quarta-feira, 25 de março de 2009
sexta-feira, 20 de março de 2009
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
ARACNÍDIA
para
Maria José Giglio
e todo um bando
1
caminha entre as barras
de um sonho, universo
úmido e rarefeito
duas habitam seu corpo:
Ariadne, a fiandeira,
e a Viúva Negra, amante
do Minotauro
a Seda e o Veneno
fiam e desfiam os labirintos
da senhora dos sentidos ciganos
com os nômades, descansa
na cidade de Ventania,
múltipla e si-mesma
2
esquálidos heróis
pálidas donzelas
poetas músicos ladrões
alguns dos que a encorpam
tropa trota estradas
tropeiros dos trens noturnos
a vida trama tramóias
quando certezas se traça
3
atrás de histórias sem fim
ata-me Aracnídea
ânsias de matá-la
e ela se rindo de mim
4
a Quadrilha Aracnídia sitia Àssombradado
e outra horda encontra:
Biutes, Uilcon Pereira, Jeane Lobo
Dóris e Eliane Accioly, Olga do Lago,
Miguel Anjo, Semíramis
Silvana Cappanari, Padre Nilo,
Evaristo, Evarista, Tânia Diniz,
Alicia Mello, Siloé Neves,
Rafael Tassinari, Ceres,
Luz e Fé, Silvia Anspach,
Helena Armond, Pascoal Motta,
Doralina Carvalho Rodrigues, Daniel,
Hugo e Efigênia
5
cavalgam zebras roubadas,
abrem caixas de Pandora,
quebram Poemas na Arena
se ajuntem delirantes!
em hordas falanges
quadrilhas e bandos
alcatéias miríades enxames
que é de uma só andorinha?
e gente humana desgarrada?
assunta Aracnídia
Menina nunca posso responder
aos blogs...aos portaes....aos website
simplesmente porque não domino as travas as porteiras as pontes
tudo em códigos! em sígnos
vai daí não poder enviar comentários...
Seu Blog está muito muito muito BOM
Carolinas
brincando "de roda" ...
brincando "de roda" ...
vê-se o movimento
lê-se o não pensamento
apenas tão vivas as intenções...
Alegria!eu diria...
Alegria!eu diria...
perdura em quem as viveu na prima/roda....AMEI artista ! amei
HELENA ARMOND
domingo, 22 de fevereiro de 2009
ESTE LIVRO
Albeniz Clayton
Por favor
Não guarde este livro
Leia-o
Não o guarde com a poeira
Deixe-o respirar
Com o pulmão da vida
Páginas sempre arejadas
Abertas
Que as palavras circulem como o oxigênio
Por dentro dos seres de boa vontade
Leia-o e lance-o à arena dos condenados
Pois somos
Mas que ele não
Morra e entrerrado
É um livro de águas
E como tal necessita correr
Que corra
De mão em mão, de boca em boca,
Matando a sede de quem tem
Fluindo para além do mar
Ondas, páginas
Pra quem possa nadar
Deixe-o selvagem e vagabundo
pelo mundo a perambular
Porque é água limpa
Poesia cristalina
Cada página uma cachoeira
É o que tentei escrever
Um compo d´água, uma tempestade
Deixe que o livro seja
Anjo,
Deixe que este livro seja
De poesia potável
Cada página transparente
profundo arrecife de corais
Cores e palavras
Reflexos de vida
Por favor, deixe-o que viva,
Porque ele está vivo e quer
Fluir
Porque é um rio,
Meu deus
Albeniz Claytondeixou o Brasil e iniciou uma viagem pela Espanha e Marrocos, naturalizando-se espanhol. Frequentou o curso de Filologia Portuguesa na Universidade de Barcelona e recebeu a bolsa Erasmus (200-2001)para estudar Literatura e Tradução na Universidade da Sorbone _ Paris IV. Atualmente vive e trabalha em Londres. O poema se encontra no livro _ Ícaro e Eu
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