... como é que é????
Let go... or... don't let go?
sexta-feira, outubro 31, 2008
Instantes
Deu meia volta e sorriu.
O vestido, de tecido leve, dançou-lhe nas pernas.
Sentiu-me feminina, bonita.
Há algum tempo que não tinha essa sensação.
O vestido, de tecido leve, dançou-lhe nas pernas.
Sentiu-me feminina, bonita.
Há algum tempo que não tinha essa sensação.
Desencontros
Conheço-a há uns 3 ou 4 anos.
Ao vivo, vimo-nos cerca de 4 vezes, imagino, apesar de só me conseguir recordar de 3.
Antes disso, ouvia falar dela com frequência, por intermédio de amigos comuns. A empatia, foi à primeira vista, e total.
Trocámos nºs de telefone e mails.
Em ciberconversas partilhámos sonhos, confidências, desilusões. Criámos projectos que nunca se concretizaram, mas nos quais continuamos a colocar um pouco de energia.
Estranhamente, faz parte daquele círculo de pessoas de quem a minha alma se encontra mais próxima.
Tentámos muitas e muitas vezes encontrarmo-nos. Mas... uma de nós estava doente, a viagem não se concretizava, o trabalho não permitia sair mais cedo.
"Voltaremos a tentar!"
Inesperadamente, consigo um fim de semana para ir lá. Envio-lhe a mensagem surpresa.
- Tomamos café, no sábado, depois do almoço?
Responde-me:
- Este fim de semana vou para aí, ver um concerto. Regresso no domingo.
É quando eu volto de lá.
Há coisas que não têm de acontecer...
Ao vivo, vimo-nos cerca de 4 vezes, imagino, apesar de só me conseguir recordar de 3.
Antes disso, ouvia falar dela com frequência, por intermédio de amigos comuns. A empatia, foi à primeira vista, e total.
Trocámos nºs de telefone e mails.
Em ciberconversas partilhámos sonhos, confidências, desilusões. Criámos projectos que nunca se concretizaram, mas nos quais continuamos a colocar um pouco de energia.
Estranhamente, faz parte daquele círculo de pessoas de quem a minha alma se encontra mais próxima.
Tentámos muitas e muitas vezes encontrarmo-nos. Mas... uma de nós estava doente, a viagem não se concretizava, o trabalho não permitia sair mais cedo.
"Voltaremos a tentar!"
Inesperadamente, consigo um fim de semana para ir lá. Envio-lhe a mensagem surpresa.
- Tomamos café, no sábado, depois do almoço?
Responde-me:
- Este fim de semana vou para aí, ver um concerto. Regresso no domingo.
É quando eu volto de lá.
Há coisas que não têm de acontecer...
Samhain
"Samhain é um dos Sabbaths Maiores, e é celebrado geralmente no dia 31 de Outubro (ou exactamente na data entre Mabon e Yule). Samhain é o dia para três coisas: aceitar a ideia de morte, honrarmos e relembrarmos aqueles que já morreram, e finalizar os projectos deste ano. Esta é uma época escura, na qual lidamos com a parte mais escura e sábia de nós próprios. É uma boa altura para olharmos para o passado e futuro, para compreendermos o Tempo como cíclico, de libertar a energia que guardamos e acumulamos ao longo do ano.
...
Esta é também uma boa altura para nos libertarmos de fraquezas, defeitos e vicios, o nome dos quais podem ser escritos em pedaços de papel e queimados no caldeirão. Um costume é acender uma vela laranja à meia noite e deixa-la acesa até ao nascer do sol para dar boa sorte no ano que chega. Velas pretas são também usadas para banir energias negativas. Outro costume, claro, é esvaziar e carvar uma abóbora, e acender uma vela lá dentro, criando assim uma lanterna. "
in http://castelodalua.net/
...
Esta é também uma boa altura para nos libertarmos de fraquezas, defeitos e vicios, o nome dos quais podem ser escritos em pedaços de papel e queimados no caldeirão. Um costume é acender uma vela laranja à meia noite e deixa-la acesa até ao nascer do sol para dar boa sorte no ano que chega. Velas pretas são também usadas para banir energias negativas. Outro costume, claro, é esvaziar e carvar uma abóbora, e acender uma vela lá dentro, criando assim uma lanterna. "
in http://castelodalua.net/
quinta-feira, outubro 30, 2008
E hoje...
