceber a opinião dos clubes”, diz ao REGIÃO DE LEIRIA Luís Monteiro, da AFL.
Para Hugo Mota, vice-presidente do Meirinhas, a criação de uma única bola de jogo “foi uma boa medida”. “Todos treinam e jogam com bolas iguais. Mas não é uma bola com qualidade. É mais rija do que outras que existem no mercado”, justifica.
Também o presidente do Recreio Pedroguense, Hilário Cunha, considera que “há bolas melhores, mais leves”. No entanto, se a indicação da associação é para utilizar uma bola de um modelo e marca específica, o dirigente entende que só tem que aceitar e cumprir o que está nos regulamentos. Recorde-se que o clube abandonou o jogo com o GD Nazarenos, em janeiro passado, alegando que estavam a ser utilizadas bolas não oficiais na partida. “Se existem normas para usar uma bola específica, é essa a bola que se deve usar”, explica.
Já o treinador do Industrial Desportivo Vieirense, Bruno Ramusga, refere que o esférico ideal “deve ser suave e permitir que o jogador tenha alguma sensibilidade quando entra em contacto com a bola”.
Quem já respondeu ao inquérito foi a equipa de futsal da Associação Desportiva e Recreativa dos Barreiros. “A uniformização é o único aspecto positivo. Falámos com os jogadores e consideramos que foi um retrocesso na qualidade do futsal”, afirma Jaime Areia, considerando que a escolha da bola oficial poderia ter sido “nivelada por cima” e recair sobre o modelo utilizado na Federação.
Belarmino Almeida, responsável do futsal do CR Golpilheira, que atua na divisão de honra feminina, partilha a opinião da maioria dos dirigentes e treinadores ouvidos pelo REGIÃO DE LEIRIA. “A bola é fraca, aguenta pouco tempo a bater e para as equipas que podem subir aos nacionais, existe uma grande diferença. A associação devia repensar a decisão para essas equipas”, salienta.
Esta é a primeira época com bolas oficiais na AFL, situação que já acontece na maioria das associações de futebol, mas a decisão pode não ser definitiva.
“Se nos inquéritos verificarmos que não foi uma boa medida, podem existir alterações no futuro. A associação está cá para ajudar os clubes e responder às necessidades”, esclarece Luís Monteiro.

Marina Guerra, Região de Leiria 10/2/2012

sexta-feira, fevereiro 10, 2012

Sócios, o Futre joga há 27 anos no Figueiró dos Vinhos

Goleador com o nº7 nas costas, Fernando Napoleão cedo ganhou a alcunha de "Futre". Poucos são o que o conhcem por outro nome. Muitos os que sofreram golos marcados por ele.

Podem vir charters de chineses de todo o lado que "Futre" não troca de camisola.
Não falamos de Paulo Futre, mas de um homónimo do craque português. Fernando Napoleão tem 37 anos. Veste a camisola da Associação Desportiva de Figueiró dos Vinhos há 27 anos, os mesmos em que joga futebol. E garante que só deixa o clube quando acabar a carreira.
"Sempre joguei aqui, é em Figueiró que vivo e apesar de ter alguns convites, até para os nacionais, acabei sempre por ficar", explica.
Na terra poucos o conhecem pelo seu nome. "Sou sempre o Futre", A alcunha surgiu tinha nove anos. Jogava com os dois pés, tinha alguma velocidade e fazia lances semelhantes aos de Futre, que dava os primeiros shows de bola no FC Porto. O nome ficou e, hoje em dia, estranho é quem não o trata por "Futre".
No plantel do Figueiró dos Vinhos são 21+1, o "Futre". Joga a extremo, tanto do lado direito como do esquerdo. "Depende das necessidades da equipa". Também foi defesa e quando é preciso vai à frente.
A maioria dos companheiros de equipa não conheceu o seu momento alto. Alguns chegam mesmo a ter vinte anos de diferença e não conhecem a razão da alcunha.



