sábado

3º Direito

O terceiro andar pertence aos descomprometidos do Edificio Magnolia. Em frente da porta do instrutor de equitação vive uma jovem particularmente peculiar e solteira. O que a alguns vizinhos pode parecer uma vizinha perturbadoramente problemática, para outros revela-se como uma inquilina curiosa, de uma presença excitante. Durante o dia ela apresenta-se como uma vizinha simples. Jovem extrovertida, simpática, civilizada, de bom trato. Casualmente bem vestida, sociavelmente agradável e fiel aos seus compromissos. Desde que o sol se costuma pôr até ao acordar da manhã, Ana é a mais caprichosa acompanhante de luxo que esta cidade conheceu.
Não interpretem mal. Ana não esconde o que faz, nem tão pouco tem qualquer tipo de constrangimentos em exercer uma profissão tão excêntrica. Ana apenas pretende assumir dois papéis diferentes. Veste duas máscaras distintas, duas personalidades conflituosas entre si, mas indissociáveis uma da outra. De dia, ela quer ser a jovem que aproveita a vida, ingénua perante o que a vida lhe vai querendo oferecer e que ela recebe de bom gosto. Sociável, activamente envolvida no seu meio. Gosta da sua corrida ao inicio da manhã, faz as compras no mercado, estuda para o curso artistico que desenvolve num teatro ali perto. Convida os amigos verdadeiros a almoçar e diverte-se com novas amigas no centro comercial. Ao regressar a casa, despe as suas calças de ganga e top cor púrpura, lavando o corpo de um tranquilo dia rotineiro. Veste uma das suas peças predilectas e perfuma-se de um penetrante aroma de orquídea até ao seu próprio sexo. O sol põe-se e de noite ela é uma mulher ousada, sensual, ardente ou outros tantos adjectivos que encarnem numa acompanhante de sonho. A magia da escuridão e das luzes artificiais entrega-lhe um poder que ela anseia por controlar. E até o sol se levantar, o seu mundo preenche-se de luxo, de excentricidade, de paixão, de loucura, de sexo, mas também de muito dinheiro. Ainda assim, o circulo é vicioso e ela está pronta para mais um jogging matinal. Mas ela será sempre a mesma Ana. De dia e noite. Sem nome falso. A mesma alma, uma atitude diferente.
Ela entra pelo elevador. O relógio já alcança as onze horas e todo o prédio deverá estar recolhido no sono, no descanso ou no prazer intimo. O seu cliente acompanha-a. Em silêncio. Dentro da cabine espelhada do elevador, os olhares trocam-se, as mãos do homem vagueiam delicadamente os ombros desnudados dela. Ana vem encantadora. Um vestido azul escuro, com alças finas, estendido até um pouco abaixo dos joelhos pinta-a de um ar formal, esplendorosa todavia à medida da sobriedade que caracteriza a sua aparência. Ana é uma mulher linda. Não é uma actriz de Hollywood, transformada para parecer linda aos olhos do desejo. Não é uma modelo perfeita, com medidas ajustadas ao consumo. Nem tão pouco será a mulher mais bela da cidade. No entanto, misturado na sua cara redonda, suave e sorridente, entrelaçado nos seus cabelos castanhos encaracolados e seguros ao seu corpo de baixa estatura mas elegante, com boas curvas e marcas erógenas bem salientes, está uma sensualidade pouco usual. A sua imagem respira sex-appeal. A sua máscara nocturna adapta-se ao jogo dela. Ana é a acompanhante ideal de uma noite intima sem compromissos sentimentais.
A sua outra personalidade nasceu há seis anos atrás. Um convite pouco usual de uma mulher madura encaminhou, na altura, a menina de vinte anos, estudante e devota aos seus principios, para um desafio inimaginável. Consciente de si mesma, presa a nada, com tudo a ganhar, ela aceitou a responsabilidade de ser uma das acompanhantes num clube privado, luxuoso e comodamente agradável e particularmente seguro, na baixa da cidade.
O homem que cavalheiramente a acompanha é o gerente de um hotel do outro lado da cidade. Um homem casado, com dois filhos mas que preza os prazeres da noite, de uma forma elegantemente secreta. Tem quarenta e dois anos. Bem vestido, charmoso, mas com uma aparência algo desgastada. Pelo trabalho, pela ideia de um casamento falhado, pela convicção de que dois maços de tabaco e uma bebida forte a acompanhar lhe permitem viver sem ansiedade. Ana abre a porta de casa e mantém a postura sensual e confiante. No 3º Direito, o prazer vende-se caro, mas a alma não tem preço.
Durante o tempo que trabalhou no clube da mulher de cinquenta anos, Ana gozava de uma liberdade singular na casa onde operava o negócio. Os melhores clientes eram sempre direccionados para si, os dias de trabalho eram flexíveis, a escolha de quando e como trabalhava era dela e os honorários, bem como a percentagem recebida eram mais elevadas que qualquer outra acompanhante do clube. Em troca, a casa ganhava um prestigio elevado e claramente aumentava os lucros. Em boa razão, Ana sentia que ganhava com o jogo. Porque desde o seu primeiro momento intimo, Ana adorava sexo. De uma forma que jamais alguém podia entender na sua plenitude. Hoje, com 26 anos, Ana decidiu ser totalmente independente.
Antes de entrarem na casa alugada de Ana, a acompanhante e o cliente aproveitaram a noite. A sua profissão não exige só a Ana que seja amante, que ceda aos caprichos sexuais dos clientes que lhe requisitam os serviços. Ser acompanhada pela jovem significa também gozar de momentos agradáveis, como o jantar no restaurante mais requintado da cidade. Significa ser galanteada pelas ruas panorâmicas da baixa, por um homem que apesar de ser um cliente regular, ainda é algo desconhecido para ela. Ao entrarem pelo corredor da fracção nordeste do edificio, Ana e o gerente não trocam muitas palavras, não trocam beijos, mas ela sente-se atraida pelo homem. Pega na mão dele, levando-o para o seu quarto. Despe o casaco dele, abre-lhe a camisa e senta-o na sua enorme cama. A respiração dela intensifica-se, mas faz tudo parte do jogo. Ela retira as alças do seu vestido enquanto se aproxima do seu cliente. O homem puxa o vestido elegante para baixo e Ana passa a ser uma mulher sensual apenas de cuecas azuis. Ele segura o rabo firme mas largo da acompanhante e beija a barriga dela. As suas mãos tremem ao acariciarem o cabelo dele, mas continua a ser tudo parte do jogo. Ana ajoelha-se no chão alcatifado do seu quarto. É ali que ela dorme nas noites de folga, é ali que ela se arranja diariamente, é ali que ela traz as suas fodas, sentimentais ou profissionais. É neste quarto que Ana se sente confortável consigo mesma. Em segundos demorados, em gestos longos, em instantes infindáveis, ela abriu as calças do cliente e retirou a picha tesa dele para fora. Porque tudo isto é um jogo para Ana e ela diverte-se a fazê-lo.