... foi o dia em que me cortei à formação de Évora, pelo único motivo de que... nas últimas duas semanas, não aprendi nada!!!!
Efémero
Tinham comentado o quanto ele era interessante, sentadas no banco de madeira da estação, rindo como adolescentes que eram, a sensação, ainda que inconsciente, de que tudo era possível naquele início de Verão quente.
O rapaz, alguns anos mais velho, olhava de vez em quando e elas fingiam não perceber. K. acabou por ir comprar os bilhetes, deixando-a sozinha ali e, nesse instante, ele aproximou-se dela, sentando-se.
- Sabes explicar-me onde é que se troca de comboio para ir para Albufeira?
- Para Albufeira não é preciso trocares. - respondeu ela, tentando não rir perante o olhar incrédulo de K., ao mesmo tempo que se questionava se ele usara a pergunta para se aproximar, ou não saberia mesmo nada de comboios no Algarve. - Só trocas em Tunes, caso queiras ir para os lados de Lisboa.
Foi o início de uma conversa que durou mais de uma hora (os comboios eram bastante lentos, na altura!!!). Ele era de Aveiro, tinha duas irmãs, vinha ter com uns amigos que estavam a acampar, perguntou se queriam ir ter com eles um dia destes e elas responderam que não, que tinham casa na Ilha de Faro e passariam lá o Verão. Não era provável que fossem para Albufeira. Não lhe explicaram que tinham apenas 14 anos e que a avó dela ficaria escandalizada com a ideia de irem as duas para Albufeira em busca de um rapaz mais velho que tinham conhecido no comboio.
Ele deu-lhe a morada dele.
- Escreve! - disse. - Vamos continuar a conversa....
Ela guardou a morada com um sorriso. Sabia que não escreveria. Que existiam alguns momentos que tinham valor porque eram assim, efémeros e, por isso, ficariam como pinturas no tempo, nada desgastadas pelas teias da realidade. Não descobriria coisas nele com as quais não se identificava, as cartas não se tornariam cada vez mais pequenas e mais espaçadas no tempo, fazendo com que a amizade, pouco fortalecida, morresse lentamente. Talvez fosse ingenuidade, medo de mergulhar na vida, mas naquela altura não se questionava com essas coisas. Tinha muitas certezas, ela.
Ainda hoje, não sabe bem se essa filosofia está correcta ou era apenas uma fuga. Mas a verdade é que se recorda bem dele...
O rapaz, alguns anos mais velho, olhava de vez em quando e elas fingiam não perceber. K. acabou por ir comprar os bilhetes, deixando-a sozinha ali e, nesse instante, ele aproximou-se dela, sentando-se.
- Sabes explicar-me onde é que se troca de comboio para ir para Albufeira?
- Para Albufeira não é preciso trocares. - respondeu ela, tentando não rir perante o olhar incrédulo de K., ao mesmo tempo que se questionava se ele usara a pergunta para se aproximar, ou não saberia mesmo nada de comboios no Algarve. - Só trocas em Tunes, caso queiras ir para os lados de Lisboa.
Foi o início de uma conversa que durou mais de uma hora (os comboios eram bastante lentos, na altura!!!). Ele era de Aveiro, tinha duas irmãs, vinha ter com uns amigos que estavam a acampar, perguntou se queriam ir ter com eles um dia destes e elas responderam que não, que tinham casa na Ilha de Faro e passariam lá o Verão. Não era provável que fossem para Albufeira. Não lhe explicaram que tinham apenas 14 anos e que a avó dela ficaria escandalizada com a ideia de irem as duas para Albufeira em busca de um rapaz mais velho que tinham conhecido no comboio.
Ele deu-lhe a morada dele.
- Escreve! - disse. - Vamos continuar a conversa....