Dez de Avanço
Nunca usou cabelo comprido como o ex-jogador do Atlético de Madrid, nem teve um Porche amarelo, mas usou e abusou da veia goleadora.
Considerado um histórico no futebol distrital, foi por três ocasiões o melhor marcador da Divisão de Honra. Em 2002/2003, terminou com dez golos de avanço sobre o segundo melhor marcador. "Tinha alguma facilidade em marcar. Hoje, jogar na divisão de honra não é fácil. As equipas são experientes", afirma. Esta época tem quatro golos, mas é Jocy, o avançado do Figueiró dos Vinhos, que leva a melhor no plantel, com 11 golos. "Desde que ajude a equipa, é o mais importante", confessa.
No seu percurso, lamenta ainda não ter tido a oportunidade de conhecer pessoalmente o verdadeiro Futre. "É uma figura importante no futebol nacional e, apesar de ter voltado à ribalta depois da famosa conferência (para as eleições do Sporting), sempre foi uma referência", adianta.
De todos os momentos de "Paulinho", destaca os golos no Jamor contra o Boavista, (1992-1993). Fernando Napoleão assistiu ao jogo na bancada e Futre marcou pelo Benfica.
"Sócio, até quando é que esse vai jogar?" " Não sei. Esse é também um desafio para mim. O dia há de chegar mas, enquanto puder, vou continuar no Figueiró", conclui.

Marina Guerra - Região de Leiria 10/2/2012

sexta-feira, fevereiro 03, 2012

Biblioteca solicita reunião à Associação de Leiria após interrupção de jogo com Marrazes

O relógio marcava 55 minutos quando o jogo da divisão de honra distrital entre o Biblioteca e o Marrazes, de domingo passado, foi interrompido por decisão do árbitro da partida.
Na origem da decisão do juiz estará um lance de contra-ataque do Marrazes que foi assinalado como golo. A equipa de Valado dos Frades contestou a decisão e seguiram-se uma série de expulsões e consequente interrupção do encontro, alegando o árbitro “falta de condições de segurança para realizar o resto do jogo”.
“A bola não chegou a entrar na baliza e nem os jogadores do Marrazes festejaram o golo, porque ele não existiu. Como é que é possível que tenham marcado golo é que nós não percebemos”, diz Paulo Machado, do BIR/Valado dos Frades.
O clube, ainda no dia do jogo, enviou uma exposição para a Associação de Futebol de Leiria, a solicitar uma reunião para “esclarecer o que acabou de acontecer”.
Após a interrupção, os delegados terão ainda sido chamados ao balneário do árbitro, onde este os informou “que tinha expulso seis jogadores” e não podia continuar o encontro, revela o documento enviado para a associação. “Facto este que não ocorreu e logicamente que o nosso delegado não assinou a ficha de jogo. Perante isto, o árbitro ainda levou todos os cartões (propriedade dos clube/atletas, foram pagos por nós)”, revela o mesmo documento.
Para o dirigente do BIR, “não há razão para o sucedido” e, apesar de admitir que alguns jogadores possam ter utilizado uma linguagem menos própria, entende que “havia condições” para prosseguir com a partida.
Do jogo resultaram seis jogadores expulsos e foram castigados com dois e três jogos de suspensão e não poderão acompanhar a equipa a Ansião, na próxima jornada, pelo que o clube deverá recorrer a atletas juniores para poder realizar o jogo. Por agora, não está em causa a continuidade da equipa, mas o dirigente confessa que “tudo está em aberto”, até à conclusão do processo disciplinar que foi instaurado ao clube.

