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sexta-feira, 23 de abril de 2010

Amnésia



Amnésia

[ teatro ]

Grupo Associação Artística Andante

24 Abril 2010, 21h00 às 22h00

Auditório da Biblioteca, Reboleira


De Cecilia Neves [ aqui ] recebemos:



Espectáculo de Teatro

Tipo: Música/Artes -

Data: Sábado, 24 de Abril de 2010

Hora: 21:00 - 22:00

Local: Auditório da Biblioteca - 24 Abril - 2 h00

Rua: Avª Conde Castro Guimarães - Reboleira

Cidade/Localidade: Amadora, Portugal


Descrição: Um espectáculo de promoção da leitura sobre a memória... ou a falta dela.

Quem é que não tem uma má memória que desejaria apagar?

E aqueles que gostariam tanto de apagar as nossas memórias?

Na luta contra a amnésia colectiva, os livros têm um papel fundamental.

Os livros são a nossa melhor memória.


Outras informações: Os convidados estão autorizados a trazer amigos para este event


Tipo de Evento: Este evento é público. Qualquer um pode juntar-se e convidar amigos.

Administradores: Cecilia Neves (criador)


Este evento está no Facebook [ aqui ]


mais informações [ aqui ] [ aqui ] e [ aqui ]


fotografia de abertura do sítio internet Escape by Expresso [ aqui ] a quem agradecemos.


sexta-feira, 26 de março de 2010

bomba de água manual


Esta curiosa bomba manual de tirar água dum poço, como já não víamos há muitos anos, não será muito antiga. Não o parece ser.

Contudo acreditamos que possa remontar a duas ou três décadas pelo menos, a um tempo em que Sassoeiros era apenas um pequeno lugar, ao contrário do que hoje por lá se vê, com muitas moradias e prédios encavalitados uns nos outros.


Está localizada num minúsculo jardim junto à Rotunda de Sassoeiros e a norte desta, paredes meias com o limite poente do nosso concelho.

Este pequeno jardim, apesar das sombras, só não é um local aprazível devido ao intenso trânsito automóvel que passa no local.

E pena é também que, segundo uma placa afixada no local, a água seja imprópria para consumo.


Enfim, vestígios dum passado recente que tivemos o privilégio de conhecer e fruir, e cuja memória guardamos com carinho porque nos recorda a meninice.

Deixamos as imagens:


bomba de água manual


placa informativa


recanto junto ao poço


pequeno jardim


fotografias 18-03-2010, 16h37-16h39 © josé antónio • comunicação visual, reprodução proibida.


segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

um depoimento de alguém que cresceu em Oeiras


entre a Torre e o Motel, Oeiras

09-09-1987


Há alguns dias tive conhecimento dum blogue duma amiga de longa data, oeirense de adopção como eu, Elisabeth Somsen, blogue que, claro, não deixei de visitar. Chama-se Blog da Beta e para o encontrar clique aqui.


No mesmo encontrei um texto com um excelente depoimento das suas memórias de infância, que também a mim me trouxeram gratas recordações de coisas desaparecidas na voragem do tempo.

Estas memórias têm já mais de 40 anos e nelas fala-se com nostalgia, entre outras coisas, da carroça da praia. da estação do comboio, do tio Luís do leite, das idas à missa na igreja, da praia da Torre, da única escola que havia, dos operários da Fundição e de Oeiras, sobretudo de Oeiras.


Muitas das coisas, gentes e lugares já desapareceram ou já não são como eram.

O depoimento merece uma leitura, quer por quem também viveu estes tempos e momentos, para os recordar, quer por quem não os conheceu, para saber como era a vida em Oeiras há 40 anos.


O texto foi publicado em 27 de Novembro de 2006, sob o título "Oeiras, Oeiras, Oeiras......." e para o link directo clique aqui.


Eis um excerto do seu início:


Escrevi o texto sobre Oeiras há 10 anos, mas não resisto à tentação de o transcrever para aqui......


Oeiras, 3 de Setembro de 1996


Hoje de manhã quando vinha a caminho do trabalho, cruzei-me na rua com o Ti’ Luís a quem dedico um capítulo das minhas estórias.


Foi ele quem me fez lembrar que era engraçado recordar as pequenas coisas da minha infância, de quando, em 1961, ainda não tinha três anos, para cá vim viver.


Nessa altura, lembro-me de ter dificuldade em dizer o nome da “terra” para onde eu vinha (de Lisboa). Era província, Oeiras, e díficil de pronunciar. Eu dizia sempre “orelhas”. (...)


fotografia © josé antónio • comunicação visual


domingo, 31 de janeiro de 2010

do baú... 001


do baú...