Ela guardou a morada com um sorriso. Sabia que não escreveria. Que existiam alguns momentos que tinham valor porque eram assim, efémeros e, por isso, ficariam como pinturas no tempo, nada desgastadas pelas teias da realidade. Não descobriria coisas nele com as quais não se identificava, as cartas não se tornariam cada vez mais pequenas e mais espaçadas no tempo, fazendo com que a amizade, pouco fortalecida, morresse lentamente. Talvez fosse ingenuidade, medo de mergulhar na vida, mas naquela altura não se questionava com essas coisas. Tinha muitas certezas, ela.
Ainda hoje, não sabe bem se essa filosofia está correcta ou era apenas uma fuga. Mas a verdade é que se recorda bem dele...
quarta-feira, outubro 29, 2008
Campanha Solidária - Um presente cheio de Natal
terça-feira, outubro 28, 2008
Fidelidade
A conversa da manhã girou à volta da fidelidade, do ciúme visceral e da sensação de que, enquanto os outros animais monogâmicos pura e simplesmente o são, os seres humanos vivem a monogamia como uma coisa que "obviamente está certo", mas que mais parece uma "imposição social".
Existem sociedades não monogâmicas, e as que o são, na maioria das vezes não o são.
Honestamente - e da parte de alguém que tem verdadeiramente hábitos monogâmicos - isto não vos parece estranho?????
Existem sociedades não monogâmicas, e as que o são, na maioria das vezes não o são.
Honestamente - e da parte de alguém que tem verdadeiramente hábitos monogâmicos - isto não vos parece estranho?????
sábado, outubro 25, 2008
Responsabilidade...
Estou cansada de ver centenas de pessoas a brincar às pessoas grandes. Neste ultimos três dias cansei-me de ver quatro adultos brincarem às formações e de duzentas pessoas fingirem que a recebiam.
Cansei-me das queixas de todos, de como o mundo é cruel, o governo não presta, os clientes estão sempre insatisfeitos, ganha-se mal, trabalha-se muito e, o mais assustador, não se acredita no que se faz. Esta é a parte que me arrepia até ao tutano, a frase que me causa um temor que chega aos ossos.
Viver-se a não acreditar no que se faz! E quantos de nós fazemos isso? É cansativo, tira a energia, e depois precisamos de falar mal, resmungar, olhar com raiva para quem se ri, está feliz, desejando sugar-lhe a energia até que essa pessoa se sinta tão mal quanto nós.
O mundo é cruel? Talvez! O governo não presta? Provavelmente. Os clientes estão sempre insatisfeitos? Tanto quanto nós. Enfim... aquilo que temos de meter na cabeça, ainda que seja à martelada, é que vivemos no mundo que construímos, e quanto menos nos responsabilizarmos por ele, apontando o dedo a tudo o que não presta, menos poder temos, menos mudança nos permitimos fazer.
Pelo menos, peguemos naquilo que temos e vamos fazer o melhor que sabemos com isso. Fazer algo em que não se acredita? Brincar às pessoas grandes!!!! Seremos sempre seres a fazer experiências e a esperar que tudo corra pelo melhor, seja qual for a idade que temos. Arrepia-me pensar em alguém que entre num hospital em perigo de vida e encontre um médico, ou uma enfermeira que não acredita no que faz. Que não trabalha porque o governo não presta ou o mundo é cruel. Que não faz "aquela coisa" porque não é a sua função e não é paga para isso.
Crescer, para mim, é pegar naquilo que me é dado, e cultivar o meu jardim. Com responsabilidade. Sabendo que pode não ser perfeito, mas é meu, tem a minha assinatura e, como tal, mostra quem eu sou. Fazendo o meu melhor. Pelo menos, o melhor que posso dar na altura.
Cansei-me das queixas de todos, de como o mundo é cruel, o governo não presta, os clientes estão sempre insatisfeitos, ganha-se mal, trabalha-se muito e, o mais assustador, não se acredita no que se faz. Esta é a parte que me arrepia até ao tutano, a frase que me causa um temor que chega aos ossos.
Viver-se a não acreditar no que se faz! E quantos de nós fazemos isso? É cansativo, tira a energia, e depois precisamos de falar mal, resmungar, olhar com raiva para quem se ri, está feliz, desejando sugar-lhe a energia até que essa pessoa se sinta tão mal quanto nós.