Em desacordo com a politica que a gerente do clube vinha a exercer, Ana saiu do clube em choque com a opinião da mulher que um dia lhe mostrou a porta de entrada para uma aventura perigosa mas lucrativa. O facto do clube aceitar cada vez mais clientes, muitos deles sem o mínimo perfil para entrarem sequer no bar do clube, fez com que Ana passasse a recusar cada vez mais clientes. Quando percebeu que a situação era insustentável para as duas partes, abandonou o barco. O melhor trunfo do clube saiu. E Ana sabia exactamente o seu potencial. Mas restavam-lhe poucas opções.
Ana chupa como ninguém. Na verdadeira concepção da palavra, ela faz um broche como uma profissional. E ela adora saber disso. E ela delira em comprová-lo aos seus melhores clientes. A boca dela molha a ponta da picha dele como um rebuçado. Como algo a ser saboreado lentamente. Os seus lábios finíssimos deslizam pelo pénis dele enquanto o homem passa as mãos pelos seus cabelos encaracolados. Mais do que chupar, mais do que procurar dar-lhe um prazer intenso e com marca registada, Ana pretende saborear aquilo que por alguns momentos lhe pertence. O gerente do hotel é dotado e isso vai-se revelando conforme Ana acelera o ritmo do seu trabalho. Segura os testículos dele com a sua mão ternurenta, procurando libertá-lo da ansiedade que se reflecte na respiração do seu cliente. Os seus seios empinados, redondos e macios roçam nas coxas dele, justificando a constante excitação do homem. Ana abocanha todo o sexo. Torna-o seu, molha-o com a sua saliva morna e amacia-a com os seus lábios doces. Ele, apesar de já conhecer os broches da acompanhante, surpreende-se com a forma como ela chupa. A fricção dos dedos da mão direita dela no sexo do cliente obrigam a que ele se controle, antes mesmo dela se satisfazer com o broche. Sem ele mesmo perceber, é Ana que controla a situação. É ela que vai decidir quando é que ele se irá esporrar. De olhos abertos, ela pressente cada acção do homem. No momento em que os músculos das coxas dele se contraem, Ana dá uma trincada macia na ponta da picha do homem e obriga-o a ejacular-se com violência. A jovem segura com força o instrumento do seu cliente e aponta-o para o seu peito. As mamas bonitas de Ana recebem o prazer quente do gerente. Ela geme baixinho ao sentir o liquido escorrer-lhe entre o vale. E apesar de aquilo ser um trabalho, ela diverte-se imenso.
A sua saída foi aceite pela gerente, mas a sua imagem junto de proprietários de clubes da noite degradou-se. Ninguém queria uma acompanhante que fosse contra as regras da casa. Assim, Ana viu-se confrontada com a hipótese de desistir do negócio e seguir com a sua vida diária ou tomar conta de si mesma e continuar a aventura à sua maneira. Sem patrão e sem limites.
O gerente julga que tem o controlo das acções. Julga que a noite é dele porque é ele que tem poder financeiro para recompensar as suas supostas ordens à sua acompanhante. Quando ele penetra com força a rata de Ana, enquanto ela está de quatro na cama, de costas para ele, o gerente do hotel ilude-se na sensação de poder ter prazer à maneira dele. Mas o cliente está completamente enganado. Sempre esteve. De todas as vezes que requereu os serviços de Ana, até mesmo nos tempos do clube, ele era iludido ao achar que era o homem detentor do poder. O homem está a fodê-la. Ana está a gritar. Ele está a ter prazer. Ela está a aguentar. O cliente domina a situação. A acompanhante é submissa perante as mãos fortes do homem que seguram o seu rabo. Sim. Ele fode-a. Não. Ele não domina. Sim. Ela tem prazer. Não. Ele jamais pode saber quando é que ela vai querer que tudo aquilo termine. Ana sente cada penetração da picha entesada dele. As suas mamas pendulam e excitam-se de tanto prazer. Para ela, o céu está próximo e ela que decide quando lá vai entrar. É ela que vai dar a ordem para ele parar de fodê-la com força, de deixá-lo vir-se na rata dela, de deixá-lo repousar daquela posição erecta em que ele se encontra. Porque Ana consegue fazê-lo. Consegue levar o cliente à loucura, da forma que ela quer. Porque ela é detentora do jogo. A casa é dela, o corpo é dela, a atitude pertence-lhe. Ana sabe que é prostituta. Ana sabe que vende o corpo. Mas Ana sabe que o faz por prazer e que as suas melhores fodas são quando ela sabe que precisa de se apoderar do cliente. E no momento em que o cliente já se sente sem forças para a penetrar, Ana mexe as ancas. Para a frente e para trás, ela obriga o homem a penetrá-la, a entrar no mais profundo desejo dela. Os dedos dele seguram-se às nádegas tensas dela e segundos antes dele se voltar a esporrar para dentro dela, a rata de Ana explode. Gera-se um tumulto dentro do seu sexo. Espalha-se pelos nervos do corpo que ela mesmo domina. Circula pelo sangue um calor de quem se libertou de si mesma. E o orgasmo dela ejacula-se pela sua boca fora, num grito enlouquecedor, sedutor e carregado de prazer. O homem deitou-se sobre ela. Exausto, convencido da capacidade dela de o levar ao puro prazer e consolo. Ana refaz-se do seu orgasmo. A sua primeira prenda vinha embrulhada num cliente cavalheiro, atencioso, mas presunçoso da sua capacidade de dominar o rabo de uma puta. No momento em que Ana se deita ao lado dele, procurando reconfortá-lo, ela sabe que é mais do que puta. O substantivo acompanhante pode ser relativo na caracterização do seu trabalho, mas ela sabe que tudo isto envolve mais do que prostituição. Ana é uma jogadora. Como qualquer outro atleta, usa o seu corpo para vencer. Não entendam mal. Ana não quer justificar ou desculpar o que faz. Ana pretende apenas perceber porque é que aquilo a faz sentir a mulher mais sensual do mundo.
O cliente já tinha pedido mais uma foda. Ana aceitou. O cliente percebeu que as horas passam depressa, na companhia de uma mulher assim. Ana sabe disso. Antes mesmo do sol amanhecer, Ana acorda sozinha na sua enorme cama. O cliente foi-se embora, preparado para assumir o seu papel diário. Em cima da mesinha de cabeceira está um envelope branco. Dentro dele estão duas notas gordas. A segunda prenda de Ana é apenas um prémio que ela sente receber por fazer o seu trabalho de uma forma profissional. Cedo já é dia e o circulo de Ana volta a repetir-se com a corrida matinal.

