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quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Extra-Campeonato: Usain Bolt, o corredor sobre-humano

Definitivamente, já não tenho mais adjectivos para classificar este homem. Só digo isto: ele é o melhor de todos os tempos. E... surpresa! Não é americano. É Usain Bolt, vai fazer 23 anos no Domingo e é um Super-Homem: corre mais rápido do que o humano normal.


Ver este homem a fazer 19.19 segundos nos 200 metros, com vento contra (sim, vento contra!) e a não fazer a curva como deve de ser, como será no dia em que for um pouco mais velho, estiver no topo da forma, com vento favorável a fazer a curva de modo perfeito? Acho que cai dos 19 segundos e fica definitivamente nos livros de História.

domingo, 16 de agosto de 2009

Extra-Campeonato: O Super-Bolt

Para quem gosta de velocidade, como eu, ver os Mundiais de Atletismo, que começaram ontem no Estádio Olimpico de Berlim, até é algo excelente. E como é obvio, estava curisoso em ver o "Super-Bolt", e ver como correria depois dos espantosos Jogos Olimpicos de Pequeim, onde levou três medalhas de outro e três recordes do Mundo, nos 100, 200 e 4x100 metros (este último pela Jamaica)

Durante anos e anos, a velocidade sempre foi um feudo americano, com ocasiões onde se poderia interferir os seus vizinhos caribenhos como a Jamaica, Trinidad e Tobago e ocasionalmente alguém vindo das Bahamas ou uma qualquer ilhota lá perto. França, Canadá, Russia, Alemanha... essa desapareceram há muito do mapa velocipédico humano. Ocasionalmente lá aparece um britânico ou um francês, e nós já tivemos o nosso pequeno momento de glória, com o Francis Obikwelu, um nigeriano que um dia, com 16 anos, veio para Portugal e se apaixonou pelo nosso país.


Agora, nunca os americanos foram tão ameaçados como agora. Um país que teve Jesse Owens, Carl Lewis e Maurice Greene habituados a serem campeões do mundo e olimpicos, arricam a ter uma geração de atletas secundários. Tyson Gay, por exemplo, tinha tudo para suceder a essa longa linha. Só que apareceu Usain Bolt, provavelmente teletransportado do século XXII, numa máquina do tempo qualquer, e consegue tirar 16 centésimos de segundo ao recorde mais seguido e celebrado do atletismo: os cem metros planos.


No ano passado, na final olimpica de Pequim, quando Bolt tirou três segundos ao recorde, a descontração era tal que veio a gozar na parte final da corrida, antecipando as celebrações da medalha de ouro, por uma margem enooorme! E quando esse recorde fixou-se em 9.69 segundos, o seu treinador censurou-o dizendo que se estivesse concentrado o tempo todo, poderia ter baixado o recorde dos 9.60, pois tinha capacidade para tal.


Muitos não acreditaram naquilo que dizia. Outros insinuaram que aquele feito teve "ajuda", mas ele disse que não era assim, era apenas o seu metabolismo e os seus métodos de treino. E que iria provar isso na próxima competição. Essa oportunidade verificou-se hoje à noite, quando contra os americanos, Bolt tira 11 centésimos de segundo ao seu próprio recorde, fixando-o em 9.58 segundos. Parece um tempo de fantasia, conseguido apenas na Playstation. Mas não: é real, foi feito por um atleta real. E Usain Bolt, a poucos dias de comemorar 23 anos de idade, consegue definitivamente o seu lugar na história.


Os recordes vivem para ser superados, é certo. Mas será que nós viveremos para ver o sucessor de Bolt esmagar esses recordes. E outra coisa: onde é que Bolt vai deixar o seu recorde? Abaixo dos 9.50? Se assim for, só demonstra que é sobre-humano. E ainda por cima, no mesmo palco onde, 73 anos antes, Jesse Owens humilhou os nazis convencidos da sua "superioridade ariana"...

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Extra-Campeonato: Lightning Bolt

Sendo eu uma pessoa que gosta de velocidade, não poderia ficar indiferente ao que se passou na madrugada de Domingo em Nova Iorque: num meeting local, o jamaicano Usain Bolt, de 21 anos, tornou-se no novo recordista do mundo dos 100 metros, com um tempo de 9,72 segundos. É um recorde estratosférico, sem dúvida!




Durante eras, Estados Unidos e Jamaica foram sempre potências na velocidade, com ocasionais interferências, vindas de vários sítios (o mais recente é o nigeriano/português Francis Obikwelu). Nos últimos tempos, os americanos viam sempre outro jamaicano, Asafa Powell, como o seu grande rival para a conquista na medalha de ouro nos Jogos Olimpicos. Aliás, nos 112 anos que esta prova tem, nos jogos Olimpicos da era Moderna, só por nove vezes (em 25 possiveis) é que o vencedor não foi americano.


O que é que isto dará nos Jogos Olimpicos, daqui a dois meses? Primeiro que tudo, um sinal: de que os americanos não terão a vida facilitada. Aliás, se antes tinham uma ameaça vinda da Jamaica, agora têm duas. E como por estes dias, a selecção americana não é tão forte assim, pois Maurice Greene já se retirou, e Justin Gatlin está suspenso por quatro anos devido ao "doping", só tem, aparentemente, Tyson Gay. E este foi o primeiro atleta que cruzou a meta depois de Bolt...


Portanto, poderemos estar presentes perante o atleta que ganhará a medalha de ouro nos 100 metros em Pequim, uma distância que, curiosamente, nenhum jamaicano conseguiu ganhar...