Marina Guerra - Região de Leiria

quinta-feira, dezembro 15, 2011

Câmara pede retorno de verba de sintético da Pocariça

A Câmara de Leiria aprovou o fim do contrato-programa para a construção de um campo sintético no Centro Popular e Recreativo da Pocariça, na última reunião, e exige que o clube devolva as verbas que recebeu, indicando que não foram realizadas obras no período previsto.
O clube não compreende a decisão e alega que iniciou as obras em 2010, “com movimentação de terras, estudos e lançamento da primeira pedra”, onde estiveram representantes da Câmara.
O dirigente Luís Santana é reservado quanto ao futuro e ao projecto do clube e adianta apenas “o homem sonha e a obra nasce!”.
O projecto seria apoiado com a verba de 131.302 euros por parte da autarquia, dos quais 13.800 euros já foram entregues. É essa verba que a Câmara de Leiria pretende agora ver devolvida.
“A freguesia de Maceira tem cerca de 12 mil habitantes, não existindo nenhum relvado sintético na mesma. Este clube é o mais antigo da freguesia a laborar, não há nenhuma explicação plausível para a decisão tomada pela autarquia”, refere Luís Santana, dirigente do Pocariça.

Marina Guerra - Região de Leiria

sexta-feira, outubro 21, 2011

Futebol jovem: violência ganha terreno e a culpa é de pais e treinadores

Nas últimas épocas, a Associação de Futebol de Leiria assinalou um aumento significativo do número de casos de indisciplina. Promover o fair-play e o respeito pelos adversários é o objectivo da Taça Disciplina lançada esta época
Um cartão vermelho ou amarelo num jogo de futebol são actos perfeitamente normais para a maioria dos seguidores desportivos. Mas a verdade é que por trás deste castigo está um comportamento violento, de jogadores, treinadores ou dirigentes, que começa a preocupar os responsáveis.
Só em 2010-2011, o Conselho de Disciplina da Associação de Futebol de Leiria (AFL) determina um total de 737 jogos de suspensão às equipas do escalão sénior e 26 processos disciplinares. Mas não se julgue que os mais velhos são os piores. Os escalões mais novos (iniciados, infantis e escolinhas) apresentam elevadas taxas de indisciplina. Também no ano passado, foram aplicados, no total, 10 anos de suspensão da actividade desportiva a clubes e agentes desportivos.
“Há um agravamento das questões disciplinares. E isso preocupa-nos”, revela Júlio Vieira, presidente da AFL, que entende que o fenómeno surge “da dificuldade em lidar com o fenómeno desportivo”.
Treinadores que protestam da decisão do árbitro, jogadores que insultam atletas, dirigentes que irrompem pelo campo ou casos de agressão são algumas situações registadas em recintos desportivos. Na última época, um treinador de juvenis chegou mesmo a agredir um árbitro e a sair de campo algemado. Noutra partida, jogadores e árbitro sofreram agressões e tiveram que receber tratamento hospitalar.


Marina Guerra - Região de Leiria

sexta-feira, janeiro 21, 2011

Hugo Neto apontou Poker diante o Santo Amaro

Na última jornada da I divisão distrital – zona Sul, que opôs o Santo Amaro (Ortigosa) ao Outeirense, Hugo Neto fez poker. Marcou quatro dos cinco golos do Outeirense.
Pela segunda época consecutiva a vestir a camisola do Clube Os Democratas Recreativo Outeirense, Hugo Neto foi o homem do jogo, na vitória por 4-5, num encontro renhido, onde as equipas estiveram sempre separadas pela diferença mínima de golos.
E não se pense que o feito da última jornada foi obra do acaso. O pé goleador de Hugo Neto tem provocado alguns estragos neste campeonato. Há duas semanas, marcou um hat-trick, num jogo que terminou com 6-0, entre o Outeirense e o Nadadouro.
Esta época, o médio ofensivo de 26 anos já marcou mais de 15 golos e afirma estar pronto para continuar a ajudar o clube a vencer. “Quem sabe se no próximo jogo não marco cinco golos?”, brinca.

