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02/08/2010

apreço




adeus (pa)lavras gastas!
apreço desejo indevido
cesto cheio cítrico

: terra molhada


28/04/2010

dos tratados




é tratado de educação
de pueris de civilização
de imposto de renda
[ compra aluguel ou venda ]
de água luz gás e padaria
de Telemar [ disc pizzaria ]
de IPTU / IPVA...
e eu aqui ali querendo (a)-
fundar outro novo velho
tratado...



23/05/2009

élan

ou, melancólica...


O fio toma forma...
a canção torna-se menor: mel e cólica
o élan lírico adorna, em grau maior, o novel ancestral
........dos meus versos.



13/01/2009

Mimetismo


Se vida aqui arrasta
Se arrasta vida aqui
Se aqui arrasta vida


..............se
.................se
....................
se!...



01/10/2008

Madeixas II

(Outro pente...)


Alguém sabe ‘aonde’ foram parar os meus cabelos?...
[Ando careca por tanta inquietação!]


Eles se desprenderam de minha cabeça
Indo buscar outro pente
para pentear

viva-morta
nova-velha

emoção!



21/09/2008

Ordem dos adereços


O artesão se esforça...

cola, versa, contorna
a cor, na véspera,
da rosa na corda

só mais uma,

outra
nova
velha

vez!


Todo dia,
velho, árduo, artifício:
A colcha de ontem não embala o amanhã,
requer método de ofício!


A ordem dos adereços é sempre o porvir
[fatídico manejo!]
Desmontar o velho e deixar o novo sobrevir.



O artesão se esforça...

cola, versa, contorna
a cor, na véspera,
da rosa na corda

só mais uma,

outra
nova
velha

vez!



26/09/2007

Indefinição

Não sei bem ainda quem sou.
Quando quero saber
tento ler os meus versos...

Mas nem sempre
eles me dizem muito.
Muito menos
o que quero!

Então recomeço
tudo de novo
(ou de velho)
No mesmo ponto
no ponto ZERO!


Imagem: Rosto de mulher em aquarela 42 x 30cm, 1998. Disponível em: www.xenia.com.br/gallery/aqua/aquarela15.htm

19/12/2006

Novos tamancos

É chegado o fim do ano.
Mais um ano...
Mais um ano...
Um ano para esquecer
Um ano para acalentar
Um ano para redescobrir.


O que seria de nós se não houvesse os relógios?
E os ponteiros e os calendários e os seus óbitos?

[...] se não existissem demarcações?
Nos olhos, nas luzes, nas sombras, nas combustões?

O que faríamos, nós, com a existência de um grau zero?
Uniríamos começo, meio, fim...
e destilaríamos nos caldeirões os seus mistérios?

[...] se deixássemos ser a chuva?
E sermos leveza, transparência, flor, candura...
e a tudo transformar?


É chegado o fim do ano
Embora eu já tenha comprado meus novos tamancos...
Não tenho nenhuma pressa em calçá-los!


"O sonhador, em seu devaneio, não consegue sonhar diante de um espelho que não seja profundo."

(Gaston Bachelard)