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terça-feira, 1 de julho de 2008

Insónias

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via ABRUPTO by JPP on 7/1/08

POEIRA DE 1 DE JULHO


"Hoje, há noventa e três anos, Viriginia Woolf tinha deixado de escrever o diário que começara nesse ano e encontrava-se deprimida, violenta, agressiva. No meio da sua depressão deixou de dormir e perguntava aos seus amigos como é que faziam à noite. Um deles, talvez o seu cunhado Clive Bell, disse-lhe que todas as noites lia meia dúzia de páginas de Tucídides, descrevendo batalhas ou escaramuças da guerra do Peleponeso. Depois fechava a luz e imaginava-as com todos os precisos detalhes, o cheiro da urze, o barulho das espadas, a pedra onde se sentou um guerreiro de Esparta olhando para o pôr-do-sol enquanto morria, as azeitonas comidas à sombra depois de uma batalha, o pó levantado pelos caminhos, o silêncio. Muitas destas coisas não vinham em Tucídides, inventava-as e permanecia centrado naquilo em que queria pensar e não naquilo em que pensava e não o deixava dormir. Quando não conseguia, voltava a Tucídides".

segunda-feira, 3 de julho de 2006

A Coisa em Si


“Alcanço o que se pode chamar uma filosofia; de qualquer modo, é uma ideia constante em mim; por detrás do algodão esconde-se um plano a que nós estamos ligados (...); todo o mundo é uma obra de arte e todos fazemos parte desta obra de arte. Hamlet ou um quarteto de Beethoven são a verdade sobre esta vasta massa a que chamamos mundo. Mas não existe Shakespeare, não existe Beethoven (...); nós somos a música, nós somos a coisa em si.”
Virginia Woolf, “Sketch of the Past”

domingo, 1 de maio de 2005

160


Aphra Behn ou a "Agente 160". Aphra Behn (c.1640-1689) é considerada como a primeira escritora profissional de língua inglesa. Após uma viagem atribulada ao Suriname, regressa como espia ao serviço de Sua Majestade. Com o nome de código de "Astreia" (ou o mais prosaico "Agente 160"), torna-se espia na Holanda, tendo antecipado o plano holandês de destruir, através de um grande incêndio, a frota marítima inglesa situada no Tamisa. Quando regressou a Inglaterra, não lhe pagaram um tostão, tendo sido mesmo presa por dívidas. O que lhe valeu foram os seus dotes de escritora, tanto no domínio do drama como do romance. A obra que escreveu sobre o príncipe Oroonoko, preso e feito escravo, granjeou-lhe fama. Está enterrada na Abadia de Westminster. Virginia Woolf dizia que todas as mulheres lhe deveriam oferecer flores, pois foi ela que lhes "conquistou o direito de darem voz aos seus pensamentos" Posted by Hello