sexta-feira

3º Esquerdo

Ele entra no Edificio Magnólia com um sorriso ansioso na face. Fecha a porta com gentileza e apressa-se a verificar a caixa de correio no canto superior esquerdo. Com um passo intenso aproxima-se do elevador, esperando que a porta se abra. Entra no ascensor e não consegue libertar aquele sorriso embaraçado. A porta do elevador abre-se e finalmente ele pode abrir a porta. Rafael estende a mão e permite a entrada da sua convidada na residência dele, o 3º Direito.
O professor Neves vive sozinho. Homem solteiro de 33 anos, é uma pessoa activa, instrutor de equitação numa associação dos arredores da cidade. Desde o momento em que acorda até adormecer, Rafael exercita o corpo, liberta energias, mantém a postura física, que se apresenta como a sua virtude essencial. Pelo menos, é esta a sua convicção. Acima de tudo, é este espirito desportista, visivel na sua constante imagem atlética que lhe permite preencher uma das suas necessidades básicas. Sexo. Neves não gosta de compromissos. A ideia de uma relação prolongada assusta-o, tanto como ficar um dia sem fazer desporto. Neves não deixa invadirem a sua privacidade, não deixa que encontrem o seu lado sentimental. O coração, aquele instrumento transcendente que regula o bem-estar sentimental da alma do ser humano, está escondido no interior de Rafael. É dificil encontrar alguém que já tenha tocado no seu coração. É impossivel encontrar uma mulher que descobrisse a chave do amor deste homem. Rafael apaixona-se. Mas por breves momentos. Pelos momentos que preenchem a necessidade de sentir prazer. A paixão de Rafael é efémera. E quando se pensa que ele usa as mulheres que se apaixonam por ele, com certeza que se está a fazer um julgamento errado. As mulheres desejam-no. Mesmo que seja por um momento efémero. As mulheres que caem nos braços de Rafael não se iludem. Sabem que ele é um homem a ser usado. E o professor adora ser usado.
A sua convidada não entra no 3º Esquerdo ludibriada. Sabe ao que vem, sabe o que quer, sabe como vai acabar. A mulher trabalha na rua do Edificio Magnólia. É enfermeira numa clinica, vinte metros abaixo dali. Conhece Rafael dos exames clinicos que ele efectua, no mesmo espaço médico. Da mesma idade que ele, a mulher loira foi capturada pela sedução que ele espalha às mulheres que deseja. E no momento em que ela se procura estar à vontade naquele lar impessoal mas moderno, ela sente-se hipnotizada pelo desejo. Não há muito a falar. Todos os passos necessários para chegar àquele instante já foram tomados. Ele chegou à rua de bicicleta, por volta das seis horas. Ela sabia a rotina dele. Fingiu passar junto ao Edificio no mesmo momento em que ele prende a bicicleta a um pequeno gradeamento. Ele gostou de a ver com um sorriso. Dois dedos de conversa e o convite para entrar já tardava. No corredor da casa dele, não há muito a falar. Ela sorri e anseia por um avanço dele. Rafael nem precisa de pensar o que pode fazer. Ele pura e simplesmente age. Com as mãos imponentes envolve a face da mulher, um pouco mais baixa que ele, e consome os lábios finos da mulher. Ela procura mostrar surpresa mas a sua ansiedade fez envolver os braços no corpo largo do amante conquistado. Rafael tem o corpo coberto de suor. Já era um hábito ver o atleta profissional transpirado, antes de chegar a casa. A rotina mantém-se. Ele precisa de um duche. E trazer uma mulher a casa, àquela hora, não é impedimento para ele quebrar hábitos. Despiu a t-shirt e desnudou o peito trabalhado. Ela já tinha visto aquela imagem. Numa das camas do consultório, onde ele efectua exames regulares, ela tinha o privilégio de fixar cada canto dos abdominais, cada pormenor dos peitos morenos, cada inspiração do tronco do homem. Neste momento, aquilo pertence-lhe. Rafael pega na mão frágil da enfermeira e leva-a para a casa de banho. Por entre chupões no pele rugosa do pescoço dela, apalpões no rabo firme da mulher e as mãos dela a tatuarem as suas caricias no peito dele, os amantes despem-se. O que ela sempre ansiou concretiza-se. O corpo de Rafael é o seu brinquedo. A mulher é sensual. Os seus ombros suaves brilham de ternura, os seus braços são ramos ténues, os seus seios são cremosos e a sua rata está a arder de desejo. Á água do chuveiro já corre a ferver. Com a sua força atlética, Neves segura a mulher e retira-lhe os pés do chão. Ela eleva o seu sonho até ao poliban, onde a água escaldante arrepia a sua excitação. Ele encosta-a à parede ainda fria e húmida, encostando o seu corpo forte à ligeireza da postura dela. A enfermeira está na posse dele. No entanto, a mulher espelha no olhar a certeza de que o conquistou e domou. Rafael irá fazer exactamente o que ela sempre desejou. Mas o professor é um homem experiente. Sabe como por uma mulher louca, sabe dar-lhe aquilo que ela de facto quer, mas com uma dose irreverente de surpresa. Rafael não se limita a foder uma mulher. Prova-a, come-a com convicção e faz com que ela saboreie cada momento. O homem é um brinquedo sexual. Neves pega o sabão branco, seguro numa prateleira, próxima do chuveiro. Ele esfrega com ternura a bochecha dela, desliza com o sabonete pelo pescoço, ensaboa o ombro da mulher. Ela derrete-se. A enfermeira sabe perfeitamente que tem que se controlar. Qualquer gesto dele pode levá-la à loucura. Fixa o olhar nele e sente o sabão percorrer-lhe as mamas. E mesmo que ela esperasse aquilo, jamais podia imaginar que sabe deliciosamente bem o pedaço de sabão a escorregar pela rata dela. Rafael lava os lábios vaginais da mulher enquanto demora a sua boca no pescoço irresistivel da enfermeira. Agora, a convidada de Neves está no limiar do êxtase. Ele larga o sabão, pressiona-a contra a parede e agarra uma coxa dela. A amante pressente que vai ser possuida. Os dedos das suas mãos ansiosas fincam-se nas nádegas de perdição do homem. A excitação dele é de tal maneira que o seu pénis enterra-se na rata dela de uma forma imponente. Ela deixa de conseguir respirar. O gemido largado é o impulso que o conecta a ele. Rafael domina o corpo da amante. Penetra-a sem qualquer tipo de leveza sentimental. Ela é excitante e deseja-o. Ele apenas lhe entrega aquilo que ela pediu. E a enfermeira gosta. O coração fogoso da mulher explode de cada vez que ele entra em si profundamente. As suas mamas pulam graciosamente quando as suas ancas se movimentam. Ele está a adorar fodê-la. Delira com a forma como ela se entrega. Excita-se com o pescoço dela. Enlouquece com o calor da rata da vizinha. Ela gosta. Ela derrete-se. Ela engole cada pedaço de prazer. Ela nunca teve uma foda assim. Qualquer homem consegue amar uma mulher assim. Mas poucos homens conseguem levar a enfermeira à loucura como Rafael está a conseguir. O vapor mistura-se entre os corpos deles. O suor já foi lavado do corpo do professor. Deu lugar a uma sede de se vir na mulher que o deseja. A amante levanta uma perna, a ponto de a segurar no puxador da porta transparente do poliban. O sexo dela está autenticamente disponivel para ser penetrado profundamente pelo pénis grosso dele. E nada mais há a sentir. Nada mais há a desejar. O limite do prazer de uma foda emergente como esta é atingido. As mãos dela agarram a cabeça dele, a boca dele engole o seio teso da enfermeira. O sexo dele explodiu no interior escaldante da rata dela. A mulher não tem pudor em gritar. A casa não é dela. O amante não lhe pertence. É apenas um brinquedo emprestado do qual ela pode desfrutar por uns momentos inesqueciveis. O orgasmo dela é a concretização de uma fantasia. Sem expectativas goradas.
Ela consegue repousar. O formigueiro que invade a planta dos seus pés pode ser um sinal de anestesia total do corpo. Mas a mulher sente-se agora a voltar à terra. Como que um acordar de um sonho. O seu amante está ali. Nu, ainda teso. Ainda a segurar o seu corpo consolado. Daqui a nada ela deixará de estar naquela casa. Mas quando ela lhe entrega um enorme beijo doce, quente e selvagem, a enfermeira não alimenta esperanças. Rafael não irá amá-la. Não lhe irá pedir para ficar a noite. Nem sequer lhe irá implorar um próximo encontro. E mesmo que isso possa voltar a acontecer, ela sabe que o professor não lhe pertence.
Rafael é um homem convicto. Sabe que as mulheres o desejam. Sabe que qualquer uma das vizinhas da sua rua conhece os seus dotes. Sabe que mais cedo ou mais tarde muitas delas irão acabar na sua cama, no seu chuveiro, na sua casa. E a frieza do seu coração será sempre compensada com orgasmos avassaladores. O amor da sua vida ainda está para vir. Literalmente.

