sexta-feira, 25 de outubro de 2013
segunda-feira, 30 de setembro de 2013
Do escrever
O artista não tem importância. Só é importante o que ele cria, já que não existe nada de novo para ser criado.
Wilian Faukner.
Escrever é uma vocação para a infelicidade. Não creio que um artista possa jamais ser feliz.
Georges Simenon
No ato de escrever, a gente está lutando para trazer à tona o que nós próprios desconhecemos.
Henry Miller.
sexta-feira, 30 de agosto de 2013
sábado, 10 de agosto de 2013
poética de criar poética
1.
erra no barro
na chuva divaga
bosta de vaca
a natureza
infância muge
rebanho passa
e a alma
lavando a sola
apaga dos pés
pegadas da terra
2.
compra pão
frita linguiça
o sol à janela brinca de lua
degusta sabor
cheiro
tempero
a textura do texto
temperaturas
vivo e comprovo:
criar a ocasião não mata
a fome
e ao contrário, alenta
3.
no temp(L)o
camadas e eras
vigiam o silêncio
vela pinturas
4.
contemplo
silêncio
velado
5.
crianças jovens maduros velhos
gente gente gente,
a multidão
brilho vermelho laranja azul verde amarelo
eeeeeeeeeeee
de qualquer cor
corpo e brilhos brilhando em corpos
manchas pigmentos temperos
cheiros estranhos estrangeiros degustam
mango shutney
6.
esculpidas na montanha
imagens aguerridas
fingem o sono
simulam esculturas
brincando de estátuas
inertes
só fingem
gárgulas vigiam
guardiãs da estrada e fortaleza
peregrinos passam
passamanas desfiam
morrendo de medo
7.
inesperadamente no nepal encontra
o mestre
aquietada
para e o vê
o impacto
olha e vê nele
o olhar atento que a atesta
que a afirma
quantos os mestres ali? milhares?
naquela roda?
e os de lá fora?
para além das montanhas?
para além dos riso e do mar?
para além da infância e juventude?
para além da personalidade?
no continente espaço-tempo
do poeta,
o mestre
dádiva sem palavras
lágrimas gratas
8.
na rua homens e mulheres
agachados
entre potes e pigmentos
tons sons cheiros e cores
imagens e gostos musicais
táteis
em cada humano o terceiro
olho
mãos tecelãs
9.
nua de saber
chega
quase sem desejo
mas aflita,
assim não se suporta
busca o capote
vestindo capote sobre capotes
verde militar
percorre a índia milenar:
ruas apinhadas de autos
businas furibundas
barcos silenciosos apinhando rios
o coração pede
silêncio vazio
memória vazia
avistados no horizonte
silêncio vazio,
memória vazia,
sem vírgulas
sem pontos
sem poto e vígula
bem, onde moram?
no templo? ou moram
e a aguardam
no branco nu da montanha nua?
10.
precisa, retorna
imprecisa ao lar
país natal
do qual conhece quase nada
no não saber descansa,
toma distância
olha escuta tateia
aguarda
medita
e da memória nua
emergem certos poemas
incertos
11.
um elefante não é um elefante
e aquele caminhava, é verdade,
sob a regência de alselm kieffer,
entre os brancos e os escuros densos
da paisagem trágica,
assim a tela se teimava
mas sem querer torna-se leve
em cores claras e matizadas
então, escuta-se um bramido
e o elefante suplica
por pinceis e tintas,
tal qual o pintor
de uma caserna
e no lugar de retornar à sombria
e trágica inspiração original
se esconde no verde aguado
zangada,
não é que atiro nele
uma cadeira?
