A Guarda tem actualmente, em termos turísticos, alguma atractividade. Prova disso são a quantidade de estrangeiros que se vão vendo por cá, nomeadamente aos fins-de-semana, na sua maioria oriundos da vizinha Espanha. Estou convicto de que esta capacidade de atracção se deve em larga medida às condições que foram sendo criadas por investidores privados, investindo nos seus negócios e dirigindo os seus esforços de Marketing – quer este seja mais elaborado ou mais rudimentar – para a crescente internacionalização dos seus negócios. São disto exemplo alguns empresários do sector do comércio e restauração. Existe por outro lado um efeito de exposição associado ao turismo de negócios que faz com que empresários e técnicos que vêm à Guarda em viagem profissional acabem eventualmente por voltar numa óptica de turismo.
Finalmente, não serão de ignorar os efeitos de alguma campanhas de promoção da cidade que têm sido levadas a cabo por diversas entidades, públicas ou privadas.
Gostaria de aqui sublinhar os méritos dos empresários, por se tratar de um caso evidente de investimento privado cujo retorno é extensível a toda a região.
Parece-me pois que é a hora de passarmos à segunda parte do Plano; ou da cadeia de criação de valor, se quisermos: a criação de condições de cá manter durante alguns dias os turistas que conseguimos atrair. Este é um desafio que deve ser assumido. Mais do que continuarmos a ouvir dizer que a região tem um enorme potencial, é a hora de decidirmos o que queremos fazer com este potencial e começar a trabalhar para transformar potencial em negócios, já que ninguém vive do potencial, como todos estamos cansados de saber.
Tenho-me apercebido que vão surgindo novos modelos de negócios, muito interessantes, à volta do turismo de natureza, do BTT, dos passeios em todo-o-terreno, da exploração de trilhos pedestres, balonismo, parapente, etc. Estas iniciativas devem ser apoiadas pelas entidades competentes, numa estratégia de criação de um cluster regional de turismo da natureza. Mas é também importante que se promova a adopção, por parte de todos estes operadores, de um código de conduta que salvaguarde o património natural – que é a sua “galinha dos ovos de ouro” e pertence a todos nós – establecendo limites à utilização e exploração desse património, no interesse de todos.
Da parte das entidades institucionais que tutelam o turismo, é necessário que se monitorizem os fluxos turísticos, a sua permanência, as expectativas e os índices de satisfação. Esta informação é fundamental para se preparar o caminho para a progressão na cadeia de criação de valor a que já me referi.
Por tudo isto, parece-me da maior importância pôr todos os interessados neste cluster – operadores turísticos, hoteleiros, empresários da restauração, das actividades de animação turística e entidades tutelares - em sintonia, a discutir prioridades e formas de actuação. Não num Seminário ou noutro modelo de encontro muito formatado. Mas antes num modelo aberto à participação de todos os interessados, altamente informal e operativo, recorrendo apenas a mediadores para organizar o andamento dos trabalhos. No fundo, um Encontro para a Competitividade do Turismo na Região da Guarda.
O Turismo é – a par de outros sectores – estratégico para o potencial empresarial da região. Por isso deixo o desafio aos empresários do sector: em vez de esperar que sejam as entidades oficiais a organizar um encontro onde se debatam estas e outras questões relevantes para o sector, que sejam eles – em cooperação ou através das suas estruturas representativas a organizar este encontro.
Será certamente profícuo não só para eles, mas para a região.
Finalmente, não serão de ignorar os efeitos de alguma campanhas de promoção da cidade que têm sido levadas a cabo por diversas entidades, públicas ou privadas.
Gostaria de aqui sublinhar os méritos dos empresários, por se tratar de um caso evidente de investimento privado cujo retorno é extensível a toda a região.
Parece-me pois que é a hora de passarmos à segunda parte do Plano; ou da cadeia de criação de valor, se quisermos: a criação de condições de cá manter durante alguns dias os turistas que conseguimos atrair. Este é um desafio que deve ser assumido. Mais do que continuarmos a ouvir dizer que a região tem um enorme potencial, é a hora de decidirmos o que queremos fazer com este potencial e começar a trabalhar para transformar potencial em negócios, já que ninguém vive do potencial, como todos estamos cansados de saber.
Tenho-me apercebido que vão surgindo novos modelos de negócios, muito interessantes, à volta do turismo de natureza, do BTT, dos passeios em todo-o-terreno, da exploração de trilhos pedestres, balonismo, parapente, etc. Estas iniciativas devem ser apoiadas pelas entidades competentes, numa estratégia de criação de um cluster regional de turismo da natureza. Mas é também importante que se promova a adopção, por parte de todos estes operadores, de um código de conduta que salvaguarde o património natural – que é a sua “galinha dos ovos de ouro” e pertence a todos nós – establecendo limites à utilização e exploração desse património, no interesse de todos.
Da parte das entidades institucionais que tutelam o turismo, é necessário que se monitorizem os fluxos turísticos, a sua permanência, as expectativas e os índices de satisfação. Esta informação é fundamental para se preparar o caminho para a progressão na cadeia de criação de valor a que já me referi.
Por tudo isto, parece-me da maior importância pôr todos os interessados neste cluster – operadores turísticos, hoteleiros, empresários da restauração, das actividades de animação turística e entidades tutelares - em sintonia, a discutir prioridades e formas de actuação. Não num Seminário ou noutro modelo de encontro muito formatado. Mas antes num modelo aberto à participação de todos os interessados, altamente informal e operativo, recorrendo apenas a mediadores para organizar o andamento dos trabalhos. No fundo, um Encontro para a Competitividade do Turismo na Região da Guarda.
O Turismo é – a par de outros sectores – estratégico para o potencial empresarial da região. Por isso deixo o desafio aos empresários do sector: em vez de esperar que sejam as entidades oficiais a organizar um encontro onde se debatam estas e outras questões relevantes para o sector, que sejam eles – em cooperação ou através das suas estruturas representativas a organizar este encontro.
Será certamente profícuo não só para eles, mas para a região.