quinta-feira

2º Direito

O segundo andar é especial. De uma forma ou de outra, sente-se o espirito do edificio no aroma que se sente no corredor. Talvez seja pelo ar limpo e constantemente renovado das paredes, das portas envernizadas de um produto especial, da luz que se abre assim que se circula por aquele espaço. Talvez sejam os incensos libertados pelas inquilinas do segundo esquerdo. Talvez seja pelo sentimento de ambiente acolhedor que se envolve, mal se abre a porta do 2º Direito. E a identidade de quem ali mora percepciona-se no tom das paredes do corredor, nos objectos decorativos escolhidos a dedo para tornar aquele espaço vivo. O choque de cores garridas misturado na suavidade de cores macias e reconfortantes pinta o apartamento de tranquilidade e êxtase espiritual. Algo só ao alcance de uma alma intuitiva e essencialmente, bom gosto. Ser recebido naquela casa é um prazer.

No silenciar da noite, uma criança dorme no quarto de menina. Os seus sonhos ocupam-se de cavalos encantados, fadas prodigiosas e vulcões de lava coloridos. Nada, nem ninguém conseguirá incomodar o seu repouso até o sol acordar a garota de nove anos. A sala de estar ainda cheira a momentos carinhosos, a beijos leves, a palavras doces. E no entanto está vazia. Porque algo já se iniciou ali. Algo foi transportado do sofá com personalidade, para o quarto pacifico. Algo brota na cama de casal, pensada para dormir, para dialogar e para amar. Laura e Afonso estão nus. Olham-se mutuamente, com um silêncio escaldante. A mão longa dele deleita-se no seio dela, ao mesmo tempo que a mulher acaricia o sexo do seu homem. A boca de Afonso envolve o bico duro do mamilo dela. Os dedos dela friccionam o membro agora duro do jovem. A mulher de 37 anos está preparada para consumir o desejo do namorado, onze anos mais novo.
A relação de ambos iniciou-se pelas circunstâncias das quais não se espera. Ela era casada e jamais imaginava uma nova relação. Ele vivia numa cidade diferente, maior, movimentada, incaracterisitica de uma vida intima a dois. Mas o que a vida os fez unir não foi um amor a dois. Laura tem uma filha encantadora, da qual Afonso abraçou como sua menina. A sua diferença de idades é perceptivel. Na aparência, na maturidade, no passado. Mas o que eles seguram e o que eles perspectivam, mistura-se numa ambição idêntica. E só olhares inoportunos de pessoas que não os conhecem e de mentes mais curtas é que não vê o sentido único da paixão que os une.
Afonso precipita-se para cima do corpo despido de Laura. Ela segura-o, impedindo um ataque ferozmente sedutor no seu peito. Ele tem outros planos. Sabe que a noite vai ser longa e que tudo se pode prolongar. E a última coisa que ele quer é antecipar o fim. A mão dela continua a acariciar o sexo do namorado. As suas pernas abrem-se, provocando a necessidade intimo do homem. A respiração de Laura torna-se ofegante, parecendo um grito desesperante de desejo. E quando ela aperta com mais força o seu pénis, Afonso sabe exactamente o que pode acontecer. Arrasta os seus joelhos até junto à face da namorada e cola o sexo bem próximo da face dela. Laura cinge o olhar uma vez para a cara dele, procurando perceber se ele está preparado para o momento. Afonso anseia sentir a boca dela a chupar-lhe. E ela faz. E ela delicia a ponta nervosa do pénis quente e excitado. E ela retira-lhe o controlo de qualquer acção. E ela possui o corpo dele. Laura é dona da alma do namorado.
Ela é encarregada de uma loja produtiva e reconhecida internacionalmente. Ele trabalha numa grande empresa de telecomunicações, fazendo do seu poder argumentativo a sua melhor arma para crescer pessoal e profissionalmente. Ela é madura, responsável, atarefada. Ele é instintivo, jovem, perdido nas ideias que o mundo lhe pode trazer a cada segundo. Ela toca, ele comove-se. Ele fala, ela derrete-se. Ela sorri e ele responde com um sorriso maior. Eles amam-se e ninguém os conhece melhor do que a eles mesmos.
Afonso delira com a boca da namorada. A lingua dela percorre cada pedaço do seu sexo e isso deixa-o extasiado, numa progressiva viagem às nuvens. O prazer que ele sente tem que ser retribuido. A sede que é alimentada em si tem que brotar. Aprisionada pela boca de Laura, ele procura libertar-se com as mãos. Os seus dedos finos e longos percorrem o corpo dela. Apalpam as mamas, escorregam pelo ventre. Daqui a nada ele consegue desprender-se ligeiramente e gira o seu corpo, de costas para a face de Laura.
Três anos e tantos meses de relação só podem aproximá-los, torná-los cumplices um do outro. E a certeza de que tanto está para viver, aprender e saborear só lhes pode dar a certeza de que o segredo da paixão deles irá encerrar-se num cofre ainda mais bem guardado.
Ela continua a chupar. Afonso geme de cada vez que a boca da sua namorada atravessa o seu pénis de um lado ao outro, para a frente e para trás, saboreando cada pedaço de prazer. Qualquer momento será intensamente delirante para Afonso se vir, mas ele prefere guardar. Acumula a energia do prazer que vibra dentro de si. Mais uma vez, só as mãos se conseguem movimentar. Segura as coxas dela, afasta os joelhos e pressente o calor que emana da rata de Laura. Ele deseja-a. Ele precisa de a provar. A ponta dos dedos finos invade os lábios grandes e esfrega o papo com a delicadeza de um artista. Laura antecipa as acções dele. Faz força nas coxas, procurando evitar mais um ataque repentino do amante. Mas Afonso é ligeiro, terno e calmo. O tempo não se esgota. Prolonga-se. E a ponta dos dedos descobre o clitóris, qual iman sagrado onde se cola a pele dele. Laura começa a gemer. A doçura dos gemidos mistura-se com o calor dos seus lábios que ainda provam o pénis cada vez mais duro do homem. Assim que Afonso sente a rata dela molhada, como um pequeno rio que explode do interior do sexo da mulher. Enfia dois dedos profundamente, ao mesmo tempo que continua a acariciar o clitóris com o polegar. Ela excita-se. Mas ela excita-se a um ponto que se sente a perder o controlo. Afonso deixa de estar aprisionado à boca dela, mas ele quer continuar na posse dela. Movimenta as ancas, acelerando quer a excitação do seu sexo, quer a forma como ela chupava. No momento em que a boca dela provou os lábios da rata da namorada, uma simbiose louca foi criada entre o casal. Ela não ia parar de chupar. Ele iria deliciar-se com o sabor do âmago dela, brincando com a lingua em cada pedaço, até ambos se virem.
Conhecerem-se mutuamente não chega. Rapidinhas no banho, masturbações a circular por entre a cidade, fodas de pé no terraço virado para a cozinha da vizinha e noites longas a adiar o último orgasmo já não chegam para satisfazer o casal. A ousadia não pode terminar com o amor, com a paixão dentro de casa, dentro do 2º direito.
Laura vem-se primeiro. Segura a picha dele com força para o chupar até ao limite. Quando Afonso sente que o momento é certo, tira a boca do sexo saboroso dela, segura literalmente o clitóris entre os seus dedos e invoca o poder de fazê-la vir-se por completo. Ele liberta o seu desejo pela boca de Laura. Ela racha como um terramoto, explode como um vulcão, rebenta como uma enorme onda espumosa. E, ao encerrarem mais um capitulo desta noite quente, o cansaço que se apodera de ambos é apenas provisório.
Ele sabe como a pôr louca. Ela tem a certeza que lhe consegue dar um prazer absoluto. Mas no momento em que Afonso se levanta para voltar a deitar-se sobre ela, ambos sabem que aquilo ainda é pouco. O homem beija a mulher, acaricia-lhe os seios, chupa o pescoço dela e rapidamente, enfia o sexo ainda teso na rata molhada dela. Laura prende a respiração e sente a boca dele roçar a sua orelha. Era mais que uma confidência, era mais que um sonho, era mais que uma fantasia que alimenta noite após noite os seus momentos sexuais. Quando Afonso sussurrou ao ouvido da namorada que queria comer a colega de trabalho dela, juntamente com Laura, nesta mesma cama pacifica do 2º Direito do Edificio Magnolia, ambos ficaram com a certeza que a loucura se irá concretizar.

