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sexta-feira, junho 17, 2011

"Maria da Conceição" - JOÃO CASANOVA


Ilust.1934


Aqui está a letra do fado que o João Casanova gravou com o título de "Aquela Maria" e interpreta numa música de Frei Hermano da Câmara, com direito à fotografia da poetisa e tudo... p'ra que se não diga... É certo que não tem sido preocupação minha divulgar sistematicamente as letras dos fados que edito e isto por duas razões fundamentais, a primeira das quais é a de que já há outros bloguistas a dedicarem-se a isso, de entre os quais quero realçar o incansável J.F.Castro, do Fados do Fado, a quem daqui saúdo, e a segunda, mas não menos importante razão, fica para vos confessar mais tarde... De resto, li por aí que a equipe do Portal do Fado vai também dedicar-se a essa "ciclópica tarefa", pelo que já aqui fica o meu bem haja, mas, já agora, um desejo, o de que, sempre que possível, seja indicada a fonte documental, por este, aquele e aqueloutro motivo de que aqui fica bom exemplo... Sem mais, vamos ao Fado





segunda-feira, fevereiro 28, 2011

ZÉ FREIRE - "Meio-dia da Vida"



Gosto de tudo quanto Zé Freire canta; e como canta! Que voz e quanto sentimento!
Tive oportunidade de o lembrar anteriormente com este fado e com estoutro
Hoje, poucos dias após a sua morte, é com saudade que volto a recordá-lo, interpretando este fado, de A. Gil e de Hermano da Câmara.

"O meio dia da Vida
A sombra diminuída
Quanto a sombra pode ser
Tudo é luz e esperança ainda
Digam se há hora mais linda
P'ra parar e p'ra morrer
... ... ... ...
Morte amiga, a que ela teve
Chegou-se tão ao de leve
Caminhou tão devagar
E feriu-a tão de repente
Tão suave e docemente
Que a matou sem a magoar"

quinta-feira, dezembro 30, 2010

VARINAS

I.P. 1906

Uma homenagem real às "Varinas", rainhas também, mas cujo "«Paço» é na Ribeira, / Na fragata ou na falua,...", como escreveu o poeta "popular" Linhares Barbosa e Manuel Calixto tão bem interpretou

http://fadocravo.blogspot.com/2008/12/manuel-calixto-varinas.html

Na mesma música (embora no disco se atribua a autoria a Raul Campo Grande...), Artur Batalha interpreta "Essa varina", do poeta "popular" e também fadista António Rocha


Mas também os poetas "cultivados", como diria Vasco Graça Moura, celebraram esta figura tão própria de um país de marinheiros... entre eles, Fernanda de Castro, num belo poema que Frei Hermano da Câmara musicou e interpreta

http://fadocravo.blogspot.com/2010/08/varinas.html


assim perpetuando a memória dessas mulheres que embelezavam todas as "Ribeiras" -

"A cadência sensual das suas ancas / Tem a forma das ondas no mar alto"

e que têm como paradigma possível "A Rosa da Madragoa", esta numa castiça interpretação de Raquel Tavares



estoutra, de J.Frederico de Brito, que Fernanda Maria magistralmente interpreta no Fado Seixal


E é com este cheirinho a maresia, que encerro a minha actividade de 2010, neste blogue, e desejo a todos os amigos e aos inimigos também (que bem precisam) uma muito boa onda para o difícil ano que se aproxima; porém, se tiverem que "mostrar quem manda" não hesitem em fazer uma enorme peixeirada (que muito alivia o stress) e até, porque não, "amandem c'uma chaputa" à tromba de qualquer um ... É mesmo a única linguagem que muitos deles ainda entendem e respeitam... Se persistirem em ser, como eu, very polite, verão como vos enrolam a torto e a direito com doces palavrinhas... Mas, p'ró ano, tudo vai ser diferente, aposto; sou até capaz de arriar a giga nas mais improváveis ocasiões e nos mais very refined places... Nestes tempos, uma lady também se passa, ora essa! Tal como um gentleman... lembram-se do rei de Espanha? Ora bem!...

Cheia desta gentinha!...

Vivam as Varinas!

Bom Ano, então! BONS FADOS!

domingo, setembro 07, 2008

FREI HERMANO DA CÂMARA - "Minha mãe, nasci fadista"


"...mora fado no meu peito / não se canse, não insista / não há ninguém que desista / quando vive satisfeito..."

Autores da letra e música- Hermano Sobral e Hermano da Câmara

Nota biográfica

O grande amor à música, e em especial ao fado, vai levar o jovem D. Hermano Cabral da Câmara a juvenis fadistadas com seus irmãos. Tal não é de admirar, havendo ele nascido, em 1934, numa família de aristocratas e fadistas.Grava o seu primeiro disco no circuito comercial em 1959, Sunset and Sentimental, onde se encontram temas ainda hoje conhecidos, como Colchetes de Oiro. Rapidamente a sua voz, muito particular, conquistará o coração de inúmeros fãs.Com 27 anos decide, bruscamente, tornar-se monge beneditino. Desta resolução nasce o mítico Fado da Despedida. Ao longo dos anos, e com a abertura proporcionada pelo Concílio Vaticano II, Frei Hermano da Câmara voltará a gravar temas, marcados pela sua vocação religiosa, onde a sua voz continua a revelar o fulgor que o distinguiu.
PRINCIPAIS ÊXITOS: Colchetes de Oiro, Minha Mãe, Olhos Negros, Guitarra Chora Que eu Canto, O Rapaz da Camisola Verde, Os Teus Olhos São Passarinhos, Ave Maria, Jesus, Sede de Infinito.
(in http://www.macua.org/biografias/freihermanodacamara.html )

"...fado é triste solidão / fado existe em todos nós / cantar fado é um condão / é dar fala ao coração / e viver com essa voz..."

Vídeo de Homenagem

http://fadocravo.blogspot.com/2006/08/fado-de-lisboa.html

domingo, janeiro 13, 2008

FREI HERMANO DA CÂMARA - "Mãe"

É de Miguel Torga este belíssimo poema que Frei Hermano da Câmara musicou e interpreta e que aqui fica assinalando um ano de saudade, Mãe!

D.L.

terça-feira, agosto 01, 2006

FADO DE LISBOA

















acrílico s/ tela, Pedro Charters d'Azevedo Posted by Picasa

Minha mãe nasci fadista
(H. da Câmara - H. Sobral)

Minha mãe nasci fadista
Mora fado no meu peito
Não se canse, não insista,
Não há ninguém que desista
Quando vive satisfeito.
Não lhe dê maior cuidado
Este modo de cantar
É um destino marcado
Quando sofro canto o fado
Antes isso que chorar

Quem chora dá a saber
A má sorte que lhe cabe
Neste meu jeito de ser
Posso cantar por sofrer
Não o digo e ninguém sabe.
Fado é triste solidão
Fado existe em todos nós
Cantar fado é um condão
É dar fala ao coração
E viver com essa voz.

A cantar vivo contente
Tenho a sorte que Deus quis
Quando o fado é permanente
Dá tristeza a quem o sente
Mas quem o canta é feliz.
Minha mãe, nasci fadista
Mora fado no meu peito
Não se canse, não insista,
Não há ninguém que desista
Quando vive satisfeito.

No sítio http://www.industrias-culturais.blogspot.com/, uma reportagem acerca do Museu do Fado e da exposição temporária que lá se encontra, sobre Berta Cardoso.