O mundo é cruel? Talvez! O governo não presta? Provavelmente. Os clientes estão sempre insatisfeitos? Tanto quanto nós. Enfim... aquilo que temos de meter na cabeça, ainda que seja à martelada, é que vivemos no mundo que construímos, e quanto menos nos responsabilizarmos por ele, apontando o dedo a tudo o que não presta, menos poder temos, menos mudança nos permitimos fazer.
Pelo menos, peguemos naquilo que temos e vamos fazer o melhor que sabemos com isso. Fazer algo em que não se acredita? Brincar às pessoas grandes!!!! Seremos sempre seres a fazer experiências e a esperar que tudo corra pelo melhor, seja qual for a idade que temos. Arrepia-me pensar em alguém que entre num hospital em perigo de vida e encontre um médico, ou uma enfermeira que não acredita no que faz. Que não trabalha porque o governo não presta ou o mundo é cruel. Que não faz "aquela coisa" porque não é a sua função e não é paga para isso.
Crescer, para mim, é pegar naquilo que me é dado, e cultivar o meu jardim. Com responsabilidade. Sabendo que pode não ser perfeito, mas é meu, tem a minha assinatura e, como tal, mostra quem eu sou. Fazendo o meu melhor. Pelo menos, o melhor que posso dar na altura.
terça-feira, outubro 21, 2008
Filosofia de Rua 2
Na antiga estação de Queluz-Belas:
Os animais são nossos amigos. Eu não como os meus amigos.
P.S. Aqui poderá haver divergência de opiniões. Compreendo.
segunda-feira, outubro 20, 2008
errrrr....
Numa semana com 4 reuniões de 3 horas cada e dois dias de formação, como é que esperam que o pessoal trabalhe??????
sábado, outubro 18, 2008
Da inveja...
Há algum tempo atrás perdi cerca de 6 kg. Voltei a ter 50kg, o que não é nada de extraordinário, visto eu ter pouco mais de um metro e meio.
No entanto, e porque sou baixa, 6Kg fazem diferença e sinto-me bastante mais confortável com o meu corpo, uma vez que sempre fui magra.
Isto não é assim tão importante. O interessante é o que os outros fazem disso. Quem me conhece e está mais interessado na minha pessoa do que no meu peso,sabe que me sinto melhor, elogia-me e não faz mais comentários. Mas eis o que perder peso pode causar em algumas mulheres,e aquilo que eu lhes devia ter respondido, mas não respondi, porque fiquei demasiado estupidificada a olhar para elas:
- Hmmm, andas a tentar competir comigo? - pergunta a gaja que costumo encontrar no café.
"Sim, claro, eu não emagreço para me sentir bem comigo mesma, mas para competir com uma pessoa que mal conheço e que reclamou durante não sei quantos dias com a sopa que comia para a fazer emagrecer. É a minha razão de viver!"
- Ah, estás tão magra!!! Não estás mal, mas antes tinhas um belo rabo, agora nem se nota! - comenta a mulher da sapataria, ao pé da minha casa, a quem costumo dizer bom dia.
"Primeiro que tudo, não sabia que tinhas o hábito de olhar para o meu rabo. Depois, como deves imaginar, satisfazer-te com o meu corpo não é a minha prioridade do momento."
-Hmmm, que magrinha! Não me digas, andas a dieta!!!! Toma cuidado, olha que já se vêem os ossos do ombro! - a colega invejosa lá do trabalho.
"Chama-se clavícula, burra! E claro que se vêem, a mim e a toda a gente! E não, não ando a dieta,mas se andasse, continuava a ser problema meu!"
Juro que não entendo. As pessoas não têm mais nada para fazer na vida? Preocupem-se consigo mesmos e não se comparem com os outros. Se não têm nada de agradável para dizer... não digam nada!!!!! Ninguém perguntou...
E a dor de cotovelo... cura-se com creme nívea!
No entanto, e porque sou baixa, 6Kg fazem diferença e sinto-me bastante mais confortável com o meu corpo, uma vez que sempre fui magra.