quarta-feira

2º Esquerdo

Chega-se ao segundo andar. Exactamente igual ao primeiro, apenas com uma diferença peculiar. O aroma intenso que resiste no corredor entre as duas portas. O 2º Esquerdo é também ele alugado, neste caso por uma senhoria trintona. Uma das pessoas que paga uma renda mensal naquela fracção é Lúcia. Jovem, estudante de Psicologia na universidade da cidade, meigamente reservada, mas inevitavelmente apaixonada. Consequência dos seus 23 anos, onde cada sonho pode tornar-se uma fantástica aventura real para contar aos netos. Lúcia tem projectos, ambições e um enorme ansiedade de concretização pessoal. Ter netos, nesta fase da sua vida, estará no entanto num dos últimos itens da sua lista de pretensões. A jovem morena é feminina. É espantosamente atraente, não necessariamente pela sua beleza exterior, mas pela aura interior. A estudante é bonita. Sorri como muito poucas jovens consegue sorrir, sinal de quem pretende mostrar algo mais de si. Lúcia adora sentir o coração a bater. Gosta, afeiçoa-se, apaixona-se. Por vezes chega mesmo a amar. Quem a conhece um pouco melhor pode lembrar-se de dois ou três namorados, mas na verdade, Lúcia sente-se, acima de tudo, atraida por mulheres.
Ela sobe os degraus da entrada do Edificio Magnolia. Antes de abrir a porta vê uma professora que lecciona na sua universidade a sair do mesmo prédio. Cumprimenta-a com um sorriso timido e segue caminho, pensando no que poderia fazer a mulher ali, se nunca a tinha visto antes. Ao entrar no elevador, Lúcia promete a si mesma que iria estar mais atenta ao que se passa no sitio onde mora. O elevador disponivel para a habitação é espaçoso, ladeado de vidros espelhados que durante a pequena viagem até qualquer um dos andares obriga os utilizadores a reflectirem sobre si mesmos. Lúcia olha para o seu olhar. De estatura um pouco mais forte, comedida quanto baste na indumentária, com os peitos salientes e redondos, ela podia-se considerar a si mesma uma jovem singularmente sensual. Sai do elevador, abre a porta decasa, procurando perceber se estaria sozinha em casa. A loiça na mesa de jantar por levantar, mostra-lhe que tal solidão não acontece naquele momento. O mais provável é Tania, a sua colega de casa estar no quarto mais o namorado. Ela não ousa sequer bater à porta. Ela não se atreve tão pouco a dizer um "olá, cheguei". Ela entra pela casa, pousa a sua mala a tiracolo e guarda uns minutos para arrumar a mesa. De seguida olha para o enorme móvel da sala e cinge o olhar por uns instantes na televisão desligada. Decide que não era momento de fazer um zapping fútil. Entra no quarto e fecha a porta para não mais a abrir até ser de novo dia. Abre o armário, tira um pijama branco, lavado de fresco e coloca-o em cima da cama, ao mesmo tempo que liga o monitor do computador. O programa de emulador ficou o dia inteiro disponivel. O mais certo é ela já ter feito o download completo de todas as músicas do último albúm de Gotan Project. Antes de se sentar na cadeira junto à secretária, Lúcia despe-se, ficando apenas de lingerie. Foca o olhar no monitor e rapidamente, o seu mundo torna-se virtual. Ela abre o mail e tens apenas duas novas mensagens. Uma é um aviso de um professor da faculdade, com informação de matéria a rever, enviado para todos os alunos do seu curso de Psicologia. A outra é uma notificação do hi5 com um pedido de uma nova amizade. Enquanto o Media Player processa as músicas mainstream, ela consegue percepcionar vozes e sons do outro lado da parede, onde estava o quarto de Tania. A sua colega é quase dois anos mais velha que ela. Veio para esta cidade há dois anos por causa do namorado, com quem tem uma relação relativamente longa, cerca de oito anos. Tania trabalha numa loja de vestuário feminino num centro comercial próximo do Edificio. As personalidades de ambas podem ser ligeiramente opostas, mas fisicamente, Lúcia tem semelhanças com a sua colega. Um pouco forte mas sensual, com o peito bonito, rabo firme, face sensual. Socialmente, Lúcia é solteira, sem nenhum compromisso sério, várias aventuras de percurso. Tania namora e considera-se mulher de um homem só.
Em pouco mais de meia hora, Lúcia verifica o seu perfil no myspace, no facebook e no hi5. Aceita o pedido de amizade de uma rapariga de vinte anos da mesma cidade, que de certa forma partilha os mesmos interesses que ela. Lúcia abre o seu blog preferido e anseia por um novo post que possa entregar à sua imaginação algum sonho erótico. Os sons vindos do quarto da colega intensificam-se. Os risos são suspeitos, a cama guincha, o som da respiração é perceptivel. Lúcia confirma. A sua colega de quarto está a foder com o namorado. Não é uma novidade. Desde que aceitou partilhar a casa com Tania que a maioria das suas noites, às vezes tardes, provavelmente muitas manhãs, que ela ouve os orgasmos da rapariga. Duplos se houver fome para isso. Triplos ou mais em noites que o namorado se sente empolgado com alguma brincadeira mais ousada. Tantas vezes que estes momentos se repetem, que Lúcia começa a achar que consegue saber que posições praticam eles. E imaginar é fácil. Enquanto vagueia pelos sucessivos links de blogues eróticos, a líbido de Lúcia aumenta. Os seus seios incham ligeiramente, as suas cuecas humidificam. A sua concentração diminui ao ouvir os pedidos de Tania, implorando que ele penetre bem fundo nela. A internet fica parada numa imagem artisticamente erótica de uma mulher nua, deitada num manto de rosas, colando os dedos no seu sexo tapado. Lúcia deixa de segurar o rato. Os gemidos de Tania seguram a atenção da jovem, que leva suavemente uma mão por dentro do soutien. A sua mão vigorosa acaricia o mamilo, excitando-a a um ponto que a liberta do mundo virtual. Ela também já não esta no mundo real. Lúcia transporta-se a si mesma para o quarto da amiga. E nesse instante, Tania é penetrada por trás encostada junto à parede, no topo da cama. O namorado segura as suas mamas grandes, estimulando o desejo da companheira. Exactamente da mesma forma como Lúcia aperta agora ternurosamente os seus próprios mamilos. As suas pernas abrem-se, colocando a mão esquerda dentro das cuecas. Sim, a jovem é canhota a masturbar-se. No mesmo momento que ela enfia dois dedos na sua rata apertada, consegue imaginar o sexo do namorado a entrar no intimo da sua colega. Tania não irá aguentar muito mais tanta penetração com aquele instrumento rijo e cheio de tesão. Mas o que prende a respiração de Lúcia enquanto estimula a sua rata, não são os movimentos do rapaz. É o delirio de Tania. É a forma como ela grita, sem procurar escondê-los de atenções alheias. É a linguagem dela, solta, descarada, violenta que leva Lúcia ao extremo. As paredes tem que ser demasiado finas para se perceber tão bem o prazer da jovem. Enquanto o rapaz se vem na rata da namorada, Lúcia goza o seu próprio prazer. O monitor do computador já activou o protector de ecrã, as mamas dela sairam para fora do soutien e o seu intimo liberta o auge do seu desejo. Os movimentos dos seu dedos intensificam-se e sem ela própria percepcionar, o seu sonho vaporiza-se. O sexo dele já esmoreceu. Tania veio-se de tal forma que o prazer lhe irá chegar para aguentar até à noite de amanhã. O casal deita-se na cama e envolve-se em beijos e caricias ao peito deliciado dela. E Lúcia explodiu em segredo na cadeira da sua secretária. Morde o lábio inferior e sente um enorme calor entre as pernas. A pouco e pouco tudo silencia, até mesmo no quarto ao lado. A percepção de Lúcia volta a cair na realidade progressivamente. Sozinha no quarto, ela teve o seu momento. A jovem acorda em definitivo com três batidas na sua porta. Rapidamente ajeita a sua lingerie. Mesmo antes de Tania abrir a porta e espreitar, fazendo o reparo de Lúcia ter chegado a casa e não ter dito nada. Incomodada e ligeiramente envergonhada, ela responde que não sabia que estava alguém em casa. Tania ainda está nua, com os seios em polvorosa e isso agrada a Lúcia. A colega sai do quarto e ela fixa o olhar no monitor. É verdade que Lúcia passa a noite sozinha, sem alguém que segure e guarde o prazer que ela acabou de sentir. Mas no momento em que ela verifica que a sua nova amizade virtual lhe envia uma mensagem pelo hi5, Lúcia tem mais um motivo para se sentir loucamente apaixonada por Tania...
A noite cai no 2º Esquerdo, da mesma forma que em todo o Edificio Magnolia. Mas o adormecer no quarto de Lúcia é especial. Ela consegue amar cada vez mais Tania, mesmo que ainda seja só em sonhos molhados...