Andar a vasculhar no fundo do baú, sim esse, esse que nos acompanha para todo o lado, mesmo quando mudamos trinta vezes de casa, e do qual dizemos "um destes dias tenho que dar uma limpeza a esta tralha...", coisa que nunca fazemos, andar a vasculhar no fundo do baú dizia, tem destas coisas.


Nunca encontramos o que procuramos e nos levou a abrir-lhe a tampa. Um qualquer mistério insondável quiçá metafísico faz com que o que procuramos e éramos capazes de jurar a pés juntos estar guardado no fundinho daquele baú, se tenha evaporado no terrífico vácuo eterno e infinito que só os físicos quânticos e outros seres estranhos e inefáveis são capazes de explicar porque carga de água há-de existir. Só para nos contrariar está bom de ver.


Seja como for, lá vasculhamos como doidos, apenas para chegar à conclusão que perdemos umas horas preciosas para outras coisas importantes e úteis como comer e beber e não encontrámos o pretendido.


O engraçado é que se estivermos atentos e olharmos com olhos de ver a tralhada que acumulámos ao longo de anos, descobrimos que felizmente não nos demos ao trabalho de pôr no saco do lixo certas coisas que hoje nos aparecem como verdadeiras preciosidades.

Não que tenham algum valor económico. Se o tivessem, tê-las-iamos vendido ou posto no prego...

O valor delas é outro. Pode ser sentimental, pode ser documental, pode ser histórico, pode valer por uma certa raridade, pode ter valor de colecção, pode ser tanta coisa.


Foi o que se passou comigo que claro não consegui encontrar o que procurava, mas encontrei outras coisas, algumas nem me lembrava que as tinha, claro, e que por motivos diferentes, têm para mim algum valor e quero aqui partilhar, pois são memórias de outros tempos que com elas vamos recordar.


Comecemos então. E para inaugurar esta nóvel secção «do baú...» temos:



propaganda política anti-fascista em 1973


Encontrei este pedaço de fita autocolante na estação CP da Parede, colado num poste do telheiro do lado mar. Na época eu estudava no Colégio Portugal ali mesmo ao lado.

Li os dizeres, olhei em redor e não vi ninguém por perto e, apesar de saber que ia fazer uma coisa perigosa, cuidadosamente descolei o autocolante e coloquei-o dentro da minha pasta. Mais tarde fiz no verso a anotação que lá está.


domingo, 15 de novembro de 2009

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

anamnesis 024


Prédio rústico com fachada de azulejos

Rua Marquês de Pombal, Oeiras

15-08-2007


fotografia: © josé antónio • comunicação visual


sábado, 24 de outubro de 2009

Santo Amaro de Oeiras nos Dias que Voam


n.b.: Clique nas imagens para as ampliar.


Há algum tempo, quando navegávamos por alguns dos nossos blogues predilectos, vimos uma fotografia antiga de Oeiras no blogue Rua dos Dias que Voam, que nos interessou e intrigou. Com uma grande simpatia que agradecemos, o mencionado blogue permite-nos utilizar a citada fotografia aqui no nosso blogue, para os nossos propósitos analíticos. Ei-la:


Fotografia publicada no blogue Rua dos Dias que Voam


Por haver algumas dúvidas sobre a exacta localização do panorama fotografado, como constatámos por alguns comentários ao post, debruçámo-nos sobre o assunto, tendo concluído que a fotografia representa a encosta poente de Santo Amaro de Oeiras e que deverá ter sido tirada a partir dum ponto localizado mais ou menos no Palácio da Arriaga.

Esta nossa dedução baseia-se e advém de vários elementos presentes na fotografia, que identificam o panorama e que nos dão também a direcção e a posição do fotógrafo:


1. Aproximadamente ao meio da fotografia, no cimo desta, vê-se claramente a Capela de Santo Amaro de Oeiras:


Capela de Santo Amaro de Oeiras

01-03-1987 © josé antónio • comunicação visual


2. Um pouco abaixo vê-se um muro bastante alto que deve ser o muro, ainda existente, que corre ao longo do Jardim Municipal do lado nascente deste e o separa da Rua José Diogo da Silva:


Muro nascente do Jardim Municipal de Oeiras

23-10-2009 © josé antónio • comunicação visual


3. Um pouco mais abaixo ainda, vê-se um outro muro mais pequeno que deve ser o muro da Ribeira da Lage:


Ribeira da Lage vista para montante,

mais ou menos a meio do Jardim Municipal, Oeiras

12-06-2007 © josé antónio • comunicação visual


4. A posição do observador (o centro da fotografia) coloca-o num ponto um pouco à direita da Capela (num ângulo ligeiramente maior que o da largura da fachada da capela) e numa cota a meia altura entre o plano-base desta e a Rua José Diogo da Silva, talvez numa cota de cerca de 7 a 8 metros acima desta, considerando o pé-direito dos prédios do ponto considerado que não andará muito longe do actual:


Centro visual = posição do fotógrafo


5. Estes elementos permitem-nos traçar o azimute aproximado da linha de visão do observador que, como dissemos, o coloca no Palácio da Arriaga:


Azimute - linha horizontal vermelha

Pormenor da Carta Miltar 1/25.000 n.º 430 (1966)


6. Note-se ainda a quase ausência de grandes árvores e vegetação do Jardim, na fotografia em análise, que estaria ainda numa fase muito embrionária. Pelos elementos e pela tipologia da fotografia esta parece-nos poder ser datada dos anos 40. Compare-se a fotografia em análise com a fotografia abaixo, da autoria de António Passaporte, esta datada de meados da década de 40 do séc. XX, e que representa o Jardim Municipal aproximadamente na mesma zona:


Oeiras, Parque Municipal e Rua José Diogo da Silva, meados da década de 40 do século XX

ARQUIVO, OEIRAS, N.º 38

Nesta fotografia note-se à esquerda o Palácio da Arriaga e à direita, em cima, um edifício de grandes dimensões junto a um aeromotor, ambos visíveis na foto em análise.


Para finalizar apresentamos uma vista aérea actual da área considerada, obtida através do incontornável Google Earth, onde legendámos os elementos relevantes:


Imagem aérea Google Earth - alt. 397 mt. - 23-06-2007


Apresentamos também uma fotografia recente tirada, não do Palácio da Arriaga por impossibilidade de acesso, mas do Largo Henrique de Paiva Couceiro, a cerca de 220 mt daquele palácio, quase na mesma direcção da fotografia em análise, onde se mostra a profusão de árvores de grande porte actualmente existentes no Jardim Municipal de Oeiras.


Picadeiro e Jardim Municipal, Oeiras

27-12-2004 © josé antónio • comunicação visual


Muito mais poderia ser dito da fotografia que analisámos, pois é muito o que ela nos conta. Os edifícios e outras estruturas que desapareceram, o que foi modificado e hoje é quase irreconhecível, etc., mas para já ficamos por aqui.


O blogue Rua dos Dias que Voam pode ser encontrado aqui.


A fotografia que analisámos e respectivo post e comentários podem ser vistos aqui.


quarta-feira, 2 de setembro de 2009

anamnesis 023

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Vista do interior

Cascata dos Poetas ou Gruta Nobre

Jardins do Palácio do Marquês, Oeiras

13-11-2004



imagem: © josé antónio • comunicação visual

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quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Oeiras 1893

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Encontrámos há dias uma peça que publicámos aqui, em 2 de Julho de 2006 no blog Oeiras Local, quando neste éramos colaboradores, peça que pelo seu interesse achámos por bem partilhar convosco.

Apresentamo-la de seguida, sem grandes alterações na forma ou conteúdo:


Oeiras - 1893


Há pouco tempo, ao dar uma vista de olhos por alguns velhos alfarrábios que, como bibliófilo, conservo religiosamente, encontrei uma curiosidade documental referente à história de Oeiras.


Não me detive muito na análise detalhada da mesma nem vou tecer grandes ou elaborados comentários sobre ela. Não sou historiador, nem tenho pretensões de o ser, deixo-a aqui pelo que ela tem de interessante e picaresco.


Talvez ela seja útil a alguém mais versado e mais dedicado a estas coisas da História Local.


clique para ampliar


De acordo com a página 428 do Tomo II, D-O, do "DICCIONARIO POSTAL E CHOROGRAPHICO DO REINO DE PORTUGAL" de 1893, coordenado por João Baptista da Silva Lopes há 113 anos Oeiras era composta por 243 fogos!! DUZENTOS E QUARENTA E TRÊS...


Como as coisas mudam.


nota: Peço desculpa pela má qualidade das imagens, mas esta resulta da conjugação do estado bastante degradado do volume, nomeadamente na folha de rosto, com a baixa qualidade do 'scanner' utilizado. Melhorá-las implicaria um esforço improfícuo para os propósitos deste post.


imagens: Digitalizações de documentos originais. Clique nas mesmas para ampliar. © josé antónio 2006

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