Há 50 anos, o Rali de Monte Carlo tornava-se numa das mais controversas de sempre, tão controversa que o vencedor declarado pelos comissários teve vergonha de dizer que tinha ganho.
Em 1966, o Rali de Monte Carlo era como é agora: um dos mais prestigiosos do mundo. E todas as marcas participavam com os seus carros, embora a ideia das "equipas de fábrica" não era aquela que temos agora. A Mini dominava o panorama, e era sempre o vencedor desde 1964, chegando até ao ponto do monopólio nos lugares do pódio, como aconteceu em 1966, com Timo Makinen, Rauno Aaltonen e Paddy Hopkirk. Nesse ano, o melhor dos "não-Mini" foi o Ford Cortina de Roger Clark, no quarto posto. E foi então que a controvérsia se instalou, quando os organizadores decidiram desqualificar os carros... porque tinham as luzes de nevoeiro colocadas de forma inadequada!
A polémica foi tal (a regra tinha sido mudada à última da hora) que o Principe Rainier se recusou a comparecer ao jantar de entrega dos prémios, pois acharam que a organização tinha ido longe demais. E claro, teorias da conspiração - porque o vencedor tinha sido um Citroen - lá apareceram. Afinal de contas, um carro francês a vencer o Rali de Monte Carlo era importante.
Pauli Toivonen era a primeira geração dos "finlandeses voadores", ao lado de Makinen e Aaltonen. Nascido em 1929 em Jyvaskyla, tinha guiado sempre em Citroens, especialmente quando ganhou o rali dos Mil Lagos (antecessor do Rali da Finlândia) em 1962, com o modelo DS19. Apesar desta vitória, Toivonen nunca falou dela, por causa da polémica que se viu envolvido, sem querer. Felizmente, a sua carreira foi além dela, pois em 1968, trocou o Citroen (em 1967 tinha andado na Lancia, equipa onde também andaria o seu filho quase vinte anos depois) pela Porsche, e com um 911T, foi campeão europeu, vencendo em Sanremo e sendo segundo em Monte Carlo.
Toivonen pai pendurou pouco depois o seu capacete viu a carreira dos seus dois filhos, Henri e Harri, quer nos ralis, quer nas pistas. No inicio de 1986, viu Henri, o mais velho, vencer no mesmo local, de forma convincente e não "na secretaria", como tinha acontecido a si. E sentiu que a honra da sua família estava reposta.
Em 1966, o Rali de Monte Carlo era como é agora: um dos mais prestigiosos do mundo. E todas as marcas participavam com os seus carros, embora a ideia das "equipas de fábrica" não era aquela que temos agora. A Mini dominava o panorama, e era sempre o vencedor desde 1964, chegando até ao ponto do monopólio nos lugares do pódio, como aconteceu em 1966, com Timo Makinen, Rauno Aaltonen e Paddy Hopkirk. Nesse ano, o melhor dos "não-Mini" foi o Ford Cortina de Roger Clark, no quarto posto. E foi então que a controvérsia se instalou, quando os organizadores decidiram desqualificar os carros... porque tinham as luzes de nevoeiro colocadas de forma inadequada!
A polémica foi tal (a regra tinha sido mudada à última da hora) que o Principe Rainier se recusou a comparecer ao jantar de entrega dos prémios, pois acharam que a organização tinha ido longe demais. E claro, teorias da conspiração - porque o vencedor tinha sido um Citroen - lá apareceram. Afinal de contas, um carro francês a vencer o Rali de Monte Carlo era importante.
Pauli Toivonen era a primeira geração dos "finlandeses voadores", ao lado de Makinen e Aaltonen. Nascido em 1929 em Jyvaskyla, tinha guiado sempre em Citroens, especialmente quando ganhou o rali dos Mil Lagos (antecessor do Rali da Finlândia) em 1962, com o modelo DS19. Apesar desta vitória, Toivonen nunca falou dela, por causa da polémica que se viu envolvido, sem querer. Felizmente, a sua carreira foi além dela, pois em 1968, trocou o Citroen (em 1967 tinha andado na Lancia, equipa onde também andaria o seu filho quase vinte anos depois) pela Porsche, e com um 911T, foi campeão europeu, vencendo em Sanremo e sendo segundo em Monte Carlo.
Toivonen pai pendurou pouco depois o seu capacete viu a carreira dos seus dois filhos, Henri e Harri, quer nos ralis, quer nas pistas. No inicio de 1986, viu Henri, o mais velho, vencer no mesmo local, de forma convincente e não "na secretaria", como tinha acontecido a si. E sentiu que a honra da sua família estava reposta.