12.
sob a cadeira
e sob a luz de um sol amarelo
e sob a placidez mentirosa
a paisagem kiferiana aguarda
e o elefante
guerreiro kama sutra
e paramentos
marcha
lento
inexoravel
13.
marcha soldado
cabeça de papel...
o olho corta a imagem
afia a faca
e maneja as mãos
que manejam a máquina
olho comandante
torna visível o invisivel
captura
e talha detalhes
olho corpo mãos
joão cabral de mello neto
maquina
corta
entalha
cria a palavra
e o corpo da fotógrafa
deixa o quartel
14.
falar para acreditar
matar o amor
e me apaixonar
falar de quem?
falar de mim?
por que? não basta?
erra no barro
na chuva divaga
bosta de vaca
a natureza
infância muge
rebanho passa
e a alma
lavando a sola
apaga dos pés
pegadas da terra
2.
compra pão
frita linguiça
o sol à janela brinca de lua
degusta sabor
cheiro
tempero
a textura do texto
temperaturas
vivo e comprovo:
criar a ocasião não mata
a fome
e ao contrário, alenta
3.
no temp(L)o
camadas e eras
vigiam o silêncio
vela pinturas
4.
contemplo
silêncio
velado
5.
crianças jovens maduros velhos
gente gente gente,
a multidão
brilho vermelho laranja azul verde amarelo
eeeeeeeeeeee
de qualquer cor
corpo e brilhos brilhando em corpos
manchas pigmentos temperos
cheiros estranhos estrangeiros degustam
mango shutney
6.
esculpidas na montanha
imagens aguerridas
fingem o sono
simulam esculturas
brincando de estátuas
inertes
só fingem
gárgulas vigiam
guardiãs da estrada e fortaleza
peregrinos passam
passamanas desfiam
morrendo de medo
7.
inesperadamente no nepal encontra
o mestre
aquietada
para e o vê
o impacto
olha e vê nele
o olhar atento que a atesta
que a afirma
quantos os mestres ali? milhares?
naquela roda?
e os de lá fora?
para além das montanhas?
para além dos riso e do mar?
para além da infância e juventude?
para além da personalidade?
no continente espaço-tempo
do poeta,
o mestre
dádiva sem palavras
lágrimas gratas
8.
na rua homens e mulheres
agachados
entre potes e pigmentos
tons sons cheiros e cores
imagens e gostos musicais
táteis
em cada humano o terceiro
olho
mãos tecelãs
9.
nua de saber
chega
quase sem desejo
mas aflita,
assim não se suporta
busca o capote
vestindo capote sobre capotes
verde militar
percorre a índia milenar:
ruas apinhadas de autos
businas furibundas
barcos silenciosos apinhando rios
o coração pede
silêncio vazio
memória vazia
avistados no horizonte
silêncio vazio,
memória vazia,
sem vírgulas
sem pontos
sem poto e vígula
bem, onde moram?
no templo? ou moram
e a aguardam
no branco nu da montanha nua?
10.
precisa, retorna
imprecisa ao lar
país natal
do qual conhece quase nada
no não saber descansa,
toma distância
olha escuta tateia
aguarda
medita
e da memória nua
emergem certos poemas
incertos
11.
um elefante não é um elefante
e aquele caminhava, é verdade,
sob a regência de alselm kieffer,
entre os brancos e os escuros densos
da paisagem trágica,
assim a tela se teimava
mas sem querer torna-se leve
em cores claras e matizadas
então, escuta-se um bramido
e o elefante suplica
por pinceis e tintas,
tal qual o pintor
de uma caserna
e no lugar de retornar à sombria
e trágica inspiração original
se esconde no verde aguado
zangada,
não é que atiro nele
uma cadeira?
12.
sob a cadeira
e sob a luz de um sol amarelo
e sob a placidez mentirosa
a paisagem kiferiana aguarda
e o elefante
guerreiro kama sutra
e paramentos
marcha
lento
inexoravel
13.
marcha soldado
cabeça de papel...
o olho corta a imagem
afia a faca
e maneja as mãos
que manejam a máquina
olho comandante
torna visível o invisivel
captura
e talha detalhes
olho corpo mãos
joão cabral de mello neto
maquina
corta
entalha
cria a palavra
e o corpo da fotógrafa
deixa o quartel
14.
falar para acreditar
matar o amor
e me apaixonar
falar de quem?
falar de mim?
por que? não basta?
segunda-feira, 10 de junho de 2013
sábado, 25 de maio de 2013
MINHAS TRIBOS E MINHA EDITORA THÂNIA DINIZ
BIBLIOTECA MADRE CRISTINA
São Paulo, 21 de maio de 2013.
