In: Poemas na Arena
Eliane accioly
Aracnídia
para Maria José Giglio
1
caminha entre as barras
de um sonho, universo
úmido e rarefeito
duas habitam seu corpo:
Ariadne, a fiandeira,
e a Viúva Negra, amante
do Minotauro
a Seda e o Veneno
fiam e desfiam os labirintos
da senhora dos sentidos ciganos
com os nômades, descansa
na cidade de Ventania,
múltipla e si-mesma
2
esquálidos heróis
pálidas donzelas
poetas músicos ladrões
alguns dos que a encorpam
tropa trota estradas
tropeiros dos trens noturnos
a vida trama tramóias
quando certezas se traça
3
atrás de histórias sem fim
ata-me Aracnídea
ânsias de matá-la
e ela se rindo de mim
4
a Quadrilha Aracnídia sitia Àssombradado
e outra horda encontra:
Biutes, Uilcon Pereira, Jeane Lobo
Dóris e Eliane Accioly, Olga do Lago,
Miguel Anjo, Semíramis
Evaristo, Evarista, Tânia Diniz,
Alicia Mello,
Rafael Tassinari, Ceres,
Luz e Fé,
Doralina Carvalho Rodrigues, Daniel,
Hugo e Efigênia
5
cavalgam zebras roubadas,
abrem caixas de Pandora,
quebram Poemas na Arena
se ajuntem delirantes!
em hordas falanges
quadrilhas e bandos
alcatéias miríades enxames
que é de uma só andorinha?
e gente humana desgarrada?
oi amada Lili!!!
vc está, cada dia, mais surpreendente, amiga!
Que trabalhos lindos!
Super parabéns,
beijos,
Tânia Diniz - bh-mg