Se passatempo, quieta-me o desterro.
Se sofrimento, abrasa-me o tempero.
Se falecimento, tarda-me o enterro.
Se paixão...
melhor rasgar o verso, ou... perder a mão!
Se passatempo, quieta-me o desterro.
Se sofrimento, abrasa-me o tempero.
Se falecimento, tarda-me o enterro.
Se paixão...
melhor rasgar o verso, ou... perder a mão!
Caros Amigos,
recebi, com enorme carinho, o selo do Troféu do Amigo da poetisa paranaense Dany Ziroldo e venho compartilhar mais essa alegria com vocês.
Esse é o Troféu do Amigo!
Esses blogs são extremamente charmosos.
Esses blogueiros têm o objetivo de se achar e serem amigos.
Eles não estão interessados em se auto promover.
Nossa esperança é que quando os laços desse troféu são cortados ainda mais amizades sejam propagadas.
Entregue esse troféu para oito blogueiros(as) que devem escolher oito outros blogueiros(as) e incluir esse texto junto com seu troféu!
Gostaria de poder expandir o “mimo” a todos os amigos blogueiros que interagem com o HF diante do espelho. Porém, como indica o selo, devo selecionar apenas oito blogs, por isso ofereço o selinho para algumas Vozes Femininas da Blogosfera que, regularmente, sigo as ondas de seus ecos. Segue, então, os nomes indicados das amigas poetisas em ordem alfabética:
À Dany Ziroldo oferto o meu sincero afeto e agradecimento.
Para Taninha Nascimento
Ele partiu.
Deixando suas vestes pelo caminho.
De quando meus olhos risonhos seguiam
E hoje, tristonhos, se sabem sozinhos.
Ele partiu.
E o meu peito é vale e é concha aberta
triturada em moinhos.
Mas a saudade é alvura em praia deserta
e alveja os meus escaninhos.
O caminho é verdejante.
Onde alastra sangue, flor semeia.
Brancas. Azuis. Vermelhas...
Flores para luzir candeias,
guiar a cegueira que, no mundo,
vagueia.
Texto escrito a partir da leitura de A rosa de Gaza de Georges Bourdoukan.
O que entorta
se trinca não trava porta.
Se fechadura leva
janela à forra.
Se achado jorra
mãos e lábios
às dobras?...
O que entorta
se atento não traz resposta.
Se rápido, lento -
tanto faz... - anedota.
Se lamento deforma
canção em paródia?...
O que importa
não mais adentro...
iguais nódoas!
Doce espera de quem ama,
amarga chama:
sopra, geme, engana.
Sorte é a dança cigana:
envolve, mente, conclama;
Uma trança de serpente,
corrói a alma demente;
trama, drama de quem sente,
grita a voz cedente.
Estraga Prazer:
(Esclarecimentos que ninguém pediu...)
O poema Amarga Chama integra o primeiro livro de Hercília Fernandes, intitulado "Retrato de Helena". Obra publicada com o apoio cultural do SESC-RN (FERNANDES, Hercília: 2005, p. 49). A formatação do poema, aqui veiculada, segue o mesmo padrão do material impresso. Para "ler" mais textos deste livro basta clicar no marcador Retrato de Helena.
Um alienígena, após longo período de expedição,
pergunta à esposa:
— Querida, como está o Planeta?
A mulher, com a face desbotada, responde ao marido:
“Nada mudou em Marte,
exceto, a cor!...”
Arte: Alice Prina: mundança em cores.
Viver não é angariar farinha na feira.
É opção.
cobra - cega - mata
mata - cobra - cega
cega - mata - cobra
Estraga prazer:
(Contextualização e questionamento que ninguém pediu...)
O texto sugere algumas possibilidades semânticas. Ao combinar três signos: cobra – cega - mata, propõe outras construções - horizontais, verticais... - que alteram a morfologia e os significados das palavras. Quantos sentidos se podem construir com as combinações frasais?
Responda se quiser...
?
tinha pinta rosa
rosa tinha pinta
pinta rosa tinha
!
Estraga prazer:
(Explicação "não-dicionarizada" que ninguém pediu...)
Quando escreveres
real-mente algo...
contacto.
Porquanto...
inspira-te no hálito
de parnaso ancorado
em solo
.............claro
.............raso
.............gasto
Eis, a receita:
ausência nos falos,
falência lon-gi-tu-di-nais!...
Arte: Salvador Dali.
Antissocial.
Bicho preso no asfalto
abaixo ladrado.
Fera acordada no hall
do armário.
fantasmas
impulsos
projeções...
Albor e escuridão
lado a-lado:
ver
ti
ca
li
za
cão
.
O Sol esteve aqui...
Abraçou-me, com sua habitual elegância, as asas.
As águas estavam gélidas, apáticas.
Eu que era taciturnamente tácita,
tornei-me abundância. O Sol - a minha casa.
"O sonhador, em seu devaneio, não consegue sonhar diante de um espelho que não seja profundo."(Gaston Bachelard)