Foi
com grande satisfação que a Biblioteca Madre Cristina do Instituto Sedes
Sapientiae recebeu sua doação de livros “O mágico de nós” de Tânia Diniz e
exemplares da Coleção Milênio Mulheres Emergentes:
- “Flor
do quiabo” de Tânia Diniz;
- “Cata-vento”
de Teruko Oda;
- “Melosofia”
de Silvia Anspach;
- “Tessituras
da Terra” de Graça Graúna;
- “Poemas
na Arena” de Eliane Accioly Fonseca.
Gostaríamos de agradecer-lhe a simpática e preciosa colaboração, aproveitando a
oportunidade para reiterar nossos protestos de estima e consideração.
Bibliotecária
CRB8-7253
Instituto Sedes Sapientiae
Biblioteca Madre Cristina
Rua Ministro Godoy, 1484 Perdizes São Paulo - SPdomingo, 14 de abril de 2013
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
Resenha: O amor é possível.
De Eliane Accioly
Filme: O Filho do Outro.
Direção: Lorraine Levy
Elenco: Emmanuelle Devos, Pascal Elbé, Jiles Sitruk, entre outros.
A história se passa em Isrrael e Palestina, povos e etinias diferentes ocupando o mesmo território geográfico, cheio de fronteiras e ódios entre povos irmãos: “Jacob e Ismael não são filhos de Abrahão? “ Em determinado momento, se recorda um dos personagens.
Dois bebês, o filho de palestinos, outro de israelenses foram trocados, numa maternidade, nas confusões do pós-parto, durante uma noite de bombardeio. Os meninos crescem, cada qual, em famílias amorosas, e aos 18 anos, o drama surge, após os resultados inegáveis de um exame de sangue: os pais israelenses tinham o fator RH A positivo, enquanto o suposto filho, RH A negativo. A mãe, israelense é médica, e aciona o problema que todos, a princípio, a não ser ela, gostariam de negar. A mulher israelense é médica. A mãe palestina apoia, apesar de devastada, pelo amor ao filho que criou, e o temor de perdê-lo.
O filme é uma surpresa, pois na verdade, no lugar de afastamento, o drama gera aproximações, nada fáceis, mas verdadeiras, e que poderão se desdobrar em verdadeira fraternidade. O que acontece é que os desejos surgem: pessoas da família palestina, por exemplo, querem conhecer Telavive e o mar. Alguns já o conheciam. Mas principalmente, o desejo de se aproximar e se conhecer uns aos outros, e aplainar as arestas vivas, entre eles e suas diferenças: israelenses e palestinos. Entre Israel e Palestina nada muda, mas aquelas pessoas jamais voltariam a ser as de antes da revelação.
Filme: O Filho do Outro.
Direção: Lorraine Levy
Elenco: Emmanuelle Devos, Pascal Elbé, Jiles Sitruk, entre outros.
A história se passa em Isrrael e Palestina, povos e etinias diferentes ocupando o mesmo território geográfico, cheio de fronteiras e ódios entre povos irmãos: “Jacob e Ismael não são filhos de Abrahão? “ Em determinado momento, se recorda um dos personagens.
Dois bebês, o filho de palestinos, outro de israelenses foram trocados, numa maternidade, nas confusões do pós-parto, durante uma noite de bombardeio. Os meninos crescem, cada qual, em famílias amorosas, e aos 18 anos, o drama surge, após os resultados inegáveis de um exame de sangue: os pais israelenses tinham o fator RH A positivo, enquanto o suposto filho, RH A negativo. A mãe, israelense é médica, e aciona o problema que todos, a princípio, a não ser ela, gostariam de negar. A mulher israelense é médica. A mãe palestina apoia, apesar de devastada, pelo amor ao filho que criou, e o temor de perdê-lo.