Isto não é assim tão importante. O interessante é o que os outros fazem disso. Quem me conhece e está mais interessado na minha pessoa do que no meu peso,sabe que me sinto melhor, elogia-me e não faz mais comentários. Mas eis o que perder peso pode causar em algumas mulheres,e aquilo que eu lhes devia ter respondido, mas não respondi, porque fiquei demasiado estupidificada a olhar para elas:
- Hmmm, andas a tentar competir comigo? - pergunta a gaja que costumo encontrar no café.
"Sim, claro, eu não emagreço para me sentir bem comigo mesma, mas para competir com uma pessoa que mal conheço e que reclamou durante não sei quantos dias com a sopa que comia para a fazer emagrecer. É a minha razão de viver!"
- Ah, estás tão magra!!! Não estás mal, mas antes tinhas um belo rabo, agora nem se nota! - comenta a mulher da sapataria, ao pé da minha casa, a quem costumo dizer bom dia.
"Primeiro que tudo, não sabia que tinhas o hábito de olhar para o meu rabo. Depois, como deves imaginar, satisfazer-te com o meu corpo não é a minha prioridade do momento."
-Hmmm, que magrinha! Não me digas, andas a dieta!!!! Toma cuidado, olha que já se vêem os ossos do ombro! - a colega invejosa lá do trabalho.
"Chama-se clavícula, burra! E claro que se vêem, a mim e a toda a gente! E não, não ando a dieta,mas se andasse, continuava a ser problema meu!"
Juro que não entendo. As pessoas não têm mais nada para fazer na vida? Preocupem-se consigo mesmos e não se comparem com os outros. Se não têm nada de agradável para dizer... não digam nada!!!!! Ninguém perguntou...
E a dor de cotovelo... cura-se com creme nívea!
sexta-feira, outubro 17, 2008
Um dia...
Um dia escreverei um post intitulado "Eu, ele e a Marta", sendo que a única personagem que permanece a mesma... sou eu!
A vida é estranha.
Um dia... escrevo-o mesmo!!!!
Esperar
Às vezes, andamos depressa demais. Muito trabalho, muitos pensamentos, muita correria. Muitas coisas importantíssimas!!!!
E depois temos de parar... e esperar pela nossa sombra. Porque até tudo o que é importante parece deixar de ter sentido, como se o fio condutor que nos recorda de quem somos tivesse ficado para trás, fosse esticado até ao limite.
Se não houver tempo, consciência e entrega, até aquilo que nos dá prazer fica sem sabor.
Vou sentar-me, aguardar pela sombra, pelo prazer. Arrumar cuidadosamente as minhas gavetas. Ver o que já não preciso, o que é essencial e o que é acessório. Usar o meu saco de energia com amor, sabendo que é precioso.
Ver se ainda me recordo de como se respira.
PS. Enquanto escrevia este texto, olhei duas vezes pela janela, o que não me acontecia há muito. Na primeira vez, apercebi-me de que o prédio da frente já não tem os andaimes habituais, e está pintadinho de fresco, lindo.
Na segunda vez, dois pombos pousaram no parapeito e olharam para mim, como se dissessem, "isso, isso! é mesmo por aí!" :)
Gosto, honestamente, destas confirmações!
E depois temos de parar... e esperar pela nossa sombra. Porque até tudo o que é importante parece deixar de ter sentido, como se o fio condutor que nos recorda de quem somos tivesse ficado para trás, fosse esticado até ao limite.
Se não houver tempo, consciência e entrega, até aquilo que nos dá prazer fica sem sabor.
Vou sentar-me, aguardar pela sombra, pelo prazer. Arrumar cuidadosamente as minhas gavetas. Ver o que já não preciso, o que é essencial e o que é acessório. Usar o meu saco de energia com amor, sabendo que é precioso.
Ver se ainda me recordo de como se respira.
PS. Enquanto escrevia este texto, olhei duas vezes pela janela, o que não me acontecia há muito. Na primeira vez, apercebi-me de que o prédio da frente já não tem os andaimes habituais, e está pintadinho de fresco, lindo.
