Já percebi que a Mafalda Veiga suscita muitas reacções de amor/ Ódio. A mim de amor...
Por isso, gostava de dedicar esta música aos malucos que me acompanharam até às 3 e meia da matina, ontem... porque a cumplicidade, por vezes, parece que sempre existiu...
A noite vem às vezes tão perdida
e quase nada parece bater certo
há qualquer coisa em nós inquieta e ferida
e tudo que era fundo fica perto
nem sempre o chão da alma é seguro
nem sempre o tempo cura qualquer dor
e o sabor a fim do mar que vem do escuro
é tantas vezes o que resta do calor
se eu fosse a tua pele
se tu fosses o meu caminho
se nenhum de nós se sentisse nunca sozinho
trocamos as palavras mais escondidas
que só a noite arranca sem doer
seremos cúmplices o resto da vida
ou talvez só até amanhecer
fica tão fácil entregar a alma
a quem nos traga um sopro do deserto
olhar onde a distância nunca acalma
esperando o que vier de peito aberto
se eu fosse a tua pele
se tu fosses o meu caminho
se nenhum de nós se sentisse nunca sozinho