O filme é uma surpresa, pois na verdade, no lugar de afastamento, o drama gera aproximações, nada fáceis, mas verdadeiras, e que poderão se desdobrar em verdadeira fraternidade. O que acontece é que os desejos surgem: pessoas da família palestina, por exemplo, querem conhecer Telavive e o mar. Alguns já o conheciam. Mas principalmente, o desejo de se aproximar e se conhecer uns aos outros, e aplainar as arestas vivas, entre eles e suas diferenças: israelenses e palestinos. Entre Israel e Palestina nada muda, mas aquelas pessoas jamais voltariam a ser as de antes da revelação.
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
brincar de criar roteiro
Não dá para brincar de criar roteiro.
Criar roteiro para um filme, um livro, uma peça de teatro é sério.
A não ser que se use o Brincar com letra maíuscula, como na proposta de Donald Winnicott.
Como estou sempre reformulando os textos de meus blogs, reescrevo este.
A vida "imita" a literatura?
Não acredito nisto.
Nenhuma imita a outra, nem a vida, nem a literetutura.
Com todas as dificuldades, o poeta possui uma liberdade em suas criações, maior que a que a vida nos dá. A literatura é uma dama da noite, uma dama do dia, uma dama da vida. Na literatura, por mais difícil que seja, temos mais liberdade que na vida, como autores, como leitores. Pois a vida é a Senhora. Cuidamos dela, mas ela é maior que nós. Assim, brincar de criar roteiros, brincar em minúscula, seria absolutamente pueril. Há acontecimentos, encontros e desencontros, mas não "mandamos" neles. Parte do que em nossas vidas é maior que nós, não controlamos. O texto (anterior) continua disponível em "O recanto das letras".
Adiós, nonino.
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
Encontre um psicanalista
http://formacaoempsi.wordpress.com/encontre-o-seu-psicanalista/
Eliane Maria Accioly Fonseca
São Paulo – Zona Sul
Eliane Maria Accioly Fonseca
São Paulo – Zona Sul
quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
Reflexões
família
bálsamo e veneno
amor e trevas
rebanho quente:
acolhe e fere
2 .
A família me ensina da maldade,
e a recolher as lâminas cruéis.
De maneira diferente,
a família e a literatura:
mestres.
3.
Os antepassados
me mostraram muitas
vezes
o avesso e a dor,
e o que posso não repetir,
na família que formei (criei).
segunda-feira, 14 de janeiro de 2013
Viver, morrer
Resta aos mortos depender dos vivos, para viver.
Eles chegam de quando em quando, inesperados,
em memórias,
imagens lusco-fusco.
Se me lembro de festas e viagens,
percorrendo com minha amiga pequenas cidades
antigas,
conhecendo a casa do Bandeirante,
entrando em igrejas escuras,
não vou negar, fico triste.
Ainda não sei se por ela, se por mim,
se por nossa (perdida) juventude.
Eles chegam de quando em quando, inesperados,
em memórias,
imagens lusco-fusco.
Se me lembro de festas e viagens,
percorrendo com minha amiga pequenas cidades
antigas,
conhecendo a casa do Bandeirante,
entrando em igrejas escuras,
não vou negar, fico triste.
Ainda não sei se por ela, se por mim,
se por nossa (perdida) juventude.
sábado, 5 de janeiro de 2013
Limpeza
Da cabeça lavada escorrem rios venenosos
e pensamentos malvados
pés e mãos esfoliados, ungidos
massageados, soltam crostas e cascas,
pernas, sobrancelhas e buço depilados,
limpos e leves, além dos pelos,
deixam camadas de derma,
dos cabelos a tesoura retira
escamas e peixes
esmalte e batom vermelhos,
Eva ganha a rua sem olhar para trás,
enquanto do salão, ainda serpenteantes,
a espiam lotes de peles velhas de cobra
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SIGA_ME NESSE,POIS VC ME SEGUIA NO ANTIGO QUE NÃO MAIS EXISTE,AMIGA.
E DIVULGUE ESSA MUDANÇA NO SEU BLOG,POR FAVOR,POIS TEMOS MUITOS AMIGOS EM COMUM QUE DESCONHECEM.
BEIJOS E LINDO DOMINGO
DONETZKA
MEU NOVO BLOG:
http://magiadedonetzka.blogspot.com.br/