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Mas penso que se qualificarmos correctamente, deixará de haver, por exemplo, tantas agressões ao idioma pátrio. Por coincidência, ou por mero acaso, dois ex-colonos do Ultramar e depois colonos do rectângulo lusitano, agrediram impunemente o idioma nacional: Miguel Relvas disse que era preciso «ser ouvisto» e Passos Coelho aconselhou há dias em discurso público que «sejemos» realistas…
Será que o primeiro quereria impor o vergo «ouver» como função dos ouvisdos, à semelhança do verbo que exprime a função dos olhos. E será que Passos pretende criar o verbo «sejar», à semelhança do verbo palrar, actividade em que é exímio?
Ao meditar nestas inovações linguísticas, deparei com o poema de Zélia Chamusca que me mostra que não vale a pena prestar atenção a reformas requalificativas e que transcrevo:
SEM LEI NEM ROQUE
Zélia Chamusca
Num país sem lei nem roque
Nem ladrão a quem se toque,
Cada um mais enche o saco
Do pobre o recurso parco.
Todos os trabalhadores
Estão a sofrer horrores
E os pobres dos reformados
Cada vez são mais roubados.
São só os pobres a pagar
E os do Poder a roubar,
De quem lhes deu o poder
Eles se estão a esquecer.
Não merecem governar
Este país a ficar
Cada vez mais assaltado,
Como não vi no passado!
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