terça-feira

1º Direito

Do lado oposto do apartamento onde o casal infiel vive há seis anos, estava uma fracção desabitada. Pertence a um gerente bancário que possui três imóveis na cidade. O seu investimento é alugar os apartamentos para rentabilizar o investimento que efectuou. O 1º Direito do Edifício Magnólia foi adquirido há oito anos e desde então estava arrendado a uma senhora reformada que subitamente faleceu. Estava. No momento em que Maria José abre a porta do apartamento, a casa volta a estar habitada. A brisa que traz o vazio, o odor que relembra que a casa precisa de uma limpeza e escuro misturado no silêncio são as segundas sensações que a professora universitária recolhe. A primeira é um enorme alívio.
Maria José conseguiu na semana passada a oficialização do divórcio com o homem que moldou a sua vida durante vinte e dois anos. Agora que a mulher de 46 anos procura o interruptor para acender alguma luz, um arrepio atravessa-lhe a espinha. Uma nova vida está a recomeçar. Como se hoje ela voltasse a ter dezoito anos.
A mulher percorre as paredes e tarda em encontrar um interruptor que lhe traga luz. A noite já tinha caído e é impossível ter um fio luminoso que fosse. Os estores estão fechados e o cansaço vai-se apoderando do seu corpo. Na mão direita, Maria José carrega uma mala com as roupas que conseguiu trazer da casa que partilhou com o ex-marido. Tudo o resto que lhe pertence de alma e coração será recuperado num outro dia. Hoje serve apenas para respirar fundo e esquecer que um dia se julgou feliz. A professora de Psicologia de Aprendizagem não pode ter filhos. Após um ano de variadas tentativas, um médico conceituado informou-a que apenas um milagre faria nascer em si o milagre da vida. O ex-marido nunca aceitou a infertilidade da companheira que jurou amar na saúde e na doença. E durante todo o casamento, a humilhação e convicção de que o problema estava nela, feriram de morte a estima de Maria José. O divórcio, a saída de casa e a chegada ao Edificio Magnólia, é sem sombra de dúvida a porta de saída urgente da mulher. Após uma infrutífera tentativa de encontrar o quadro eléctrico, dirige-se ao primeiro quarto que encontra com uma cama e deita a mala para cima do colchão. Sem electricidade, ela ainda pensa se liga para o homem que lhe entregou a casa para arrendar, mas a hora já é tão avançada que é inusitado tal contacto. O único artefacto que lhe permite oferecer alguma luz é o telemóvel, com a luminosidade libertada do ecrãn. Maria José parece presa à escuridão no seu novo lar. As forças que lhe restam apenas lhe permitem tirar lençóis lavados da mala e fazer apressadamente a cama. Às apalpadelas no escuro, a mulher usa a casa de banho rapidamente e a última coisa que se recorda no fim deste dia longo é de cair na cama e cerrar os olhos. O longo sonho eleva-lhe o espirito numa brisa de felicidade vazia.