Marina Guerra - Região de Leiria

sábado, janeiro 08, 2011

Ginásio de Alcobaça: liderança lembra subida à I divisão

A primeira volta do campeonato ainda não acabou e o Ginásio Clube de Alcobaça já leva seis pontos de vantagem sobre o segundo classificado da divisão de honra distrital.
A direcção acredita que é possível chegar à III divisão nacional com a experiência dos jogadores, equipa técnica, médica e de todos os que trabalham no clube.
Mas deixa um aviso: voltar à I divisão, como em 1982, nunca mais.
Do grupo de então, constam nomes como José Romão (treinador do Al-Kuwait e ex-seleccionador de Sub-21), Varela (que passou pelo FC Porto) e Cavungi (que jogou no Benfica). O treinador era Orlando Moreira e Edmundo Duarte o adjunto.
Do plantel, apenas Domingos, guarda-redes em 1982, continua a visitar o clube. Aos domingos vai ao estádio ver o filho, Bruno Novo, jogar pelos seniores do Ginásio. Bruno está na equipa pela segunda vez e sente orgulho especial ao vestir a camisola azul. “Tento sempre dar uma boa imagem e representar da melhor maneira o clube. É uma grande responsabilidade jogar num clube onde o meu pai também jogou e que chegou à I divisão”, afirma.
O sucesso do Ginásio de Alcobaça na I divisão é ainda recordado por muitos. Mas ninguém quer lembrar o desaire que se seguiu: as descidas sucessivas até aos distritais e as dívidas na ordem dos 400 mil euros.
“Foi uma grande época. Chegaram a ir autocarros cheios de Alcobaça acompanhar a equipa fora”, lembra Domingos, salientando a euforia do jogo com o Benfica. “O estádio encheu para ver o Benfica jogar em Alcobaça. Empatámos 1-1. Até então, o Eriksson [treinador do Benfica] só tinha vitórias e nós roubámos-lhe o primeiro ponto

Texto - Marina Guerra e Foto - Joaquim Dâmaso (Região de Leiria)

quarta-feira, outubro 06, 2010

Faltam 100 árbitros de futebol no distrito

São elemento essencial para o jogo, mas cada vez mais escassos. A Associação de Futebol de Leiria (AFL) precisa de mais 100 árbitros filiados para poder assegurar a arbitragem de todas as partidas e fazer uma gestão equilibrada do quadro.


Associação de Futebol de Leiria têm actualmente 157 juízes

Com perto de 700 equipas a competir nos campeonatos distritais de futebol 11, 7 e futsal, o presidente da AFL diz que os actuais 157 juízes não são suficientes para suprir todas as necessidades.
“Não tem sido fácil angariar jovens para a arbitragem”, explica Júlio Vieira, considerando que “existe uma imagem muito negativa da arbitragem”. “É uma carreira digna mas nenhum jovem quer ir para árbitro quando sabe que vai ser o culpado de todos os erros que aconteçam durante o jogo”, afirma o dirigente.
Actualmente, os “homens de negro”, 54 dos quais ligados ao futsal, realizam entre dois a três jogos por fim-de-semana e este é um cenário “impensável” para Júlio Vieira. “Como há poucos, os que existem estão sobrecarregados e nem podem pensar em ter vida social, porque têm o fim-de-semana todo preenchido com jogos”, refere.
Outro dos factores que, na opinião do dirigente, influencia a fraca adesão à arbitragem é a obrigatoriedade em estar colectado. Desde 2006, os árbitros ficaram obrigados a dar início de actividade. A medida fez com que a AFL perdesse 50 dos seus árbitros, na sua maioria estudantes, alunos bReolseiros ou desempregados que, caso continuassem a apitar os jogos, perderiam as regalias que detinham (bolsa de estudo ou subsídios).
Num cenário ideal, Júlio Vieira gostaria de ter no quadro da associação entre 200 a 250 árbitros. “Só assim podemos fazer uma gestão correcta do quadro e não sobrecarregar um árbitro com quatro jogos num fim-de-semana, mais deslocações e relatórios”.

Curso de Arbitragem

A Associação vai dar início a um curso de arbitragem dia 8 de Outubro, para futebol 11 e futsal. Os participantes terão formação durante três sábados e um fim-de-semana. A inscrição é gratuita.

Marina Guerra - Região de Leiria

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