Donas de Casa Desesperadas. Ou só desesperadas...
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Esta Bree, que bem pode ser a vizinha do lado, a esteticista, a sapateira, a chefe de secção, a mulher das limpezas, a motorista, tu e eu, achava estranha toda a exaltação à volta do sexo. Achava os filmes pornográficos ou eróticos exagerados. Achava que tesão (nenhuma outra palavra cabe aqui, a não ser mesmo t-e-s-ã-o) era coisa de primeiros encontros e descobertas. Achava que quem dizia que ter um orgasmo era a melhor coisa do mundo eram os pobres-de-emoções-que-acham-que-cinco-segundos-de-prazer-compensa-todos-os-outros-prazeres. Gostava, é certo. Muito, também é certo. Mas só quando fez sexo com o novo parceiro descobriu que, afinal, muito bom era muito má adjectivação.
Esta Bree pode continuar a achar que sexo é só um dos prazeres e não o supremo gozo. Mas acha, agora, que é supremo o gozo quando faz sexo. Acha que dizer que se sente abandonar-se nos corredores do seu corpo; dizer que a garganta lhe dói em sinal de protesto pelos gritos que a violam; dizer que, perto do que sente, um vulcão em erupção é um eufemismo, é cair no mesmo erro:
O de não ter percebido que só quando não se é capaz de descrever a sensação é que é possível a definição: orgasmo. Eco. Eco. Eco. Eco….
E agora, desculpem lá, mas este post acaba como o cunnilingus a Bree: abruptamente. Mas só porque já venho!
ps: qualquer semelhança com a série é mera ficção