A manhã acorda na face de Maria José com a luz que provém da pequena casa de banho privada do quarto. A sua pele branca mas ruborizada, suave mas queimada da idade, respirava um novo amanhecer. Uma madeixa do seu cabelo castanho alourado curto colava-se aos seus lábios finos. Ela acorda e a primeira coisa que faz, mesmo antes de ligar o quadro, mesmo antes de abrir os estores, é enfiar-se no chuveiro que lhe permite tomar o primeiro duche das últimas trinta horas. Maria José não fugiu. Maria José não se escondeu. Maria José procurou apenas levantar-se e impedir que por mais uma vez o seu ex-marido a convencesse a ficar. Sozinha na casa, ela limpa-se delicadamente com a toalha e saboreia a nova cor do seu corpo. Vai para o quarto e veste umas cuecas limpas. Agora sim, ela tinha tempo de ir ligar o quadro e abrir os estores. Volta ao hall de entrada com a toalha segura na mão, quando sente o trinco da porta da sua nova casa a abrir. O tempo de reacção permite-lhe apenas colocar a toalha branca defronte do seu peito desnudado. Vindo do corredor do Edificio, o senhorio entrou sem aviso em casa. Existe um silêncio pertubador entre ambos. Mantém-se uma troca de olhar intensa e que ultrapassa o brilho da retina de cada um. Os olhos verdes de Maria José silenciam por fora mas explodem no seu interior. Defronte de si, está o proprietário do 1º Direito. À frente da toalha que protege o corpo da mulher está o seu cunhado, viúvo da sua irmã mais velha.
Ele bem procurou justificar-se com o facto de ter batido à porta, de ter visto que os estores estão fechados e de ter pensado que ela ainda não tinha chegado a casa. Mas Maria José tem a alma arrebatada. A entrega do corpo de Maria José ao seu cunhado é apenas uma questão dos gestos que se seguem num curto espaço de segundos. Foi o dono do 1º dto que convenceu a professora a deixar o ex-marido. Foi ele que lhe entregou as chaves para quando ela precisasse. Foi aquele homem de cinquenta e dois anos, humilde e cativante que despertou uma nova paixão em Maria José. Por mais ousado que isso pareça. A toalha branca caiu no chão...
Novamente na cama, o corpo despido do homem já cobriu a fragilidade das formas dela. Ouvem-se os sussurros libertados dos lábios dele. Os gemidos dela sopram nos ouvidos do amante. As mãos inseguras dela seguram-se às costas protectoras dele. E aquilo que Maria José sente dentro de si é mais do que o sexo dele a preencher a sede do seu desejo. Ela sente cada pedaço do seu corpo a libertar-se. A sua pele cola-se ao fulgor fisico dele. Os seus seios rosados excitam-se a ponto de chamarem pela boca dele, com os mamilos a despontar. As suas pernas entrelaçam-se na cintura do seu novo senhorio. Maria José entrega-se de corpo e alma ao sol que acorda o seu novo despertar. E o seu orgasmo é um grito de felicidade exacerbada. Ela não está a sentir. Está a sonhar. Porque o sexo do seu cunhado cresce dentro de si e diverte o seu ego. Alimenta a sua paixão. Preenche a sua necessidade de ser amada. O homem apodera-se da lingua da cunhada, assim que ela exprime o êxtase da cópula emergente. Num beijo longo, Maria José abraça-se ao homem que significa tudo para si, menos a realidade. Ele não é o seu cunhado. Ele não é o pedaço de memória que restava da sua irmã. Ele não é o seu novo senhorio. O homem, que volta a arrendar o 1º Direito do Edificio Magnólia... era o anjo erótico dos sonhos mais vibrantes de Maria José.




segunda-feira

1º Esquerdo

Sobem-se dois degraus de mármore branco, antes de aceder à porta de vidro, ladeada de um caixilho branco pérola. Do lado direito estão sete caixas de correio. A de cada fracção, juntamente com a do condominio. Do lado esquerdo, encontra-se uma enorme caixa cinzenta, com seis campainhas e no topo uma câmara de video. Em cada uma das campainhas, é possivel verificar o número de cada um dos apartamentos, bem como as pessoas de contacto correspondentes. No Edificio Magnólia, a imaginação começa assim que se entra pela porta principal.





No 1º Esquerdo mora uma família nuclear, com um agregado familiar comum. Helena e Rodrigo estão casados há dezanove anos. Têm dois filhos, um com dezoito anos, o outro acabou de completar dezasseis. Poder-se-ia dizer que eles representam um lar perfeito. O homem e a sua cônjugue tem a vida definida, uma empresa de manutenção que gerem em comum, com proveitos mensais acima da média, filhos perfeitos e uma aparência vistosa, aos olhos de quem eles pretendem agradar. Helena e o seu marido têm uma vida mais que perfeita. Ilusoriamente...

O filho mais velho do casal estuda numa cidade próxima. Escolheu um curso que lhe permitiu uma certa independência dos pais. Ainda assim, porque esta familia preza a união e a demonstração de amor mútuo, ele regressava a casa quase todos os fins-de-semana. E por capricho, era Rodrigo quem ia buscar o filho à casa alugada na cidade a 50 quilómetros dali. Esta era a rotina que a familia se tinha acostumado desde que o jovem ingressou no curso que lhe iria garantir o futuro na área da Engenharia Civil. Sexta-feira à tarde, depois de terminar um dia mais curto de trabalho, Rodrigo deixa a cidade. No entanto, antes mesmo de ir buscar o filho à hora marcada, ele irá encontrar-se com o seu segredo. Nos arredores da cidade onde o filho de Rodrigo estuda, mora uma funcionária da secretaria da universidade local. Vinte e cinco minutos antes das seis, o homem de 45 anos toca à campainha da mulher solteira, dezasseis anos mais nova que ele. À espera dele, está um beijo intenso misturado com as linguas e uma lingerie vermelha envolta num corpo ousado e intimamente irresistivel. Ela gostava de receber o amante com o perfume de pétalas indonésias e um broche quente e meigo no hall de entrada. O tempo é importante na relação adúltera de Rodrigo, por isso as palavras escasseiam nestes minutos loucos. Assim que ela o põe irremediavelmente enfeitiçado pelos seus dotes eróticos, eles dirigem-se para a sala, onde o sofá parece ser o espaço mais proveitoso para ele despir a roupa ousada da escriturária e penetrá-la por trás, ainda antes dela ter tempo de se acostumar àquela posição. Os gemidos descomprometidos da mulher solteira não intimidam a excitação que Rodrigo sente em si. O rabo empinado da loira incitava-o a penetrar mais fundo, de modo a que ela pudesse sentir o desejo que o invadiu durante toda a semana. Em doze minutos, Rodrigo e a sua amante libertaram os desejos que lhes invadem secretamente os sonhos. E assim que ela se vem, com gritos cadentes, já deitada no sofá, ele repousa sobre ela. Entrega num último esforço o fruto proibido da sua paixão e delicia-se com os pequenos seios da jovem. As palavras que restam servem para Rodrigo lembrá-la que é um homem comprometido e com compromissos. Os gestos que ainda são possiveis esboçar servem para a jovem loira demonstrar ao seu amante que o deseja, mais do que uma queca por semana. O beijo profundo que ela lhe entrega é uma marca que o vai acompanhar durante a próxima semana. Os mesmos rituais são repetidos semana após semana. Rodrigo veste-se, procura manter um ar frio e vai buscar o seu filho com cerca de dez minutos de atraso.


