Quando Jeremy Clarkson, acompanhado por James May e Richard Hammond, se aventuraram no The Grand Tour, por alturas de 2016, decidiram também se aventurar noutra coisa mais invulgar: uma rede social para os amantes do automobilismo, ao que se chamou de Drivetribe. Contudo, durante muito tempo, as pessoas tinham algumas dúvidas sobre se tal coisa iria resultar, e esta segunda-feira, tiveram uma resposta: não resulta.
No final deste mês, a rede social encerrará as suas portas, alegando "os grandes desafios da industria". Apesar de tudo, a marca continuará noutras plataformas como o Youtube, onde tem um canal muito popular, com mais de dois milhões de inscritos.
“Embora todos estejamos realmente desapontados que o site DriveTribe tenha chegado ao fim, estou muito feliz por continuar nosso relacionamento com essa comunidade brilhante. Nunca houve um momento mais emocionante para falar sobre a indústria, pois lidamos com essas forças de mercado extremamente desafiadoras e a rápida evolução do que queremos dizer com automobilismo”, escreveu Hammond, no site. “Venha e junte-se a mim nos canais junto com muitos rostos familiares da DriveTribe enquanto continuamos a manter a marca viva e a conversa acontecendo.”, concluiu, no comunicado oficial.
Lançado em 2016 pelos três apresentadores, mais o produtor Andy Wilman, foi dirigido ao longo deste tempo por Ernesto Schmidtt. Contudo, dois anos depois do seu lançamento, foi noticiado que tinham investido mais de 18 milhões de dólares, sem dar qualquer lucro, não conseguindo ser o centro da cultura automobilística que pretendiam ser.
“Estamos todos realmente desapontados que os desafios do setor – nem um pouco ajudados pela pandemia em andamento – simplesmente tornaram impossível continuar com os negócios em sua forma atual”, disse Clarkson no post do blog. “Estou muito ansioso para ver o que Hammond e sua equipa fazem enquanto levam os canais e a comunidade adiante.”
Apesar destes desafios, mais a pandemia, que alegam ser as razões por trás do fracasso da aventura, a ideia de que os tempos mudaram para o estilo que eles andam a fazer também ajudaram para o seu final. E há outras plataformas mais interessantes para divulgar a cultura automobilística como os vídeos, mais acessíveis e mais visualmente atraentes do que uma rede social inteiramente "de raiz" como era esta.
Provavelmente a grande lição é saber que estes projetos são mais complicados de se erguer que se julga, e quando lá chegaram, foram demasiado tarde e entraram de forma demasiado especifica e não traziam nada de novo. Esses dias... já passaram.