Na segunda vez, dois pombos pousaram no parapeito e olharam para mim, como se dissessem, "isso, isso! é mesmo por aí!" :)
Gosto, honestamente, destas confirmações!
quarta-feira, outubro 15, 2008
Filosofia de Rua
Num túnel, em Queluz Ocidental.
Ontem, passei por aqui. Estava contente.
Hoje, passei por aqui. Estou triste.
Resultado: ESTOU VIVO!!!!!
Blog Action Day - Pobreza!
Doar não é apenas coisa de quem tem dinheiro, mais tempo! Qualquer um de nós pode doar tempo, roupa, sorrisos... partilhar um conhecimento, uma história.
Não é coisa para se fazer apenas no Natal. Todos os dias há qualquer coisa que podemos fazer. Todos. Não apenas em algum.
Recebi um e-mail, há tempos, de um jovem que propunha criar uma conta em que toda a gente colocasse um euro por mês, e todos os meses, esse dinheiro seria doado a uma instituição.
Li sobre alguém que bebia o primeiro café do dia em casa, e colocava os 0,50€ numa caixa, para doar no final do ano.
Sobre quem escolhia, ao longo dos seus dias, os actos de caridade que mais o inspirassem e fazia um brainstorming de qual o seu poder de acção. Dar roupas, livros, comida.
Sobre quem lia histórias para crianças, como acto de voluntariado.
Sobre quem, no dia em que, inesperadamente, lhe pagam a refeição, guarda esse dinheiro para doar.
Ideias não faltam. E acções? Há um momento em que temos de escolher. Seremos parte do problema, ou poderemos fazer parte da solução?
terça-feira, outubro 14, 2008
Madrugar
6h18am
Linha de Sintra
A estação de comboio não estava cheia,mas imitava bastante bem.
Sensação estranha, esta. Eu ali, num dia em que tive de me levantar excepcionalmente cedo. Confrontei-me com o frio da madrugada, a noite escura como breu,o céu ainda estrelado e a Lua Cheia, prestes a pôr-se do lado oposto.
Estas pessoas, à minha volta, estão na sua rotina. Levantam-se às 5h30 da manhã, saem de casa às 6h para apanhar o comboio que as levará ao trabalho.
Entro no comboio e é outro choque. Está cheio. Tenho de passar para outra carruagem para encontrar lugar. Sento-me. No banco da frente,um bebé de casaco azul e chucha vermelha pisca na minha direcção. Sorrio-lhe. Abana-se, rindo! É o único, dentro da carruagem,que parece não ter sono.
Saio em Sete Rios e dirijo-me ao Expresso. Mais uma estação cheia,a música altíssima ecoa por todo o lado. Carrie, dos Europe (alguém se lembra?). Agora, para além do frio e do sono, estou a ter um pesadelo!
Definitivamente, hoje, comecei a dar mais valor à minha cama, aos meus horários, à minha vida!
Linha de Sintra
A estação de comboio não estava cheia,mas imitava bastante bem.
Sensação estranha, esta. Eu ali, num dia em que tive de me levantar excepcionalmente cedo. Confrontei-me com o frio da madrugada, a noite escura como breu,o céu ainda estrelado e a Lua Cheia, prestes a pôr-se do lado oposto.
Estas pessoas, à minha volta, estão na sua rotina. Levantam-se às 5h30 da manhã, saem de casa às 6h para apanhar o comboio que as levará ao trabalho.
Entro no comboio e é outro choque. Está cheio. Tenho de passar para outra carruagem para encontrar lugar. Sento-me. No banco da frente,um bebé de casaco azul e chucha vermelha pisca na minha direcção. Sorrio-lhe. Abana-se, rindo! É o único, dentro da carruagem,que parece não ter sono.
Saio em Sete Rios e dirijo-me ao Expresso. Mais uma estação cheia,a música altíssima ecoa por todo o lado. Carrie, dos Europe (alguém se lembra?). Agora, para além do frio e do sono, estou a ter um pesadelo!
Definitivamente, hoje, comecei a dar mais valor à minha cama, aos meus horários, à minha vida!
segunda-feira, outubro 13, 2008
Alguém me explique como se eu fosse muito burra...
... o que me faz apanhar, amanhã, um Expresso para Évora, ÀS 7 DA MATINA??????????
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