No largo átrio de entrada do Edificio Magnólia, o morador ou visitante depara-se com duas possibilidades para aceder aos diferentes andares do prédio. A mais fácil será pelo enorme elevador. No entanto, se o objectivo é chegar ao 1º esquerdo, a melhor opção será as escadas. Num dia útil normal, um pouco antes da seis, Helena estaria à espera do seu filho mais novo, proveninete da escola, começando a preparar o jantar. Mas hoje não é um dia normal. Hoje é Sexta-Feira. O seu marido foi buscar o filho mais velho e o seu filho mais novo foi para casa de amigos, depois das aulas, para passar a noite com Playstations, TV Cabo, jogos a dinheiro e muito possivelmente namoradas.
Na cozinha, apoteose de uma divisão equipada para o futuro, Helena corta as cenouras com uma delicadeza firme e uma vagarosidade anormal. A cozinha trabalha por si. A água inicia o seu processo de fervura, o forno aumenta gradualmente a sua temperatura e o seu amante aguarda que ela lhe dê alguns minutos de atenção. O homem que está sentado atrás de si é um cliente antigo da firma que Helena gere em conjunto com o marido. O sorriso hipnotizante que é largado da sua face redonda cativa o homem quarentão a derretê-la de mimos e palavras amorosas. Algo que ela, nos seus 41 anos preza como o ar que respira. Farto de esperar que tudo estivesse preparado para deitar na panela, ele levanta-se e aproxima-se da mulher. Helena sente as mãos dele invadirem o seu corpo. Helena sente os dedos delicados dele a rodearem o seu peito, excitando os mamilos húmidos da mulher. Helena sente a pele dela deslizar pelas suas curvas, como um oleiro a moldar o barro. Helena bloqueia quando pressente os membros do seu cliente levantarem a saia preta que ela ainda vestia. Helena era dele. Emprestada. Usada em segredo. Manuseada gentilmente enquanto o marido vai buscar o seu filho. Até à água atingir os cem graus centigrados, Helena tem que ferver. Ele ajoelha-se e apalpa as nádegas da mulher, sem cuecas desde que ela chegou a casa. A boca dele condimenta o fruto que ela sente em brasa, apenas e só porque ele está ali. Helena é sugada no seu âmago mais escaldante e os gemidos não significam nada. Ele prova os liquidos vaginais da sua amante, ao mesmo tempo que massaja a carne do rabo dela, ao mesmo tempo que se excitava, ao mesmo tempo que sentia o tempo urgir. O calor emitido pelo forno misturava-se com a humidade que o sexo de Helena liberta, mas isso continua a não significar nada. O seu amante levanta-se e pega no corpo dela, fazendo-a rodopiar sobre si mesma. Helena está agora à mercê do desejo dele. Helena sabe que ele é intenso. Helena sabe que ele a vai beijar e derreter-lhe os lábios carnudos, enquanto segura no rabo dela e a senta no balcão sujo e molhado da cozinha. Rapidamente, ele abre as calças e coloca com uma mestria sedutora o seu sexo por entre as pernas dela. A rata de Helena é agora posse do seu amante e o seu grito de prazer não significa absolutamente nada. Os beijos no pescoço a sugarem a sua pele madura. As mãos a encherem os seus seios descaidos. O peito dele a esmagar-lhe a respiração. O pénis duro e convicto dele a encher-lhe o desejo. No sitio onde os seus cozinhados são feitos com amor, dedicação e carinho para toda a sua familia, Helena vêm-se com as constantes penetrações do homem que é apenas e só um cliente. As palavras de prazer cuspidas da sua boca, a respiração descontrolada, os olhos cerrados e as mãos enterradas no rabo dele. Isso sim, quer dizer alguma coisa. Quer dizer que Helena entregou a sua alma ao amante que a faz vir de uma forma tão intensa como a água que agora ferve. No lume do fogão e na chama do seu sexo.
O amante tinha que sair. O jantar não estava feito para si. A refeição afrodisiaca que ele pretendia já tinha sido degustada. Em segredo.

Da janela da enorme sala do 1º esquerdo do Edificio Magnólia, o sol repousava por entre dois prédios e o ar acalmava na noite. Lá dentro, Helena, Rodrigo e o filho mais novo jantavam em perfeita harmonia. Ilusoriamente, tudo estava bem e o mais certo era o casal adormecer na mesma cama.

domingo

Isto é apenas o inicio...

-
"Tu gostas de ver, não gostas?"
Tagline do filme Sliver, de 1993, com Sharon Stone e William Baldwin. http://www.imdb.com/title/tt0108162/






A história que agora se inicia não é suposto ter um fim. A história que se segue não é uma novela comum, nem tão pouco um mero desenrolar de posts. A história que vos conto é uma aventura...
É um desenrolar de uma história que se partilha em seis pedaços. Cada um desses pedaços transpira sensualidade, erotismo e muita intimidade secreta. Singularmente, cada pedaço faz parte de uma trivialidade tão comum. E no fundo, todos esses pedaços têm as suas ligações.

Enraizado no centro de uma grande cidade portuguesa, existe um edificio singular. Na sua estrutura, nas suas rotinas e nos seus peculiares habitantes e inquilinos. O Edificio Magnolia é um prédio de três andares, com dois apartamentos por cada nível, à excepção da cave, que é a casa de serviço. Um prédio recente, com particularidades diferentes em cada uma das fracções.

Do 1º esquerdo ao 3º direito vivem personagens tão características como a acompanhante de luxo que decidiu morar sozinha para rentabilizar o seu negócio de prazer, depois do sucesso num clube privado; o casal mais que perfeito à beira da ruptura, que continua a ferir-se mutuamente nas costas com duas facas afiadas de traição; o curioso casal de idades distintas mas pensamentos comuns, que procura conhecer cada vez melhor o mundo delicado da partilha; o professor de Equitação, charmoso e inevitavelmente atraente, irresistivel aos olhos de qualquer vizinha; a jovem universitária que se apaixonou pela colega com quem partilha o apartamento e que namora há seis anos com o amor da sua vida; a professora universitária quarentona, que terminou recentemente um casamento de 20 anos com um homem que a humilhava por ela não poder ter filhos;
As paredes deste prédio são testemunhas das vivências destas personagens fortes, misteriosamente eróticas e perigosamente envolvidas. Daqui em diante, tudo o que será revelado serão os seus segredos mais intimos.
O blogue que hoje se inicia é uma aventura à imaginação intima de cada um de nós. Os posts futuramente publicados farão uma invasão ao desejo, à paixão, à sensualidade e erotismo que cada uma das personagens vive.
Esta história não é um conto romântico. Estes relatos não fazem parte de um filme de qualidade duvidosa do Cine Bolso. Os posts que se seguem não se assemelham aos blogs que costuma ler.
Prepare-se para entrar na moradia mais ousada e eroticamente quotidiana que jamais teve o prazer de visitar.
A semelhança com qualquer vida real que possa achar conhecer é mera coincidência. Mas o desejo que vive em todas estas personagens poderá morar na sua imaginação.
Seis apartamentos, seis histórias. Cinco delas são fruto de uma larga imaginação. Mas uma delas é real. Intensamente real.
Consegue descobrir qual?